Mente de Coordenadora Pokémon escrita por Kevin


Capítulo 23
Arte x Esporte


Notas iniciais do capítulo

E vamos a mais um capitulo... Acertei meu computador esta semana, então vamos nessa!!!



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<><><><> Duas horas antes do Inicio da Segunda Fase do Concurso <><><><>

 

— Vai adiantar algo eu dizer que você está linda? -

 

Mirian disse um tanto esperançosa de que Laris se sentisse bem vestida e pronta para seguirem para cúpula onde aconteceria a segunda fase do concurso de Celadon. A menina estava em duvida entre calças com blusas justas ou um vestido que Mirian só conseguia definir como lindo, mas pouco parecido com Laris, já que até aquele dia ela não havia visto a menina usando nada parecido. A Miller tentou dizer, por mais de duas vezes que o vestido, por mais bonito que fosse, não era uma boa opção para cúpula, pois poderia voltar a ser levitada e a multidão iria amarrotá-lo em pouco tempo.

 

— Desculpe-me! - Laris sorriu sem graça aceitando que ficaria com calça e blusa justas. - Mas, quero muito ir para a final! Pela primeira vez a chave está clara e posso tentar derrotar o Mestres dos Espelhos na final. Mas, para isso nada pode dar errado e isso incluí e a roupa, de alguma forma. -

 

A menina negra olhou-se no espelho convencendo-se de que estava bela com a roupa, sem causar grande extravagância ou com possibilidade de tirar a atenção de seu pokémon e levá-las para ela própria. Guardou rapidamente as roupas que estavam espalhadas pelo quarto do centro pokémon e segurou a pokebola com seu pokémon escolhido para a segunda fase. Olhou para Mirian e sorriu.

 

— Obrigada pela ajuda! Vou ganhar e dedicar a vitória a você. - Disse Laris animada.

 

— Co-Como assim? - Mirian pareceu surpresa sentada no sofá. - No que a ajudei? Foi só uma opinião sobre roupa. -

 

Laris riu e conferiu se estava com tudo o que precisava novamente e caminhou para Mirian estendendo uma mão para ergue-la do sofá. Mirian aceitou a ajuda e sentiu o puxar forte de Laris a erguendo.

 

— Na primeira fase você me deu a tranquilidade de perceber quem realmente era o Mestre dos Espelhos no momento em que eu estava nervosa e insegura por ele ter copiado minha apresentação. - Disse Laris. - Você me fez ver que o Mestre dos Espelhos é uma espécie de colecionador de arte e por isso só copia o que acha ser uma arte digna. O que me anima e alivia muito, pois não vejo coordenação como arte e sim como esporte. Sabe o que significa? Se eu puder chegar a final para enfrentá-lo e vencer vou estar provando que a coordenação esporte supera a coordenação arte. -

 

Mirian sorriu apenas para não entrar naquele assunto do qual ela pouco queria discutir. Uma vez viu sua mãe e Laris quase começarem uma discussão sobre o tema e não tinha a menor intenção de realizar tal discussão com Laris. Ela não tinha opinião sobre e nem ligava se era esporte ou arte.

 

— Além disso, você me deu a ideia de usar Jolteon. Seus comentários enquanto a revista que possuía a lista dos dez mais me fez perceber que Andy iria com seus pokémon de água e que todos os outros usariam pokémon que não tem a velocidade do meu Jolteon. - Laris sorriu de repente. - Sem contar seus questionamentos. Fico surpresa que você ainda tenha dificuldades de ver a diferença entre batalha de coordenação e batalha de treinador. Mas, isso me ajudou a viver o limite desta linha. -

 

Laris havia percebido algo novo para a coordenação, sem poder executar as ações, não haveria apresentação para o outro lado. Tentar paralisa-los logo de saída com um pokémon veloz era uma estratégia campeã e que gritava sou esportista e não artista. Laris sabia que Mirian não entendia metade do que ela havia lhe permitido compreender, mas agradecia ainda assim.

 

 

<><><><>

 

Meu nome é Mirian Miller e me tornei uma Coordenadora Pokémon para conquistar uma taça em homenagem a minha mãe. No entanto, fui tão mal no início que acabei presa acusada de ser caçadora ilegal e falsificadora. Depois de sair da prisão, retomei minha jornada para descobrir as pessoas que armaram para que eu fosse presa.

Depois de descobrir que minha preferia que eu tivesse passado esse tempo todo com ela, do que me arriscando, percebi que sinto falta demais do meu melhor amigo.

Por que ser coordenadora é tão difícil?

 

 

Mente de Coordenadora Pokémon
Episódio
23: Arte x Esporte

 

A pergunta que talvez qualquer um faça ao assistir um concurso pokémon é, o que é a segunda fase? O que ela realmente representava uma batalha pokémon num concurso pokémon? Qual seu objetivo e significado? E se esses questionamentos não importavam para a plateia que apenas deliciava-se com as demonstrações que viam durante uma batalha, os coordenadores realmente se importavam.

 

Para alguns a segunda fase significa mostrar suas melhores técnicas, aquelas realizadas das formas mais perfeitas e varias que podiam, de forma a pontuar o máximo que podiam. Estes pensavam em coordenação como esporte e para eles tudo era questão de treino, física e estratégia. Coordenadores esportivos se aproximavam muito dos treinadores. Treinavam exaustivamente a mesma técnica, diversas vezes, quantas vezes fosse necessário para ficar perfeito a ponto de em suas batalhas valerem mais pontos do que da vez anterior que tenham o realizado. O que diferenciava um coordenador que enveredava pelo estilo esportivo de um treinador pokémon, na questão de batalhas, era violência. Apesar de não ser a intenção de machucar seu adversário, os treinadores pokémon lutavam até que alguém não pudesse mais e isso significa ferir o adversário. No entanto, os coordenadores apesar de querer que suas técnicas ficassem cada vez mais perfeitas em execução e força, não queriam machucar ninguém.

 

Alguns da segunda fase, buscavam realizar suas melhores técnicas, realizando-as das formas mais belas e chamativas possíveis querendo chamar o máximo de atenção para seus pokémon. A coordenação neste ponto era para chamar a atenção para si por seus feitos e por isso acreditavam que coordenação era arte. Quanto mais belo fossem seus movimentos, mais comparados a arte eles seriam. A vitória para esses casos eram apenas uma questão de consequência de fazer a melhor arte no palco, contra o seu adversário.

 

A maioria dos coordenadores não sabiam se posicionar quanto ao tema, aqueles no entanto que o faziam eram os que mais iam longe, pois abraçavam um estilo e conseguiam evoluir. No geral, os mais populares eram sempre os coordenadores que viam tudo como arte. Tanto que por quase uma década os Top Coordenadores que ascendiam a esta posição eram quase todos coordenadores olhando para a arte, apenas Soleda tinha uma inclinação esportiva.

 

Era uma atração a parte ver os dois lados se enfrentarem, com suas crenças de perfeição e variação. Com suas crenças de força contra beleza. A maioria não conseguia distinguir entre os dois tipos, a plateia não se importava muito, gostava do espetáculo fosse ele realizado a base de caculos ou de sentimentos. Os poucos que ficavam muito claros para a plateia geralmente gritavam tanto esporte ou arte, que chegavam a ser considerados excêntricos demais e por isso não iam muito longe.

 

Quando Mirian realizou sua segunda apresentação, a máquina de lavar, acabou gritando ao mundo que ela enveredava pela arte. Apesar de muitos números estarem inseridos na apresentação, era arte o que ela tentou mostrar naquele dia. A questão de Mirian ser uma novata e gritar arte a cada vez que subia no palco mostrava certa excentricidade e a plateia questionava-se quando ela cairia e não mais se levantaria. Ninguém sentiu falta dela após dois meses de desaparecia e muitos apenas lembravam-se dela quando Amora gritava para ela aparecer.

 

Arte excêntrica. Era assim que a arte de Mirian era chamada e levantava a atenção de muitas pessoas, inclusive do tão misterioso Lado Negro da coordenação pokémon, No entanto, por ela quase sempre fugir, como Amora dizia, da fase 2 dos concursos os coordenadores maiores da coordenação focado em arte não davam a mínima para ela. Este era o caso do Mestres dos Espelhos. Ele ão se importava com Mirian, mas havia ficado interessado em Laris.

 

Laris era uma jovem coordenadora com alguns festivais já participado. Seu estilo era simples e objetivo, mas conseguia mostrar algo que surpreendia a todos, suas apresentações sempre pareciam evoluir, como se sua arte fosse evoluir. Somente naquela temporada, em Kanto, as pessoas começaram a se dar conta que apenas era o resultado do seu estilo esportivo nos palcos. Uma esportista que se misturava aos artistas e só os bons olhos percebiam o que ela realmente era.

 

Mestre dos Espelhos não sabia quem era Laris até o dia que encontrou em um dos três palcos do concurso especial de Celadon. Ele era rápido e tinha um tempo de reação sobre humano, via e já identificava o que estava acontecendo a ponto de conseguir em pouco mais de dez segundos copiar o adversário. Escolheu Laris ao outro garoto pois viu nos olhos dele que a arte que ele faria era fraca a indigna, e a jovem negra prometia uma onda de flores arrojada e multiformica que ele. Pensou em arte, mas ao vê-la em ação na segunda etapa da primeira fase compreendeu ser esporte. O pior, viu-a vencê-lo e isso deixou-o animado para duelar contra ela na segunda fase.

 

 

— Sabe o que vou fazer neste palco, não sabe? -

 

 

Cabelos brancos, não da idade, mas da própria falta de pigmentação que que seu corpo provia, uma pessoa quase alva, mas ainda assim elegante e atlética. Aquele era o Mestre dos Espelhos sorriu para Laris convidativo. Sabia que por ela ser uma esportista entenderia perfeitamente as falas dele. Quem pode escutar aquelas poucas palavras imaginaria que falava que Laris seria copiada do inicio ao fim, mas Laris sabia que aquela era uma disputa de Arte contra Esporte. Talvez ninguém mais na plateia se importasse além dos dois, mas alguns que sabiam o significado tentavam ficar neutros devido a posição que possuíam.

 

Eliot Gray escutou perfeitamente a provocação e compreendeu. Ele tinha essa vertente artística, mas admirava quem fazia sucesso encarando a vida como esporte. Não importava para ele qual iria vencer, conseguia ficar alheio aquela situação. Por isso fez sinal que era para se prepararem que tudo iria começar.

 

 

— Será uma honra ver você tentar e fazê-lo falhar. - Laris respondeu confiante.

 

 

O Mestre dos Espelhos sorriu. Ele estava animado como jamais esteve diante a um coordenador esportivo. Copiar um esportivo não tinha graça, mas Laris seria completamente diferente. Ele não tinha que analisar a arte porque todas as técnicas que ela usaria não estavam num bom nível, estavam num nível perfeito.

 

 

— E o show começa agora! -

 

 

Gray autorizou o inicio da partida e ambos lançaram as pokebolas com velocidade, liberando seus pokémon. Lá estava o Jolteon de Laris, pronto para combater e fazendo o que havia treinado, usando o Onda Trovão assim que saísse.

 

 

Não é tão fácil saber o limite da Coordenação Esportiva e Batalhas Pokémon. Ser agressiva em um duelo do concurso pode passar a ideia errada e me custar alguns pontos preciosos se a técnica não surtir o efeito esperado no adversário. Sair da pokebola já realizando um movimento não é algo tão incomum ao redor do mundo, alguns chegam a por selos nas pokebolas só para suprir uma entrada de palco surpreendente que não possa suprir sozinha. Claro que fui aplaudida a cada vez que fiz isso, pois a cada duelo planejei uma evolução, como para este que eu não comandaria. Jolteon sairia já fazendo o que treinamos, criando uma evolução do que faríamos sempre, surpreendendo o adversário. Surpreendendo o que o público já espera que aconteça. Laris sentiu a pressão do inicio, todas as suas duvidas estavam ali e logo de inicio o adversário mostrou que não tinha em sua alcunha a palavra mestre por nada.

 

 

O pokémon do adversário mexeu rápido para a esquerda, arrastando todo seu corpo gelatinoso e rosado com velocidade. Aquele era o segredo do Mestre dos Espelhos para copiar completamente seu adversário, Ditto. Era um pokémon de transformação, que conseguia transformar-se em qualquer pokémon que estava a sua frente.

 

 

— Achou que eu não sabia de sua arte evolutiva? - Questionou o Mestre dos Espelhos sorrindo e depois fez um estalar de dedos e todos ficaram maravilhados enquanto via a gosma rosa ficando igualzinha a Jolteon, fazendo ser difícil alguém dizer qual era o Jolteon de Laris e qual era o Ditto Jolteon do Mestres dos Espelhos. - Eu sei exatamente o tipo de coordenadora que você é. - Um sinal de cabeça, quase imperceptível e Ditto Jolteon tentou acertar o pokémon de Laris com o Onda do Trovão.

 

 

Foi uma escapada rápida, mas claramente o pokémon de Laris ficou inseguro com aquilo. Laris sorriu claramente, os pontos dela estavam abaixo dos dele, mas não tanto quanto ela esperava. Ainda assim, ela viu algo interessante.

 

 

— Uma jovem negra de 16 anos que leva um Estilo Esportivo, calculando, fazendo estratégia e querendo que cada vez que suba no palco sua performance com aquele pokémon tenha evoluído. - O Mestre dos espelhos começou a falar. - Possuí uma coleção grande de pokémon e costuma usá-los conforme os tipos mais usados, seguindo a tendencia do concurso. Confesso que seu Jolteon foi uma surpresa inesperada, uma alteração no seu estilo que só se deve a minha presença. -

 

 

De repente o Mestre dos Espelhos posicionou-se da mesma forma que Laris e parecia espelhar a posição dela. Ela franziu o cenho e quase que de automático ele o fez também. Laris dobrou a cabeça e ele o fez quase que do mesmo jeito.

 

 

— Está me espelhando? - As falas dos dois saíram quase em simultâneo. A diferença de tempo era tão pequena que Laris chegou a dar um passo para trás e viu ele fazer o mesmo. - Jolteon, Espetos, Agilidade e Ataque Rápido. - E os dois falaram ao mesmo tempo.

 

 

Ambos os pokémon fizeram seus pelos se enrijecerem e começaram a correr de um lado para o outro com velocidade, quase como borrões de amarelos pelo palcos, tentando acertar um ao outro com o ataque rápido, ou mesmo com os espetos. Laris tentou manter a calma, mesmo vendo a pontuação de ambos descendo, mas a dela, muito mais rápido que a dele.

 

 

— Matemática é arte se pensada corretamente. Então esporte, feita com perfeição é arte. - Mestre dos Espelhos havia tomado novamente sua posição, parando de espelhar sua adversária. - Veja essa corrida aleatória, onde na verdade está criando desenhos aleatórios belos nas cores amarela. Esporte pode ser o inicio, mas o final é arte. -

 

Laris cerrou os punhos e percebeu que ele não estava a espelhando naquele momento.

 

 

— Raio do Trovão. -

 

 

Enquanto ainda corria o pokémon de Laris se energizou e disparou um forte Raio do Trovão que apenas foi desviado, mas em seguida o pokémon adversário parou de correr. Mestre dos Espelhos olhou para o placar, ele ainda estava na frente.

 

 

— Esses pontos que perdi agora não foram tão interessantes. Você sabe que como arte poderia fazer melhor? - Ele sorriu. - Sabe eu não espelho apenas. Você sabe que copio logo em seguida e também evoluo! - Um sorriso quase diabólico surgiu do Mestre dos Espelhos. - Agilidade, Time Duplo, Ataque Rápido e Raio do Trovão em desenho do infinito com um segundo de atraso para cada. -

 

 

Laris pareceu se perder nos comandos dados, mas viu o pokémon adversário se mover velozmente, criando um rastro de luz amarelo mais vibrante e tentando acertar seu pokémon com diversos raios do trovão a cada instante. Era como ver um oito luminoso ganhando vários traços quase permanentes de energia dentro dele, preenchendo por completo.

 

A plateia aplaudia animada enquanto Laris também sorria deixando Mestre dos Espelhos quase que desconfortável. O placar mostrava que faltava apenas um terço dos pontos de Laris e ainda assim ela sorria.

 

— Eu estudo meus adversários favoritos. Este sorriso é porque eu cai na sua armadilha. Então, imagino que você tenha calculado a pontuação para realizar um movimento campeão que não me de tempo de copiar e evoluí-lo. - Mestre dos Espelhos sorriu ao ver que Laris esboçou uma reação quase de surpresa com as falas dele. - Esportistas calculam quase tudo. Você não consegue ser precisa neste calculo de pontuação e por isso vai perder. -

 


A plateia silenciou-se. Os pokémon pareceram mais lentos, quase que paralisados no tempo, seu adversário estava olhando desafiador, pronto para fazer o que ele sabia de melhor, copiar o adversário e dizia, melhoria o movimento que seria feito. Aquele momento parou e a mente de Laris estava como seu coração, a mil. A pressão, a sensação de que era o momento de realizar sua melhor jogada, a dúvida inserida em seu coração de que o adversário teria a chance de melhorar sua jogada, pois seus cálculos estavam errados e a certeza que mesmo vencendo, o Mestres dos Espelhos ainda era muito superior.

 

 

Sempre achei que o Mestre dos Espelhos fosse apenas um copiador que possuía a qualidade de observar as combinações dos outros e replicar. Que ele desenvolvera essa habilidade por causa de seu Ditto, para que ambos trabalhassem juntos numa sintonia de copiar e espelhar o que viam. Mas, ele mostrou todas as jogadas que ele possui, copiar, espelhar, calcular, blefar, evoluir e ler o adversário. Ainda assim, sua maior arte é pressionar o adversário fazendo-o ver algo que não é real, que ele é copiável, que ele é simples para ser copiado em questão de segundos. A arte suprema do Mestres dos Espelhos não eram as copias, mas o ataque psicológico que faz no seu adversário, é uma arte psicológica. 

 

Nunca tive nenhuma noticia dele sendo derrotado de forma forte. Perdia por poucos pontos e os vídeos que vi mostravam que ele só copiava, não fazia nada novo. Hoje ele me mostrou seu repertório e está me desafiando a mostrar que meus cálculos estão certos. Ele poderia me vencer, desde o inicio se usa-se seus conhecimentos para algo mais além de me copiar. Ele não vê necessidade em usar tudo o que tem contra mim porque não acha que posso vencer as habilidades dele com meus calculos. Conseguiu ver que tinha um plano de pontuação desde o inicio... Eu vou ganhar sem que ele tenha dado o máximo dele.

 

 

— Laris! Ele está tentando te enganar porque o pokémon dele não pode copiar a velocidade do seu! -

 

 

Um berro alto acordou Laris de seu pensamentos. Olhou para a plateia e viu Mirian apontando para o placar. Ela olhou e deu-se conta que faltavam apenas 40 segundo.

 

— Estava tentando fazer meu tempo acabar sem que eu conseguisse reagir? - Laris questionou surpresa. - Quer me vencer nos cálculos para provar que é melhor? -

 

— Arte ou esporte? Posso transformar seu esporte calculado em arte, copiando e aplicando a minha arte. Minha arte me permite copiar seus anos de treinamento duro em segundos. A escandalosa da plateia fala que seu pokémon é mais veloz que minha copia, mas fiz tudo o que você fez. -

 

 

— Dragão Elétrico! -

 

 

Faltavam vinte segundos quanto Laris comandou seu movimento supremo de eletricidade. Correndo em círculos, deixando que eletricidade saísse do seu corpo Jolteon sabia exatamente os movimentos que precisava aplicar naquele momento. Não demorou nem dez segundos para o dragão de energia elétrica aparecer em meio do palco e chocar-se contra o Ditto Jolteon que até tentou desviar, mas não foi veloz o suficiente.

 

A plateia gritava admirada com a eletricidade tendo tomado uma forma de dragão. Mestre dos Espelhos sorria, mas estava com os punhos cerrados naquele momento. A transformação do seu Ditto havia sido desfeita e ele parecia apenas uma gosma rosa, tostada imóvel.

 

 

— Deixa eu ler você agora, achou que eu não teria tempo de executar o movimento, ou que você teria tempo de executar. Mas, não contava que o poder do Movimento fosse tão grande a ponto de desmaiar seu pokémon, né? - 

 

 

Laris encarava seu adversário enquanto a plateia aplaudia sua vitória. Ignorava as falas do Mestre de Cerimônias, enquanto encarava a reação do Mestres dos espelhos.

 

 

— Você é interessante. - Mestres dos espelhos recolheu seu dito e caminhou até ela, estendendo a mão para cumprimentá-la. - Isso foi realmente bem esportivo, mas bem artístico também. Espero te encontrar no Grande Festival! - Os dois apertaram as mãos e de repente Mestres dos Espelhos puxou-a para um abraço e murmurou. - Mas, não participe do próximo concurso. Ele é perigoso demais para pessoas como nós. -

 

 

Laris piscou aturdida por alguns instantes processando a informação, mas acabou compreendendo e sorrindo. O próximo concurso seria interessante demais para ser dispensado.

 

 

<><><><>

 

 

Celadon a muito não tinha um evento como aquele. Laris tornou-se muito popular demorou para conseguir sair da cúpula com tantas pessoas parabenizando-a e entrevistas. Quando finalmente conseguiu tomar caminho para a saída suspirou ao ver quem a esperava. Aproximou-se preparando-se para um confronto, Amora Amada e Tommy Oliver não esperavam pessoas na saída de lugar nenhum para parabenizar.

 

 

— Ola? -

 

 

Ela disse, mas quase foi ignorada. Amora não a deu a mínima atenção, enquanto Tommy apenas olhou para ela por alguns instantes e depois voltou a olhar o que olhava anteriormente. A mesma coisa que Amora olhava com tanta atenção.

 

Não muito distante estavam Mirian e Aries, esperando pela saída de Mirian, exatamente onde combinaram com ela. Mas, havia um homem de terno preto e óculos escuro conversando com os dois e parecia mostrar um vídeo para eles.

 

A campeã do Concurso Especial de Celadon ficou tentando entender o que aquela dupla tanto observava. Decidiu seguir para junto de seus amigos, mas viu que algo estranho aconteceu ao se aproximar. O homem de terno olhou para ela quase que de forma ameaçadora, pegou seu tablet e saiu. Mirian e Aries pareciam surpresos e não dispostos a falar sobre quem era o cara.

 


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?



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