Moana - E se fosse diferente? (Descontinuada) escrita por Pur


Capítulo 2
I


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui está o primeiro capítulo.
Sinto muito por ter demorado, eu realmente havia desanimado em escrever, mas eu loguei e vi todos os comentários e me senti mal por ter abandonado algo que vocês gostaram tanto, então, foi com muito carinho que escrevi esse capítulo e com mais carinho ainda vou continuar a história por vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/724118/chapter/2

                                      Capítulo Um.

        Não é possível! Cresci ouvindo que Mauí era um semideus antigo de aparência selvagem e bom, bem mais velho que eu, mas o que está na minha frente é praticamente um adolescente. Possui cabelos rebeldes que se mexiam junto ao ar, quase como se dançando junto, ombros largos e um rosto jovial, com marcas de expressão entre suas sobrancelhas grossas, e ainda estava com o dorso quase completamente coberto de tatuagens, mas havendo várias partes “em branco”.

Bom esse deve ser Mauí, é a única pessoa além de mim aqui mesmo”. Penso enquanto ele claramente me analisava com uma cara de quem não estava processando que havia mais alguém além dele nessa ilha abandonada. E como se para confirmar o que eu já imaginava, ele apenas resolve perguntar o seguinte:

— Vem cá, você é real ou os Deuses resolveram tirar com a minha bela face? — “Eu não acredito que vou ter que pedir ajuda para esse egocêntrico! O que eu fiz para Te Fiti?” penso olhando o recém carma que terei que aguentar.

—Olha só, eu passei dois dias em alto-mar procurando um Deus milenar pra encontrar um bebê chorão que acha que é o ultimo coquinho da palmeira, eu preciso restaurar o coração de Te Fiti e como a culpa é SUA, você vai entrar no meu barco e me levar até a ilha! — Falo enquanto vejo a expressão de curiosidade passar para medo e de medo para determinação.

­— Certo, eu levo você. — Disse ele indo em direção a uma caverna que eu não tinha visto antes, demorando menos de cinco minutos e voltando com os braços cheios de... Bananas?

— Que? Pera, tão rápido assim? Não vai falar nada? E pra que bananas? Eu não t. — Enquanto eu fico histérica ele descasca uma das bananas e a enfia em minha boca, me impedindo de continuar gritando.

— Ô menina, pega leve ai, eu vou com você, quero meu anzol de volta e me vingar daquele monte de foguinho que me fez ficar aqui, e não fala mais nada porque mesmo eu tendo passado anos nessa ilha eu não pensei muito no que ia fazer, sair daqui já está ótimo, agora come essa banana logo que é a nossa refeição por hoje. ­— Após dizer isso saiu cantarolando em direção ao meu barco ­—Vou te dizer então meu bem, de nada... Ah, espera um minuto! — vira rapidamente me fazendo dar um leve pulo de susto — Eu sei onde está o meu anzol, só pode estar com o Tamatoa, aquele caracol lixeiro do mar. ­— diz pensativo.

— Certo, que ótimo, então vamos pegar ele! — eu estou feliz, parece que isso tudo está começando a realmente dar certo.

— Bom, mas tem um problema... — “essa não, o que pode ser agora?” penso com vontade de enfiar a cara na areia branca e fofa aos meus pés, igual HeiHei acabara de fazer, enquanto esperava esse ser terminar de falar — Ele não mora muito perto... Quer dizer, ah, ele mora em Lalotai. — Disse por fim me olhando fazer, muito provavelmente uma careta.

— Lalotai? O reino dos monstros? Como vamos para lá? — Certo, eu posso ter entrado em desespero, mas deem um crédito, eu não ouvi nada sobre alguém ter entrado em Lalotai e saído de lá em meus 18 anos de vida, não que seja um tempo muito longo, mas deu pra entender, NINGUÉM que consegue por algum milagre entrar, sai de lá. — Ou melhor, como vamos entrar lá? Não é um lugar com a entrada marcada em um mapa, não é mesmo?

— Relaxa princesinha, eu sou um semideus, eu sei onde fica e sei como entrar, e bom, eu vou entrar, não nós. É muito perigoso para a princesinha e... Para o frango? — arqueia uma das sobrancelhas grossas enquanto olhava o galo pular de uma rocha em direção a areia, ficando de patas para cima e soltando um grasnado. — Bom, eu acho que qualquer coisa é perigosa pra esse bicho, porque você o trouxe? Para o lanche? Adoro frango frito! — Grita enquanto Heihei fica de pé e corre para trás de mim, como se entendesse o que fora lhe dito.

— Não! Heihei é de estimação e eu não o trouxe por querer, veio escondido! E porque eu não posso ir junto? Essa missão é minha também, caso você tenha esquecido, e eu não sou uma princesa, sou a filha do chefe da minha aldeia! — Grito sentindo minhas bochechas inflarem e arderem com a mordida interna, mania que tenho desde pequena.

— Você é uma moça, usa vestido, tem joias e um animalzinho de estimação e filha de um chefe, então sim, você é uma princesinha indefesa. É melhor ficar cuidando do galo, agora me passa esse remo, quanto antes chegarmos lá, mais rápido eu vou entrar e sair de Lalotai.

— Mas... Mas o barco é meu! Eu que tenho que levar você lá. — Digo, tentando parecer firme.

— Você sabe velejar? — Pergunta.

— Não, mas—

— Sabe seguir as estrelas? Decifrar as correntes do mar? Não? Então você não sabe. — Diz pegando o remo de minha mão, e eu acho que ele me mostrou a língua? Mais um adjetivo adicionado a lista de Maui: Criança.

— Certo, mas me ensine a navegar também, meus antepassados eram viajantes, eu quero aprender isso, e como a missão é minha, eu tenho que levar você lá, você me ajuda a navegar e eu te ajudo com Te Fiti, que tal? — Digo recuperando meu remo e girando ele, o que não dá muito certo, já que faço a proeza de bater com o cabo em meu rosto, observando-o soltar uma risada abafada e notando pela primeira vez a existência de um pequeno Mauí desenhado em seu peitoral, que se movia e interagia com o próprio Mauí.

— Está bem, de acordo, mas se você fizer a gente se perder, eu te jogo no mar. — Diz me encarando tão sério que senti meu rosto queimar com seu olhar. — Brincadeirinha! — Ah, que bom — Ou não.

No que eu fui me meter?” penso novamente o vendo agora realmente ir para o barco e puxando HeiHei com um braço, enquanto ainda segurava o pequeno cacho de bananas no outro, se atrapalhando ao entrar dentro do barco e jogando HeiHei novamente dentro do compartimento dentro do barco em que ele veio escondido no processo. Bom, como é a única maneira, me dirijo ao barco pensando em mil e uma coisas que poderiam dar errado nas mãos desse semideus com aparentemente quase nenhuma prática em ser um semideus.

Sento em um canto segurando o coitado do galo que bicava meus dedos e vejo a destreza de Mauí ao amarrar as cordas do barco e arrumar a vela no mastro, no final de tudo eu devia estar com o queixo caído e talvez até babando, já que ele me olhou e riu, arrastando o barco para a agua.

Bom, aí vamos nós— Digo baixo, observando o horizonte e a névoa quase invisível ao fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não se acanhem em me dizer se há algo errado, escrevam, favoritem, interajam comigo, eu amo isso porque posso ver se há aceitação.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Moana - E se fosse diferente? (Descontinuada)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.