Setembro de 2028, Dinamarca.

Thalia sentiu enjoos o dia inteiro, pensou que fosse o pastel apimentado do dia anterior que lhe fizera mal. As crianças iam a escola/creche, Luke cuidava dos assuntos pessoas do Reino e ela passava mal na cama.

Quando as crianças chegaram, ela decidiu descer para o almoço. O prato preparado para o dia era frango a parmegiana, um dos favoritos de todos ali,apesar de não ser tão típico assim na região.

Thalia abraçou os filhos,e acenou para Luke, sentou -se na mesa para comer.

—Como foi a escola Dom? - perguntou Luke, enquanto mexia no celular

—Bem, aprendi sobre o sistema solar. É muito legal. Sabia que o planeta terra é o terceiro planeta do sistema solar?

Luke sorriu.

—Jura? Não fazia a mínima idéia.

—É, legal né?

—Sim, muito.

Thalia começou a ficar pálida,o cheiro da comida lhe começou a fazer mal, ela sentiu uma tontura tomar conta de si e um retrocesso da comida do dia anterior querer voltar. Ela correu para o banheiro mais próximo, abrindo a tampa do vaso rapidamente e despejando o alimento indesejado pelo seu estômago.

—Thalia? Está tudo Bem?

Luke apareceu na porta, seu olhar continha preocupação e carinho. Ele se agachou ao seu lado, colocando as mãos nas costas da morena.

—Sai daqui, não quero que me veja assim… - Thalia conseguiu dizer, fechando a tampa do vaso e deitando sobre a privada.

—Você não tá bem…. Vou chamar o médico.

Luke se levantou, Thalia iria segurar sua mão, tentar impedi -lo, mas Luke foi mais rápido.

Ela se levantou devagar, ainda meio zonza. Andou devagar, subiu as escadas segurando nos apoios, abriu a porta do quarto e jogou-se sobre a cama. Thalia não percebeu quanto tempo dormiu, mas quando abriu uma frestinha de seus olhos viu Luke e um homem do seu lado.

—Thalia. - ouviu Luke chamar, ela abriu os olhos rapidamente, e sentiu sua cabeça girar novamente - Ela não está bem Dr. Precisa descobrir o que ela tem.

—Senhor, se ela não acordar não posso examiná-la.

Luke suspirou, tirou as cobertas sobre Thalia e colocou-a sentada.

—Thalia,precisa responder às perguntas do médico, faça um esforço.

Thalia abriu os olhos lentamente, para que não sentisse a tontura novamente.

—O que especificamente está sentindo? - perguntou o médico

—Tontura… enjoos… - Ela falou calmamente

Respirou fundo,e se recompôs. Sentiu pouco a pouco a tontura e a vontade de vomitar indo embora enquanto ele fazia mais perguntas. Ela se sentiu melhor.

—Ela também vomitou Dr. - informou Luke

O médico sorriu.

—Estou um pouco melhor agora. - Ela informou

—Teve relações sexuais ultimamente Vossa Alteza? -perguntou o médico

Thalia arqueou uma sobrancelha para ele

—Não. - respondeu

—Jura? - o médico sorriu - Vou reformular, teve relações sexuais a uns 2 ou 3 meses atrás?

Thalia pensou,não lembrava de nenhuma vez, ela não estava mais casada e ela e Luke não estavam exatamente juntos. Sua resposta estava pronta, ela abriu a boca pra responder, mas seus olhos se encontraram com os olhos de preocupação de Luke e ela se lembrou.

—Houve de fato,uma vez. - respondeu

O médico abriu outro sorriso.

—Seu ciclo menstrual está normal?

—Estou atrasada, para ser sincera.

—A quanto tempo?

—Dois meses eu acho.

—Não acompanhei suas outras duas gravidezes, mas creio que não foram tão intensas assim, caso contrário já teria notado.

—O que precisamente quer dizer Dr? -perguntou Thalia

—Bom Alteza, ainda tenho umas dúvidas, creio que terá de fazer um exame de sangue para confirmar, mas…

—Mas…. ? - incentivou Luke

—Creio eu, que esteja grávida Vossa Alteza.

Luke suspirou pesadamente, tão surpreso com a notícia quanto Thalia, que deixou seu corpo  afundar na cama.

—Vou deixá-los a sós.

O médico assentiu para Luke,e retirou -se do quarto de Thalia.

Era muita informação para processar. Thalia estava divorciada e morando com o pai de seus filhos que inclusive não eram filhos de seu marido(Agora ex), ou seja ela era uma adúltera. A imprensa não viu muito bem essa situação, os críticos mais conservadores obviamente a julgavam por ser mulher e da realeza.

—Você não disse que estava saindo com alguém, e agora você tá… - Luke começou

—Grávida. -completou ela abismada com sua própria fala

—Quem é o pai dessa criança? - Luke perguntou

Thalia não respondeu, virou do outro lado da cama, evitando seu olhar.

—Thalia você precisa me contar. É uma questão meio que de urgência aqui.

Thalia não se moveu. Luke juntou as mãos, apertando-as nervosamente. Ele se sentou ao lado dela, colocou uma das mãos em sua perna e outra no ombro de Thalia.

—É você. - Thalia sussurrou

—O que? - Luke perguntou,sem entender direito o que ela disse

—Você é o pai. - declarou em alto e bom som

Ela sentou - se na cama, ambos cara a cara. Luke pareceu não

acreditar direito, sua expressão continha um misto de surpresa com preocupação.

—Você não vai falar nada? - perguntou ela depois de alguns minutos

—Eu… eu… não lembro quando nós dois… é…

—Aquele noite que você voltou ao meu quarto,e bem, você sabe o que aconteceu. Você acordou no meio da noite e depois foi embora. Teve também no casamento de Leo, mas pelo jeito você já tinha  me engravidado nesta data.

—Eu me lembro.

Mais silêncio da parte de Luke,isso começou a agoniar Thalia. Por que ele não dizia nada? Por que ele não expressava alguma coisa além da surpresa?

—Luke quer por favor falar alguma coisa!

Luke levantou rapidamente.

—Devemos fazer o certo. - declarou

—Ok, qual é o certo?

Luke virou de costas para ela, colocou as mãos no cabelo,puxando-os para baixo.

—Casamento.

Thalia o olhou de forma assustada, compreendendo e não compreendendo o que ele queria.

—O que pretende… Como assim?

—É simples, vamos casar. Eu e você.

Ele virou para ela, Thalia sentou na beirada agora,as pernas batendo na cama. Luke sentou ao seu lado.

—Não quero casar por um filho. - Thalia declarou

—É necessário, Thalia. Essa criança que carrega no ventre, é meu filho, e ele merece meu nome. O certo é que se case comigo, para que ele seja concebido em matrimônio.

—Isso é um casamento forçado. Eu não quero, vou voltar para Noruega e viver lá!

Thalia levantou rapidamente, mas parou pois sentiu a tontura voltar tão rápido quanto foi embora. Luke a segurou rapidamente,guiando-a de volta a cama.

—Eu já te pedi em casamento tantas vezes, isso é só uma desculpa. - ele sorriu

—Não queria que fosse desse jeito. - Ela falou com calma,ainda zonza

—Mas é. Você carrega outro herdeiro dinamarquês, não posso deixar que saia daqui. Vou cumprir o meu dever, e espero que cumpra o seu.

Thalia deitou na cama, não era uma má ideia, ela queria e desejava aquele casamento. Sempre amou Luke, para que mentir? Mas a frase dele “ espero que cumpra o seu” a deixou confusa. Ele a pediu em casamento por amor ou por dever?

—Então é uma farsa? Um casamento por aparência já que carreguei os outros dois herdeiros e agora carrego mais um?

Luke pareceu confuso.

—É apenas mais um motivo. - defendeu-se

—Não! É dever.

—Pelos amor de Deus Thalia! Eu quero me casar com você por que temos filhos, por que nos conhecemos desde pequenos e queremos isso desde sempre!

—Mas você traiu sua família! Traiu todos, traiu a mim! Achei que não me amasse, por que adiou tanto tempo em me pedir em casamento que pensei isso! E casei com Stef por que ele me quis!

—Mas eu te quis! Mas não podia arriscar sua vida, eu corria perigo, e se nos casassemos você também estaria correndo esse perigo! Eu mal conseguia te esconder todo aquele plano maluco do Richard, eu queria te contar e queria que me ajudasse a sair dessa encrenca por que você sempre fez isso por mim. Sempre me ajudou a resolver meus problemas… - ele riu

—E agora estou resolvendo mais um problema não é mesmo? -Thalia riu ironicamente - Você ganhou 2 filhos, e agora vai ganhar mais um herdeiro para garantir sua descendência , além de uma esposa devota.

—Você ? Devota? - debochou com um sorriso - Você não é assim!

Os dois riram do  comentário.

—É claro que sou! -defendeu-se ela com mais uma risada

—Falando sério agora. Você quer se casar comigo? Por que se dizer sim tem muitas coisas para preparar antes da barriga aparecer.

—Um casamento as pressas? É isso que me propõe?

—Te proponho um casamento. Um casamento que eu já queria a muito, muito tempo.

—E mesmo assim casou com Bianca. - Ela cruzou os braços

—Você casou antes de mim! Eu não podia te esperar para sempre.

Thalia suspirou

—Eu sei que não. Mas você causou meu casamento com Stef e…

—Thalia chega. Você me enrolou esse tempo todo com desculpas e não me respondeu.

Thalia suspirou.

—Ok. Eu aceito.

Luke abriu o maior dos sorrisos para ela, remexeu as mãos nervosamente, aproximou -se dela lentamente e segurou sua mão.

—Prometo que serei o melhor marido para você, o melhor pai para Dominic, Sophia e esse novo bebê a caminho.  - ele colocou a mão gentilmente sobre a barriga dela, um tanto receoso da reação da mesma,Mas Thalia apenas sorriu. *******************************************************

—Eu achei uma coisa. - Luke sentiu ao lado de Thalia, que lia um livro qualquer

—O que? - Ela parou a leitura e esperou que ele continuasse

—Quando meus pais se casaram, meu pai concedeu a minha mãe um anel de noivado que pertenceu a sua mãe antes dele. Ele me deu quando eu era muito novo, eu pretendia entregá-lo a quem fosse minha mulher. E agora você será minha esposa. Eu desejo te entregar.

Ele tirou uma caixinha preta do bolso, não se ajoelhou, apenas sentou ao seu lado e abriu a caixa. Era um anel 25 k com um chuveiro de esmeralda, rubi e diamantes.

—Nossa Luke. Ele é lindo.

Thalia segurou a caixinha junto a mão de Luke.

—É seu anel de noivado. Aceite-o.

Luke retirou o anel da caixinha, pegou delicadamente na mão esquerda da morena e o colocou.

—Ele pertenceu a Bianca? - Thalia perguntou diretamente

—Não. O anel de noivado de Bianca, foi enterrado com ela, foi meu desejo que fosse assim. Esse anel, ficou guardado comigo por muitos anos, estou feliz que ele finalmente tenha encontrado uma dona.

Luke sorriu, Thalia sorriu também. Houve um tempo de silêncio, Luke resolveu quebra-lo.

—E os preparativos para o casamento como estão?

—Indo muito bem. Está quase tudo pronto, tive que contratar várias cerimonialistas para me ajudar, por conta do tempo você sabe. Mas tudo está correndo como planejado, nos casamos no final do mês que vem. - ela abriu um sorriso fraco

—Ótimo. Já informou a todos?

—Se fala dos convites, não enviei ainda, até semana que vem enviarei.

—Falo de ligações. Já ligou informando nosso casamento e o motivo dele?

— Ainda não.

—Eu o farei então, ligarei para nossos primos.

Thalia assentiu.

—Se assim desejar.

Luke se levantou, pronto para voltar aos seus afazeres diários. Dominic e Sophia chegaram correndo para perto deles.

—Ei crianças! Corram devagar!

A repreensão de Luke  nem fora escutada,e os dois continuaram correndo pela casa.

—Ser pai é complicado. -declarou - Parece que eles não me ouvem.

—E não ouvem. - Thalia riu - Você vai sair?

—Vou ter uma reunião com a senadora Sorensen. Porquê?

—Quero que me traga um sorvete.

Luke arqueou as sobrancelhas.

—Um sorvete?

—Sim! E de casquinha.

—Você pode comer esse tipo de coisa na gravidez? - ele arqueou as sobrancelhas

—São desejos por conta da gravidez. Seu filho quer comer sorvete, anda, busca pra ele.

—Pode ser ela também, sabia?

—Tanto faz. - Thalia deu de ombros - Só me trás o sorvete.

—Ok.

—E porque você vai a uma reunião com a senadora Sorensen? - Thalia cruzou os braços

Luke suspirou.

—É uma reunião governamental.

—Só vai estar vocês dois?

—Não, os assessores dela estarão junto,além de alguns meus também.

—Ótimo. Vai logo.

Luke balançou a cabeça negativamente e riu, acabou por fim, indo para sua reunião.

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A presença de Charles era maravilhosa para distrair Percy. Como Edgar, Charles o acompanhava em todos os eventos e compromissos quaisquer que fossem. Às vezes Percy notava o quão entediado Charles Matz estava e o mandava para brincar, com Edgar o observando.

Seu relacionamento com Edgar ia de bem para melhor. Ele era um menino muito meigo, apesar de ainda tímido com Percy. Edgar o ajudava em tudo quando não estava na faculdade, Percy fez questão de pagar. Edgar se abria pouco a pouco com Percy, acreditando cada dia mais que ele era um bom homem, as vezes ele pensava no erro do pai, e não conseguia entender porquê o pai queria matá-lo, ele era tão bom. Ele o tratava bem e estava ali presente por por ele, tinha se mostrado mais pai que Richard.

Edgar aprendeu a amar James, Thomas e Victoria como de fato, seus irmãos. Era uma verdadeira algazarra quando as crianças visitavam o pai. As crianças gostavam muito da companhia de Edgar, eles se divertiam muito correndo pelo castelo.

—Senhor? - chamou Chester, filho de Héctor, antigo primeiro ministro de Percy

—Chester? Como vai?

—Bem Sir.

—E seu pai? E seus filhos Chaz, Anayah e Timothy?

—Estão Bem,obrigado por perguntar.

—Ao que devo a honra de sua visita?

—Majestade, estarei realizando uma festa de gala formal para o noivado de meu filho mais Velho,Timothy  e sua noiva, Fatimah de Latonie e Marcon, vim requisitar sua presença é claro.

—Claro que vou! É uma honra para mim estar presente. Soube que Sir Erron de Latonie e Marcon noivou seu filho mais velho também.

—Sim, Donnel de Latonie e Marcon desposará Alaine, filha daquele empresário,o da empresa de mineração, Jessiah Arlotovisk. Bom, não vou tomar muito mais do seu tempo, só passei para Isso. Meu filho espera que lhe ajude na escolha  do terno para o casamento.

—Sim, claro. Mande lembranças a seu pai! Diga que quero vê-lo, já faz tanto tempo.

—É claro Majestade, eu direi. Ele tem andado desocupado, ele diz que sua aposentadoria foi seu maior erro.

Eles riram.

—Se me permite, ainda tenho alguns lugares para comparecer. Foi bom estar aqui e revê-lo.

—Eu digo o mesmo Chester. - Percy levantou e lhe deu um abraço

—Eu vou indo então, tenha um ótimo dia Sir.

—Você também Chester, avise seu filho que terei um prazer enorme em ir ao jantar de noivado dele.

Percy e Edgar observaram Chester partir.

— Está é uma péssima vida Edgar. É um fardo.

— Porque Senhor?

— Porque não vivemos. Não podemos sair na rua sem sermos fotografados ou olhados com surpresa.

—Mas vocês são ricos!

Percy riu.

—Riqueza  não é tudo meu jovem.

—Talvez seja Sir, eu era pobre quando mais novo. Meu avô expulsou minha mãe de casa quando soube que ela engravidou de Richard. Meu avô não concordava muito com as ideias de meu pai, e não fechou o contrato de casamento, é estranho ainda existirem contratos para isso.

Ele riu sem jeito.

—Existem muitos desse tipo espalhados pela realeza com a cobiça de não perder o poder. Continue. - incentivou Perceu

—Minha mãe foi pra rua. Meu pai não podia abriga-lá, ele ainda não tinha tantos contatos e financiadores. Então a mãe trabalhou na casa desses nobres, para poder se sustentar. E assim eu cresci.

—Achei que Richard e Annabeth estivessem juntos desde sempre…

—E estavam. A questão era que eu fui um pequeno deslize, nunca antes contado para sua ex esposa. Richard manteve contato e mandava dinheiro sempre, me mandava presentes e várias outras coisas. Eu não era Rico, tinha poucas coisas e uma mãe que lutava para me sustentar. Mas ela morreu e me deixou sozinho. Foi quando meu avô me acolheu, ele se arrependeu demais por ter expulsado a filha, e cuidou de mim. O dinheiro passou a ser melhor nessa época,mas não era meu. Richard então apareceu um dia lá em casa, e disse que me levaria embora. Ele me deixou na casa de outros nobres,aliados de sua parte, começou a me levar e ensinar várias coisas quando tudo começou a sair como  planejado.

—Sinto muito pela vida que teve Edgar. Mas prometo que cuidarei de você, não precisa mais se preocupar, eu serei teu amigo, teu companheiro para tudo que precisar…. Venho com uma ideia ultimamente. Desejo te apadrinhar, gostaria de adotar, mas isso não é possível devido a posição em que estou. Mas posso te ter como afiliado, e te dar um título e tudo de que precisa.

—Isso é muito nobre da sua parte, acolher o filho de um traidor.

—Não foi você que traiu, foi seu pai. Você merece uma vida. E eu me ofereço para da-la.

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Percy apertou a campainha, esperando alguém atendê-lo. A porta se abriu revelando a babá de seus filhos.

—Senhor. - Ela fez uma breve reverência

—Olá.

—Não esperávamos recebê-lo, vou chamar a Senhora Annabeth…

A babá abriu a porta e saiu andando rapidamente antes que Percy pudesse dizer algo.

Annabeth apareceu poucos minutos depois, estava vestida de forma um tanto formal, um estilo  meio Sport.

—Percy. - Ela o cumprimentou de forma rápida - Não esperava ve-lo hoje.

—Eu sei, quis apenas fazer uma breve visita, ver meus filhos antes de dormirem.

—Sim, pode ve-los.

—Que bom então.

—Veio apenas para Isso?

Percy arqueou uma sobrancelha.

—Está me expulsando?

—Não claro que não. Apenas estou esperando.

—Está esperando alguém?

Annabeth abriu um sorriso fraco.

—Sim. Vou jantar com o Duque de Gyllene Bergarter.

—O Duque de Gyllene Bergarter… Que interessante. - Percy abriu um sorriso cínico - Não me contou que ainda eram grandes… amigos.

—Sinto muitíssimo por não lhe informar sobre a minha vida particular! - ela ironizou

—Eu que sinto muitíssimo por imaginar que talvez… - Percy parou de falar repentinamente e balançou a cabeça negativamente

—Imaginou o Que? - incentivou a loira

—Que você e eu talvez pudéssemos…

— Pudéssemos…?

Percy iria completar a frase, mas James e Thomas entraram correndo, e a campainha tocou, provavelmente o Duque de Gyllene Bergarter.

—Papai! - berrou James indo junto ao seu irmão de encontro ao pai

—Como vai rapazes? Como vai os homens mais fortes que conheço?

Annabeth abriu a porta,revelando um Ole completamente sorridente.

—Boa noite Miss Annabeth.  - declarou antes bater os olhos em Percy - Majestade, estou surpreso em ve-lo.

—Duque. - Percy largou os filhos e foi até seu encontro lhe conceder um aperto de mão - Como vai? Pensei que estivesse em casa.

—Vou Bem. Estou a negócios. Espero que não se encomende de eu e Lady Annabeth sairmos para jantar.

—É claro que não. Façam bom proveito, apenas vim visitar meus filhos.

—Fico feliz, Sir.

—Vamos então Ole? - Annabeth perguntou

—Claro. O carro nos aguarda.

—Ótimo… - ela virou -se para Percy - Fique quanto tempo lhe agradar, caso aconteça algum problema,me ligue.

Percy assentiu.

—Bom jantar aos dois!

—Obrigado, Majestade. - agradeceu Ole

Os dois saíram, Percy observou ambos entrando no carro e partindo. Ele imaginara que poderia reatar com Annabeth, em seu interior, ele já havia perdoado-a a tempos, contudo seu orgulho sempre falará mais alto.

Não era ele quem deveria perdoa-la? Não fora ela quem errou? Percy pensou que ela o amasse, aparentemente ele estava enganado.

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O jantar de Ole e Annabeth fora muito produtivo, eles conversaram e riram até altas horas. Quando eles terminaram, ainda tomaram uma pequeno café com alguns biscoitos em uma parada qualquer.

—Foi uma noite maravilhosa Ole, muito obrigado. -agradeceu Annabeth quando o carro parou em frente à sua casa

—Eu que agradeço pela sua companhia.

—Nos vemos Quando?

—Muito em breve.

Ole se aproximou para beijá-la, mas Annabeth recuou.

—Vamos devagar. Apenas.

—Eu a respeito de mais, e vou esperar quanto quiser.

Ole sorriu carinhosamente, deu um beijo em seu rosto e partiu.

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O Noivado de Luke Castellan  e Thalia Grace

Durante uma coletiva de imprensa, o Rei Luke, anunciou publicamente, que se casará com a Princesa da Noruega, irmã do Rei Jason Grace da Noruega,  Thalia Grace.

Depois dos últimos acontecimentos, esperava-se que isso aconteceria. Afinal, Thalia Grace já é mãe de dois dos herdeiros Dinamarquêses, Dominic Markus Grace Castellan, Conde de Monpezat, e Sophia Zoe Grace Castellan, Condessa de Monpezat.

Depois do divórcio com o ex marido, Stef Van Dijk,e as recentes aparições do Lordy Van Dijk com uma plebeia, supõe-se  que ambos seguiram suas vidas e que os problemas com adultério e demais situações foram completamente esquecidos.

Como dito, já era de se esperar que esse noivado fosse anunciado, tendo em vista que Thalia Grace já reside no Palácio de Amalienborg. Além da trajetória dos dois até aqui, que desde pequenos  demonstram carinho e afeto um pelo outro.

A data já foi revelada junto ao noivado, realizando-se no Holmens Kirke na capital dinamarquesa, Copenhagen, no dia 28 de outubro.

Faremos a cobertura completa desse surpreendente casamento.

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Percy sorriu ao ler a notícia, Luke e Thalia se casariam e ele não podia deixar de estar feliz pelos dois. Mas ainda sim, era uma grande surpresa, não esperava que algum dia se resolvessem. Esperava que brigassem eternamente, preferindo orgulho à amor.

Ele se lembrou que também queria resolver-se com Annabeth. Ele demorou algum tempo para perdoa-lá e aceita-la, mas o fez mais rápido do que imaginava. E agora ela estava saindo com Ole, ele se surpreendeu na verdade, achava que ela também o amava e que também queria reconciliar-se com ele. Aparentemente ele se enganou, e foi posto a prova quando apareceu aquela noite na casa de Annabeth para ver os filhos. Algo lhe disse naquele diz que ele deveria ir lá,sua intuição o guiou, e lhe trouxe decepção. Cabeça erguida e peito estufado, Percy esperaria por ela, acreditava ele que estavam predestinados.

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28 de outubro, 2028, Dinamarca.

O grande dia para Luke e Thalia havia chegado. Parecia finalmente um sonho de criança realizando-se finalmente.

Novamente, todos estavam presentes e agora ansiosos para observar e estar nesse casamento.

Percy acompanhava-se de Edgar e Charles, ele não havia falado com Annabeth sobre os filhos irem ou não. Provavelmente, apenas James e Thomas estariam ali. Então Percy se lembrou que Victoria seria daminha, então estaria ali também junto a babá.

Annabeth chegou pouco antes da cerimônia começar, ela entrou sozinha, mas então Ole chegou ao seu lado com seu filho Mikkel atrás. Percy se surpreendeu, praticamente deixavam claro que estavam juntos. Percy se acomodou melhor no banco, claramente incomodado com a situação. Seria um casamento no mínimo, divertido.

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Já Thalia se preparava calmamente para o casamento, não estava nervosa, ok, talvez um pouco.

—Você está bem? - perguntou Jason, ele a levaria ao altar pela falta de seu pai

—Sim. - Ela se virou para Ele - As daminhas estão prontas?

—Sim, Victoria, Sophia, Luíza e Claire estão prontas.

—Os pajens?

—Sim de novo, Dominic, Magnus,Boe e James estão prontos. Respire Thalia, você parece nervosa.

—Estou. Não sei porquê, já casei antes. - Ela deu de ombros

—Mas dessa vez, eu e você sabemos que existe uma diferença.

—Você é a favor? Digo, do meu casamento com Luke? Me acolheria novamente se eu precisasse?

Jason sorriu e pegou nas mãos da irmã.

—Eu sempre soube que você e Luke se amavam. Era óbvio, eu também nunca entendi suas escolhas mas apoiei-as. E quando tudo revelou -se, e soubemos que Luke tinha culpa, e todas as mortes… - Jason balançou a cabeça negativamente - Mas ele se redimiu, e apesar não confiar tanto assim no meu primo, acredito que ele te ame.

—Ele só me pediu em casamento porque estou grávida Jason.

Jason suspirou, a irmã não havia contado esse detalhe, apesar dele ter uma leve suspeita quanto ao motivo do casamento ser tão às pressas.

—Então é dever?

—É.

—Não acredito que seja.

—Mas é.

—Thalia, Jason! - chamou Piper - Está na hora!Luke está uma pilha de nervos ,querem vir logo por favor!

Piper parou na porta com um sorriso para os dois.

—Você está linda. - disse para Thalia

—Obrigado. Você também está maravilhosa nesse vestido de madrinha, sinceramente, nem sei quem escolheu.

Os três riram.

—Chega de papo furado. Então,vamos Thalia?

—Vamos então.

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Luke andava de um lado para o outro, nervoso. Ele mesmo não esperava que estaria tão nervoso, estava calmo, mas quando dia chegou seu coração palpitou tanto que mal pode acreditar. Ele estava a frente do altar,virado de costas para as pessoas,  O Ministro das Relações Eclesiásticas, atualmente Manu Sareen, a mais alta autoridade administrativa da Igreja Dinamarquesa estava a sua frente, Ele viera exclusivamente para casar o Rei da Dinamarca.

— Roen ned bror. (Acalma-te irmão.) - disse Chris

—Jeg er rolig.(Estou calmo. )

Chris abriu um sorriso.

— Virkelig? Virke ikke. (jura? Não parece.)

Luke suspirou.

—Okay, jeg er meget nervøs.( Ok, estou muito nervoso.) - admitiu

—Bare rolig Majestaet, Prinsessen af Norge er ankommet. (Não se preocupe Majestade, a Princesa da Noruega já chegou.) -declarou o bispo

—Er du allerede ankommet? Hvad? (Já chegou?  O que? )- Luke tentou virar-se,mais o irmão o impediu

— Glem ikke traditionerne, din Majestaet. (Não se esqueça das tradições, Majestade. ) - advertiu o bispo

— Ja, selvfølgelig. ( Sim,claro.) - Luke voltou ao normal, segurando as mãos em sua frente, juntas

Ele ouviu a marcha nupcial tocar, seu coração acelerou muito.

—Hun ser smukke bror ud. Vaerdig en dronning. (Ela está linda irmão. Digna de uma Rainha. )  - disse Chris enquanto dava uma leve olhada para trás

—Sandsynligvis den smukkeste af bruderne. ( Provavelmente está a mais bela das noivas) - Luke sorriu largamente para o irmão, mas sem olhar para trás -  Og også den smukkeste og vidunderlige kvinde. ( E também a mais bela e maravilhosa mulher. )

—Hun kommer med Jason. Er nu bror. ( Ela está chegando com Jason. É agora irmão. )

Jason tocou Luke nas costas, ele se virou e apertou as mãos de Jason,que sorriu. Thalia deu um beijo no irmão e pos-se ao lado de Luke. O bispo começou a cerimônia.

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—Venligst si stemmerne. (Por favor, digam os votos)

—Jeg, Luke Castellan, Danmarks Konge, lover at være trofast mod dig, at elske dig og respektere dig i glæde og tristhed i sundhed og sygdom hver eneste dag i vores liv. (Eu Luke Castellan, Rei da Dinamarca, prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. )

—Jeg lover Thalia Grace, Norges Prinsesse, at være trofast mod dig, at elske dig og respektere dig i glæde og i sorg, i sundhed og i sygdom, hver dag i vores liv. (Eu Thalia Grace, Princesa da Noruega, prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.)

—Ved Guds nåde erklærer jeg jer mand og kone, kong og dronning i Danmark. Du kan kysse bruden. (Pela graça de Deus, eu vos declaro marido e mulher, Rei e Rainha da Dinamarca. Pode beijar a noiva.)

Luke beijou Thalia rapidamente, sabia que não era necessário um beijão.

Os dois saíram pela igreja com os olhos atentos de todos e sorrisos espalhados nos rostos daqueles que os amavam.

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—Min tillykke deres Majestaet! Det var et vidunderligt aegteskab, Herre. ( Meus parabéns Majestade! Foi um maravilhoso casamento, Senhor)  - disse um nobre dinamarquês

—Tak. (Obrigado) - agradeceu Luke, Thalia apenas sorriu e assentiu

—Eu não entendo quase nada do que eles falam. -declarou Thalia com um suspiro

—A Rainha da Dinamarca não entende o dinamarquês. - Luke sorriu - Que desastre!

—A Rainha da Dinamarca só aprendeu o básico para falar os votos no casamento! - Ela cruzou os braços

—Que péssima rainha você é!

Eles riram.

—Meus parabéns, aos dois. - Annabeth chegou acompanhada de Ole e de Mikkel.

—Obrigado Annabeth. - agradeceu Luke, lhe dando um abraço de irmão

—É. Obrigado. -disse Thalia também abraçando-a

—Estou feliz por você Thalia. Muito. Te desejo tudo de bom. Sinto saudades da nossa amizade. -sussurrou Annabeth no ouvido de Thalia

Thalia sorriu fracamente.

—Parabéns Majestades. -desejou Ole para ambos

—Obrigado você por ter vindo ao nosso casamento, eu e minha família, somos gratos Duque. - disse Luke

Ole, Annabeth e Mikkel saíram, voltando a sua mesa.

—Percy com certeza não curtiu isso. - Luke comentou

—Bom, ele demorou para perdoa-lá. Isso custou seu amor.

—Mas e você?

—Eu o Que?

—Me perdoou? Ou ainda guarda algum rancor?

Thalia pensou, ela não tinha uma reposta pronta para aquela pergunta. Ela iria responder, porém foi atrapalhada por mais pessoas vindo complementá-los. O resto do dia seria cansativo.

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Percy não conseguia esconder o ciúmes que sentia de Annabeth. Ela estava lá com Ole rindo e se divertindo, como dois recém namorados.

—Você está com ciúmes.

Percy olhou para o lado, era Leo e Calipso.

—Vou deixa-los a sós. - Calipso sorriu para Percy e foi em direção ao banheiro

—Não estou com ciúmes. -declarou Percy enquanto Leo sentava-se na mesa, ao lado dele

—Está. Eu sei que está. Porquê não vai até ela e diz o que sente?

Percy suspirou.

—Talvez eu tenha passado tanto tempo tentando perdoa-la por tudo, por George… que talvez tenha demorado demais.

—Nunca é tarde para tentar concertar as coisas primo. Fale com ela quando o casamento acabar, quando voltarem. Luke e Thalia se resolveram afinal,depois de tudo o que passaram, vocês também podem.

—Obrigado Leo. Talvez tenha razão.

—Eu tenho razão. - Leo sorriu

Percy soltou uma risada.

—Modesto como sempre.

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Já era tarde da noite quando o casamento terminou, não muito tarde, mas o suficiente para Luke e Thalia estarem cansados.

A programação de lua de mel era a seguinte: 2 dias no Quênia, 3 dias em Madagascar, 3 dias na Nova Zelândia, 3 dias na Austrália, 2 dias na Rússia e 3 dias na Transilvânia. 16 dias maravilhosos passeando por países aleatórios. Por Luke e Thalia eles nem iriam a uma viagem, mas foi recomendado pelos seus assessores que uma viagem de lua de mel seria muito bem vista e relaxante para ambos. Dominic e Sophia ficariam com a babá e não sairiam da rotina enquanto os pais aproveitavam a nova vida de casados.

Thalia não viu a hora de chegar no quarto e retirar aquele vestido Que, apesar de bonito, tinha um peso enorme.

Ela pegou suas malas e viu Luke descendo com as suas pela escada.

—Deixa que eu levo. - ele declarou, já pegando a primeira mala dela

—Obrigado. - Ela disse

Quando todas as malas já estavam no seu carro, eles entraram no carro e partiram para o aeroporto Internacional.

—Para onde vamos mesmo? - perguntou Thalia

—Quênia, agora.

—E depois?

— Madagascar e Nova Zelândia.

—Hm.

Ambos estavam cansados demais para conversar, então apenas apreciaram o tempo de voo até o país em silêncio.

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Quando a festa terminou, Percy obrigou-se a conversar com Annabeth. Estava tarde e as crianças precisavam dormir, o certo seria voltar a Inglaterra, contudo demoraria demais, sendo mais prático partir pela manhã e passar a noite em um hotel.

Percy chamou Annabeth em um canto, e ambos decidiram que seria mais favorável hospedar-se em um hotel próximo dali. Perceu observou Annabeth ir até Ole e informa-lo sobre a decisão, voltou poucos minutos depois alegando que o Duque também passaria a noite e que já tinha feito uma reserva em um hotel próximo a pista de pouso. Annabeth prontamente disse que poderiam ir todos ao mesmo hotel, para que não ficassem longe, Percy teve de concordar por livre e espontânea pressão. Eles então partiram para aquele hotel que Percy tinha que admitir, era bem modesto e confortável.

Percy decidiu que daria um quarto para Edgar e Charles, outro para ele, James e Thomas, um para a babá e Victoria.

—Eu posso ficar com Thomas e James se quiser. - disse Annabeth - Não precisam ficar com você.

—Tudo bem. É bom passar um tempo com Eles, e me parece que você está bem acompanhada.

—Percy….

—Annabeth. - chamou Ole, interrompendo-os

—Oi?

—Sua chave. - Ole entregou o pequeno cartão

—Obrigado.

—Vamos subir então? - Mikkel, filho de Ole pediu

—Claro meu filho. Por favor Annabeth, primeiro as damas.

Annabeth por precisão de quartos, acabou ficando com um no mesmo corredor que Ole, Edgar e Charles, no oitavo andar. Enquanto Percy, James e  Thomas ficaram no de cima. E por último, Mikkel ficou dois andares acima da babá e Victoria, que estavam no décimo andar.

—Tenha uma boa noite. - disse Percy para Annabeth quando a porta do andar se abriu a loira saiu ao lado de Ole

—Obrigado, pra você também.

Ela deu um rápido beijo nos filhos de boa noite e saiu.

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Quando os meninos já estavam dormindo, Percy resolveu beber alguma coisa no bar. Era meio tarde, mas nunca se é tarde para um drink.

Ele desceu pelo elevador meio sonolento, não sabia se tomaria um café, um energético ou simplesmente algum álcool.

Percy olhou o bar, e algumas mesas ali perto. Para surpresa, Annabeth e Ole riam alto e bebiam o que Percy supôs ser copos e mais copos de vodka. Ele não quis se aproximar,pra ele bastava apenas ficar de longe remoendo-se no ciúmes.

—Um café, por favor. -pediu ao barman

O rapaz lhe trouxe logo em seguida, Percy se virou para eles e tomou pouco a pouco aquela pequena xícara de café. Quando terminou, estava pronto para outra, mas por algum motivo aleatório ele olhou para a mesa onde os dois estavam e se surpreendeu ao ve-los se beijando. Percy sentiu coração doer, foi mesmo sua culpa. Ele a perdeu de Vez, e teria que aprender a lidar com isso.

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Quando Luke e Thalia chegaram no Quênia, já era de tarde. A programação do dia incluía museus, trilhas, cachoeiras e vários pontos turísticos. Apesar de estarem um tanto cansados da viagem e do longo dia anterior, ambos curtiram muito bem os passeios que fizeram, inclusive tiraram vários fotos para seus acervos pessoais e alguns públicos. Quando a noite caiu, o jantar do hotel foi a melhor refeição que eles poderiam pedir, comeram muito e rápido, não viam a hora de subir e tomar banho para descansar.

Thalia tomou banho primeiro, suas palavras para conseguir este método foram fáceis “ estou grávida”, assim Luke cedeu. Quando ela saiu, estava só de toalha, passou por Luke e parou em frente à sua mala,abrindo-a sem deixar que a toalha caísse.

Luke sorriu ao ver que pelo menos, ela não tinha vergonha com Ele, era menos um passo na intimidade. Ele resolveu fazer o mesmo, quando saiu do banho estava só de toalha, abriu sua mala, vestiu sua roupa normalmente e deitou ao lado da esposa.

—Para de se mexer Luke. -Pediu ela quando ele demorou para se ajeitar na cama

—Pensei que estivesse dormindo. - ele disse

— Eu estava, mas você faz muito barulho.

—Desculpe.

Luke parou de se mexer, deitou de frente para o teto, enquanto Thalia estava deitada de lado, do lado contrário a ele.

—Primeria noite de casados né. - Luke comentou, com um sorriso malicioso  no escuro

—Não vai rolar. - Thalia o cortou

—Eu não falei nada.

—Eu sei o que você pensou e não, não vai rolar.

—E porquê não? - ele indagou

—Porque da última vez, eu engravidei.

—Mas agora você já está grávida.

Thalia suspirou.

—Luke por favor, vai dormir.

—Tudo bem, eu espero, temos mais quinze dias de lua de mel e uma vida inteira de casados pela frente.

Thalia não respondeu, ainda não entendia bem como funcionaria esse casamento com Luke, não sabia se eles se amariam, se seriam felizes, ou se apenas esse bebê os unia no laço matrimonial. Só sabia que estava casada, e que isso não poderia ser mudado.

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Quando o dia amanheceu, o despertador de Percy tocou às 7 da manhã, ele acordou os filhos e foi até o restaurante para um café da manhã.

Ele chegou com James e Thomas e se sentiu em uma grande mesa, aguardando os demais. A babá chegou com Victoria alguns minutos depois, e então Mikkel, depois Edgar e Charles. Ole e Annabeth chegaram juntos, quando todos já haviam terminado o café.

—Bom dia. - Annabeth desejou

—Bom dia. -respondeu Percy

—Acordamos meio atrasados. - Disse - Desculpem.

—Tudo certo… Annabeth eu tenho que voltar, tenho uma reunião hoje a tarde. Quer que eu leve as crianças? Aí você pode ficar e…

—Tudo bem. -respondeu ela

—Ok então. - ele se virou para os filhos - Digam adeus. Vamos embora agora.

Annabeth beijou cada um deles,inclusive Edgar e Charles.

Percy assentiu para Ela, levantou-se e acenou para Ole e Mikkel, saiu levando os filhos junto dele.

Annabeth suspirou quando Percy saiu, jogou-se na cadeira ao lado de Mikkel.

—Quer algo Annabeth? - pediu Mikkel

—Não, obrigado Mikkel.

Ole sentou em frente à ela.

—O Rei Perceu parece compromissado. - comentou Ole

—E está. -concordou a loira - Cuidar de Charles, Edgar, Alfred… e ainda visitar sempre James, Thomas e Victoria… é corrido. Ele tem muitas funções, mas sempre arranja tempo para todos eles.

—Percy de fato é um Pai, um Rei, um homem exemplar.

—Sim. - Annabeth sorriu fracamente, Percy era muito.mais do que ela poderia desejar, muito mais do que Richard, muito mais do qualquer um

Annabeth não entendia bem o que estava fazendo. Percy parecia que a havia perdoado, mas ela havia si perdoado? Toda vez que o olhava, lembrava do filho George, o filho que morreu por seus pecados, o menino inocente que ela tanto amava. Olhar Percy era difícil, ela sentia o amor fluir de si, e sentia o ódio sair como se ele tivesse alguma culpa. Sabia que ela não era culpado, era apenas uma vítima dos pecados cometidos por Ela, mas era tão complicado olha-lo e não lembrar de George, era como se imagem do menino a perseguisse. Annabeth o amava, e sabia reconhecer isso, porém aquele sentimento de ódio, uma repulsa constante ao vê-lo era inevitável. O melhor a se fazer era esquecê-lo, eles nunca poderiam ficar juntos novamente.

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