O Circo escrita por Pam Cristina


Capítulo 1
Um - Encontrada na chuva.


Notas iniciais do capítulo

Olá querida pessoa que está lendo esta história!
Espero que goste. Fiz com muito carinho!



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— Miku! Você não pode agir feito uma adolescente mimada para sempre! – Meu pai gritava comigo. Seu rosto estava até vermelho pela raiva que sentia. Era impressionante a incapacidade dele de não conseguir ouvir a palavra não.
— Eu não sou sua propriedade pai! Sou sua filha! Você não pode me obrigar a fazer uma coisa que eu não quero pelo resto da minha vida! – Rebati, já perdendo a paciência e gritando também.
Sai da sala pisando forte, deixando meu pai falando sozinho. Quando cheguei no meu quarto bati a porta com força e pulei na cama, agarrei o travesseiro, enfiei a cara nele e gritei de raiva. Eu sei, essa atitude não foi muito madura e faz parecer que eu realmente sou mimada. Bem, talvez eu seja mesmo mimada.
Mas o problema é que eu não aguento mais meu pai querendo mandar na minha vida. Ele quer que eu faça faculdade de medicina só porque ele é um médico muito famoso e que conquistou toda nossa riqueza com o trabalho dele. Assim, eu tenho que seguir os passos dele e me tornar médica também. Não é isso que eu quero.
Acabei de me formar no ensino médio e não sei o que fazer da minha vida ainda, mas de uma coisa eu sei: não quero ser uma médica famosa como papai.
Pulei da cama e fui para o banheiro. Preparei um banho delicioso com sais de banho com aroma de baunilha, me despi e afundei na banheira e deixei a água morna tomar conta e me acalmar por inteiro.
Não sei quanto tempo passei na banheira, mas quando saí já era noite. Vesti um jeans, uma camiseta e sapatinhas e saí de casa sem que meu pai percebesse. Eu precisava respirar ar puro. Resolvi dar uma volta na pracinha perto da minha casa.
Quando cheguei na praça ela estava relativamente cheia, com pessoas rindo com seus amigos e casais apaixonados dividindo pipoca. Eu não tinha amigos e nem namorado, então aquilo me dava uma pontadinha triste no meu coração.
— Não podia estar pior... – Suspirei.
E como por ironia do destino, começou a chover. E eu não havia trazido guarda-chuva. Pelo jeito eu era a única que não sabia que ia chover, por que todos a minha volta abriram seus guarda-chuvas. Foi uma explosão de cores aqueles guarda-chuvas por todos os lados. Eu até acharia bonito, se não tivesse me encharcando.
— O que uma bela moça faz na chuva uma hora dessas? – Um garoto loiro que parecia ter a minha idade, ou talvez mais jovem, apareceu com um guarda chuva amarelo e um sorriso no rosto. Eu apenas sorri forçado. – Não fique aí, vai ficar doente! Venha! – Ele me chamou para baixo do guarda chuva dele.
E eu fui.
— Len, aí esta você! Vamos, o pessoal devem estar nos esperando! – Uma garota loira parecidíssima com o garoto, Len, apareceu correndo com muitas sacolas na mão. Assim que me viu, fez uma cara de equívoco.
— Ah! Como sou um tonto! Nem me apresentei! Eu sou Len e essa é minha irmã gêmea Rin! – O loirinho disse apontando para a garota. Agora entendi a semelhança.
— Sou Miku Hatsune. Prazer em conhecê-los! – Eu disse a eles timidamente.
— Olá Miku! O que você faz nessa chuva? – Rin se aproximou de mim e de seu irmão, entregando algumas das sacolas para ele levar também.
— Tentando fugir da realidade. – Eu disse sorrindo, já esperando que aquela dupla não me entendesse.
— Então vem com a gente! Tenho certeza que o lugar onde a gente vai faz as pessoas fugiram da realidade por um tempo! – A loirinha disse simpaticamente.
— Por que não? Não é mesmo? – Falei sorrindo e nós começamos a caminhar pra algum lugar que só eles sabiam onde era.
Durante o caminho fiquei pensando que ela loucura. Não podia simplesmente seguir dois desconhecidos para um lugar qualquer. E se eles fossem ladrões? Ou assassinos? Mas dispensei esses pensamentos, pois eles pareciam tão inofensivos. Ninguém nunca tinha sido tão legal comigo.
Não sei quanto tempo andamos, mas chegamos em um campo abandonado. Mas naquele dia ele não estava vazio como sempre eu via. Havia uma tenda enorme montada. Era de lona amarela e vermelha. Me dei conta que era um circo. Lembrei que ouvi falar que havia um circo na cidade.
— Vamos Miku! – Len me chamou animadamente, só então percebi que eu havia parado.
Continuei a segui-los e eles foram em direção ao circo. Então me dei conta: os gêmeos eram artistas de circo. Eu devia ter notado pelas roupas diferentes e pela simpatia contagiante dos dois.
De repente, o fato de poder conhecer um circo por trás do espetáculo me animou bastante! Talvez eu conseguisse mesmo fugir da realidade aquele dia.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado
Se gostou deixa um comentario pra mim. Se não gostou, deixa também huahua'
Se leu até aqui, agradeço de coração! Obrigada!
Até o próximo capítulo.



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