Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 37
Compra-se primos!


Notas iniciais do capítulo

hey hey, eu demorei, mas eu voltei.

{explicação no fim}

PS: Capítulo para matar barata.



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Acordei cedo, era véspera de Natal e eu estava ansiosa para ver a minha família. Exceto a família de Peter essa sem dúvida eu passava. Infelizmente estávamos indo para lá, eu, Miranda e minha mãe, além do meu padrasto. Tínhamos enviados os presentes dos meus amigos ontem mesmo pelo correio, e segundo minha mãe os nossos presentes já estavam todos na casa da vovó.

 

Sai do carro com uma expressão que eu não sabia ao certo o que era, mas não podia ser alivio. E para minha sorte todos os meus ?primos? estavam ali.

 

- Lola! - disse Beatrice. Filha da irmã do Peter, uma garota insuportável, fútil e que acredita que a maior decepção da vida dela será quando os shoppings fecharem ou quando o cartão de crédito sumir. - Adorei o seu vestido.

 

Eu usava um vestido preto bem simples, com uma facha rosa na cintura. Eu sabia o que ela queria, que eu elogiasse o mini vestido dela, vermelho com pedras o que deveriam ser alguns rubis verdadeiros.

 

- O seu também é muito bonito. - falei com o tom mais monótono possível.

 

- Obrigada. - seus olhos faiscaram - É um Dolce Gabbana original.

 

Depois dela abracei a irmã de Peter, uma mulher igualmente falsa como a filha e que deveria estar na qüinquagésima plástica. Depois tinha os três filhos do irmão do Peter, um cara razoavelmente decente.

 

- Lola. - uma garotinha de aproximadamente cinco anos abraçou minha cintura.

 

-Olá Chloe. - disse a abraçando. - Está é Miranda, minha irmã. - apresentei tanto para Chloe quanto para os irmãos dela.

 

- E aí? - disse Gregory. Era o irmão do meio. Calado, na dele e viciado em computador. Apenas assenti. - Tudo bem, Miranda? - levei um fora.

 

Dirigi-me para dentro da casa, esperando que a peste, meu ultimo primo, não me seguisse.

 

- Ora, ora. - merda. - Quem voltou para casa.

 

- Olá Oliver. - disse sorrindo falsamente.

 

O garoto tinha dezessete anos. Vivia em farras e tudo mais. Nunca namorava sério e vivia dando em cima de mim.

 

- Está uma gata. - comentou - Me chame de Ollie como todos. 

 

- Vá dar em cima de outra Oliver. - disse entrando na casa, esperando achar alguém.

 

- Ninguém dentro de casa. Estão no quintal dos fundos. - falou entrando atrás de mim.

 

- Sabe se quer tanto uma de suas ?primas? - fiz aspas com as mãos - Vá atrás de Beatrice, ela provavelmente adoraria ter você- disse com nojo.

 

- Sempre preferi você. - disse passando a mão na minha bochecha.

 

- Cai fora Oliver. - dei um empurrão nele. Antes de sair pela porta me virei - Sinto nojo de você.

 

- Você me ama! - gritou, soltando uma risada.

 

Corri até onde o Greg estava com a Miranda.

 

- Tudo certo? - disse sorrindo. De todos os meus primos. Greg era o mais normal.

 

- Sim, Lola. Algum problema? - Mi me olhou como se pedisse para eu sair dali.

 

- Nenhum, viram a Chloe? - perguntei.

 

 (...)

 

O almoço passou rápido. Graças aos Deuses. Finalmente podíamos ir para casa da vovó. Ela ficava em um lugar mais afastado da cidade. Era quase a fazenda e tudo mais. Assim que chegamos eu quase pulei do carro em movimento e isso deixou o meu padrasto com raiva, afinal eu quase me arrastava quando era a família dele.

 

- Vovó! - corri indo a abraçar.

 

 - Olha garota, como você cresceu. - disse me abraçando. - E quem é essa garota linda?

 

- Miranda. - apresentei. - Minha irmã. - completei.

 

Vovó ergueu uma sobrancelha e olhou para mamãe.

 

- É do Fê. - minha mãe falou dando ombros. 

 

Olhei para ela com uma cara interrogativa.

 

- Febo. - explicou.

 

Fiquei meio confusa mas decidi não falar nada.

 

- Vô. Cadê a Sô? O Juliano? E o Edu? - disse indo abraçá-lo.

 

- Por aí! - sinalizou para dentro da casa .

 

Peguei a mão de Miranda e subi as escadas. O térreo parecia uma casa antiga, e quando você ia subindo as escadas acabava avançando os anos, minha avó gostava desse efeito. Estávamos no segundo andar e ali se sucediam quatro portas de cada lado. Dois banheiros, o quarto de cada um de nós e o de hospedes. Abri a porta do meu quarto e percebi que Peter já tinha colocado as mochilas ali, afinal passaríamos a noite na casa da vovó como todos os anos.

 

- Vou ali no quarto da minha prima, - avisei Mi. - Você vem junto?

 

- Posso ficar aqui? - apontou para o computador em especial.

 

- Claro. - e bati a porta do quarto.

 

Pulei uma porta. Do quarto do Juliano e bati na segunda. Era até bem simples entender a nossa família. Eduardo, o Edu, é o mais velho tem dezessete anos e é filho do irmão da mamãe. O Juliano e a Sofia, são gêmeos tem dezesseis e são filhos do irmão mais novo da mamãe.

 

- Entra. - ouvi uma voz abafada vindo do quarto.

 

Abri a porta e ouvi um grito.

 

- AHHHHHHHH!

 

Para variar alguns segundos depois o quarto foi invadido por dois marmanjos. Edu e o Juliano.  

 

- Qual o problema, Sô? - perguntou Juliano. - Lola! Caramba, quando papai disse que você tinha ido para um acampamento de férias, eu não tinha mais esperanças de te ver!

 

- Lolita! Cara que bom te ver! Falando nisso, o vô mandou chamar todo mundo para começarmos a arrumação. Mas quando ele falou todo mundo não imaginava que você estaria aqui.

 

Viu? A diferença do modo como os meus PRIMOS me tratam para o que aqueles impostores chamam de família?

 

- Vim com a minha irmã. - disse sorrindo.

 

- Sim eu vi sua mãe, ela ta enorme. - comentou Edu.

 

- Não outra irmã, do meu pai. - expliquei.

 

- Achei que não o conhecia. - comentou Sô.

 

- Conheci nas férias de Julho. - falei.

 

- Ele vai passar aqui? Sabe para jantar com a gente? - disse minha prima empolgada.

 

- Duvido, ele sabe, tem outra família. - pensei nos olimpianos.

 

- Hm... Então descendo galera. - Edu nos empurrou para fora da casa.

 

(...)

 

Passamos a tarde arrumando a casa e montando arvores. Apresentei a Miranda para os meus primos que logo a acolheram como uma de nós. Meus avós estavam planejando desmontar o outro quarto de hospedes e fazer um quarto para ela, afinal o outro quarto era o da Julieta.

 

Tinha tomado um banho e colocado um vestido rosa, quase roxo, ele tinha uma renda preta por toda a extensão. Coloquei um sapato de salto preto. Essas eram as únicas horas que eu me permitia colocar algo mais .... extravagante? Além de quando a Flávia me arrumava ou quando eram festas.

 

Desci junto com a Miranda. Lá em baixo a sala estava cheia. É que além dos irmãos da mamãe que tinham filhos, outras duas irmãs também existiam e essas eram só casadas, mas elas traziam noivos, sobrinhos dos noivos e coisas do tipo. O único momento do feriado de Natal que era excepcionalmente apenas da minha família era a ceia, onde só ficava a família mesmo, ou seja, sem sobrinhos e coisas do tipo e a abertura dos presentes. 

 

Cumprimentando todos, fui andando pelo salão assim. Dizendo um ?oi? aqui e ?como anda?? ali. Eu estava em casa e nada podia ser melhor que isso, na verdade podia ser vezes melhor. Eu podia ter um namorado.

 

Eram dez horas quando grande parte foi embora, as minhas tias que não tinham filhos tinham saído para passar o resto da noite na casa dos noivos, levando grande parte da população junto.

 

Restamos, meus avós, mamãe, Peter, dois casais de tios, Edu, Juliano, Miranda, Sô e eu. A mesa estava posta e comíamos nos divertindo bastante. Havia muitas conversas paralelas mas isso não impedia que alguém desse um palpite da conversa dos outros. Família italiana é assim, uma bagunça mas todo mundo se ama muito.

 

(...)

 

Já tínhamos comido e estávamos no sofá assistindo televisão, enquanto os adultos conversavam. Bateu-me uma saudade do acampamento, há essa hora provavelmente eu já teria dormido, mas cara, sem dúvida seria fantástico um Natal lá. Estava quase pegando no sono quando a companhia tocou. Acordei meio de sobressalto. Sentei no sofá e tirei meus pés de cima do Edu. Minha mãe foi até a porta. Onde eu estava sentada eu não podia ver quem era.

 

- Er... oi? - minha mãe parecia insegura quando atendeu a porta.

 

-E aí? - a voz era grossa, não era quem eu esperava, obvio que não era! Eu sou idiota demais para pensar que o Liam viria aqui.

 

- Q-quer entrar? - ops. Alguém estava entrando, e eu estava de pijama.

 

- Certo. - ops duplo. Esse alguém entrou mesmo.

 

Virei para ver quem era. O homem estava parado do lado de minha mãe, no fim do corredor do hall. Tinha um cabelo curto e escuro, alguns fios grisalhos já apareciam, mas ainda tinha uma aparência bem sexy se posso dizer. Os olhos eram de um tom verde único, pareciam duas esmeraldas. Vestia uma pólo xadrez azul com branca aberta, com uma blusa azul marinho por baixo. Uma calça escura no tamanho certo e sapatos pretos.

 

- Wow. Gato. Mas muito velho. - Sofia sussurrou no meu ouvido.

 

Continuei fitando aquele homem sem saber o que ele fazia ali.

 

- Er... Lola? - ele falou como se estivesse confuso. Colocou a mão no pescoço em sinal de nervosismo e mordeu o lábio inferior. - Miranda? - agora ele olhava para a minha irmã. Continuávamos paradas até que ele abriu um sorriso único.

 

Ah cara!

 

- Pai? - disse meio insegura me levantando.

 

- Sim? - ele respondeu.

 

OMG! O que fizeram com o meu pai adolescente? Muito gato, que todas as garotas do acampamento suspiravam?

 

Então a voz dele, invadiu a minha mente.

 

Pegaria mal se eu me apresentasse para os meus... bem para os seus avós como um adolescente não? Pelo menos na primeira vez.

 

A Miranda já estava abraçada a ele. Eu ergui uma sobrancelha e acenei.

 

- O que você faz aqui? - fui direta ao ponto.

 

- Bem, só passei para dar oi. - respondeu.

 

- Querida, quem era? - minha avó saiu da cozinha secando as mãos no avental que ela usava para lavar a louça.

 

- Mãe... Este é o Febo. Pai de Lola. - ela o apresentou para a mãe.

 

- Prazer, Senhora - ele estendeu a mão.

 

- Até que em fim te conheci. Passe o Natal aqui, podes ficar no quarto de hospedes. - minha avó parecia simpática demais... talvez por que ele fosse bonito... sei lá, ah cara!

 

- Não, obrigado. Não vou dar trabalho, passei só por que estava aqui perto. - voltei a erguer uma sobrancelha. - Já vou indo. Até mais garotas. Alice. - beijou a mão da minha mãe.

 

Vi os olhos de Peter faiscar e sorri com isso.

 

- Tchau. - falei brevemente. Ajoelhei-me do lado de Sofia. - Obrigada por elogiar meu pai. - sussurrei de volta e subi as escadas rindo da cara de ultraje que ela fez.

 

Subi as escadas e entrei no meu quarto, peguei meu celular e na tela estava escrito. 9 chamadas não atendidas - Flávia. Ela não me erra mesmo. Liguei de volta.

 

- Alô. - falou.

 

- Ligou por que? - perguntei.

 

- Que humor amor. Feliz Natal! - disse muito empolgada. - Você vai gostar do meu presente... Era isso mesmo. Tenho que ir agora. Sabe tão estourando um champanhe francês e eu não perco isso por nada, beijo.

 

- Alô? - ela já tinha desligado.

 

(...)

 

3h da manhã. O visor do meu celular indicava. Eu estava sem sono. Na verdade eu não parava de pensar nele. Depois do ano novo, eu estaria de volta ao acampamento... e ele?


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Notas finais do capítulo

HEY GALERA!
Vou explicar, eu to pensando muito em certas coisas que não estão me deixando manter a Lola longe do Liam... mas cara eu gosto dessa briga idiota, então eu tenho que ficar batendo a cabeça para continuar com ela. Mas graças a uma amiga ae, tive uma ideia para mantermos a Lola longe do Liam! Então vou seguir essa ideia...

Fora isso é NATAL na fic. O próximo capítulo vai passar o natal e o ano novo... rapidão... para que a surpresa e a próxima missão iniciem.

Beijocas.
L.