Para nós, todo o amor do mundo... escrita por Deby88writer


Capítulo 32
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Aaaah eu adoro um drama ;)



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O som de uma pancada surda e vidro trincando desviou a atenção do público presente na praça. No instante seguinte, Cecilia encontrava-se inerte no chão, o rosto oculto pelos cabelos escuros, e o paletó de Gustavo, descansando sozinho ao seu lado. Rapidamente, as pessoas começaram a se aproximar, curiosas para ver o que tinha acontecido. Gustavo congelou, sem conseguir se mover, olhando a cena sem processar. Foi despertado pelos gritos da filha que ainda sentada no chão começou a chorar, assustada.

— Ceci! - gritou a menina. Levantando-se com a lateral da perninha ralada e caminhando até Cecilia. Abaixou-se sem saber o que fazer, puxando a manga da blusa de linha que a jovem usava - Ceci acorda! Acorda!

Quando a primeira pessoa esbarrou em Gustavo, ele saiu do transe e correu até a filha, ajoelhando-se ao lado dela...

— Cecilia! - chamou desesperado - Cecilia por favor! Por favor acorde! - pediu com a voz embargada. Tirou os cabelos da ex-noviça do rosto, segurando-o gentilmente. Sentiu algo viscoso em seus dedos. Era sangue que começou a escorrer rapidamente do nariz de Cecilia, criando uma pequena poça no chão. Aquilo fez o coração de Gustavo parar por alguns segundos. O desespero tomou conta de suas ações - Ai meu Deus...Cecilia! Por favor....Filha sai daqui filha, sai daqui...- pediu para Dulce, que estava com o rostinho regado em lágrimas.

— A Ceci m-morreu p-papai?! - perguntou a menina, soluçando - Papai...a Ceci-i morreu?

— N-não filha...e-ela, ela está bem...- afirmou, sem acreditar em suas palavras.

— Meu Deus o que aconteceu! - exclamou Estefânia, correndo até o primo.

— Minha irmã! - berrou Fátima, entrando em pânico - Socorro! Alguém chame uma ambulância! Uma ambulância por favor! - gritou.

— Eles já estão vindo...- afirmou Peixoto.

— Minha nossa senhora! Eu não vi a menina correndo! - exclamou o motorista, saindo do veículo, preocupado - Quando eu pisei no freio tudo tinha acontecido! Foi tão rápido!

As mesas do foodtruck agora estavam vazias. Todos rodeavam o local do acidente, aguardando o resgate. Sem entenderem o que tinha acontecido.

— Gustavo...é melhor não mexer muito nela...- pediu Estefânia, tentando se manter calma.

— Tire a Dulce daqui Estefânia! Leve ela daqui! - suplicou para estilista.

— Vem com a titia minha florzinha, vem...- disse tia perucas, pegando a sobrinha no colo - Você está bem?

— A Ceci m-morreu titia? - perguntou Dulce, repetindo diversas vezes o que sua cabecinha infantil concluía da situação.

— Não meu amorzinho...ela vai ficar bem...ela vai ficar bem...- afirmou Estefânia para si mesmo, afastando-se com a pequena.

Cecilia...acorde...não faça isso comigo, por favor acorde...- insistiu o empresário, a voz embargada, segurando a mão esquerda da amada, que estava quase translúcida. A outra era segurada por Fátima, que rezava baixinho - Por favor...de novo não...não - lamentou-se o rei do café. Cecilia abriu levemente os olhos ao ouvir o chamado de Gustavo - Isso! Isso...abra os olhos...esses olhos lindos, por favor...- insistiu - O resgate está vindo meu amor...aguente firme...por favor...

Em poucos minutos a ambulância chegou e os paramédicos pediram que todos se afastassem para prestar os primeiros socorros. Victor agarrou o amigo pela camisa, pois Gustavo se recusava a sair do lado de Cecilia. Após imobilizarem a jovem dos pés a cabeça, a equipe de resgate a colocou na ambulância, registrando todo o diagnóstico inicial via rádio para o hospital.

— Eu vou com ela! - exclamou Gustavo, tentando se soltar o braço do aperto forte do cozinheiro.

— Não Gustavo! Deixe a Fátima ir! Elas são irmãs...- afirmou, fazendo um sinal para Fátima ligar assim que chegassem - Você vem comigo, não vou deixa-lo dirigir assim...Solange, avise o Silvestre, pergunte se ele pode vir te ajudar a fechar tudo por aqui...- pediu, tomando o controle da situação.

— E-eu quero ficar com a Ceci titia...- choramingou Dulce.

— Não meu amor, você não pode...

— Quer que eu leve a Dulce comigo Estefania? - perguntou Diana aflita.

— Podemos todos ir lá para casa...- sugeriu Rosana - Esperar por notícias...Não é uma boa idéia as crianças irem pro hospital...

— Você tem razão minha amiga...Dulce, a tia Rosana vai te levar para casa, a titia vai para o hospital com seu papi para te mandar notícias da Ceci, ok?

— Não! - recusou a menina - Eu quero ficar com a Ceci!

— Então eu vou com você para tia Rosana, o que acha? A Ceci vai ficar bem meu amorzinho...os médicos já estão cuidando dela...Mande notícias meu amor! Mais tarde eu vou...- pediu a estilista, dando um beijo rápido em Victor - Cuide dele...- indicou o primo - Por favor...

...

Todos resolveram ir para cobertura dos Lários. Ainda estavam chocados quando chegaram. Aquela que era para ser uma noite de alegria e risadas. Franciely aguardava a todos, com um forte chá de camomila que preparara.

— Eu vou ligar para Madre...- informou Diana.

— Obrigada Diana...- disse Estefânia, acariciando os cabelos da sobrinha, ainda em seu colo.

— Vem brincar Dulce...- chamou Emilio - Eu tenho uns desenhos legais para pintar...Posso ir lá pegar mamãe?

— Claro filho, vai lá...vai com ele Dulce...

— Mas gente...O que aconteceu? Foi tão de repente...- perguntou Inácio, quando as crianças saíram.

— Pelo que pude entender, as crianças brincavam de pega-pega e a van apareceu do nada na frente da Dulce, acho que a primeira reação da Cecilia foi protege-la...- deduziu Estefania.

— É melhor eu ir até o colégio dar um suporte...a Madre vai talvez queira ir ao hospital...

— Isso, vai lá Inácio...- concordou Diana.

— Vocês podem dormir aqui...Eu vou pedir para prepararem o quarto de hóspedes...- sugeriu a estilista.

— Acho que ninguém vai dormir essa noite viu...estou tão nervosa por notícias da Cecilia...- continuou Diana.

— Todos estamos amiga...todos estamos...- suspirou Rosana, séria.

...

— Cadê ela?! - exclamou Gustavo assim que entrou no hospital - Onde está a Cecilia?! Quero vê-la! Cecilia Santos...- informou, agitado, deixando a recepcionista assustada.

— Calma Gustavo...- pediu Victor.

— Eu quero saber tudo o que está acontecendo! - exigiu, com os cabelos desalinhados. Os olhos verdes estavam vermelhos - Onde estão os médicos desse hospital?! - gritou, batendo com a mão em punho no balcão da recepção da sala de espera.

— Meu amigo calma...daqui a pouco teremos notícias...Desculpe, ele está muito nervoso...- explicou o cozinheiro à mulher.

— Isso só pode ser um pesadelo! Por que está acontecendo de novo Victor? Por que? - indagou, chorando, abraçou o amigo. Flashes do dia em que Tereza se acidentou vieram em sua cabeça. Parecia um castigo. Ele não queria acreditar. Como era possível que o que mais temia pudesse estar acontecendo poucos minutos após sentir uma felicidade tão grande que não conseguia segurar dentro do peito? - E-eu...eu finalmente tinha me declarado...dito o quanto estou apaixonado por ela...e-e...e agora...

— Ela vai ficar bem Gustavo...tenha fé...Vocês vão viver um amor lindo juntos, cheio de felicidades...- consolou o cozinheiro.

Naquele momento Fátima apareceu na sala de espera, o rosto inchado, esfregava as mãos que tremiam...

— Fátima! Como ela está? O que está acontecendo?! - perguntou o empresário, assim que a viu entrar.

— E-eu não sei...e-les a levaram direto para o centro cirúrgico...e n-não disseram nada ainda...- respondeu - E-ela é a única pessoa que eu tenho no mundo...meu Deus estou com tanto medo! - Gustavo abraçou Fátima com força, consolando-a.

— Você tem a mim, a Dulce e a todos nós...todos somos sua família e a dela agora...- afirmou.


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