Obliviate - Dramione escrita por Bruna Fernandes


Capítulo 15
Você a esqueceu?


Notas iniciais do capítulo

Olha quem ainda está viva!! Gente me desculpe pela demora, e por esse capitulo curtinho, eu estou super sem tempo, mas não podia deixar vocês sem nada!
Espero que gostem, e bom carnaval!!



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— Filho – Draco abriu a porta do quarto de Escórpio lentamente, pedindo a autorização dele para entrar. O menino não disse nada, continuou deitado, virado na direção oposta a porta. Draco suspirou, a conversa não seria fácil.

Entrou no quarto puxando uma cadeira e colocando-a ao lado da cama do menino. Sentou-se calmamente. Escórpio não o olhou, continuava virado para a parede, coberto até a cabeça.

— Filho – Começou buscando as palavras em sua mente tumultuada – Eu sinto muito, por toda essa bagunça. Eu não sabia como te contar.

O menino se virou bruscamente para ele. Sua expressão era de raiva e tristeza.

— Contar que a Rosa é minha irmã? – Ele perguntou em um tom mais brusco do que era acostumado – Eu gostava dela, pai! E o senhor sabia!

— Filho – Draco buscou a mão do menino. Escórpio cerrava os olhos com força, como se tentasse impedir que lagrimas saíssem – Eu sinto tanto, mas eu não imaginava que tudo isso poderia acontecer.

— Por que você fez isso? – O menino perguntou com um misto de tristeza e a curiosidade, a segunda sempre presente nele.

— Fiz o que? – Draco perguntou confuso com a pergunta do garoto.

— Apagou a memória da Hermione – Ele perguntou surpreendendo o pai. Draco encostou melhor na cadeira e soltou o ar em sinal de redenção.

— É uma história longa, Escórpio.

— Eu tenho tempo. – Ele disse com os olhos ainda mais abertos, devido a tamanha curiosidade.  A expressão de raiva já deixara seu rosto, era raro que ela ficasse na bondade que era o menino.

— Tudo bem – Draco suspirou – No meu primeiro ano em Hogwarts, ainda no trem, eu conheci Hermione. O que eu senti por ela naquele momento era muito novo e eu não sabia muito bem explicar. Entretanto, eu descobri que ela era uma nascida trouxa e meu pai nunca permitiria que eu sentisse algo por ela, além de repulsa.

— Mas o que importava o que o vovô pensava?

— Você não o conheceu bem, filho.  Seu avô era uma pessoa terrível. Mas enfim, eu acabei me afastando dela propositalmente, principalmente quando começou a andar com o Harry e o Weasley. Depois disso, eu apenas tentava esquecê-la, enquanto a observava salvar o mundo.

“ Só que quando a guerra acabou, e eu ainda estava marcado pelo meu passado terrível, voltei para terminar meus estudos em Hogwarts. Não sei o que passou na minha cabeça para fazer isso, acho que era uma maneira de recomeçar.

Naquele ano, eu me tornei monitor da Sonserina e descobri que teria que fazer as rondas com a Hermione todas as noites. Eu juro, filho, que eu tentei me manter distante, que eu lutei contra o que eu sentia por ela. Mas era muito mais forte que eu.

Acabei me envolvendo com ela, mas todo dia eu me lembrava que não a merecia. Ela merecia o mundo, merecia ser sempre lembrada como a mulher que venceu as trevas. Eu não podia a prender, ela merecia tudo que o mundo poderia a oferecer “

— Você era apaixonado por ela? – O menino perguntou. Draco assentiu com a cabeça fechando os olhos. Era doloroso lembrar daquele sentimento que somente havia sentido uma vez, aquele sentimento que pulsava dentro dele toda a vez que se lembrava da morena.

— Escórpio – Ele disse puxando o ar, com o objetivo de deixar de sentir aquela dor no peito – Você me perdoa por tudo que aconteceu?

O menino assentiu com cabeça calmamente.

— É claro que te perdoo, você é o meu pai! – Ele disse antes de deixar um singelo sorriso desaparecer. — Mas, você acha que eu vou gostar de outra pessoa depois da Rosa?

— É claro, filho. Você ainda vai conhecer muitas garotas bonitas.

— Mas, você conseguiu esquecer a Hermione? – Ele perguntou pro pai. Draco se surpreendeu com a pergunta. Ele havia esquecido? Não, é claro que não. Havia gostado de outra pessoa depois dela? Não, o que sentira por ela era tão único. Ele havia tentado gostar de Astoria do mesmo modo, mas não podia. Não era capaz de se enganar tanto, mesmo que tentasse.

Draco negou com a cabeça.

Do outro lado da cidade, Hermione acabara de aparatar em frente da casa de Gina e Harry. Não podia ficar em sua casa enquanto era ameaçada por Rony. Deus, como aquele homem que ela conhecera aos 11 anos podia do dia para a noite se tornar um monstro? O que a bebida havia feito com ele?

Rony sempre havia sido uma pessoa um tanto possesiva, ela se lembrava de como ele agiu quando achou que existia algo entre Hermione e Harry durante a caça pelas Horcruxes.  Ele havia perdido a cabeça, mas não tanto. Deus, como ele havia sido capaz?

Ela não tinha certeza se poderia perdoa-lo.

Passou a mão pelo lado direito do rosto, que ardia,  o sangue sujou sua mão. Caminhou lentamente até a porta da casa dos amigos. Não sabia qual seria a reação deles, será que ficariam ao lado dela? Ou será que dariam razão a Rony? Eles seriam capazes?

A tontura tomou conta dela, mais uma vez. Sua cabeça doía tanto que a mulher mal conseguia manter os olhos abertos. Continuou batendo na porta. Não havia ninguém em casa.

Lembrou que eles tinham ido viajar naquela tarde. Droga!  Para onde iria agora? Para a casa dos pais? Deus, o que eles iriam pensar? O que seu pai iria fazer?

Não, não poderia ir para a casa deles. Era adulta, não iria voltar para as asas da mãe. Pensa, Hermione! Você não pode voltar para sua casa agora! Deus, como que os filhos ficariam? Rony não seria capaz de fazer nada contra eles, ela tinha certeza.

Mas, pensar não era a melhor de suas opções naquele momento. Sua cabeça doía, seu corpo estava mole demais, se gastasse tempo pensando poderia cair ali no meio da rua. Aparatou para o primeiro lugar que surgiu em sua mente.

Caminhou se segurando em tudo a sua volta até alcançar a porta principal da casa. Começou a bater com o resto da energia que sobrava nela. A luz do cômodo de cima se acendeu, passos foram ouvidos, a porta foi aberta, ela viu aqueles olhos cinzas antes de toda sua visão ficar preta.

Sua cabeça doía tanto que foi difícil abrir os olhos. Não reconheceu o que seus olhos viam, as paredes eram em um tom escuro de azul e a cama era muito maior do que a que tinha em sua casa. Onde ela estava?

Foi naquele momento que virou o rosto e viu Draco dormindo em uma poltrona perto da cama onde ela estava. Se permitiu admira-lo, não era possível que cada dia que passasse ele se tornasse mais bonito. Seu cabelo estava bagunçado e seu rosto possuía uma expressão cansada. Estava torto, devido à noite naquela cadeira.

Ele abriu os olhos.

— Você acordou. Graças a Merlin – Ele disse se levantando da poltrona e se ajoelhando ao lado da cama. Pegou sua mão. Hermione respirou fundo ao sentir seu toque. Deus, como sentia falta dessa sensação...

Hermione passou a mão livre pelo rosto e sentiu um curativo, onde antes havia apenas sangue. Ele havia feito aquele curativo? Por que teria se preocupado em a ajudar? Será que ele ainda sentia algo por ela?

Lembrou do beijo do dia anterior. É, ela tinha certeza que ele sentia algo. Mas ela sentia? Claro que sim, não falia a pena fingir, se enganar.

— Hermione, o que aconteceu? – Ele perguntou a encarando com uma expressão de extrema preocupação. A mulher pensou se deveria dizer a verdade. O que ele faria se descobrisse que foi Rony o responsável por aquilo?

— Eu... Como eu vim parar aqui? – Perguntou trocando, mesmo que um pouco, o assunto.

— Eu não sei, você apareceu aqui na porta de madrugada, machucada e acabou desmaiando. Hermione, por favor, não me deixe angustiado. O que aconteceu?

Hermione respirou fundo, sentindo o corpo ainda dolorido. Virou-se na sua direção. Tomou o ar, para gerar a coragem que precisava. O que tiver que ser, será!

— O Rony havia bebido e eu...

Draco se afastou bruscamente se levantando. Seu rosto adotou uma expressão mais sombria que a mulher já havia visto em seu rosto.

—O Weasley fez isso com você? —Ele gritou e Hermione tremeu. Deus, o que ele faria agora que sabia? – Não vou deixar ele se safar dessa!

— Draco, não por favor! Deixa ele! – Ela disse se levantando para buscar o braço do loiro e o impedir.

— Hermione, ele tem que pagar por ter feito isso! Como ele pode levantar a mão para você? – Ele gritava com uma expressão assustada.

— Draco, foi só uma briga normal. Não se preocupe, eu vou ficar bem!

— Normal? Isso não é normal, Hermione! – Ele disse ainda gritando, estava irritado, assustado. – É ele quem deve ficar preocupado!

— Draco!


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Tivemos a reação do Escórpio, como sempre um fofo, e um pouco da visão do Draco sobre os anos em Hogwarts.
Fiquem com essa montagem que se olhar rápido chega a arrepiar kkk :https://br.pinterest.com/pin/821555156994125411/

Espero que tenham gostado! Beijocas, até os comentários!



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