Três amigas e o amor. escrita por calivillas


Capítulo 11
Raquel – A porta vizinha




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Na quinta-feira, no começo da noite, Vitor apareceu no apartamento de Raquel, para uma rápida visita, abriu a porta e ela foi recebê-lo com o ritual de sempre.

— Esse seu vizinho é muito esquisito - ele comentou, franzindo a testa.

— Você o conheceu?

— Ele estava esperando o elevador, quando cheguei, parece que vai viajar.

— E o que você achou esquisito nisso?

— Foi o modo como ele me olhou, parecia ter raiva de mim – Vitor respondeu, dando de ombros.

 - Bobagem, Vitor. Ele nem conhece você.

— Mas, eu prefiro que você não tenha nenhum contato com ele, Raquel. Eu o acho muito estranho.

Raquel não retrucou, preferia não o contradizer. Vitor bebeu rapidamente a primeira dose de uísque e se serviu de outra.

— Não posso beber em casa, porque Vera fica no meu pé o tempo todo. Ordens médicas, ela diz – ele revelou, aborrecido.

— Algum problema, Vitor?

— Não, só o de sempre, que ando estressado, colesterol alto. Acabou o gelo, Raquel.

— Eu vou pegar mais - Ela se apressou, andando rápido na direção da cozinha.

— Não pode deixar, eu pego – Vitor disse, já indo para cozinha e reparou no recado preso a geladeira – Você tem um gato agora, Raquel? Você sabe que eu não gosto de animais.

— Não, uma vizinha pediu para eu alimentar o gato dela, enquanto estivesse viajando – Raquel contou meia verdade, pois não queria briga com Vitor.

— Tudo bem, agora vamos para o quarto, porque amanhã eu tenho uma reunião importante, não posso demorar. Você colocou aquele lingerie que eu pedi, Raquel?

— Claro, Vitor

— Então, tire a roupa para mim - ele pediu com a voz rouca, sentando se na cama, e ela fez o que ele pediu, deixando o vestido cair aos seus pés – Vitor deu um sorriso lascivo – Venha aqui, Raquel – ela obedeceu e quando ele mergulhava entre os seus seios, mas, sua mente rebelde pensou em Otávio, naquele momento.

Na sexta, Raquel acordou ainda um tanto zonza de sono, preparou um café preto, já que era a única coisa que tomava pela manhã. De repente, viu o lembrete preso na sua geladeira, lembrou-se do gato, pegou a chave do apartamento de Otávio e entrou na porta vizinha. Entrou com cuidado, olhando em volta o apartamento que tinha os cômodos iguais do dela, mas as semelhanças paravam aí, já que era muito bagunçado, como uma mudança que nunca acabou, havia somente o básico, um sofá marrom, uma mesinha de centro de madeira escura e uma mesa de jantar, repletas de livros e papéis, algumas cadeiras e uma enorme estante ocupadas por DVDs, CDs e até discos de vinil e uma aparelhagem de som enorme e uma grande TV de tela plana de última geração. Indo para a cozinha, seguiu as recomendações dadas por Otávio, achou a comida do gato no armário, colocou a no pote, depois, encheu o outro pote com água e Jujuba apareceu miando, a procura da sua refeição, era um belo gato rajado com vários tons de cinza e olhos verdes.

— Você está com fome, amiguinho? – Raquel perguntou, ao gato ressabiado com aquela presença estranha. – Eu coloquei sua comida – ele olhava ora para ela ora para o pote, mas a fome acabou vencendo o medo, ele correu na direção da sua ração.

Ela ficou ali, por algum tempo, observando o gato comer avidamente, porém, Raquel não resistiu a curiosidade de dar uma olhada por ali. Conhecia o caminho, foi até um dos quartos, que estava cheio de caixas, como uma mudança não desfeita. No quarto principal, haviam uma cama de casal desfeita, um armário, uma mesinha de cabeceira, onde em um porta-retratos colorido a foto uma menina de cerca de 4 anos e de cabelos cacheados, sorria feliz, segurando um filhote, muito parecido com esse gato, que, agora, roçava nas pernas de Raquel, querendo carinho.

— Sente-se sozinho, não é? Eu sei o que é isso, amiguinho – ela disse, o segurando e acariciando o seu pelo macio, depois o recolocou no chão.

— Tenho que ir agora, preciso trabalhar, mas volto à noite para ver você – Raquel se despediu dele, que respondeu com miado e saiu.


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