I Want To Be Your Girlfriend escrita por Kyra_Spring


Capítulo 7
She's like so whatever...


Notas iniciais do capítulo

N/A: antes de mais, deixem-me esclarecer. Essa fic é antiga, e está sendo repostada. Por isso, o filme que eles estão assistindo é relativamente antigo, também (Piratas do Caribe no Fim do Mundo). Explicações dadas, vamos à fic!



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–Ainda não acredito que estou aqui com você – dizia uma mal-humorada Melissa a um bem-humorado até demais Ed, que estava sentado na poltrona ao lado dela no cinema.

–Relaxa, vai ser um bom filme – tranqüilizou-a Ed, sorridente – E, se você não gostar, pode ir embora no intervalo. Pipoca?

–Eu odeio pipoca – bufou ela, afundando-se na poltrona – Você tem aqueles drops de morango?

–Desculpe, sou alérgico a morango...

–Vai ser uma noite muito longa...

*-*-*-*-*-*-*

–Não acredito que vocês me arrastaram para cá! – do lado oposto da sala, os subordinados de Roy se aglomeravam, e quem falava era Havoc, pálido – Riza ficou louca, se ela me vir aqui ela vai atirar de novo! E como vão ficar os meus filhos?

Você não tem filhos, Jean – retrucou Fuery, ácido, sentado na poltrona de trás.

–Pior ainda! – Jean quase berrou, atraindo para si as atenções de todo mundo em volta – Como eu vou deixar este mundo sem um descendente para continuar a nobre linhagem dos Havoc?

–Você é patético, sabia? – foi a vez de Falman intervir – A gente fez a nossa parte contando que a Riza vinha para cá com o Arthur, mas precisamos nos certificar que deu certo. E de que outro jeito faríamos isso sem vir para cá também?

–Sem falar que eu amo Piratas do Caribe – continuou Fuery, animado – Meu sonho é me casar com a Keira Knightley!

–Algum de vocês se lembrou, pelo menos, de comprar um balde de pipoca? – então, Breda se manifestou – Se querem saber, eu nem jantei...

–Quem ia comprar a pipoca era o Maes... – respondeu Havoc, olhando para trás – Ah, ali vem ele! E ele trouxe a filhinha e a esposa... Eeba! Pipoca pra todo mundo!

–Olá, amigos, me atrasei um pouco – ofegante, Maes chegou, distribuindo baldes de pipoca e sacos de amendoim a todos – Espero que tenha um lugar guardado para nós.

–Sentem-se aí – Fuery foi empurrando os outros para poltronas mais distantes e cedeu lugar a Gracia e Elysia – O filme já vai começar, e eu não quero perder nada.

–Riza e Arthur estão ali na frente – apontou Gracia, que já estava a par do plano dos rapazes – E, pelo que eu vi, Roy e Trista estão lá em cima. Acho que dá pra eles se verem bem... Só quero ver o que eles vão fazer quando se virem.

*-*-*-*-*-*-*

–Tem certeza que você quer ver esse filme idiota, Royie? – Trista estava com a cabeça apoiada no ombro de Roy (nota da autora: §+@#$%&*!!!!!!) e dizia molemente – Por que a gente não vai para um restaurante aconchegante e depois, para a sua casa?

–Não, eu realmente quero ver esse filme – respondeu Roy, desconversando – Ele é a última parte, e quero saber como a história termina.

            É claro que não era bem por isso que Roy não queria ir embora. Um dos seus fiéis escudeiros deixou escapar por acidente que Riza estava saindo com Arthur Mustang. Não que Roy estivesse com ciúmes, é claro que não, mas ele sentia que precisava impedir que o irmão fizesse algum tipo de besteira, então seria melhor vigiá-lo. Trista não queria ficar lá, mas havia coisas muito mais importantes que isso em jogo.

–Além do mais, preciso ficar porque... porque... – então, olhou na direção das poltronas mais baixas da sala – Peraí, aquele ali com a minha irmã é o Ed?

*-*-*-*-*-*-*

–Winry, acho que a gente não deveria ter vindo – no fundo da sala, nas poltronas mais altas, Alphonse estava sentado ao lado de Winry, e perguntava com suavidade – Ed vai ficar furioso, ele me disse para ficar em casa.

–Quem ele pensa que é para ficar com gracinhas para cima da Melissa? – ela parecia não ouvir o amigo, e sibilava furiosa – Mas se ele pensa que vai se aproveitar da situação, está muito enganado! Vou ficar vigiando ele até a sessão acabar.

–Acha mesmo que ela dá alguma bola para ele? – Al começou a rir – Ela é a irmã do coronel, ele não tem a menor chance. Tudo bem, ela é bonita, inteligente, alquimista federal como ele e...

Afinal de contas, de que lado você está? – com os olhos estreitos e uma expressão quase assassina no rosto, Winry se virou para Al.

–N-n-não, Winry... (mega-gota) – gaguejou a pobre armadura, convencido de que, naquele momento, o silêncio seria mais inteligente – Sabia que a Riza está aqui também?

–É, eu fiquei sabendo – respondeu a loura – Vai ser uma sessão bem interessante...

*-*-*-*-*-*-*

–Por que você tem que ser sempre tão paranóica, Odete? – longe dali, o casal Mustang 1 conversava, ou melhor, discutia, e Adrian falava – Deixe os nossos filhos e aquela moça em paz!

–Eu estou dizendo, ela está tentando roubar o nosso filho da noiva dele, e isso eu não vou deixar nunca – respondeu Odete – Essa mulher é sinônimo de problemas, marque minhas palavras.

–Não sei por que você implica com ela – observou Adrian – Ela é inteligente, ajuizada, dedicada ao trabalho, educada, e além de tudo muito bonita. E ela também sempre foi uma amiga muito leal do nosso filho, desde quando eles eram crianças.

–Eu conheço o tipo, Adrian, não são tão ingênua quanto você – a mulher retrucou – Já estive no Exército muito tempo antes dela, e sei que alguém como ela só consegue promoções de um jeito.

–Trabalhando duro por elas, como ela fez? – Adrian a encarou, irônico – Diga o que quiser, mas eu a conheço. Ela sempre foi disciplinada e corajosa, e mereceu cada uma das patentes que teve. Se ela chegar a Major, e eu tenho certeza que chegará, será por mérito próprio.

–É impossível conversar com você civilizadamente, não é? – Odete deu as costas para ele, emburrada – Sei que ela está tramando, e tenho fortes razões para acreditar que Melissa está metida nessa história.

–Lá vem você com suas paranóias...

–Não é paranóia, Adrian, é fato! Vejo as duas conversando muito, ultimamente. E posso dizer mais: na verdade, é uma grande conspiração encabeçada por ela e composta pelos subordinados do Rodney, por aquele alquimista baixinho com cara de psicopata, pela família do Maes Hughes e por aquela bibliotecária esquisita. Eles pretendem casar o Rodney com aquelazinha e, então, quando ele se tornar marechal, eles vão dar um golpe de estado e tomar o poder. É um motim!

–Pare com as loucuras, Odete, pelo amor de Deus! – aquele foi o ultimato de Adrian – Se não se importa, eu quero ver o filme. Estou louco para ver o final da história.

–Você é patético, Adrian... – ela suspirou, e calou-se por fim.

*-*-*-*-*-*-*

–Espero que não fique magoado, Arthur, mas eu realmente não sabia o que fazer – sim, meninos e meninas, Riza também estava na sala de cinema para pôr a fase três do seu plano em prática, mas ela se sentia culpada. Arthur era uma cara extraordinário, e ela não se perdoaria se o magoasse.

–Que é isso, Ri? Sem problemas, fico até feliz que você queira tirar aquela insuportável da Trista da vida do meu irmão! – surpreendentemente, ele abriu um grande e honesto sorriso – Na verdade, quando você me ligou, pensei em dizer não porque... porque... ah, não sei se devo contar.

–Não me deixe curiosa! – ela mordiscava uma pipoca – Vamos, pode me contar.

–É que eu já tenho uma namorada – disse ele, com um sorrisinho malicioso – Ela é atriz, e trabalha comigo. A gente ainda não quer contar nada para ninguém porque, bem, você conhece a mamãe.

–Eu pensei que ela tivesse te expulsado da família...

–E expulsou, mas ela é capaz de me odiar ainda mais por isso. Mas que se dane, aposto que esse filme vai ser ótimo.

–Parece que todo mundo resolveu vir hoje – Riza olhou para trás, e encontrou várias carinhas conhecidas – É, realmente todo mundo veio. A propósito, sua irmã está com o Ed.

–Jura? – ele deu uma gargalhada – Ela veio por livre e espontânea vontade?

–Acho que não... – ela também riu – Mas não é por isso que não aproveitaremos a noite, não é? Acho que estamos bem à vista do Roy, o que quer dizer que ele deve estar nos vendo agora mesmo.

–Nossa, onde está o meu cavalheirismo? Eu comprei pipoca, está servida?

–Você pensa em tudo mesmo, hein? – ela deu um sorriso divertido – É claro que eu quero, mas se prepare, porque eu como muita pipoca, hein?

*-*-*-*-*-*-*

            O filme começou. A primeira cena era chocante: um enforcamento coletivo, em que um menino começava a cantar uma música quase fantasmagórica, sendo acompanhado por toda uma fila de condenados. A cada vez que o cadafalso caía, todos os que viam o filme davam um pulo na cadeira. Instintivamente, Mellie segurou a mão de Ed, que corou imediatamente.

–Com isso eu posso pensar que tenho uma chance com você? – ele disse, e recebeu como resposta um violento cutucão nas costelas.

–Nem em dois mil anos, Ed! – ela disse, entredentes, soltando rápido a mão dele – Eu só me assustei, é isso. Além do mais, eu não sei o que te levou a pensar que um dia teria chance comigo.

(Ed: O.O’)

–A gente pode só assistir o filme, por favor? – ele disse, esganiçado, sentindo o olhar gelado de Melissa em sua direção – Se quiser pipoca, eu...

–Já disse que odeio pipoca! – cortou ela – E se falar de novo, vou embora e te deixo aqui sozinho!

*-*-*-*-*-*-*

–Não sei não, mas acho esse filme meio violento demais para a Elysia – sussurrou Maes para Fuery, que estava sentado do lado dele – Vou levá-la embora...

–Qual é, cara, ela tá adorando! – ele apontou para a menina, que observava a tela com os olhos brilhantes e uma expressão facial que dizia claramente “nossa, que maneiro!” – Relaxa e curte o filme.

–A gente não veio aqui pra ver o filme, Fuery – disse Havoc, que observava as poltronas com um binóculo – Temos que espionar a Riza e o Roy... Epa, olá, gatinha!

–Me dá isso aqui, seu idiota! – Falman tomou o binóculo de Havoc e olhou na direção em que o outro olhava – Ei, espera aí, aquela ali é a minha irmã! Qual é o seu problema, hein?

Meu problema? Eu nem sabia que você tinha uma irmã! – Havoc se defendeu – E ela é mesmo uma gracinha, que culpa eu tenho?

–Ela não é para o seu bico! Tá a fim de resolver isso lá fora?

–Querem calar a boca vocês dois? – Maes interveio – Estão me fazendo passar vergonha! E me dá essa porcaria aqui, parece que eu é que vou ter que fazer o trabalho – pegou o binóculo – Hum, vejamos... Riza está ali na frente, junto com o Arthur... E algumas poltronas atrás, estão Roy e Trista... Peraí, peraí, isso é mau, isso é mau, isso é mau!

–O que é mau? – foi a vez de Sciezka perguntar. Fuery descobriu que ela estava na poltrona da frente e, espantado, disse:

–De onde você veio?

–Eu estava aqui o tempo todo, só não quis falar nada – disse ela – Mas o que é mau?

–A Bruxa Malvada do Norte também está aqui! A sra. Mustang e o marido dela estão bem ali, de onde podem ver os dois!

–Continue olhando, continue olhando... – insistiu Havoc.

–E, ali na frente... Não... Tá, essa vocês todos tem que ver! – Maes deu uma risada alta – Bem ali, na frente, estão a irmã do Roy e o Ed, de mãos dadas!

–Não, você não tá falando sério! – Falman pegou o binóculo – Fala sério, são eles mesmo!

–Gente, isso foi um trato que a Riza fez com eles – explicou Sciezka – Ele tinha que...

–E quem se importa! Isso é uma comédia! – cortou Havoc, que já havia colocado as mãos no binóculo – Ah, adoraria ver a cara do Roy agora! Pena que isso aqui não é muito nítido...

*-*-*-*-*-*-*

–Eu vou afogar o Ed! Não, não, melhor, eu vou enfiar a cabeça dele no óleo fervente! Não, melhor ainda, eu vou transformá-lo em churrasquinho! – Roy já não prestava a menor atenção no filme: sua cabecinha estava transtornada o suficiente porque Riza estava com Arthur e Mellie estava com Ed. Essa era a parte que mais o deixava louco.

–Relaxa, Royzinho... – disse Trista, se aconchegando mais ainda a ele – Sua irmã é adulta, ela sabe se virar. Além do mais, o Ed é só um moleque, não é?

–Mas ainda assim eu quero a cabeça dele numa bandeja em cima da minha mesa – bufou ele.

            Apesar de ele querer voar no pescoço do alquimista de aço naquela mesma hora, havia outras coisas mais importantes para pensar. Riza estava ali, bem na sua frente... e com Arthur! Ela já tinha convidado-o para sair no dia do jantar na casa de Maes, mas Roy não havia levado a sério. E agora ele sentia algo estranho, como passarinhos bicando seu estômago por dentro. Por alguma razão, vê-la com outro homem o deixava louco. “Será que eu estou com ci... Não, eu não posso pensar na palavra com C! Eu estou noivo, droga! A mim, pouco importa com quem ela sai, ela está cuidando da vida dela e eu da minha”, ele pensava.

            (Nota da autora: acho que vocês sabem que palavrinha com C é essa, não é?)

            Roy resolveu tentar esfriar a cabeça e assistir ao filme. Aos poucos, foi se acalmando. Olhou para Trista, que assistia ao filme com uma expressão entediada no rosto. “A essa hora, Riza estaria com os olhos brilhantes de empolgação... Ela adora esse tipo de filme. Espere um pouco, por que diabos eu estou pensando nela? Isso é um encontro! Eu estou com a minha noiva, bolas!”, ele não deixava de pensar. Mas, agora, deixar de pensar em Riza era difícil. Ele ergueu um pouco a cabeça e viu, a algumas poltronas abaixo, ela ao lado do irmão, rindo e conversando animada. De repente, percebeu que o tal passarinho que bicava o seu estômago era, na verdade, o temido monstro de olhos verdes que ele tentava evitar com todas as forças.

*-*-*-*-*-*-*

            Al e Winry assistiam o filme em silêncio. A cena dos enforcamentos já havia ficado para trás há algum tempo. A garota estava com a boca aberta, fascinada, um brilho apaixonado e bobo no olhar. Preocupado, Alphonse disse:

–Olha, Wi, eu sei que essa história do Ed te aborrece, mas...

–Quem? – ela balbuciou, sem prestar atenção nele – Fala sério, o Orlando Bloom não é lindo?

            “Pelo menos ela esqueceu do Ed... Tadinho dele, acho que ela vai fazer torta dele quando o encontrar...”, ele pensou, e voltou suas atenções para o filme. Ele havia comprado um balde de pipoca por puro hábito, e agora o oferecia para Winry, mas ela não dava atenção a ele.

–Winry, você quer...

–Shhhhhhhh! Quieto, Al, eu quero ouvir o filme – ela ralhou – Ele é perfeito! Simplesmente perfeito!

            (Nota da autora: Me desculpem, mas eu tinha que expor a minha opinião pessoal sobre o ator mais lindo do elenco de Piratas do Caribe...)

            “É, se a gente quer que uma coisa seja bem-feita, temos que fazer sozinhos!”, ele pensou, observando o pessoal em volta. Riza e Arthur pareciam se dar muito bem. “Está dando certo...”, ele deu um sorrisinho mentalmente. “Só queria ver a cara do Roy agora...”

*-*-*-*-*-*-*

Corte para a segunda parte do filme, depois do intervalo:

            Ed e Mellie estavam calados, assistindo ao filme boquiabertos. Os primeiros vinte minutos foram dedicados aos dois brigarem, mas depois eles ficaram quietos, apenas assistindo. Instintivamente, Ed estendeu o balde de pipocas a Melissa, que encheu a mão e colocou na boca.

–Pensei que você não gostasse – ele disse, num tom divertido.

–E não gosto, mas preciso mastigar alguma coisa senão vou trincar meus dentes – respondeu ela, dando de ombros – Além do mais, você já me ofereceu tantas vezes que ficaria feio recusar.

            Então, ele a encarou e se surpreendeu. Ela sorria, um sorriso que não tinha o sarcasmo de antes, mas era honesto e divertido.

–Você é legal, sabia? – ela disse – Meio irritante às vezes, mas ainda assim legal. Isso sem falar na sua persistência e teimosia.

–Sei que o seu irmão vai me transformar em espetinho quando me vir, então precisava fazer valer a pena, não concorda? – ele também sorriu.

–E esse filme é o máximo! Você tem um ótimo gosto!

–Riza sugeriu. Ela está aqui, também. Ela, o Roy, o Arthur, toda a galera do quartel... Al e Winry estão lá em cima, e acho que ela vai quebrar a minha cabeça com a chave inglesa quando voltarmos.

–Você tem uma família animada, não é?

–Acho que “maníaca” é a palavra mais adequada. Mas eu gosto, sabe? É divertida, apesar de tudo.

–Minha família não é muito normal, também. Pra começar tem o Roy, e acho que você sabe bem o que isso quer dizer. Além do mais, tem o Arthur, que é todo anormal, e os meus pais. Minha mãe é uma psicopata, mas o meu pai é legal. Aliás, acho que meu pai é a única pessoa normal da família.

            Os dois pararam de falar, e viram o resto do filme em silêncio. As últimas cenas encheram os olhos da moça de lágrimas, mas o final foi espetacular. Assim que as luzes se acenderam, Mellie e Ed se levantaram, empolgados, e começaram a falar pelos cotovelos.

–Você viu aquele redemoinho? – quem falava era Ed – Fantástico! Perfeito! Demais!

–E a cena do casamento, então? – Melissa também falou – Foi o casamento mais genial que eu já vi num filme! É sério, foi lindo!

            Os dois saíram quase correndo, falando animados sobre o filme, e passaram por al e Winry sem nem notar a presença deles. Winry estava com os olhos embaçados, vermelhos e inchados, e ainda choramingava pelo filme (nota da autora: é claro que eu não vou dizer exatamente o porquê, afinal provavelmente nem todo mundo viu Piratas 3 e não serei eu a estragar a festa de vocês), mas assim que viu Ed rindo e conversando com Melissa lembrou-se da real razão de estar ali.

–Como ele se atreve a ficar se engraçando para ela desse jeito? – ela sibilou, lembrando incomodamente uma serpente furiosa – Ah, eu vou pegar ele de jeito, se vou!

            Um pouco antes de passarem por Al e Winry, porém, os dois passaram também por Roy e Trista. A moça, assim que os viu, deu uma risadinha, mas Roy quase subiu nas tamancas, e foi preciso que ela o segurasse. Ele estava vermelho como um pimentão, e se antes tinha bons motivos para querer matar Ed, agora queria fazer isso ali mesmo, na frente de todo mundo. Estalou os dedos, e criou uma pequena labareda, que não chegou a acertar ele. Depois criou outras e outras e outras. Ed estava tão entretido com Mellie que nem percebeu, mas as sucessivas chamas que Roy criou acabaram ativando os sprinklers da sala de cinema. A água começou a jorrar sobre as pobres e desavisadas pessoas que estavam tentando ir embora. O tumulto foi geral, e todo mundo começou a se espremer em direção à saída.

–Parabéns, Roy – Maes, que tentava se proteger com um balde de pipoca vazio, foi até Roy e o censurou – Seu ciúme besta tá encharcando todo mundo.

–Peraí, foi ele quem ativou os sprinklers? – alguém na porta ouviu Maes e se virou – Ah, vem cá que eu te ensino umas coisinhas, seu idiota!

–Cuida da sua vida, cara! – defendeu-se Roy – Foi um acidente, tá bem? Eu tava tentando botar fogo num moleque metido a besta que estava aqui agora mesmo.

–E ainda agride crianças? – uma velhinha, igualmente revoltada, também entrou na discussão – Vamos pegá-lo, pessoal.

–Ei, peraí, peraí, gente, foi só um mal-entendido... – agora o pobre alquimista das chamas estava realmente apavorado, e no segundo seguinte saiu correndo, com uma multidão furiosa atrás dele.

            Os pobres subordinados dele, encharcados, saíram correndo para tentar salvar o seu já bem encrencado coronel. O único que ficou para trás foi Kain que, aproveitando-se da distração, roubou um dos pôsteres da porta em que a sua amada Keira Knightley aparecia. Arthur e Riza também saíram, rindo de toda aquela situação. Eles concluíram bem rápido que a única pessoa capaz de ativar os extintores de incêndio era o próprio coronel, e resolveram deixar rolar. O mais engraçado era ver Trista sair correndo e gritando e falando de qualquer coisa relacionada a água e seu cabelo recém-cacheado. O chilique da ruiva, porém, nem se comparava ao de Odete, que berrava:

–RODNEY, SEU IMBECIL! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

–Odete, o Roy já foi embora faz tempo – argumentou Adrian, os cabelos pingando – A essa hora, ele deve estar lá fora, correndo daquele povo todo.

–EU SABIA! SE AQUELAZINHA E OS IRMÃOS DELE NÃO TIVESSEM VINDO, NADA DISSO TERIA ACONTECIDO! – ela continuou berrando, indiferente ao que o marido sensato dizia – ESSA É A PROVA DESSA ARMAÇÃO TODA! E EU VOU PÔR UM FIM NISSO JÁ!

            Adrian não queria nem ouvir mais nada sobre aquele assunto, apenas levantou-se e deixou a esposa continuar a berrar sozinha. Ela, ao ver que estava ficando para trás, correu atrás dele e saiu da sala, deixando a mais nova piscina da Cidade Central vazia. Odete, encharcada e furiosa, pensava, a mente trabalhando rápido. “Então a Hawkeye quer acabar com o casamento do Roy, não é? Eu sabia, sempre soube que ela queria o Rodney... mas ela que espere, ela e todos os que a ajudarem. Se ela está usando todas as suas armas para conquistá-lo, então eu vou usar todas as minhas para preparar um contra-ataque que vai deixá-la atordoada!”.

–Trista... Trista, venha até aqui! – ela chamou a noiva de Roy, que choramingava por causa do cabelo dela – Pare de reclamar, eu preciso falar com você. É sobre algo do seu interesse...


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