Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 7
Um pouco mais próximos


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!!
Esse é um dos caps q mais gostei de escrever! Elena e Damon têm cenas lindas nesse cap!
Espero q gostem!!!



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— Então, como está a vida de casada? – Caroline perguntou enquanto tomávamos um refresco em frente à piscina da casa de Damon.

— Bom... – O que eu poderia dizer? – Não está tão ruim quanto eu esperava.

Caroline colocou o refresco na mesa e olhou para mim com atenção.

— O que disse?

— Considerando tudo que eu tinha pensado e imaginado, com certeza está sendo melhor – respondi séria. – Digo, eu fui para festas muito finas nesse último mês, sou servida o tempo todo, tenho a companhia das empregadas que são ótimas, coloquei todas as minhas séries em dia e ainda tenho tempo de sobra para fazer o que quiser. Não acho que esteja tão ruim assim.

— E quanto a Damon? – Caroline perguntou.

— Nós não nos falamos muito, sabe. Tirando quando vamos às festas. Ele no canto dele e eu no meu. Nos vemos no café da manhã e à noite o ouço chegando em companhia de outra pessoa – falei, tentando ignorar o incômodo nessa última parte. – Se isso fosse um casamento de verdade, ele com certeza seria um péssimo marido.

— Hum – Caroline olhou para mim como se estivesse tentando ver além.

— E você e o Stefan? – perguntei mudando de assunto. Torcia muito para que eles dessem certo.

Ela baixou o olhar.

— Ele me ligou ontem à noite – falou baixinho, ainda sem me encarar. – Me chamou para jantar no sábado.

— Que maravilha! – exclamei animada. – Você disse que sim, não é mesmo?

Ela apenas assentiu.

— Elena – começou um pouco tímida. – Eu estava pensando... Será que você poderia... Sabe...

— Você quer algum dos meus vestidos novos emprestados, não é? – supus.

Caroline assentiu, ainda tímida. Ela devia gostar muito de Stefan. Nunca ficava desse jeito.

— Vamos lá. Fique à vontade para escolher – falei, levantando-me e ela me acompanhou com um largo sorriso.

*

Eu estava conversando com as empregadas na cozinha, rindo das suas divertidas histórias, quando Damon chegou.

Tracy apressou-se em dizer:

— Sr. Salvatore, já vamos servir o seu jantar.

Ele sentou-se à mesa, parecendo não ligar para o que ela dissera. Damon pôs a mão na cabeça e reparei que ele estava pálido.

— Você está bem? – perguntei, sentando-me ao seu lado.

— Só uma dor de cabeça. É o estresse – ele respondeu, parecendo cansado.

— Você quer que eu chame um médico? Ou até mesmo te levar a um hospital? – ofereci.

— Já tomei um remédio, Elena – ele respondeu ríspido. – Pelo que me consta, preocupação não estava em nosso contrato.

Ele levantou-se da mesa, não se importando com a bandeja que Tracy trazia.

— Sr. Salvatore...

— Não estou com fome.

Ele saiu da cozinha e eu suspirei. Ele era tão difícil! Por que não deixava ninguém ajudar?

*

Na manhã seguinte, desci mais cedo na esperança de ajudar as meninas a preparar o café. No entanto, assim que cheguei à cozinha e contei o meu intento, elas reclamaram dizendo que eu não precisava me incomodar.

— Mas não é incômodo nenhum! Eu estou há tanto tempo sem fazer nada! – falei com um largo sorriso. – Deixem-me pelo menos fazer uma panqueca. Faço panquecas deliciosas!

Tracy e Cindy trocaram um olhar.

— Tudo bem, Srta. Elena. Só algumas panquecas – Cindy cedeu.

— Ah, meu Deus! O Sr. Salvatore não vai gostar! – Becky murmurou com as mãos no rosto.

— Damon não vai ligar – garanti, embora não tivesse certeza de que ele saberia de qualquer forma.

Tracy deu-me um avental, enquanto Cindy me dava os ingredientes para fazer minha panqueca. Percebi que Becky ainda estava preocupada. Suas mãos estavam em seu rosto. Não liguei. Comecei a preparar minhas panquecas.

Estava quase finalizando a segunda, quando fui surpreendida:

— O que está acontecendo aqui? – Damon perguntou ao chegar à cozinha.

Ele estava com aparência melhor do que ontem, mas ainda assim parecia abatido. Decidi ignorar esse fato e apenas respondi à sua pergunta:

— Estou cozinhando. Panquecas. E você vai ser o primeiro a prová-las.

Coloquei a última no prato ao lado da outra e levei para ele.

Damon sentou-se à mesa, cortou um pedaço e pôs na boca.

— Hum... Está... – ele não teve tempo de responder, porque sua face assumiu uma coloração branca num piscar de olhos.

— Damon! – aproximei-dele, tocando seu ombro. – Você está bem?

— Eu...

Dei um pulo logo em seguida.

Damon acabara de vomitar.

 Não tinha sido em mim e sim em minha frente, mas ele olhou para mim com certa vergonha em seus olhos.

— Não. Definitivamente você não está bem – levantei-o da mesa e apoiei seu braço em meu ombro, sustentando o peso de seu corpo. Ou pelo menos, tentando. – Por favor, meninas, limpem isso. E não comentem com ninguém.

Elas apenas assentiram, assustadas demais.

Subi a escada com esforço, levando Damon comigo. Chegamos ao seu quarto e eu o deitei na cama.

— Elena... – ele tentou reclamar.

— Calado! – exclamei e, incrivelmente, ele obedeceu.

Ele estava de terno, pronto para o trabalho. Sem alternativa, comecei a desabotoar seu paletó com cuidado. Uma vez livre do paletó, comecei a afrouxar sua gravata.

— Sempre soube que era isso que estava querendo – Damon falou com um sorriso safado.

— Eu disse para você ficar quieto! – exclamei mais uma vez.

— E desde quando você manda em mim? – ele desafiou-me, mesmo estando fraco.

— Desde que você mente sobre seu estado de saúde e fica desse jeito – respondi, retirando sua gravata e abrindo alguns botões de sua camisa.

— Então agora você vai cuidar de mim? – ele perguntou em tom sarcástico.

— Sim – respondi simplesmente, com toda sinceridade em minha voz.

Seu sorriso sarcástico morreu em seu rosto após perceber a seriedade de minhas palavras.

— Não preciso que você cuide de mim – ele falou orgulhoso, enquanto eu colocava minha mão em sua testa.

— Céus, Damon! Você está queimando! – exclamei, preocupada.

— Elena, eu não preciso...

— Sim, Damon, você precisa. Volto num instante – saí do seu quarto correndo e entrei no meu.

Peguei minha caixa de medicamentos e voltei para o quarto de Damon. Coloquei o termômetro em sua boca enquanto ele reclamava.

— Fica quieto, Damon!

Contrariado, ele obedeceu. Depois de cinco minutos, retirei o termômetro e tomei um choque com o resultado.

— Oh, meu Deus, Damon! 40 graus!

Ele revirou os olhos. Conseguia ver o seu cansaço, embora ele se esforçasse para não aparentar.

— Só me deixe sozinho, Elena – pediu, fechando os olhos.

— Não. – ele me encarou. – Você está doente, Damon. Não vou te deixar sozinho.

Ele pareceu um pouco surpreso e, desta vez, não questionou.

— Tanto faz – murmurou enquanto fechava os olhos novamente.

*

Observava Damon dormir. Ele parecia sereno, tranquilo. Notei que ele parecia apenas... Um garoto. Apesar de ter apenas 29 anos, Damon era tão sério que aparentava ter 40. Mas agora, com um semblante tão tranquilo, parecia ter voltado aos vinte. Sem pensar, acabei levando minha mão até seu rosto, acariciando-o.

Seria tão bom se Damon fosse sempre assim. Tranquilo, paciente, de bem com a vida.

Sorri pensando nisso.

Talvez esse fosse um homem por quem eu me apaixonaria. Mas pelo verdadeiro Damon? Não. Não acreditava que isso aconteceria.

Parei de acariciar seu rosto quando ele ameaçou acordar.

— Elena? Você ainda está aqui? – Damon sussurrou, enquanto abria os olhos lentamente.

— Eu disse que cuidaria de você – falei com um pequeno sorriso. – Estava esperando você acordar. Fiz uma canja para você. Mesmo que sua febre tenha diminuído, acho bom você tomar.

Peguei o prato em seu criado-mudo e ofereci para ele.

— Não vou tomar isso, Elena – ele falou com certa expressão de nojo.

Ri. Era exatamente essa expressão que eu fazia quando era criança e minha mãe me forçava a tomar.

— Por que você está rindo? Eu estou falando sério. Não vou tomar isso, Elena – ele falou sério, aumentando o meu riso.

— Damon, quando eu era criança, minha mãe me dava essa canja quando eu ficava doente e logo depois eu ficava boa – tentei convencê-lo parando um pouco de rir.

— Mas como você deve ter reparado Elena, eu não sou criança – ele insistiu.

Suspirei. Então me lembrei de como minha mãe fazia.

Enchi a colher e enfiei em sua boca, sem seu consentimento.

— Elena! – ele reclamou de boca cheia.

Não liguei e enchi novamente a colher. Quando ele engoliu o que estava em sua boca, enfiei outra colherada.

— Elena! – reclamou de novo e eu novamente não me importei.

Continuei fazendo isso até o prato estar vazio.

— Você é louca! – ele exclamou, ainda em choque.

— Você vai me agradecer depois – falei colocando o termômetro em sua boca.

Damon resmungou, mas não falou mais nada.

Tirei o termômetro depois de cinco minutos e sorri com o resultado.

— Sua febre diminuiu significativamente. 37 graus. Só precisa descansar e logo você estará ótimo!

— Então será que agora você pode me deixar sozinho? – ele perguntou com um leve tom de irritação.

— Está bem – cedi. – Volto mais tarde. Descanse.

— Sim, mamãe – ele resmungou e eu ri.

*

— Damon! Damon, acalme-se! – pedi, nervosa, tentando controlar um Damon que se debatia de um jeito assustador.

— Está... muito... frio... Eu... Ah... – seu queixo batia ao pronunciar essas palavras.

Toquei em sua testa e percebi que a febre devia ter voltado com força total.

Levantei-me para pegar o termômetro, mas ele me segurou:

— Elena... Fica... Por favor... Não... Me... Deixe... – pediu, suplicante.

— Damon, eu preciso...

— Por favor... Elena.

Diante de seu pedido suplicante, não tive como dizer não. Deitei-me ao seu lado e abracei-o. Ele agarrou-se a mim como se sua vida dependesse disso.

— Você vai ficar bem. Vai ficar tudo bem – garanti.

— Promete?

— Sim.

Depois de alguns minutos, Damon acabou pegando no sono. E, inconsciente, sussurrou:

— Mamãe, mamãe, por favor, não me deixe. Por favor.

Eu devia ter ficado calada. Mas não consegui. Ele parecia um menino assustado. E sentia que eu precisava ajudá-lo. De alguma forma.

— Não vou deixá-lo. Estou bem aqui. Estarei sempre com você.

*

— Então, como eu estou? – perguntei ao chegar à sala.

Damon olhou-me de cima a baixo, avaliando.

— Não está mal – respondeu, cético.

— Obrigada – agradeci enquanto caminhávamos juntos para fora da casa.

Eu estava usando o vestido rosa que eu adquirira no leilão. Damon disse que era uma festa importante então não vi problema em usá-lo. Ele era lindo e fino.

Fazia uma semana desde que Damon tivera a febre. Aparentemente, ele não se lembrava de ter chamado pela mãe e eu preferi deixar assim.

— Então, o que posso esperar dessa noite? – perguntei, enquanto Damon dirigia.

— É uma reunião entre as famílias dos maiores investidores de New York. É algo extremamente importante. Essas reuniões só acontecem de década em década. Os Salvatore fazem parte desde que meu avô fundou a empresa. Hoje, será a minha primeira vez lá – ele pareceu um pouco ansioso.

— Então eu tenho que me comportar, não é? – perguntei em tom de brincadeira.

— Sim – Damon respondeu, sério. – Mas é basicamente o que você sempre faz. Ficar ao meu lado, sorrir e cumprimentar as pessoas. Ah, e, por favor, não ligue para as provocações do meu tio.

— Seu tio vai estar lá? – perguntei, surpresa.

— Vai. Ele é um Salvatore. E com certeza não iria perder a oportunidade de vir a uma festa como essa – ele explicou aparentemente calmo. – Especialmente para me provocar.

— Hum.

Não falei mais nada, concentrando-me em algo para evitar as provocações de Zach.

— Elena – Damon chamou –, Zach quer nos desestabilizar. Me desestabilizar. Ele quer provar para todo mundo que eu não sou homem o bastante para gerir uma empresa como a minha. E se ele conseguir seu intento hoje à noite, estarei perdido para o resto da vida. Então, você entende se eu te pedir para aguentar um pouco, não é?

Suspirei.

— Sim, Damon, eu entendo. Acho que depois de alguns encontros desagradáveis com ele, dá para saber o que esperar e o que evitar.

— Ótimo.

Em poucos minutos, chegamos ao local da festa. Contive meu suspiro de encantamento ao adentrarmos o salão.

Eu tinha aprendido muito durante esse último mês a não ficar tão encantada com as decorações fantásticas para as festas que íamos.

E esta não era diferente. A decoração do salão estava incrível!

— Damon Salvatore! Que bom que veio! – um homem que deveria ser apenas alguns anos mais velho do que Damon veio nos cumprimentar.

— Tristan, obrigado pelo convite. É uma honra poder participar dessa reunião! – Damon respondeu ao seu comprimento de uma maneira polida.

— Esperamos que você faça tão bem quanto o seu pai fez – Tristan falou com um sorriso e não percebeu quando o corpo de Damon tensionou.

Apertei sua mão, tentando transmitir calma. Tristan pareceu finalmente me notar e perguntou, ainda com um sorriso:

— Você então é a Sra. Salvatore? Seja bem-vinda!

— Por favor, me chame só de Elena – pedi, sorrindo cordialmente. – É uma honra poder estar ao lado do meu marido nisso.

— Espero que fiquem à vontade hoje à noite. Bom, tenho que me afastar. Divirtam-se! – Tristan saiu, deixando-me sozinha com Damon.

— O que exatamente de bom seu pai fez? – perguntei.

— Não quero falar sobre isso – ele respondeu sem me olhar, com uma voz fria.

— Só achei que pudesse ser melhor para entender – justifiquei-me.

Na verdade, eu estava realmente curiosa sobre o que Giuseppe Salvatore poderia ter feito de bom na vida – além do testamento.

— Ah, olha só quem está aqui. Não imaginei que fosse vir – Zach falou com voz provocativa, aproximando-se.

Damon encarou-o sem medo e falou:

— Sim. Viemos. Não podia perder a primeira festa de que sou membro oficial. E todos contam que os Salvatore apareçam.

— Eles contavam com o seu pai e não com você – Zach revidou.

— Bem, meu pai não está mais aqui. O que significa que é comigo que eles contarão agora.

Zach deu uma risada sem alegria e falou, cheio de veneno:

— Você? Você é só um moleque que acha que só porque tem a posse de uma empresa como a Salvatore's é importante para a sociedade. Bem, deixe-me dizer uma coisa. Você não é. O seu pai era. Era a Giuseppe que eles respeitavam e nunca respeitarão a você. Porque, Damon, você não tem e nunca terá capacidade nenhuma de gerir uma empresa. Qualquer que seja, desde pequena à grande. E logo essa associação aqui irá perceber isso. E você será expulso. E estará sozinho, afundando cada vez mais o legado do seu pai. Estou prevendo o dia em que a Salvatore's vá morrer sob o comando do irresponsável filho de Giuseppe. Porque você não é nada além disso.

Percebi que as palavras cruéis de Zach afetaram Damon. Então, com toda educação, apenas falei:

— Com licença, não precisamos ouvir todo seu veneno em uma noite só. Porque sabemos que não passa de inveja.

Puxei Damon o mais depressa possível para longe dele e sentamo-nos em uma mesa.

— Eu preciso ir ao banheiro – Damon falou parecendo que ia sufocar.

Ele levantou-se e eu o segurei. Envolvi-o em um abraço. Ele retribuiu, enterrando a cabeça em meus cabelos.

— Você deveria tomar as palavras de Zach como um elogio. Você não é o seu pai e nunca será – falei com suavidade. – Você é melhor.

— Meu tio tem razão. Eu sou só um moleque. Não tenho capacidade de gerir aquela empresa do jeito que meu pai fez – Damon confessou, triste.

— Você está brincando, não é? Será que você esqueceu que eu já fui sua funcionária? Eu sei exatamente que tipo de gestor você é e pode ter certeza, Damon, você não é moleque – disse convicta.

Percebi que não o convenci, então continuei:

— Todos naquela empresa respeitam você, temem você. O que seu pai foi não interessa mais, porque está no passado. Você é o presente. E o futuro. Então, levante sua cabeça e não dê motivos para o seu tio se alegrar. Ele não te abala.

— Ele não me abala – Damon sussurrou, apertando-me mais forte contra ele. – É só que... Às vezes ele me lembra tanto o meu pai.

Damon não tinha percebido o que acabara de falar. Ele finalmente tinha admitido que seu pai o abalava. Ele nunca admitira isso para ninguém, nem mesmo para Stefan.

Mas hoje ele o fez.

Para mim.


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Notas finais do capítulo

E então, gente, o q acharam desses momentos Delena???
Será q o coração de Damon está amolecendo???
Comentem!!!



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