Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 51
Lembro do meu pior inimigo.


Notas iniciais do capítulo

HEEEY gente aviso biiig lá em baixo



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Era o dia do caça a bandeira. Equipes divididas, agora conversavam para acertar os últimos detalhes. Nos embrenhamos na floresta com um mastro com uma bandeira azul que tinha os símbolos de Apolo, Afrodite, Ares e Hades estampadas. As outras equipes eram secundárias e Hermes estava dividido...

Encontramos uma pequena elevação com arvores envolta o lugar era perfeito. Colocamos a bandeira ali e começamos a conversar.

- Acho que devemos montar um ataque esquematizado. – Clarisse propôs. – Primeiro vamos filhos de Ares e os dois de Hades. Depois Hermes e Demeter. Por fim Afrodite e Hefesto ficam na proteção com o pessoal de Apolo.

- Nosso ataque é de longa distancia. – comentei – Não devíamos desperdiçar isso, eles provavelmente vão estar com as caçadoras embrenhadas na floresta com arcos e flechas empunhados.

- Fiquem na floresta então. – Clarisse deu de ombros.

- Não conhecemos a floresta como elas, ainda ficaríamos vulneráveis para ataques nas costas. – comentei.

- Sugestões? – Clara perguntou.

- Arvores. – Paul comentou. – Podíamos ficar lá em cima. Teremos uma visão de tudo que acontece e ainda podíamos ajudar aquele que estão em desvantagem, sem contar que a chance de ataques na gente são quase nulas.

- Ótimo. – Clarisse disse. – Onde eles colocaram a bandeira? – incrivelmente ela estava mais amigável.

- No punho de Zeus. – Mike disse como se fosse obvio. – Annie ama aquele lugar, ela consegue fazer uma estratégia fácil lá.

- Hm... atacaremos pela frente. Mas Clara e eu iremos por fora da floresta correremos pelas costas deles. – ela falou.

- As ninfas não vão nos tirar de lá? – eu olhei para as arvores.

- Acho que não. – Mike comentou.

Todos já estávamos com as armaduras. Meu arco estava no meu bolso e o saco com as flechas retornáveis nas minhas costas. Escolhi uma das arvores que ficava a frente do local onde estava a bandeira. Ao meu lado, Mike e Paul. Na segunda linha de arvores, Miranda e Ben, além de outros campistas da mesma idade.

Flávia que tinha ficado no chão, me ajudou a subir e depois jogou o elmo azul para que eu pudesse colocá-lo. Acertei ele na minha cabeça de forma que não caísse nem desequilibrasse. Num pedaço de galho que eu tinha quebrado amarrei o saco com as flechas para não caírem. Como o galho onde eu estava era grande me firmei agachada. Alguns filhos de Hefesto soltaram alguns autômatos pela volta.

Todos estavam em silencio esperando a hora para atacar, eu estava numa das primeiras arvores antes do riacho que dividia a floresta, então eu conseguiria ver boa parte do que estava ocorrendo até que a pessoa se embrenhasse na floresta. Flávia estava com a espada junto dela e encostada no tronco da arvore que eu estava. Clarisse, Clara, Nico, Luiza, Jack e os outros filhos de Ares estavam na linha de frente, bastante exposto.

- Em duplas. – Clarisse gritou. – Precisamos proteger as costas e vestiu o elmo.

Sem duvida estávamos preparados para uma guerra, o vendo vindo do leste fez com que nossos cabelos voassem dando uma dramatização. Clarisse tirou a lança elétrica do bolso e fez com que alguns estalos ocorressem o que me deu um certo medo de quem a desafiaria. Clara havia trocado de espada.

A dela era pequena como ela, o cabo parecia trançado, era bonita mas tinha certeza que fazia da garota mais ágil do que já era. Nico tinha a dele que parecia de ossada, não continuei a examinar a de todos a voz de Quíron ecoou do nada.

- Preparem-se Campistas! – ele falou. – Trago a noticia de que haverá mais um jogo independente do vencedor deste. – isso fez com que muitos bufassem de irritação. – Porém vamos nos concentrar, o primeiro a pegar a bandeira adversária encerra o jogo.

Um murmúrio percorreu o acampamento, segurei a flecha firmemente e direcionei o arco para frente.

- A partir desse momento, vocês estarão jogando. AGORA! – ele gritou.

Então o pessoal da linha de frente sai correndo, de uma forma organizada e sem parecer um estouro da boiada, e assim que eles sumiram de vista, tudo ficou silencioso. Por um tempo. Até que os primeiros campistas se movimentavam pela floresta. Flávia estava olhando pra mim esperando o numero de campistas.

Olhei para Paul para confirmar o que eu achava. Ele mostrou a mão espalmada com o numero cinco. Fiz o mesmo sinal pra Flávia. Ela alertou apenas cinco campistas que eles deveriam ir quando o sinal fosse dado, tudo silenciosamente.

Se fosse uma armadilha íamos jogar com os dois lados. Eram seis campistas na verdade. Mas nenhum problema assim que eles se mostrassem, nós atacávamos um deles pelo alto mesmo. Não os reconheci mas pareciam campistas de Athena, eles tinham olhos acinzentados. Estalei os dedos enquanto eles estavam do outro lado do riacho e não poderiam me ouvir e solei um murmúrio “Chalé 5”.

Ela assentiu e preparou o ataque, eles achavam que estava tudo vazio, então atravessaram o rio fazendo barulho, três iam mais na frente, depois dois e por ultimo um. O ultimo, ficou sozinho enquanto os outros se embrenharam na mata, ele recebeu três flechadas, uma no elmo o que lhe deixou meio atordoado, uma na perna e outra no braço e ele desmaiou.

Virei pro lado de dentro e cuidei a bandeira, eu estava de costas pro riacho, mas Paul tinha ficado de frente. Flávia tampou a boca de uma das garotas, apertou o pulso dela e fez ela soltar a espada que caiu num montinho de folhas e não fez barulho. Apertou um pouco abaixo do peito da garota que desmaiou fiquei de olhos arregalados mas ela deu de ombros.

O outro foi parado por Lino que simplesmente fez o outro garoto cheirar algo e desmaiar. Deuses, isso estava ficando perigoso. Os outros três estavam lutando com espadas, mas também logo foram derrotados, os corpos ficaram por ali, afinal as pessoas ainda estavam vivas.

Depois vinte campistas chegaram, deveria a ultima remeça de ataque, pelas contas restavam só as caçadoras, então não pareceu mais um ataque organizado. Campistas de Afrodite saíram ao ataque, pequenas explosões de terra fizeram a confusão ainda maior, porém lá de cima dava para ver tudo com exatidão. Tinha gente lutando com os próprios companheiros, estava uma verdadeira bagunça eu não percebi o que estava ocorrendo do outro lado, mas parecia que estávamos em melhores lençóis.

Então começamos o ataque de flechas, acertamos alguns campistas, outros ficaram na luta com espadas, alguns campistas nossos também caíram, mas conseguimos permanecer com a bandeira. Todo mundo voltou para o seu lugar, mas antes alguns elmos foram jogados no rio, assim parecia que mais nossos foram perdidos.

Então a ultima equipe deles chegou. Annabeth, Percy, Liam, Daniel, Manuela e Dylan. Fácil. Talvez não super fácil, mas fácil, eram poucos, restavam cinco nossos no chão além de mim, Paul e Mike, Miranda e Ben, os outros tinham sido liberados para atacar com os outros.

Annie carregava sua faca, Percy a Contracorrente, Liam estava com a espada dele assim como o Dan, Manuela insistia em carregar um arco e uma flecha e Dylan estava com uma lança. Firmei na arvore para não cair e fiquei observando eles do lado do rio.

- Silencio. – Annie disse. – Onde será que estão?

- Não sei, mas estamos bem desfalcados. – Manuela disse olhando para a quantidade de gente desmaiada, uns trinta.

- Eles estão desfalcados também. – comentou Dylan. – Acho até que saíram  atrás da nossa bandeira, não esperavam a gente.

- Não teria tanta certeza. – Percy falou. – Podem não ser filhos de uma estrategista, mas são bons, ganharam a corrida de bigas.

- Que ganhava quem tinha força e fosse mais canalha. – Manuela falou.

Senti a raiva subir em mim.

- Eu não falaria nada, Manu. – Annie a segurou. – Se ganharam eles foram estratégicos também.

- Travis e Connor são tiranos. – comentou Dan. Eles estavam parados na margem do rio deles.

Deixaríamos que se aproximassem mais.

- Clarisse e Jack são competitivos a ponto de querer ganhar a qualquer custo. – Annie confirmou.

- Paul e Mike pensam em todos os lados... – Percy disse e parecia pensativo.

- Além disso tudo, tem Clara e Nico. – Liam comentou. – Tenho medo do que aqueles dois poderiam aprontar contra a gente.

- Sem contar em todos os outros campistas e as duas garotas que entraram na biga deles. Elas eram boas. – Dylan comentou. Ele falava de mim e da Flávia.

- Nada a ver. – Manuela disse. – Elas só se vazavam para os garotos, daí ganharam pontos privilegiados e as equipes maiores.

Eu estava irada, mas não podia fazer nada, um salto chamaria muita atenção. Olhei pra baixo e vi que Flávia estava se preparando para aparecer. Soltei uma flecha na frente dela e ela olhou pra cima e eu neguei com a cabeça.

- Quieta! – Liam e Dan falaram juntos.

- Lola é minha namorada então vê se aprende a pensar no mínimo sete vezes quando for falar dela. – Liam reprimiu e meu coraçãozinho se encheu de orgulho.

- Eu to com a Flávia há muito tempo, e não vou deixar que uma garota como você fale mal dela, então eu agradeço se você manter a porra da boca fechada. – Daniel disse.

- Ta bom, mas depois não digam que eu não avisei. – ela deu de ombros. – E então, vamos pegar essa bandeira logo?

- Vamos, tenho quase certeza que esses que vocês falaram, estão dando trabalho para as caçadoras agora. – Dylan confirmou.

Engano meu caro amigo, sinto muito mas você está incrivelmente enganado. Eles atravessaram o rio e Annie foi bem para direita e embrenhou-se nas arvores, Percy fez o mesmo, junto com ela. Dylan e Manuela foram pelo outro lado e os outros dois, Liam e Dan foram pelo centro. Flávia trocou sutilmente de lado e agora estava de costas para o riacho assim como eu. Eles estavam de frente para o morrinho onde estava a bandeira.

Ela deu um passo pra trás e me chamou para baixo. Me posicionei para cair atrás do tronco e saltei, caindo com um baque surdo não me identificando. Eles não se aproximaram estavam a alguns passos de nós.

- Olha, eles estão ressabiados. – ela falou.

- Vamos dividir. – falei e ela assentiu. – Três ficam com Percy e Annie, dois com Manu e Dylan, nós duas com os garotos e o pessoal lá de cima nos ajuda.

Ela assentiu e passou isso em códigos para todos. Quando estavam na base do morro que continha nossa bandeira eles foram atacados, Dan e Liam ainda estavam um tanto assustados, ninguém havia ido até eles e eles não correram para pegar a bandeira. Puxei Liam pela armadura o que fez ele se virar rápido com a espada na altura de meu ombro me obrigando a abaixar.

- É você. – ele parecia aliviado.

- Não, minha avó. – falei e isso deu tempo de eu sacar minha espada.

Então ele pareceu se lembrar que estávamos em um jogo, numa pequena disputa, mas mesmo assim íamos lutar um contra o outro.

O barulho de lamina contra lamina parecia vir não só de nós dois, Flávia estava com uma leve vantagem sobre o Dan, mas mesmo assim parecia equilibrado. Liam me olhava com um misto de orgulho e preocupação. E eu mantinha o foco em ganhar aquela disputa.

Quando nossas espadas se chocaram novamente, forcei a dele para direita e ela acabou indo para o chão. Pisei no cabo e fiz a espada saltar e pousar na minha mão esquerda.

- Covardia, Lola. – ele comentou recuando para o lado do rio.

- Não acho. – falei apertando o botão da minha espada e guardando o pequeno batom no bolso da minha calça jeans.

- Com a minha espada?! – ele parecia chocado.

- Que maneira mais heróica que morrer com sua própria espada? – perguntei com uma sobrancelha erguida.

- Você não pode me matar... – mas sua voz não parecia tão segura disso.

- É não posso, mas ferir pode. – disse dando um chute no peito fazendo cambalear e cair no chão. – Desculpa, mas é um jogo.

- Está mais para esporte. – ele comentou.

Não parecíamos estar lutando e sim estar tendo uma conversa amigável, exceto pelo fato dele estar no chão e eu estar em pé com a espada dele em punho.

- Pior então, filhos de Apolo amam esportes e são extremamente competitivos. – disse me sentando sobre seu peito.

- Hm... o que você vai fazer comigo? – ele perguntou.

- Não sei, - passei a lamina perto do pescoço. – Estamos deixando as pessoas desacordadas o que você acha?

- Cruel. – ele comentou e me puxou pra ele.

Sim. Ele me beijou no meio da situação mais imprópria, mas ao contrario do que eu pensava, ele trocou as posições e ficou em cima, apertou o meu pulso e soltou a espada da minha mão e a pegou.

Agora ele segurava a espada rente ao meu pescoço.

- Nós estamos deixando feridos. – ele comentou.

Olhei pra cima e vi que Paul e Mike aguardavam o meu sinal. Os dois mantinham uma flecha cada apontada para Liam. Quando pensei em sacar minha espada, ele foi mais rápido e colocou a mão no meu bolso, tirou a pequena embalagem de um batom, para as aparências e colocou no seu próprio bolso.

- Te devolvo mais tarde, assim que capturar sua bandeira. – ele piscou.

- Acho que não. Filhos de Apolo não se dão bem com espadas e sim com flechas. – e assenti para os meus irmãos que jogaram uma flecha no antebraço dele e outra bateu na armadura e ricocheteou na minha mão.

Segurei um gemido de dor e tirei Liam de cima de mim que agora tinha a mão no braço e soltara a espada. Arranque a flecha da minha mão e quase a joguei de volta em Paul, Mike tinha um sorriso presunçoso. Lino chegou e colocou um autômato no colo dele que o atou as mãos. Sorri para ele e tirei a flecha, murmurei fechando o corte.

- Todos estão na mesma situação. – Lino avisou.

Quando eu ia falar alguma coisa, a voz de Quíron ecoou pela floresta.

- QUERO QUE TODOS SAIAM DA FLORESTA, AGORA E SE DIRIJAM PARA O ANFITEATRO. – ele avisou.

Peguei um pouco de água e acordei os desmaiados e os mandei para o anfiteatro, Lino soltou aqueles que estavam presos e Flávia chegou até mim.

- Será que ganhamos? – ela perguntou.

- Eles não pegaram a bandeira... – comentei – a menos que alguma regra tenha sido infligida.

- Vamos descobrir então. – ela falou me puxando por entre alguns campistas.

Saímos correndo até o anfiteatro que já estava bastante cheio, sentamos logo nas primeiras fileiras, os garotos chegaram um pouco depois. Os dois mexiam nos pulsos nos lugares onde estavam atados.

- Então, como foi perder para suas namoradas? – Flávia perguntou debochada.

- Sexy. – Dan comentou.

- Verdade... – Liam disse rindo

Flávia me olhou e revirou os olhos, logo de pois encostou a cabeça no ombro do Dan e prestou atenção em Quíron. Ele estava furioso e, seu rosto tinha uma aparência homicida e encarava a todos, rígido.

- Quando eu falei em nos portar em tempo de guerra, - ele não esperou o silencio – me referia ao fato de sermos precisos, mas não de burlarmos regras e andarmos como selvagens. Hoje me surpreendi com alguns, de forma positiva e infelizmente de forma negativa.

Todo o anfiteatro estava silencioso e olhava para ele.

- Devo dar os parabéns a todos aqueles que bolaram estratégias e agiram da forma que as regras mandavam. Mas acho que quando coisas erradas acontecem entre nós, sou obrigado a expor essas coisas. Referentes aos adversários eram permitidos provocar desmaios, arranhões e até alguns ferimentos poucas coisas mais graves. PORÉM – ele deu ênfase – Era extremamente proibido matar e ferir gravemente alguém de forma a deixá-la inconsciente. 

Olhei para Liam assustada, mas ele prestava atenção ainda ao que Quíron dizia.

- Hoje isso aconteceu. Por intervenção de um de nossos sátiros, Harold, não houve mortes. Um de nossos campistas esta gravemente ferido, está sendo cuidado e provavelmente vai demorar a se recuperar. O campista era da equipe vermelha e foi agredido por Jack Nickson, um campista de Ares, que pertencia à equipe azul e desapareceu desde então.

Levantei a minha mão quando vi que Quíron terminara.

- Por favor, Lola. – ele chamou meu nome e vi todo o anfiteatro se voltar para mim.

- Estou com algumas coisas na cabeça, mas primeiro... quem foi o campista machucado, ele está bem, mesmo? Existe algo que algum de nós, digo tanto quando colega quando filho de Apolo, pode fazer por ele. – Jack era um cretino de mão cheia, não podíamos deixá-lo sair impune.

- Bom, Lola, era Teodor, - Liam enrijeceu ao meu lado. – filho de Dionísio.

Deuses. Jack seria uma videira em poucos dias se estivesse no acampamento. Porém a sorte não estava do nosso lado.

- Ele se recupera. Acredito que possam visitá-lo, conversar um pouco sem exigir muito dele. Eu pedi a Michael ir lá, obrigada. – ele explicou. – Mais algum problema?

- Sim, eu queria entender, como Jack sumiu? – perguntei estupefata.

- Lola, - parecia que não havia mais ninguém por ali, apenas eu – estamos em um tempo, onde uma garantia, mesmo que ilusória, bem explicada vale bastante.

Eu lembrava da conversa com Fobos e Deimos, eles realmente te tentavam a aceitar.

- Entendam, já perdemos bastante campistas, e não estamos conseguindo chegar a tempo em todos os filhos antes que o outro lado. Isso cedo ou tarde aconteceria, muitos de vocês aqui presentes, podem ver que são os filhos mais novos de seus pais, mesmo com 18 – olhou para Percy. – Ou 15 - ele olhara para mim e pra Clara que estava sentada atrás de mim. – Uma idade que normalmente nos faz acreditar que os deuses estão realmente preocupados.

Respirei fundo e ele pareceu entender que não restava nada mais a dizer a não ser a contar a história inteira.

- Quando a profecia foi dita pela primeira vez, muitos não acreditaram nela nem lhe deram importância alguma, mas faz uns dez anos que nós temos conhecimento de uma nova era capaz de derrubar os deuses, normalmente os meios-sangues foi o primeiro pensamento. Muitos não acreditaram e continuaram com casos com humanos, outros ficaram preocupados e pararam. Estamos nos anos perto de uma guerra estourar. Estamos perdendo campistas há anos, um ano após a Grande Guerra isso diminui, mas depois voltou a todo vapor.

Todos mantinham os olhos em Quíron.

- Estou sendo sincero. Mas não podemos deixar de viver as nossas vidas. Pode ser que a nova Guerra seja ano que vem, como pode demorar mais quinze anos. Então peço que esqueçam aqueles que saíram do acampamento, ou melhor, trocaram de lado, como quiserem chamar, mesmo que seja difícil e toquem as suas vidas. Jack Nickson é um dos que devem ser esquecidos. – ele explicou e deu o assunto por encerrado.

Flávia que já tinha desencostado de Dan e levantou a mão.

- Já que podemos mudar de assunto, e não quero ser indelicada, quem ganhou? – ela perguntou.

Quíron pareceu gostar da mudança repentina de assunto e sorriu.

- Burlar regras é uma maneira de se desclassificar, a vitória foi da equipe vermelha. Amanhã preciso de seis campistas de cada lado para uma prova de desempate, será surpresa. Três garotos e três garotas. – ele falou com um sorriso no rosto, mesmo que estivesse com os olhos preocupados – Boa sorte. Vão servir um lanche daqui a pouco e mais tarde teremos o jantar. – e desceu do palco do anfiteatro.

(...)

Era sete horas da manhã quando as sirenes tocaram tirando todos da cama. Rapidamente as camas foram esticadas. Todos queriam ver a tarefa surpresa, então o acampamento tinha grande movimentação quando me pus fora do Chalé. Flávia passou a mão no meu braço e saiu me arrastando.

- Rápido, quero ver logo o que teremos que fazer... – ela falou. Surpresa?

Duvido que você tenha qualquer surpresa quando viu que eu e ela estávamos escritas na tarefa surpresa. Na verdade a gente meio que pediu e não aceitou um não. Clara fez a mesma coisa, então nós éramos as três garotas que representavam a equipe azul.

Chegamos a Arena um pouco atrasadas, tínhamos passado para pegar a Clara e ela não tinha se acertado com os lençóis ainda. Mas chegamos a tempo de ver Quíron começar a falar. Ficamos em pé num canto olhando tudo.

- Quero que cada representante venha aqui. Vamos apresentá-los para o grande grupo. – Quíron falou – Primeiro o grupo azul.

Clara subiu primeiro, usava uma jaqueta de couro, no mínimo um numero maior que ela e gasta. Uma camiseta preta com os dizeres em branco “Who cares? Fuck All.”  Ela ainda tinha o seu inseparável All Star e a calça jeans preta. Flávia subiu depois piscando pra mim enquanto os garotos da nossa equipe se aproximavam. Ela estava com um jeans justo claro e uma blusa roxa, o cabelo estava preso em um rabo de cavalo bem preso e mesmo assim seu cabelo castanho claro perfeito estava comprido. Eu subi logo em seguida. Estava com uma bermuda estilo meio gasta com as pernas desfiadas. Uma blusa baby look do pateta e meu inseparável Ray-ban espelhado.

Benjamim e Paul subiram depois, os dois usavam óculos Ray-ban espelhado e aviadores como o meu. Paul estava de preto enquanto Ben estava de branco. E por fim o outro garoto que ia era Lino que estava incrivelmente bonito aquele dia. Cabelos escuros arrepiados, parecia que tinha tomado banho... usava uma camiseta vermelha e uma bermuda jeans.

Você deve estar perguntando por que eu descrevi tanto todo mundo. Bom é que eu realmente prestei atenção na hora, na verdade não tinha outra coisa para ocupar minha mente a não ser a roupa das pessoas. Eu estava insegura, devo admitir. Eu não tinha Connor do meu lado, ele tinha preferido ficar com Theodor.

- Ok. Três garotas e três garotos. – ele distribuiu um papel que parecia um pergaminho para cada um.

O meu tinha duas fitas, uma rosa bebe e uma amarela. Flávia tinha uma rosa pink e uma rosa bebe. Clara uma rosa bebe uma preta. Paul e Ben tinham fitas azuis e amarelas e Lino uma fita marrom e outra azul. Talvez indicando o sexo e o pai ou mãe.

- Equipe vermelha. – ele falou.

Eles fizeram que nem nós, garotas primeiro. Annie com os cabelos loiros presos e uma blusa regata branca e uma calça jeans. Junto com ela Manuela, que usava um micro mini-short e uma blusa regata justa que tinha um decote “U” bastante grande. E Gi. Sim. A minha primeira tutora. Ela não estava com o Ray-Ban característico dos filhos de Apolo principalmente quando o Sol brilhava forte que nem hoje. Usava uma bata cinza e um jeans simples. Os garotos... bom você já deve imaginar quem eram.

Percy Jackson, que usava uma camiseta azul e um jeans. Daniel Wings, com uma camiseta preta e uma bermuda de surfista. E Liam Winer. Deuses. Liam Winer estava tremendamente mais sexy do que nunca. Uma pólo branca, com a gola dobrada de forma errada, um jeans do tamanho certo, que me desculpem, deixava a bunda dele extremamente perfeita, principalmente quando ele passou por mim. Os cabelos bagunçados de um jeito incrivelmente fofo. E por pouco não me derreti ali mesmo com a piscada que ele me deu quando passou por mim.

Quíron repetiu a mesma coisa que fez conosco. Entregou os papiros. Pude ver que o de Percy era azul com azul marinho. De Annie era rosa com verde água. Manuela rosa e roxo púrpura. Assim como a de Liam. A de Gi era rosa e prateada e a de Dan azul com laranja.

- Certo, campistas. Vamos as explicações. Dentro de cada papiro existe uma informação essencial para ganharem essa competição. – ele falou – Você terão que ir a todos os lugares do acampamento e pegar um outro papiro, pra montar o mapa do acampamento meio sangue. Um de vocês tem o mapa pronto, para servir de base e outro de vocês tem a primeira peça do quebra-cabeça o resto cabe a vocês decidir abrir ou não. É extremamente proibido matar ou ferir gravemente o adversário, pedi a Hefesto, que colocasse algumas câmeras para que pudéssemos acompanhar tudo daqui. Boa sorte.

As duas equipes permaneciam no palco da Arena, nos reunimos antes de sair correndo.

- Vamos abrir todos. – eu falei – Pode haver coisas importantes para nós. Flávia vai primeiro pode ser?

- Claro. – ela falou e soltou as fitas. – É o mapa completo. – ela falou mostrando para nós.

- Ben... – disse olhando para ele.

Ele abriu o papel e mostrou para nós, o dele tinha a primeira peça do mapa.

- Lola, depois abrimos os outros, vamos lá antes.... – Paul disse olhando para primeira imagem.

A primeira imagem era a parede de escalada, ficava próximo dali então decidimos, ir logo. Os outros tinham ficado para trás provavelmente abrindo todos os papiros. Nossas coisas estavam na descida da escada então apenas passamos a mão e pegamos e saímos correndo em direção a parede de escalada.

- Quem sobe? – Lino perguntou.

No meio da parede havia um papiro azul e outro vermelho. O nosso era o azul.

- Flávia. – eu falei sem pensar muito.

Ela sorriu orgulhosa. Começando a escalar a parede. Ela tinha destreza e era esguia. A parede soltava pedregulhos e lava, mas isso não a afetava. Chegou onde estava nosso papiro em um minuto. Consegui ouvir o outro grupo e vi que eles estavam perto. Flávia jogou o papiro pra gente e pegou o deles. Subiu até o fim da parede e colocou lá em cima. Sacana. E depois deu um salto e aterrissou onde estávamos.

- Antes que falem alguma coisa é um jogo, Quíron não proibiu de dificultarmos para o outro time. – ela deu de ombros. – Pra onde agora? – ela olhava pra Lino que tinha o mapa aberto

- Refeitório. – ele falou mostrando o papiro.

- Vamos então. – falei puxando para o caminho contrario ao que viemos.

Chegamos no refeitório estava tudo calmo e não tinha sinal do papiro.

- Abram seus papiros. – Benjamim disse.

Assim fizemos. Paul abriu o dele e tinha uma lista de objetos e em cima estava escrito “Chalés”, isso seria pra mais tarde, então ele o guardou na mochila que carregava. Clara abriu o dela.

- Acho que são dicas. – ela estendeu o papel.

Eram dicas mesmo, havia o numero da tarefa e uma dica para passar por ela. A Tarefa 1 tinha como dica, ser rápido e deixar seus reflexos dominarem. A 2, tinha apenas uma palavra. “Embaixo”.

Como aquilo não pareceu lógico deixamos Lino abrir o papel dele. Pontos Fracos. Era o que estava escrito. Dentro tinha o nome de cada adversário nosso e o seu ponto fraco. Não era algo que nos ajudaria agora. Então abri o meu que tinha escrito Tarefas.

Tarefa 1.

Se você não tem medo, nem receio, para passar por esse empecilho. Olhe para cima, afinal o céu é o limite. 

Tínhamos que escalar a parede, e para pegar o papiro à única maneira era olhar para cima.

Tarefa 2.

Um lugar repleto de bagunça e risadas, porém incrivelmente organizado. Vamos comer alguma coisa?

Eu li a tarefa para eles. E assim que terminei os outros chegaram ao refeitório. Trocamos breves olhares e rapidamente nos reunimos para falarmos baixo.

- Acho que ele fala sobre o fato de que falamos demais mas ta todo mundo organizado por que cada um de nós come na mesa de seu pai. – Ben explicou.

- Olhem em baixo da mesa, de cada um. – Clara falou. – O papiro deve estar lá embaixo.

Cada um fez o que Clara mandou, mas foi Lino que encontrou um papiro. Vermelho.

- Como assim?! – Paul perguntou.

- Simples, - Clara falou- Olhe aquilo.

A outra equipe tinha o nosso papiro. Teríamos que fazer a troca, mas isso daria chances iguais para os dois lados.

- Quem vai trocar? – eu perguntei.

Na mesma hora recebi olhares de todos recaindo em mim.

- Não gente.... – eu falei. Mas não adiantou nada.

Lino colocou o papiro na minha mão e me jogou em direção a pira. A mesma coisa aconteceu do outro lado, mas quem veio trocar o papiro comigo era a Gi.

- Oi Lô. – ela falou sorrindo. – Que saudade.

- É verdade. – eu comentei. – Será que posso de dar um abraço?

- Lógico. – ela disse me abraçando.

- Bom temos que trocar isso. – apontei para o papiro.

Cada uma de nós tinha uma mão em um papiro.

- Um... dois.... três... – e cada uma puxou o seu.

Eu rapidamente puxei a fita e vi a imagem do deposito de armas.

- Vamos. – disse saindo correndo pela porta.

Eles me seguiram e quando chegamos lá peguei o meu papiro e entreguei a Ben o que tínhamos conseguido no refeitório.

Tarefa 3.

10 operários realizaram uma obra em 20 dias. 5 operários realizaram em quantos dias?

- É o numero do armário. – Clara explicou enrolando o papiro dela.

(...)

O tempo correu rápido, e logo estávamos com a ultima peça do mapa que indicava que deveríamos voltar para Arena. Todos os campistas estavam lá, chegamos junto com a outra equipe.

- Enfim o final, pense pelo lado estratégico, uma luta pode resolver muita coisa. Desejamos-lhe sorte, um contra um pelo fim. – Li junto com Manuela, dava para ouvir as nossas vozes falando a frase juntas.

- Lutem. – Clara disse mostrando a ultima dica da folha.

Era agora que entrava em vigor o papel de Lino. Com os pontos fracos.

- Lutaremos um contra um, enquanto os outros esperam. – Annie gritou do outro lado.

- Sem problemas. – Flávia disse.

- Precisamos nos dividir. – gritei pra eles.

- Meninas, contra meninas. Meninos contra meninos. – Annie falou.

- Uma vez para cada lado escolher. – Clara falou.

- Combinado.

Quíron estava certo, estávamos nos preparando para guerra. A primeira coisa? Não lutávamos defendendo a nossa vida, lutávamos pelo bem de uma equipe. Isso era algo que ocorreria numa guerra, lutaríamos pelos nossos pais, pela nossa família. Depois, os dois lados buscavam um objeto em comum, aqui um pedaço de mapa, lá o poder.

Primeiro os garotos. Percy escolheu Lino. Nunca tinha visto Lino manejando uma espada, mas deuses, ela era fantástica. Era bonita e bem forjada, tinha o cabo rústico mas uma lamina brilhante e afiada. Mas infelizmente, ele não tinha bom manejo com ela e acabou perdendo a luta. Percy deixou a lamina próxima ao pescoço dele, ele ainda tinha bons movimentos, mas pediu para parar, não o culpo.

Depois Benjamim foi o seguinte.

- Daniel. – ele falou girando a espada.

Nunca tinha visto Ben lutando, na verdade ele parecia um garoto até pacifista. Esqueça o pacifismo, quando ele pegou a espada tudo foi para os ares, primeiro ouvimos uns assovios das garotas e depois tudo foi muito rápido. Dan era ótimo, mas os anos de treinamento de Ben lhe deram um privilégio em questão de minutos, Dan estava no chão com a espada de Ben no peito.

- Então, Paul acho que somos nós dois. – Liam disse.

- Não escolheria outro adversário. – Paul disse provocante.

- Ótimo.

A espada dos dois se chocou e começaram a lutar. Paul cortava muitas vezes o ar, tanto por cima quanto por baixo, mas Liam se abaixava ou pulava. Então eu previ o que aconteceria, tinha feito isso com Liam na caça bandeira. Liam, forçou a espada de Paul para direita e ela caiu no chão. Ele então grudou a espada no peito de Paul. Que sorriu e recuou um passo.

- Parei. – ele disse levantando os braços.

2x1 pra eles. Precisamos virar isso.

Não poderíamos perder mais nenhuma luta. Assinalamos para Clara ir primeiro.

- Annabeth. – ela disse e Annie se dirigiu até ela.

Clara mexeu no pulso onde tinha uma pulseira com um pingente e mostrou sua espada. Era nova. Provavelmente ganhara de aniversário. Enquanto a mãe dela dava um apartamento, o pai deve ter dado a espada. Isso normalmente acontece, quando se faz dezesseis anos se ganha presentes legais. Liam ganhara um carro, Clara um apartamento, nem quero pensar no que os outro ganhariam.

Bom, a espada era longa, tinha um cabo preto que se ajustava perfeitamente à mão da garota. Annie usava uma faca curta, isso podia deixá-la em desvantagem. E a deixou ela perdeu a luta, para garota pequena, que pela espada ser maior fez a faca de Annie voar logo no começo.

Giovanna foi à próxima a escolher. Ela me encarou, olhou pra Flávia, pensou um pouco e então optou.

- Flá. – ela disse

Não tenho como descrever nada, Gi não tinha habilidade nenhuma com espada. Ela poderia ganhar se usasse arco e flecha. Porém, Flávia é incrivelmente habilidosa com uma espada e não teve problema nenhum em vencer da Gi.

A ultima luta ficara pra mim e Manuela. Uma luta que eu sabia ter muito mais do que estava entendido. Naquele momento em que ela me olhou e sorriu cinicamente eu entendi. Era o que ela queria, que nós duas nos enfrentássemos, e eu não esperava outra coisa.

- Acho que restou nós duas. – ela disse caminhando para o meio da arena com um sorriso vitorioso.

Todos ali sabiam o clima tenso que estava. Ninguém ousava falar nada. Liam tinha uma expressão preocupada, não sei se comigo, ou com a irmã. Flávia me deu um beijo na bochecha e me deu um empurrão de leve para eu ir até o centro.

Coloquei a mão no bolso e tirei o batom do bolso já o girando e transformando em espada.

- Não cantaria vitória antes do tempo. – minha voz estava rude e baixa. Ninguém nos ouvia.

- Tenho certeza que vou ganhar, aposta? – ela falou sorrindo.

Enquanto isso andávamos em circulo.

- Quer apostar o que? – perguntei, não perdendo a chance.

- Liam Winer. – ela disse com os olhos brilhando.

- Não. – falei seca. E dei o primeiro golpe com a espada e ela rebateu.

- Medo de perder? – ela falou.

- Não quero te deixar tu se passar por idiota.

- Não vou...

- Sim, por que seu irmão vai querer sair contigo.

- Ele saiu com você, não é? Então eu sou melhor.

- Cale a boca.

Disse aplicando outro golpe e esse fez um arranhão no braço dela.

- Vadia. – os olhos dela tinham ódio.

- O que eu te fiz, pirralha? Ele é anos mais velho que você, nunca vai querer alguém como você? – eu estava provocando.

- Qual o problema? – ela ergue uma sobrancelha. E atacou no impulso, fazendo com que eu conseguisse me defender e derrubá-la no chão.

- Vamos, levanta. – disse colocando a espada no chão e olhando pra ela.

- Não preciso de piedade. – ela falou se levantando.

- Desculpa, cunhada, mas não vai rolar eu te matar. – falei pra ela. – Não vou descer ao seu nível.

- Impossível. Saiba que meu irmão só ta contigo por que você é fácil, por que você se vaza pra qualquer um. Duvido que não tenha ficado com o Felipe. Duvido que você ainda seja virgem. – ela cuspia cada palavra.

Eu não esperei mais nada. Apenas peguei a espada e ataquei. Não importava mais nada. O único barulho vinha do bronze se chocando. Até que ela fez a coisa mais cretina que eu já vi. Ela me chutou. Numa luta de espadas, o que me fez cair no chão. Ela se aproximou e grudou a espada no meu peito.

- Não vou ter piedade de você. – ela falou e rapidamente abriu um corte no meu braço. Era fundo.

E eu soltei um grito de dor e vi ela recolocar a espada no meu peito.

- Manuela, não! – ouvi Liam gritando.

Ele estava preocupado. Quando ela o ouviu, me olhou e sorriu.

- Viu, ele não se importa com você... apenas com o jogo que ele perde se eu te machucar... ou matar.

Quando ela voltou a olhar pra ele, eu vi que minha espada ainda tava na minha mão. Dei um tapa no fim da lamina e no inicio do cabo da dela e ela voou. Quando ela me olhou chocada. Eu fui até as costas dela e prendi a lamina da minha ao seu pescoço.

- Então... ta, só que ele me pediu em namoro... – falei mostrando o anel. – Você perdeu... nos dois. Nunca quis ser sua inimiga sabe... mas eu sei me defender bem.

Quando ouvi a sirene do fim, eu a soltei e guardei a espada no bolso.

- Bem Lola! Ganhamos! Nova York daqui a uma semana! – Clara disse me abraçando.

- Sim – e quando fui abraçar ela, já tinha ido.

- Minha Santa Afrodite! – Flávia disse me abraçando. – Ganhamos! Você foi fantástica. Arrasou a garota! – e a abracei de volta.

Então o abraço que eu tanto esperava, me pegou no colo e eu entrelacei minhas pernas envolta do seu corpo.

- Lola! – ele falou – Eu perdi, mas que se foda, tomei um susto. Mas cara, você continua boa... – ele disse dando um beijo na minha bochecha.

- Rumo a Nova York. Ter uma vida de adolescente normal. – disse colocando minhas mãos nos seus cabelos.

- Bebidas, festas e mulheres. – Dan disse do nosso lado recebendo um tapa da Flávia. – Só você minha gata, é a única mulher da minha vida. – ele arrumou.

- Sei, Daniel, to sabendo. – ela disse beijando ele.

- Pela primeira vez, eu vou copiar a Flávia. – disse sorrindo pro Liam.

- Boa ideia. – ele falou passando o nariz no meu.

Então foi assim, nos beijamos. Nem importava o fim das tarefas do acampamento. Não importava a irmã maluca dele, ou os irmãos Stoll’s que davam ciúmes nos dois. Estávamos os cinco, indo para Nova York, cursar o segundo ano. Talvez não conseguíssemos cursar o terceiro, talvez mal desse pra completar o segundo, ou talvez não desse um mês, por causa da guerra... Mas não íamos desistir, não pelas dificuldades que o ensino médio fora do acampamento nos daria, tanto os populares quanto os professores...

Na verdade nós só tínhamos um inimigo no próximo ano, que era certo que nos atacaria. O pior que podíamos ter. Eu nem me lembrava dele... mas sabia que ele estaria presente... na verdade eles...


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Notas finais do capítulo

Gente,
Chegamos ao fim da segunda temporada, temporada essa que eu amei demais escrever e que foi muito boa pra mim graças a companhia de vocês meus amores. Sempre me mantiveram firmes e nunca pensei em desistir, por que enquanto houver uma pessoa lendo.. eu estarei aqui. Seja reviewsando ou não. Na verdade eu até entendo que não reviewseiem, alguns por medo do botão enviar, outros por não quererem ser chatos/grossos comigo, até alguns por preguiça e eu aceito isso numa boa. Mas eu fico muito mais feliz quando vocês me deixam muiito mais feliz quando reviewseiam, se você reviewseia, desculpa pelo drama aí em cima. Bom viram que o capítulo saiu beem maior hoje né? Quase tivemos o dobro de pagínas que o comum, mas sabe como é, eu preferi pular umas partes pra não ficar monótono.
A próxima temporada vai rolar no colégio em Nova York, eu sei que pode parecer sem animação e tudo mais, porém lembrem que meu foco ainda é a profecia do tio Rick e nós só temos 5 meios-sangues por enquanto e nós nem sabemos se eles são os fixos. Vai ter bastante animação e vai rolar algumas coisinhas inesperadas, então por favor acompanhem meus amores e não me abandonem.

Dedicatória, a todos os que me acompanham: Amis, Flávia, Ciro, Luiza, e todos os outros anonimos. (esses que revieseiam sempre tá gente?)

Até a próxima temporada, desculpa pela demora, reviews?



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