A queridinha do Olimpo escrita por Emily Hardwell


Capítulo 3
Estranhos em meu encalço


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco, mas finalmente postei haha



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E é isso. Simplesmente saí de casa, ou melhor dizendo, fui expulsa e, agora, estava andando sozinha na rua novamente.
       O silêncio, de vez em quando, é bom, pois, assim, posso pensar em tudo que quiser, mas, neste instante, estava pensando em tudo que não queria pensar, que seria minha família problemática.
       O pai de Robbin é apenas dele, pois o meu abandonou minha mãe enquanto ela ainda estava grávida de mim, ou pelo menos era isso que ela me contava, mas nunca tive certeza.
       Logo depois, quando já tinha seis anos, minha mãe arranjara outro namorado e, logo um ano depois, meu pequeno irmãozinho nascera, o que foi, sem dúvidas, a melhor coisa que ele e minha mãe fizeram, já o resto...
       Só como exemplo, irei falar o que mais me perturba, que foi quando descobrimos que Rob estava doente, aos sete anos e, justo na hora que mais precisávamos de apoio, ele foi embora. Nos deixou, nos abandonou sem fazer nada além de dar um cartão presente com cinquenta reais em uma loja para cada um de nós. Não sei o que minha mãe fez com o "presente", mas eu peguei o de meu irmão e o meu e os queimei.
       Nunca me senti tão insignificante, como se não valesse mais que cinquenta reais em uma loja ruim. Foi aí que eu limitei meus sorrisos sinceros, passei a não achar graça em quase nada e, quase sempre que eu ria, não era verdadeiro.
       E Robbin ainda achava que eu estava fazendo a mesma coisa que seu pai ao sair de casa. Isso me deixa ainda mais triste. Ao olhar ao meu redor e não vejo ninguém e, então, não consigo suportar e desabo. As lágrimas salgadas iam entrando na minha boca e meu cabelo escuro e liso grudava ao rosto.
A única coisa que me fazia ser forte era Robbin, já agora que não tenho ninguém, por quem me segurar?
       Sabe, nunca admiti para ninguém, mas, de vez em quando, é bom chorar sem o peso de todos os olhares julgadores, como estou experimentando agora.
       _Você está bem? _Escutei uma voz masculina por trás perguntando-me. Parei no mesmo lugar, rapidamente sequei minhas lágrimas que escorriam lenta e silenciosamente e me virei para encará-lo.
       _Quem é você? _Algo que já devem ter percebido é que não sou cordial e tampouco educada, pois aprendi a ser áspera do pior jeito.
       _Meu nome é Jason e, o seu é? _Não respondi, apenas me virei e continuei meu caminho, mas aquele garoto realmente parecia persistente e correu até ficar a minha frente, mas, mesmo vendo ele a minha frente, não parei de andar, pois assim trombaria nele e, um talento um tanto quanto mal visto é como consigo apalpar bolsos sem que ninguém perceba, embora quase nunca faça isso. Eu precisava ver se ele não portava nada que pudesse me machucar e, para mim, os fins justificam os meios. E, acabei percebendo que fizera bem atuando assim, pois ele carregava uma adaga pequena e prata, mas, para ter estas informações, tive que tirá-la de seu bolso, logo a segurando atrás das minhas costas, para ter algo para me proteger.
       Ele me ajudou a ficar em pé novamente, como já não estava, mas quando foi olhar por cima de minha cabeça, viu algo que o assustou, pois seus olhos azuis se arregalaram de maneira anormal.
       Ao olhar para trás, vi um... algo complexo demais para meu entendimento, pois tinha três... quatro cabeças de animais diferentes no mesmo corpo.
Leões, bodes, dragões (isso mesmo, dragões) e cobras já são assustadores apenas por serem o que são, agora imagine um bicho com as cabeças dos três primeiros animais e com a cauda do quarto. Seria um ser digno de filmes de terror com indicações a prêmios.
       Imediatamente, o garoto que se denominava Jason me puxou para trás de si e, de repente, outras pessoas simplesmente apareceram e começaram a combater o mostro com espadas, adagas, fogo e outras coisas. Havia um garoto moreno com os olhos da mesma cor que seu cabelo, porém este pegava fogo, digo, literalmente, uma menina de cabelos escurou e com uma carranca briguenta e, por fim, uma garota de morena belíssima de cabelo longo e repicado. O garoto loiro a minha frente tirou uma moeda do bolso, algo sentira quando o apalpara sem que ele percebesse, transformando-a em uma espada.
       Todos lutavam contra tal coisa, mas tudo que queria era ir para longe dali, só que não conseguia me mover, então só encarava tudo aquilo perplexa até derrotarem... o dracobodecobraleão.
       Quando finalmente o garoto loiro estava se virando, impedi seu movimento colocando a faca que segurava firmemente em minha mão em seu pescoço e, no mesmo instante, a garota morena de cabelos repicados gritou seu nome desesperada, mas logo se recompôs e disse para mim, calmamente:
       _Largue ele! _Seu tom de voz era tão convidativo que quase a obedeci, mas balancei a cabeça e continuei com a adaga pressionada a sua pele, o que fez todos perecem surpresos.
       _Desculpe, princesa, mas acho que não irei te obedecer. Escutem, _disse, agora direcionada a todos _eu vou sair daqui e nenhum de vocês vão me seguir, está bem?
       Só então empurrei o garoto para frente, sem a lâmina o ameaçando e comecei a andar rapidamente de costas, mas logo que me virei, uma garota loira de olhos cinzentos apareceu a minha frente assim, de repente, e segurou meus braços, me imobilizando. A garota com aparência de irritada deu um passo a frente e disse:
       _Agora você irá nos escutar!


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Notas finais do capítulo

Não deixem de acompanhar a história, please



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