Não Sobrevivendo ao Apocalipse [CcL 16] escrita por Lady Lanai Carano


Capítulo 1
Como falhar em uma missão - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá minna-san!
Tenho uma observação antes dessa one-shot.
Blodyn significa flor em galês (valeu, Google Tradutor), isso porque a Dani disse que gostava de flores, então fiz esse easter egg ^^
Bm, espero que gostem! (principalmente minha amiga secreta)
Beijos de Mel ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723191/chapter/1

— Blody, uma ajuda aqui cairia bem! – Leah disse, atirando nos monstros que se aproximavam sorrateiramente, deslizando pelas paredes e pelo chão. Leah estava atirando com uma pistola sem mira, mas ainda assim, a garota conseguia atirar perfeitamente nos seus alvos.

— Ahn? Ah, okay, eu acho – Blodyn falou, gaguejando, e procurou entre as suas coisas alguma arma de fogo. Mas ela só tinha o HD que tinham recuperado naquela missão, remédios, munição e uma faca nem um pouco intimidadora. – Eu não tenho uma arma!

— Inacreditável – Leah murmurou. Então, sem pensar duas vezes, ela agarrou a mão da amiga e saiu correndo, sem arriscar desperdiçar munição.

— Desculpa – Blodyn falou, deixando-se ser arrastada. – Eu sou uma inútil. Pode me deixar para trás. Sobreviva. Juro que não vou ficar ressentida.

Revirando os olhos para o drama da amiga, Leah socou um botão na parede e a porta abriu quase sem ruído, dando para um corredor iluminado. A planta do laboratório era muito complexa, os corredores se emaranhavam em um labirinto confuso. Havia apenas duas saídas: o lugar por onde elas entraram, que era o caminho mais fácil, e a saída dos fundos. Mas a primeira tinha sido bloqueada pelos monstros e a segunda era tão fácil de encontrar quanto uma agulha no palheiro.

— Droga, se tivéssemos um rifle eu conseguiria fazer uma baioneta, mas a gente nunca consegue algo melhor que essa .40, que por acaso, está acabando a droga da munição. – Aquilo parecia grego para Blodyn. Do nada, veio-lhe uma imensa vontade de rir da situação: duas garotas sozinhas em um laboratório subterrâneo infestado de aliens bizarros, uma delas viciada em armas e a outra sem saber sequer onde estava direito. Seria cômico, se não fosse trágico.

Blodyn tinha problemas em agir normalmente sob pressão.

— Eu tenho munição aqui – ela falou, revirando as suas coisas e puxando alguns cartuchos. Leah cogitou seriamente atirar na cabeça de Blodyn, mas não queria desperdiçar balas.

Antes que pudesse se exaltar, ela lembrou que a amiga era uma pessoa normal, então explicou pacientemente enquanto caminhavam apressadamente por um corredor cheio de portas de metal com janelinhas com grades, como uma prisão. Ela definitivamente não queria saber o que tinha lá dentro.

— Blody, existem munições diferentes para armas diferentes. Essas balas são para fuzis de assalto, não para pistolas! – Ao ver a cara de paisagem da amiga, Leah revirou os olhos e bufou – É como tentar forçar o Konohamaru a fazer jutsus do Madara.

— Ah! – Blodyn exclamou – Por que não disse antes? Céus, isso é impossível! Por que diabos ainda temos isso?

— Eu não sei qual é a pior parte: a que eu acabei de fazer uma referência otaku para fazer você entender de armas, ou que você entendeu.

As duas foram interrompidas por um barulho na próxima câmara, atrás da porta. Leah foi na frente, erguendo a pistola, andando devagar na direção do som, com Blodyn seguindo-a, não muito confiante. Leah pressionou o botão para abrir a porta e se depararam com uma horda de aliens com corpo negro e viscoso, subindo pelas paredes e esbarrando uns nos outros. Assim que as viram, viraram os rostos sem olhos para elas todos de uma vez.

Aquela cena foi demais para Blodyn. A garota simplesmente saiu correndo na direção oposta, a definição perfeita de “jogando a toalha”. Quem ligava para a diferença entre balas de .40 e de fuzis de assalto? Quem ligava que o Konohamaru não conseguiria fazer os jutsus do Madara? Blodyn não gostava tanto de Naruto assim (o que talvez, só talvez, fosse uma mentira).

Mas tudo o que encontrou foi outro bloco maciço de aliens. Blodyn viu algumas das criaturas caindo, e soube que Leah havia a alcançado e estava atirando, mas ela se sentia debaixo d’água. Longe da realidade. Quando as balas de Leah acabaram, as duas encostaram as costas uma na outra, com os monstros fechando o cerco ao seu redor. Blodyn pensou ter ouvido Leah dizer “Me desculpe, eu te amo e sempre vou te amar” em um tom melodramático e cômico. Um alien avançou e a agarrou, sua visão ficou escura...

— Você devia fazer teatro. Sério. “Me desculpe, eu te amo e sempre vou te amar” – ela imitou a amiga, ajoelhada no tapete da sala.

— Cale a boca, Blody – Leah, ou melhor, Letícia, jogou o controle no chão e afundou no sofá, emburrada – Se não fosse a sua inabilidade nata, eu teria levado a droga do HD para a central e descoberto tudo sobre os aliens! Estava no clímax da história... – Ela fez uma cara emburrada.

— Não precisa mais me chamar pelo nickname— Daniele, ou apenas Dani, revirou os olhos e colocou o controle do videogame na mesa de centro. – E é apenas um jogo!

— Jogos seguem um código, Dani! O código diz: vença ou morra! E morrer não é uma opção! Certo! – Letícia pegou o controle novamente e assumiu a sua pose de “totalmente concentrada” ao sentar no sofá. – Dessa vez, vamos conseguir sair com a barra de HP no 100%!

— Okay, okay, mas espere que eu vou fazer uma pipoca antes, estou morrendo de fome – Dani levantou e foi para a cozinha, quase tropeçando no seu gato, que parecia especialmente animado ao tentar escalar suas pernas.

Inconscientemente, a garota sorriu. Ela não era boa com amizades, aquela tinha sido um milagre. Enquanto sentava-se novamente no sofá da sala, com um balde de pipoca e uma Letícia muito empolgada ao seu lado, Daniele pensou em quão bom seria poder ter uma amiga como ela para sempre.

— Okay, pronta para o round 2?

— Esse é tecnicamente, o round... 8.

— Ah, cale a boca, Blodyn — E a TV emitiu um “The game is ready to begin”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Foi a minha primeira tentativa de ficção científica nesse estilo >.> não me julguem.
Beijos de Mel ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Não Sobrevivendo ao Apocalipse [CcL 16]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.