Travesseiro molhado. Nos fones de ouvido uma música triste - a Taeyeon me passava tanta emoção que talvez ela conseguisse entender entender minha dor. No quarto escuro, imagino que meus olhos estejam inchados.
Acabou. Fim. No início da semana estávamos bem, planejamos cinema e rodízio de pizza pra hoje, no dia que você decidiu que deveria ir.

Terminamos por celular mesmo, olha só que bizarro. Faríamos dois anos esse mês, acredita? E eu não quis ter encontrar por saber o que aconteceria. Então foi assim.
O mais triste não é ter que te deixar ir, é saber que sentimos o mesmo um pelo outro. Que cresce a cada dia. Mas que não resolve mais nossos problemas. Você não confia em mim, não consegue lidar com suas inseguranças e eu não consigo conter minha rispidez quando brigamos. Nos ferimos muito.

Deus sabe o quanto tentamos.

Fico imaginando se nossa filha realmente se chamaria Isabella. Se nossa lua de mel seria de fato em Fernando de Noronha. Aliás, será que um dia conheceríamos aquela cidade do Papai Noel e a Coreia juntos? Viveríamos em casa ou apartamento?

Talvez um dia você volte. Você já voltou um dia. Mas eu não quero esperar por isso. Preciso te deixar ir. Preciso me permitir ir.

Eu te amo tanto. E as vezes amor não é o bastante.

Queria que tivéssemos tido as respostas.

Mas não tivemos.

E você se foi.