Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 9
Retribuindo o favor




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— Elena, nós vamos realmente fazer isso? – Caroline perguntou, nervosa e excitada ao mesmo tempo, quando chegamos ao shopping.

— Sim – respondi, parando o carro. – Por que não? Estamos a algumas semanas do Natal, que mal faria algumas compras?

— Talvez você usar o cartão de Damon?

Saímos do carro e enquanto caminhávamos até a entrada do shopping, falei para Caroline:

— Damon disse que eu era uma Salvatore. Então eu tenho dinheiro. Ele deixou bem claro que por mais que eu gastasse, nunca iria sobressair o seu patrimônio.

— Eu sei, Elena. Mas isso foi antes de vocês dois...

— Nós estamos ótimos – cortei-a.

Ela me olhou como se eu fosse uma louca.

— Vocês não estão se falando direito por mais de um mês! – ela exclamou.

— E é exatamente por isso que estamos ótimos – expliquei. – Está tudo do jeito que deveria ter estado desde o início.

— Elena, eu vou detestar falar isso, mas... Você sente falta dele – Caroline afirmou séria.

— Ah! Veja aquele vestido lindo! Vamos, nós precisamos entrar naquela loja! – desviei completamente do assunto e puxei seu braço a caminho da loja.

Não queria falar sobre isso, porque ela tinha razão. Infelizmente, eu sentia falta dele.

Estava tentando fingir que toda essa nossa distância não me fazia nenhuma diferença, tentando ser fria como ele, mas eu simplesmente não conseguia mentir para mim mesma.

Eu continuava ouvindo sussurros toda noite do lado de fora do meu quarto. E isso estava me incomodando seriamente.

Eu só gostaria de saber o porquê.

— Elena, experiente esse vestido! Vai ficar lindo em você! – Caroline sugeriu empurrando-me um vestido rosa.

Sorri. Minha amiga ficava facilmente distraída quando se tratava de roupas. Seria uma ótima distração essa tarde.

*

Não estava conseguindo pegar no sono. Já era meia-noite e o remédio ainda não fizera efeito. Minha enxaqueca estava me matando.

Depois que voltei do shopping, arrumei minhas roupas novas no closet e embrulhei os presentes para os meus pais e irmãos. E foi aí que a enxaqueca começou.

Eu odiava quando tinha essas crises e principalmente quando o remédio não fazia efeito.

Desci para a cozinha a fim de fazer um chá. Mas assim que cheguei lá, me arrependi.

Damon estava sentado à mesa, bebericando um copo de uísque. Ele olhou para o lado e me viu.

— Ainda não dormiu? – perguntou friamente, desviando o olhar para o seu copo.

— Não. E você não vai sair hoje? – perguntei no mesmo tom.

Percebi que ele estava vestido. Esperava que ele estivesse assim por ter saído tarde do trabalho.

— Vou.

Caminhei lentamente até a pia me sentindo tonta. Talvez a descida e o encontro com Damon não tivessem tido um efeito bom para mim.

Peguei o bule de chá com esforço para não cair. Procurei na gaveta algum sabor. Camomila. Isso. Acho que seria bom.

Coloquei água no bule enquanto sentia tudo girando. Eu tinha a sensação de que ia cair e eu quase caí.

Mas duas mãos fortes me seguraram.

— Elena, você está bem? - Damon perguntou, parecendo preocupado.

— Não. – confessei. – Mas vou ficar.

Tentei passar por ele, mas fui impedida.

— Damon...

Fiquei sem fala com o que aconteceu logo em seguida. Ele me carregou.

— Você vai acabar caindo da escada se for sozinha – ele falou, enquanto me levava para o meu quarto.

Confesso que me senti confortável no colo de Damon. Encostei minha cabeça em seu peito, sentindo o seu cheiro. Ah, era tão bom! E eu só podia estar mal mesmo por estar sentindo essas coisas!

Damon me colocou na cama cuidadosamente.

— Obrigada – murmurei puxando o cobertor até o meu rosto.

Damon não saiu como eu esperava. Ele sentou na cama e perguntou:

— Você vai me dizer o motivo de estar assim?

— Por que você iria querer saber? Você tem um compromisso agora – falei um pouco surpresa pelo repentino interesse.

— Tenho tempo – ele disse simplesmente, aumentando a minha surpresa.

— Estou com enxaqueca – contei. – Às vezes tenho essas crises. Já tomei remédio, mas visivelmente não funcionou. Desci para a cozinha na esperança de preparar um chá. E você já sabe o resto.

— Você é louca! – ele exclamou parecendo perplexo.

E eu também fiquei.

— Como?

Ele levantou-se da cama e começou a dar voltas no quarto.

— Como você pôde pensar em descer as escadas do jeito em que está? E ainda mexer com fogo? Você poderia ter caído da escada e se eu não estivesse na cozinha, Deus sabe o que poderia ter acontecido com você! – ele  exclamou com irritação.

Eu ri. Mas logo depois me arrependi, pois senti uma ânsia de vômito e quase coloquei tudo para fora.

Damon voou para perto de mim e colocou sua mão em meu ombro.

— Estou bem – murmurei para ele. – Foi só um enjoo.

— Pode ser que tenha sido só um enjoo agora, mas não acho que você esteja bem, Elena – ele falou seriamente.

Toquei sua mão que ainda estava sob meu ombro.

— Eu já tive crises piores, Damon. Acredite, eu estou bem. Vá para o seu compromisso.

Damon olhou-me como se eu fosse uma louca. Ah, espera, ele achava que eu era.

— Não vou a lugar nenhum com você assim!

O quarto pareceu girar depois que ele falou isso. E tenho uma leve impressão que não teve nada a ver com a enxaqueca ou o mal-estar.

Damon ia ficar por minha causa. Para cuidar de mim. Não tive como não sorrir.

— Por quê? – perguntei.

— Você cuidou de mim uma vez. Acho que está na hora de eu retribuir – ele respondeu.

— E se você nunca tivesse ficado doente, se eu nunca tivesse cuidado de você, ainda assim, ficaria aqui hoje? – perguntei. Precisava saber se ele estava aqui por gratidão ou por preocupação.

Damon sentou-se na cama, olhou para baixo e segurou a minha mão, acariciando o dorso.

— Me desculpe – ele murmurou.

Pensei que não tivesse ouvido direito. Ele tinha mesmo pedido desculpas?

— Eu deveria ter te dito isso há tempos – ele continuou, ainda sem me olhar. – Tudo que você queria era me agradar e eu só consegui ser um estúpido completo. Me desculpe, Elena.

Ele finalmente olhou nos meus olhos e consegui perceber que ele estava sendo sincero.

— Tudo bem. Já passou tanto tempo. Não vale mais reviver aquilo – falei com um sorriso fraco.

Ele sorriu também.

— Que bom. Fico feliz.

Feliz? Ele tinha usado mesmo a palavra "feliz" em uma frase que não fosse falsa? O que estava acontecendo com Damon hoje? E por que ele ainda estava segurando minha mão?

— Então, você ainda vai sair com outras mulheres, não é mesmo? – perguntei em tom de brincadeira, embora esse assunto me incomodasse inexplicavelmente.

— Ah, sim, vou – ele respondeu no mesmo tom. – Mas não vou mais te humilhar daquele jeito.

Eu acreditei nele. Claro, me incomodou ouvir que ele ainda sairia com outras. Mas eu sabia que ele estava sendo sincero sobre não me humilhar.

— Sabe, eu já estou melhor. Pode ficar a vontade para sair – falei com um pequeno sorriso, puxando minha mão da dele.

— Você é uma péssima mentirosa, Elena – ele disse e nós rimos.

— É sério, Damon...

— Eu vou ficar com você – ele me interrompeu e dessa vez falou sério. – E respondendo a sua pergunta, sim. Eu ficaria.


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Notas finais do capítulo

O q acharam desse cap, gente???
A relação de Damon e Elena está se desenvolvendo mais...
Espero q tenham gostado!!!
Amanhã, estarei postando pelo menos mais três caps!!!



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