Sand Kiss - GaaIno escrita por Fran Staley


Capítulo 1
One-Shot: Sand Kiss.


Notas iniciais do capítulo

Yo honeeey!!! Bom, essa ideia me veio após ver o episódio 58 do Naruto Clássico, há muuuuito tempo atrás, porém, apenas recentemente conversando com a minha amiga Cerise resolvi colocá-la em uma one-shot, espero que gostem! ♥, logo retornarei com minha outra GaaIno (longfic), "Evil Love", para finalizá-la (amém, kkkkkkk). It's this!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722965/chapter/1

I can't escape this hell - (Eu não consigo escapar desse inferno).

So many times I've tried - (Tantas vezes eu tentei).

But I'm still caged inside -  (Mas eu continuo preso por dentro).

Somebody get me through this nightmare -  (Alguém poderia me tirar desse pesadelo?).

I can't control myself - (Eu não consigo me controlar).

Animal I Have Become - Three Days Grace.

******

Sand Kiss - GaaIno.

Ino assistia Sakura escolher uma singela flor. Era o dia de folga de seu pai e isso significava que a loira deveria permanecer na floricultura até o horário em que a fechavam, cerca de seis horas e trinta minutos da tarde. Ainda eram duas horas. Aquilo a desanimava, ainda mais pelo fato de que não teria muito movimento por ali hoje. A etapa final do Exame Chunnin aconteceria na tarde seguinte, todos os ninjas da Folha e estrangeiros instalados na Vila estavam descansando.

— Está perdendo seu tempo se são para o Sasuke. - alfinetava à rosada, dando uma risadinha nasalada ao causar um pequeno susto na mesma.

— Ino… - Sakura balbuciava, enfim aparentando retornar para a realidade.

— Tsc, tsc, tsc… Então você não soube que ele ainda não voltou? - ria, prosseguindo: _ Você está meio atrasada, não é, testa de marquise?

— Para falar a verdade, eu ia levar para o Lee… - por um segundo, Sakura encarou a flor, uma margarida, tristemente. _ … As últimas já devem ter murchado.

Ino abaixava seu indicador antes apontado para a outra, comovendo-se. Suspirava e se recompunha da provocação:

— É, você tem razão. - a Yamanaka então selecionava um embrulho cor de rosa e fazia seu trabalho, concluindo-o em menos de um minuto: _ Aqui está.

— Obrigada. - a Haruno agradecia, pegando a margarida.

— Diz que eu mandei um “oi”! Espero que ele esteja melhor. - sempre simpática, Ino completava.

Sakura afirmava em positivo com a cabeça, despedindo-se com um aceno e deixando a floricultura. Ino abaixava os orbes azuis, encarando a madeira da mesa diante de si. Lembrava que Shikamaru estava acompanhando Naruto e também veria Chouji. “Mal não vai fazer se eu sair só um pouquinho”, pensava, já trancando a caixa registradora da loja e ajeitando o laço em seu coque. Odiava ter seu cabelo mais curto, e aquilo era culpa de Sakura. Rangia os dentes, faria uma visita mais impactante que a da rosada e ainda fugiria do tédio da tarde.

******

Gaara assistia sua areia rodear o corpo de Rock Lee na cama do Hospital de Konoha. Estava pronto para fechar seu punho e concluir o Caixão de Areia. Mas algo repentinamente o impedia de se mexer.

— Não consigo me mexer… - grunhiu. _ … Meu corpo…

No instante que se sucedeu tomava um forte soco no lado direito do rosto, ouvindo dois gritos. O primeiro era de seu agressor: Naruto Uzumaki, sempre escandaloso. O segundo era de Nara Shikamaru, que tinha o capturado em seu Jutsu Possessão da Sombra.

— O que você pensa que está fazendo aqui, seu traíra?! - o loiro esbravejava.

— Aí, moleque, pega leve. Eu estou usando meu jutsu possessão da sombra, então quando bate nele está batendo em mim também, entendeu? - o preguiçoso o repreendia, após levar uma mão ao rosto para tocar o local. Gesto repetido involuntariamente pelo ruivo.

— Ah, desculpa, Shikamaru. - Naruto dizia.

Sentia parte de sua Armadura de Areia quebrar-se, levando alguns grãos ao chão.

— Para com isso, o que estava tentando fazer? - o Uzumaki dirigia-se à ele de novo.

O que estava tentando fazer? Não era óbvio? Pelo visto, aquele garoto era mesmo o tapado que comentavam. Sua intuição não fazia sentido… Não, eles não eram nada semelhantes.

— Então?! Vai falar o que você ia fazer ou não? - ele insistia.

— Eu queria matá-lo. - Gaara afirmava com todas as letras, indiferente. Seu tom de voz rouco saía amedrontador.

— O quê que foi, você já o venceu na competição. Qual o problema? Não foi suficiente? Ou será que você tem algum tipo de rancor pessoal contra ele? - Shikamaru tomava as rédeas da situação.

— Eu não tenho nada contra ele. - Gaara admitia. _ Não é nada complicado, eu simplesmente quero matá-lo. Só isso. - vazio, terminava.

— QUER SABER? VOCÊ É DOENTE DA CABEÇA! VOCÊ É DOIDÃO! - doente da cabeça? Aquilo o fazia querer rir.

— É, você acha que vamos deixar você fazer o que bem entende? Seu psicopata egoísta! - psicopata egoísta? Talvez fosse.

— Se vocês não saírem da frente, eu terei de matá-los também. - expunha, vendo o outro hiperativo gritar mais uma vez:

— É MESMO?! BOM, VAMOS VER SE VOCÊ CONSEGUE!

— Oh, moleque, relaxa! Dá um tempo aí! - o Nara tentava detê-lo, temendo que o macabro estrangeiro tentasse algo de verdade. _ Tá, nós assistimos a sua luta contra o Lee e sabemos que você é durão. Mas é o seguinte, o Naruto e eu temos alguns truques debaixo da manga também. Há coisas que você ainda não viu. Além disso, são dois contra um. Então deixa de ser idiota e siga meu conselho e vá embora. Na boa… — certamente nenhum discurso pacifista o impediria de fazer o que queria. E o que queria era matar, de uma vez por todas, Rock Lee.

— Vou dizer mais uma vez. Se vocês se meterem, eu os matarei. - sentenciava, farto daquilo.

— EU VOU DIZER DE NOVO! VAMOS VER VOCÊ DEITAR!

— Fica quieto aí, nós não queremos isso! Esse Gaara age como se estivesse louco, como se fosse um demônio ou sei lá o quê…!

Demônio… Era o que ele tinha dentro de si. Era o que ele sempre fora.

— Ele pode agir como um demônio se quiser, mas quer saber? Eu tenho um de verdade dentro de mim!

Finalmente o diálogo tornava-se interessante. Ria de canto, tomando a fala:

Um demônio, hã? Meu demônio é tão verdadeiro quanto o seu… (...).

******

“Nossa, que cara legal o seu pai era, ele devia amar muito você”, a ironia do tal Nara Shikamaru fora bem respondida por Gaara: “Você fala de amor? Não me meça segundo os seus padrões. Família… Amor… Os únicos laços sentimentais que tenho com a minha família são os que eu gostaria de amarrar em seus pescoços”. Amor… Amor… Tocava seu kanji, praticamente podia senti-lo doer. Outra vez fora impedido de matar por aqueles malditos shinobis da Folha. O professor aparecera e salvara o aluno novamente. “Mesmo assim eu matarei vocês. Podem esperar. Eu matarei todos vocês”, decretou como um ultimato antes de deixar aquele quarto. Sua cabeça queimava e latejava. Apertava-a com força, escorado numa das paredes do Hospital. Havia descido apenas dois degraus na escadaria para a porta principal.

Após algumas tentativas de recuperar alguma calma, sentia alguém atrás de si. Virava-se devagar, encontrando a loira que na fase anterior do Exame Chunnin cortara o próprio cabelo. Encarava-a. Ela estava paralisada dois degraus acima dele, encarando-o com certo medo. Entretanto, a atitude tomada por ela pegara-o desprevenido:

— … Oi! Você está melhor? - Ino perguntava tentando dissipar o ar pesado envolta do garoto. Se fosse simpática e não demonstrasse como estava internamente apavorada com sua presença talvez ele não lhe fizesse nada. Sorria, nervosa. “Chouji, seu maldito! Por quê foi comer a cesta de frutas inteira?!”, estava terminantemente irritada com o amigo e era essa a razão de estar voltando mais cedo para a floricultura.

Gaara não sabia como responder aquilo, apenas prosseguia olhando-a.

— Está tudo bem? Precisa de ajuda? Está sentindo alguma coisa? Quer que chame seus irmãos? - Ino enchia-o de questões, agora um pouco preocupada com a falta de reação dele. Ele simplesmente não fazia nada, mas não deixava-a passar bloqueando a escada.

Então ele esboçava um movimento, subindo os degraus e ficando cara a cara com a Yamanaka. Esta engoliu em seco, petrificada. “Como eu saio dessa? Será que devo gritar?! A Sakura ainda está aqui e os meninos também, é só gritar!”, pensava, a princípio. Alguns segundos audíveis no relógio alto da recepção logo atrás se passavam e ela analisava melhor o rosto dele. Não havia notado antes… Mas Gaara era muito bonito. Tão bonito quanto Sasuke, uma parte de si defendia.

— Eu quero fazer uma coisa. - o ruivo sentenciava. Ela fora a primeira garota a não correr dele e, definitivamente, ele faria aquilo. Pouco ligava em como ela poderia reagir, ele poderia matá-la depois.

— O-O quê? - Ino perguntava, sentindo seu coração acelerar pela proximidade. Ele olhava para seus lábios. “Não…”, a voz em sua mente dizia que era a hora de gritar. Contudo, sentia tanta vontade de saber como era… E com Sasuke suas chances ainda eram mínimas. Fechava os olhos, dando de forma inata uma autorização ao menino-demônio da Areia.

Gaara se surpreendia, e apesar das veias inundadas pela raiva de não ter conseguido uma das coisas que queria naquela tarde, a beijava, tocando seus lábios frios nos dela, recheados de um brilho labial sabor uva. Não tocaria seu rosto como vira um casal de empregados fazendo em sua casa em Suna. Ainda não sabia se a mataria em seguida. Forçava sua língua, obrigando-a a conceder-lhe uma entrada. A língua dela era quente e ele movia a sua, oposta em temperatura, afim de sentir aquele toque melhor. As salivas se misturavam e notava que ela também não sabia como fazer aquilo tanto quanto ele. Sentia uma das mãos dela em seu ombro, e assim encerrava o contato molhado e macio. A deixava confusa e chocada, parada na escada, e tomava seu caminho. Por alguma razão, não sentia vontade suficiente de a matar.

Ino levava os dedos à boca, completamente incrédula. Esqueceria aquilo. Sim, esqueceria. Ele claramente não era alguém para se namorar. Era violento, sinistro e tinha deixado Lee em condições muito sérias. Deletaria aquilo de suas memórias. Seu primeiro beijo ainda não havia acontecido. Sim, o repetiria como um mantra. Ela gostava de Sasuke. Uchiha Sasuke sim seria um bom garoto para se namorar e ela era ciente daquilo desde que o vira pela primeira vez na Academia.

Bufava, para todos os efeitos, por mais que apagasse o que tinha acabado de ocorrer, seu primeiro beijo havia sido com Sabaku no Gaara. E havia sido um beijo de areia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam??? Perfil da Cerise para vocês conferirem as histórias dela: https://fanfiction.com.br/u/693279/ Kiss kiss, ♥, Fran.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sand Kiss - GaaIno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.