Dezembro, 2028.

Percy estava cansado, o dia fora cheio e ele não teve muito tempo para seus filhos. Para relaxar, o Rei sentou na mesa de seu escritório e procurou o jornal que fora deixado para ele pela manhã, mas que não tivera tempo de ler .

“Lady Annabeth Chase de Sun North e Sua graça Ole Solskjaer Duque de Gyllene Bergarter anunciam noivado oficial”

“Em uma entrevista particular com o repórter Jonas Salamdris, Annabeth Chase e Ole Solskjaer afirmaram estarem oficialmente comprometidos. Revelaram amar-se, querendo consolidar essa união perante Deus e o mundo.    

O casamento será realizado por volta do mês de junho,visando os grandes preparativos para a cerimônia e festa,sendo ambas abertas a imprensa.

Ole Solskjaer revelou: “ Estou muito contente, queria ter feito o pedido a mais tempo,sei que a amo demais e que seremos muito felizes juntos” .

A Lady de Sun North apenas disse que também está muito contente e que já começou os preparativos para a União.

Apesar do choque populacional, amigos íntimos da família, e de Sua Majestade o Rei Perceu, afirmaram que ele está contente com o casamento da ex esposa, mas muito populares esperavam uma reconciliação do ex casal.

Ao que tudo indica, os dois estão mais felizes separados, mas ainda ecoa-se uma pergunta na cabeça dos milhares de fãs da realeza: “Eles não se amam mais?”

Percy bufou. A mídia podia ser má quando queria. Talvez fosse melhor dormir, estava cedo, mas o cansaço o vencia. Já que ele não via os filhos a pelo menos uma semana, resolveu ir até a casa de Annabeth,dar pelo menos um boa noite a James, Thomas e Victoria.

Ele não avisou a Annabeth, chegaria de surpresa, afinal ele também não pretendia ir. Tomou ele mesmo um carro e dirigiu até lá, as luzes estavam acesas por toda a casa, Percy ouviu risadas altas quando chegou perto da porta. Ele procurou de onde o som vinha, e a luz  que saia pela janela da sala chamou sua atenção. Ele andou por fora da casa,até a janela da mesma. Procurou não aparecer muito, se escondendo na beirada. Ele olhou janela adentro, Annabeth, Ole,Mikkel,James, Thomas e Victoria estavam sentados no chão,pareciam divertir -se. James e Thomas riram das bobagens que Mikkel fazia para eles. Annabeth estava sentada ao lado de Ole, estavam abraçados, Victoria estava no colo de Ole e ria das bobeiras que ele fazia. Ole e annabeth trocaram um selinho rápido,riram um para o outro, Victoria pediu a atenção deles, e eles voltaram a brincar juntos. Pareciam uma família feliz.

The Night We Met - Lord Huron

A Noite Em Que Nos Conhecemos

Não sou o único viajante
Que não pagou sua dívida
Estive buscando um caminho para seguir novamente
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos
E então eu posso dizer a mim mesmo
Que diabos devo fazer
E então eu posso dizer a mim mesmo
Para não andar ao seu lado

Eu tive tudo, e então a maior parte de você
Um tanto, e agora nada de você
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos

Eu não sei o que devo fazer
Assombrado pelo seu fantasma
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos
Quando a noite estava cheia de terrores
E seus olhos cheios de lágrimas
Quando você ainda não tinha me tocado
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos

Eu tive tudo, e então a maior parte de você
Um tanto, e agora nada de você
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos
Eu não sei o que devo fazer
Assombrado pelo seu fantasma
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos

Percy voltou para o carro, estava claro para ele que o mesmo não era necessário ali.

Percy foi embora sentindo-se  desnecessário na vida de James, Thomas e Victoria. Sentindo -se desnecessário principalmente na vida de Annabeth.

**************************************************

Abril, 2029, Inglaterra.

—Você está ansiosa pro casamento? -perguntou Britta, pelo telefone

Annabeth havia levantado a poucos minutos, viu a mensagem de sua irmã e retornou em forma de ligação.

—Um pouco irmã. - respondeu Annabeth

—Ole é um homem muito especial Annabeth, e era um solteiro cobiçado. Você o conquistou,  ele te ama demais Annabeth.

—Eu sei disso.

—É normal ter dúvidas viu?

—Você não parecia ter dúvidas quando pediu o divórcio de Oliver. - Annabeth disse,tentando jogar na cara da irmã o que ela fizera

—Meu casamento com Oliver já não estava mais o mesmo,é diferente.

—Mas e a viagem? Vocês se resolveram? E as crianças? Liguei pra isso e no fim acabamos falando de mim.

—A viagem foi maravilhosa… nós decidimos tentar de novo.

—Meu Deus! Isso é maravilhoso Britta! Benedikt e Frederick devem estar felizes.

—Eles estão, fizemos um jantar na sexta. Bene trouxe uma namorada,acredita? Ele só tem 19 anos, é um bebê ainda.

Annabeth riu do outro lado da linha

—Ele não é mais um bebê Britta. Mas me conta mais sobre essa reconciliação com o Oliver.

—Então a gente foi pro Japão sabe,lá é tudo diferente,nunca tínhamos ido pra lá. Foi uma experiência incrível, tivemos tempo de conhecer novos lugares e de nos conhecermos de novo. Foi maravilhoso. Ficamos um tempo com Agust e a esposa dele, ela até falou em uma tal lenda do fio vermelho do destino ou sei lá o que.

—Fio vermelho do destino?

—Isso, Akai Ito. Acho que é assim que se pronuncia, é uma longa história, mas é muito interessante. Vocês deviam passar a lua de mel lá, eles tem lendas muito boas pra se juntar alguém.

—Afinal, vocês agora estou prontos para seguir adiante?

—Estamos prontos para retomar de onde paramos, esquecendo os erros do passado. Annabeth… você também pode fazer isso…

—Com o Ole?

Britta suspirou.

—Com  Percy.

—Percy e eu acabamos, não há nada que se possa fazer.

—Talvez haja, não pode se casar com Ole tendo dúvidas, se existe sentimento pelo Percy,procure-o, talvez ainda exista uma chance para vocês.

—Nossas chances acabaram.

—Acabam quando vocês quiserem.

—Eles acabaram.

—Não acabaram, não minta pra si mesma.

—Eu amo Ole, não estou mentindo pra mim mesma.

—Se você acredita nisso, case-se com ele,só… não se arrependa irmã. Eu tenho que ir, Fred chegou do treino.

—Tchau Britta, manda um beijo pros meninos.

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—Casar é complicado. - Annabeth suspirou ao jogar-se na cama

—É muito irmã,mas eu não entendo tanto disso, nos meus dois casamentos ambas cuidaram de tudo, eu só fiquei nervoso. - Gustav disse,deitando na cama ao lado da irmã

—Você teve dúvidas? Tipo, quando casou pela primeira vez, com a mãe do Agust?

Gustav pensou.

—Salel era na época uma mulher incrível, eu estava apaixonado, eu fiz de tudo por Ela. Não tive nenhuma dúvida, apenas dívidas. - eles riram

—E com sua segunda esposa, com Elna?

—Eu tive dúvidas sim, foi meio que um casamento arranjado. Você sabe, eu casei novo com Salel, ela estava grávida do Agust e tudo mais. Acho que o divórcio foi a pior parte,pra nós dois. Eu não entendia porquê me divorciar, eu a amava, mas ela não me queria mais e eu tinha que respeitar isso. Ser solteiro aos 18 anos de idade e com um filho de dois anos não foi fácil. E depois, quando ela morreu naquele acidente, foi pior ainda, mas eu tinha que seguir em frente. Cuidar do meu filho porque ele só tinha a mim, não tinha mais a mãe. Eu  não amei mais ninguém depois dela.

—Nem Elna?

—Eu gosto dela,  por todos esses anos. Eu acho que ela me ama, sinto-me culpado por nunca ter dado um filho a Ela para que a acompanhe  na velhice. Ela ama Agust como a um filho, ela nunca reclamou para mim de nada,mas eu sei o que a tornou infeliz no nosso casamento. As dúvidas vem e vão. É normal, até para nós homens. - eles riram

— E como está Agust? Britta disse que ele está se adaptando ao país de nascença da esposa.

—Ele e Yuki Takara estão bem, dizem que Soichiro cresce com saúde em seu ventre.

—Soichiro? - ela arqueou a sobrancelha - Nome interessante.

— Significa o primeiro de todos os filhos. Eles trabalham com significados de nomes lá, é estranho mas fazer o que.

—Pelo menos vamos poder chama-lo de Soi, aí não fica tão estranho.

—Verdade.

—Ele vem pro meu casamento?

—Bom, mês que vem ele já chega, diz que quer que o filho nasça aqui no ocidente, tripla cidadania. Vai ficar conosco até o bebê nascer.

—Bom,vou ficar feliz em vê-lo, já está um homem.

—Mas porquê perguntou se eu tive dúvidas? Você está com dúvidas em relação ao seu casamento com Ole?

Ela deu de ombros.

—Com algumas pra ser sincera.

—E elas tem haver com Perceu?

Ela suspirou.

—Sim…

—Meu Deus Annabeth.

—Eu sinto algo forte por ele ainda, mas todos os erros e coisas que aconteceram…

—Na dúvida,não faça.

—Você foi bem mais direto do que Britta.

—Britta te aconselhou é? Logo ela que estava quase se divorciando a dois meses atrás…

—Mas agora ela e Oliver estão juntos novamente. E felizes. - ela fez uma careta - Foi o que ela disse ao menos.

—Eu gosto de Ole irmã, quero tê-lo em nossa família, mas se você tem dúvidas,não case.

Annabeth se apoiou no braço,virada para ele.

—Mas já está quase tudo pronto, não quero ter que cancelar tudo.

—Casamento devia ser por amor Annabeth. Você o ama?

—Acho que sim.

—Acha? Você acha que o ama?

—Ok,eu o amo.

—Não ama, vejo nos seus olhos irmã. - Gustav encarou o teto - Pense  o jeito como Ágda e Hugo se olham, aquilo é amor. E eu não vejo você olhando daquele jeito pro Ole Solskjaer.

—E me vê olhando pra quem desse jeito?

Gustav pensou. Fez uma careta.

—Pra ninguém eu acho.

Annabeth riu.

—Talvez eu deva conversar com Ágda,ou Karin. Com todos os meus irmãos na verdade.

—Christer dará ótimos conselhos. - ele riu

—Ok, para Chris eu não peço, ele é novo demais, e só amou uma menina então não faz sentido.

O celular de Gus tocou alto.

—É Elna, tenho que atender. Nos vemos hoje a noite no jantar? - perguntou ele,já se levantando

—Sim.

—Então,até mais maninha.

****************************************************

A confusão na cabeça de Annabeth era evidente, ela amava Percy, assumia isso em seu coração, mas sentia algo forte por Ole, uma segurança, uma paz inexplicável com a qual não sentia com Percy. As conversas com seus irmãos mais velhos só a fez sentir-se mais confusa ainda,buscava respostas  e encontrará dúvidas.

Deitou-se um pouco para relaxar e tentar organizar na mente todos os seus conflitos.

Quando o Amor Acaba
RBD

Tento me levantar,
Acabei de acordar
Tão confusa estou
Sem saber onde vou
E fui
Uma menina apaixonada por teus carinhos
E sou
Só um carro sem motor

Buscando sem saber
Alguém pra conhecer
Mas logo fico a pensar
Que com outra estás ficando
E vou
Arrumando cicatrizes no coração
Que não segue noutra direção

E não posso entender,
Nem quero compreender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir dependente do seu amor

Se o amor acabou,
A paixão terminou
As lembranças não fazem bem
Mas o ontem passou,
Hoje logo vai passar também

Já não busco calor,
O detalhe da cor
E me nego a pensar
Que eu posso te esquecer
E vou
Arrumando cicatrizes no coração
Que não segue noutra direção

E não posso entender
Nem quero compreender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir dependente do seu amor

Se o amor acabou,
A paixão terminou
As lembranças não fazem bem
Mas o ontem passou
Hoje logo vai passar também

...mas não posso seguir assim
Porque ainda te tenho em mim

E não posso entender,
Nem quero compreender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir dependente do seu amor  

Se o amor acabou,
A paixão terminou
E as lembranças não fazem bem
Mas o ontem passou,
Hoje logo vai passar também

Annabeth decidiu o que fazer, tomou por escolha, o que acabava melhor.

*******************************************************

—Como se sente hoje Vossa Majestade? - perguntou com gentileza Clive

—Estou cansado, na verdade. - Percy coçou a cabeça - Já está na hora de levar as crianças?

Clive arqueou a sobrancelha.

—Quase Sir. Lady de Sun North pediu que o Senhor os entregasse uma hora antes do jantar.

—E já está na hora?

Clive suspirou e sorriu.

—Sim Senhor. Quer que eu chame o carro?

—Por favor então.

—Vou pedir que as crianças se despeçam de Alfred William e aguardem o Senhor no saguão.

—Não será necessário, eu mesmo vou lá chama-los Clive.

Clive assentiu.

—Senhor?

—Sim?

—Tem certeza que quer levá-los o Senhor mesmo? Eu posso ir em seu lugar.

—Obrigado pela atenção, mas pode deixar,eu os levarei. Dispense o motorista.

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—Meninos está na hora. -  Percy chamou,enquanto James, Thomas, Victoria e Alfred brincavam de pega pega pelo gramado

Quando ouviram a voz do pai, pararam de brincar e correram em direção a ele.

—Mas já pai? Parece que chegamos a pouco tempo. -James constatou

—Eu sei filho, mas sua mãe pediu que os levassem para casa uma hora antes, para que pudessem ficar um tempo com seu tio e sua tia.

—Mas pai, não queremos. - disse Thomas

—Quero ficar aqui com Alfred. - Vic cruzou os braços fazendo bico

Percy riu.

—E você Alfred? Algo a declarar?

Alfred pareceu tímido na resposta.

—Quero brincar mais.

Percy sorriu para os filhos.

—Na semana que vem, Agust vai estar aí com a esposa e o filho, vocês vão poder brincar o dia todo.

—O jantar vai ser aqui pai?- questionou James

—Sim, aqui é melhor, eu e sua mãe concordamos. Agora vamos crianças, peguem suas coisas e vão pro carro.

—Eu posso ir também pai? - perguntou Alfred

Percy sorriu e passou a mão na cabeça dele,bagunçando seus cabelos

—Claro pequeno, quer ver Annabeth não é?

Ele assentiu.

—Então vamos, você pode dar um oi pra ela.

Percy viu o filho sair com o maior sorriso do mundo, ele sabia o quanto Alfred só tinha a Ela como exemplo de mãe. Estar com seus irmãos e ser tratado como filho por Annabeth o alegrava demais, então quando tinha oportunidade, sempre queria ficar perto dela. Percy não podia culpa-lo, ele também queria ficar perto de Annabeth. Eles até poderiam formar uma família, se não fosse Annabeth ter preferido Ole Solskjaer  a Percy. Era até compreensível depois de tudo afinal, mas sentimentos reprimidos sempre podem vir a tona.

****************************************************

—Tio! - Agust abraçou Percy

Agust sempre o chamava de tio,era costume desde pequeno,mesmo depois do divórcio com sua tia. - Deixe-me apresenta-lo, minha esposa Yuki Takara. - ele colocou a mão na barriga de 5 meses da esposa - E nosso filho Soichiro.

—É um prazer conhece-la Yuki. É uma honra recebê -la aqui em minha casa.

—É uma honra para mim estar aqui milorde.

—Por favor, me acompanhem, o jantar será servido, estão todos à nossa espera.

Percy os guiou até a sala de jantar. As crianças abraçaram o primo e posicionaram-se em seus devidos lugares. O jantar foi tranquilo, e depois de saborearem a sobremesa, Percy os convidou para a sala.

Gustav e Elna brincavam com Alfred William, lembrando um pouco da infância de Agust, que em breve se tornaria pai.

Ole, Annabeth, Percy, Agust e Yuki conversavam sobre a cultura japonesa e suas curiosidades. As crianças brincavam no quarto.

—Como é o Japão? - perguntou com curiosidade Ole

—É um país maravilhoso. Existem vários centros de tecnologia por lá, tudo muito inovador. Existem paisagens belas e adoráveis também. - Yuki Takara respondeu

—O que é Akai Ito?— perguntou  Annabeth - Minha irmã Britta contou algo sobre isso,disse que você a ensinou Yuki Takara.

—É verdade, Britta também comentou algo comigo,fiquei curioso nora. Conte-nos. - pediu Gustav

—É uma lenda Senhores… -ela começou- A lenda chinesa original diz que,  quando uma pessoa nasce os deuses amarram um fio vermelho,invisível para os humanos, nos tornozelos dos homens e mulheres que estão predestinados a ser a “alma gêmea” um do outro. A pessoa com quem estamos fadados a passar o resto da nossa vida, não importando a situação.
Acredita-se, que quanto mais longo for o fio, mais longe e tristes as pessoas destinadas estarão e vice versa… Quanto mais curto for o fio, mais perto e mais felizes as pessoas destinadas estarão. De acordo com a crença, não importa quantos relacionamentos tenhamos, pois só viveremos a “experiência do verdadeiro amor” com a pessoa que estiver na outra ponta do Fio Vermelho. No Japão, onde a lenda tornou-se um mito popular, a linha que conecta as almas gêmeas passou a ser associada ao dedo mindinho. Como a versão chinesa, a história fala sobre um fio invisível que é amarrado no dedo mindinho de duas pessoas que estão destinadas a viverem juntas para sempre. É como uma ligação espiritual que representa o amor eterno.

—Interessante. - disse Annabeth

—Não para aí. Foi ainda a partir desta lenda que surgiu o Yubikiri Genman.

—O que isso quer dizer? - perguntou Percy, agora interessado

—O Yubikiri Genman é um ritual de juramento japonês, muito simples, no qual as duas pessoas que estão a fazer uma promessa unem os dedos mindinhos e cantam o seguinte:
“Yubikiri genman: uso tsuitara hari sen bon nomasu yubi kitta.”
“指切りげん: まんうそ ついたら 針 千本 飲ます指切った。”
Traduzindo seria:

Promessa do dedo mindinho: Se eu estiver a mentir, engolirei 1000 agulhas e cortarei o meu dedo.

—Uou. Isso parece muito romântico. - Ole riu

—É romântico, e real. Às vezes consegue-se sentir ou ver a linha.

—Eu tenho certeza que eu e Annabeth temos essa linha. - Ole sorriu e segurou a mão da noiva,que sorriu de canto

Yuki Takara olhou atentamente para Annabeth, seus olhos por um instante viram uma linha vermelha  em seu dedo mindinho, mas ela não estava ligada a Ole, Yuki Takara não conseguiu enxergar para onde ia.

—Que bom que sente isso. - ela sorriu, certa de ter tomado a melhor decisão

Percy deu um fraco sorriso.

— Alguém quer alguma coisa? Eu estou com sede… - Percy se levantou

— Água por favor tio. - pediu Agust

O resto negou qualquer pedido. Percy sai e atendeu o pedido do sobrinho de coração. O jantar foi marcado por conversas sobre a cultura japonesa e assuntos aleatórios, pareciam uma grande família, uma família reprimida por seus próprios desejos.

***************************************************

Quando Percy deitou naquela noite,não sabia bem o que lhe tirou o sono durante algum tempo. Apenas pensava e refletia sobre tudo.  O que Yuki Takara falará sobre a linha vermelha do destino, ou algo do tipo, lhe chamava atenção. Será que ele é Annabeth possuíam uma? Será que ainda existia um fio amarrado por sei lá quem prendendo-os? Talvez isso fosse coisa da sua cabeça, não podia se dar ao luxo de pensar, de manter uma esperança com Annabeth.

O que tinha acontecido com os dois? Onde estava aquele amor que eles sentiam um pelo outro? Morreu? Acabou? Ele amava Annabeth, mas tudo o que aconteceu os impedia. E ela também tinha escolhido quem queria, mas Percy sabia que eles não se esqueceriam jamais, um grande amor não se esquece do dia pra noite, mesmo que talvez estivesse morto.

O Que Houve Com O Amor
RBD
Que houve com o amor,
O que se passou,
como pode morrer?
Terá sido um erro dos dois,
não sei o que foi
quem poderá responder?

Só o que eu sei
é que no fundo desse meu coração
A paixão guarda o mesmo calor...
E acredito que um dia você vai se tocar,
Que este amor foi bom e sempre será...

Você não vai me esquecer
Você não vai me apagar,
Se decidir procurar outro amor,
Vai perceber que não é fácil encontrar
quem te ame melhor...

O que houve com o amor...
O que se passou, como pode morrer?
Para mim foi grande a dor,
Ao ver que acabou e você nem se importar...

Só o que eu sei é que no fundo desse meu coração
A paixão guarda o mesmo calor...
E acredito que um dia você vai se tocar,
Que este amor foi bom e sempre será...

Você não vai me esquecer
Você não vai me apagar,
Se decidir procurar outro amor,
Vai perceber que não é fácil encontrar quem te ame melhor...

Vai ver pouco a pouco,
Que a gente tem jogar no jogo,
E que ao final de todos, o nosso era muito maior... (era muito maior...)

Só o que eu sei é que no fundo desse meu coração
A paixão guarda o mesmo calor...
E acredito que um dia você vai se tocar,
Que este amor foi bom e sempre será...

Você não vai me esquecer
Você não vai me apagar,
Se decidir procurar outro amor,
Vai perceber que não é fácil encontrar quem te ame melhor...

Que houve com o amor,
O que se passou, como pode morrer?

Ele sabia que não seria esquecido, mas que também não seria amado para sempre.

***************************************************

Junho, 2029, Noruega.

—Eu poderia jurar que você está nervosa. Se não fosse seu 2°casamento. - Malcolm disse, olhando com divertimento para a irmã

Annabeth  qur, fitava o espelho com alegria.

Seu corpo cairá perfeitamente a aquele vestido escolhido a dedo por Ela e suas irmãs.

—Eu estou nervosa, não é porque é meu segundo casamento que deixaria de ficar. - respondeu, também com divertimento na voz

—Alt er klart. ( está tudo pronto) - disse, da beirada da porta,a organizadora, Alexandra

—Ok, vi drar. (Certo, já estamos indo) - respondeu Annabeth

—Vejo que aprendeu norueguês irmã. - notou Malcolm com um sorriso

—Sei falar poucas palavras, mas já entendo várias delas. - explicou Annabeth - Acho bom irmos logo, minhas mãos estão tremendo.

Percy apareceu na porta, de surpresa.

—Percy? O que faz aqui? - ela perguntou com surpresa

—Vim conversar. Posso?

—Eu esperarei você ali na porta irmã. - Malcolm disse, saindo de solaio

—Pode falar.

—Não se case. -ele disse diretamente

Annabeth suspirou, um suspiro longo e pesado.

—Percy…

—Não se case. Venha para casa, nossa casa, junto com nossos filhos. Vamos deixar o passado Sabidinha.

Annabeth sorriu, fazia tanto tempo que ele não a chamava por aquele apelido interno entre os dois.

—Eu não posso Percy.

—Você pode, pode cancelar tudo e  ir comigo. Vamos recomeçar. Eu amo você e nosso amor nos fará superar qualquer barreira, todas as barreiras que encontremos.

—Percy… - Annabeth sentiu uma lágrima escorrer, mas tratou de faze-la voltar, não queria borrar a maquiagem do casamento - Eu não posso ir com você, eu não consigo. Eu te amo Percy, você é o amor da minha vida, mas não um amor para vida. Ole é o amor para uma vida. Eu amo tudo que vivemos, tudo que você me deu, mas não dá mais pra recomeçar. Nós dois só  sabemos nos ferir, isso só nos faz mal. Então me perdoe, talvez um dia você entenda, me perdoe por favor. Eu preciso fazer o melhor pra mim, o melhor pra mim agora é Ole. Eu nunca vou encontrar quem me ame melhor.

Annabeth chegou perto de Percy, ele deixou lágrimas caírem, seus olhos estavam vermelhos, ela apertou de leve seu ombro com a mão e em um gesto gentil o beijou na bochecha, um beijo solene e carinhosos que sempre ficaria marcado para Percy como o fim.

******************************************************

—Jeg, Ole, tar deg, Annabeth, til å være min trofaste kone, å ha og beholde denne dagen fremover, for bedre, verre, i rikdom og fattigdom, i helse og sykdom, å elske og respektere, Til døden gjør oss del, i henhold til Guds hellige vilje og den nåværende forordningen, forplikter jeg meg til deg.

"Eu, Ole, tomo você, Annabeth, para ser a minha esposa fiel, para ter e manter, deste dia em diante, para melhor, para pior, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, para amar e respeitar, até que a morte nos separe; de acordo com a santa vontade de Deus e do presente regulamento, me comprometo a você."

—Jeg, Annabeth, tar deg, Ole, til å være min trofaste mann, å ha og beholde denne dagen fremover, for bedre, verre, i rikdom og fattigdom, i helse og sykdom, å elske og respektere, Til døden gjør oss del, i henhold til Guds hellige vilje og den nåværende forordningen, forplikter jeg meg til deg.

"Eu, Annabeth, tomo você, Ole, para ser o meu marido fiel, para ter e manter, deste dia em diante, para melhor, para pior, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, para amar e respeitar, até que a morte nos separe; de acordo com a santa vontade de Deus e do presente regulamento, me comprometo a você."

—Ved kraften som er gitt til meg, av Gud og ved kirken, erklærer jeg dem mann og kone, hertug og hertuginnen av Gyllene Bergarter

“Pelo poder a mim concedido, por Deus e pela igreja, eu os declaro marido e mulher, Duque e Duquesa de Gyllene Bergarter.”

Percy viu Annabeth e Ole trocarem o singelo beijo de casamento, selando assim seu matrimônio.

Já Fui -Sleeping At Last (Already Gone)

Lembre-se de tudo que queríamos

Agora, todas as lembranças estão assombradas

Nós fomos feitos para dizer adeus

Mesmo com o rosto erguido

Isso nunca teria funcionado do jeito certo

Nós nunca fomos feitos para fazer ou morrer

Eu não queria que nos consumíssemos, eu

Eu não vim aqui para te machucar, agora eu não consigo parar

Eu quero que você saiba

Não importa

Onde nós tomamos esta estrada

Mas alguém tem que ir

E eu quero que você saiba

Você não poderia ter me amado melhor

Mas eu quero que você siga em frente

Então eu já fui

Olhando para você torna isso mais difícil

Mas eu sei que você encontrará outro

Que nem sempre a faça querer chorar

Começou com o beijo perfeito, então

Podíamos sentir o veneno se instalar

A perfeição não pôde manter este amor vivo

Saiba que te amo tanto

Eu te amo o suficiente para te deixar ir

Eu quero que você saiba

Não importa

Onde nós tomamos esta estrada

Mas alguém tem que ir

E eu quero que você saiba

Você não poderia ter me amado melhor

Mas eu quero que você siga em frente

Então eu já fui

Então eu já fui

Lembre-se de todas as coisas que queríamos

Agora, todas as lembranças estão assombradas

Sempre fomos feitos para dizer adeus

Eu quero que você saiba

Não importa

Onde nós tomamos esta estrada

Mas alguém tem que ir

E eu quero que você saiba

Você não poderia ter me amado melhor

Mas eu quero que você siga em frente

Então eu já fui

Eu já fui

Lembre-se de todas as coisas que queríamos

Agora, todas as lembranças estão assombradas

Nós fomos feitos para dizer adeus

—Nós fomos feitos para dizer adeus