50 Tons de Mentiras escrita por Carolina Muniz


Capítulo 34
Capítulo 33




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Somente quando estavam novamente no elevador, Christian pareceu voltar à realidade, passando um dos braços pelos ombros de Ana e a puxando para mais perto, tocando os lábios em seu cabelo uma vez, e então apoiando o queixo em sua cabeça.

— Está tudo bem? - Ana questionou, já se sentindo irritada com a droga do coração batendo rápido só porque Christian estava perto daquele jeito.

— Sim, desculpe - ele engoliu em seco e mirou as portas fechadas do elevador. - É só alguns problemas... que espero resolver logo - ele respondeu.

Ana balançou a cabeça e então suspirou.

— Eu gosto de cinema, teatro... - ela começou a sugerir em sua cara de pau de sempre.

— Eu estava pensando no...

— Museu.

— Não, eu não estava pensando num museu - Christian resmungou, franzindo o cenho.

Ana sorriu.

— Podíamos só ficar sentados no sofá então - ela falou. 

— Gosto de sofás - ele comentou.

A morena balançou a cabeça, concordando.

— Sofá então.

O elevador parou no térreo, e eles seguiram de volta para o Audi de Christian.

Ana tentava não pensar muito sobre tudo o que estava acontecendo. Ela estava - de repente - num encontro com Christian. Iria para o apartamento dele. E depois daquele momento no elevador.

Nossa.

Ana nunca teve qualquer problema com sexo, ela gostava e era isso. Mas nunca era ninguém importante, ninguém parte de sua vida, não havia lembranças nem nada. De repente seu coração estava disparado pelo o que podia acontecer.

O apartamento de Christian estava do mesmo jeito que da última vez que Ana fora ali.

Nossa, parecia que fazia anos, mas fora apenas alguns meses.

Como tudo podia mudar tão de repente? 

— Você pode esperar alguns minutos? Eu preciso de um banho - Christian falou assim que entraram no hall da cobertura.

Ana deu de ombros e sorriu pequeno, se surpreendendo quando o Grey beijou a lateral de sua cabeça antes de desaparecer escadas acima.

Ana suspirou, encarando a imensidão vazia e meio escura da sala de estar. Era tudo tão espaçoso, mas vazio, apenas com os móveis caros, alguns quadros nas paredes, mas não havia mais nada, nenhuma foto de família, ou qualquer coisa assim.

Ela se assustou no silêncio quando escutou um celular tocando na mesinha do criado mudo.

O celular de Christian. De onde Ana estava ela podia ver o nome LEILA brilhando na tela, fazendo seu coração bater diferente e sua cabeça de encher de caraminholas ao imaginar o motivo daquelas ligações e mais ainda, o porque do Grey ter ficado tão irritado.

Ignorando o celular, Ana se retirou as sapatilhas que usava e deixou ao lado sofá, logo seguindo para a cozinha após ligar a TV e deixar no aplicativo da Netflix.

Ela sabia que Chrsitian iria insistir que ela comesse, então ela foi por conta própria, aquela era uma estratégia boa para mostrar que ela já fazia aquelas coisas sem que precisassem lhe obrigar. E ela estava com fome mesmo.

A morena sorriu largo ao constatar aquilo.

Ela pensou em pipoca, mas ainda não podia comer algumas coisas, então se ocupou em procurar frutas.

Okay, Christian não era de frutas então.

Ela entendeu após olhar a fruteira em cima do balcao vazia, e a geladeira era cheia de comidas prontas e congeladas, provavelmente para os fins de semana porque Ana ao menos precisava perguntar, ela sabia que Chrsitian não ligava o fogão nem mesmo para esquentar água.

Bem, no colégio de freiras Ana aprendeu a cozinhar, ela "ajudava espontaneamente" as freiras todos os sábados, quando elas distribuíam comida pelo bairro e nas igrejas, era a forma que a morena havia encontrado de ela mesma não ter que acompanhar as outras naqueles "passeios". Sinceramente, se ela não poderia sair para o shopping, ela não iria sair para lugar nenhum.

Uma Ana bem egoísta era o que existia aos quatorze anos.

— Não que seja muito diferente agora - ela sussurrou para si mesma enquanto terminava de colocar um saco de pipoca de microondas dentro do próprio microondas.

— Sobre você ser louca? - Christian falou entrando na cozinha e Ana levou mais um susto.

Aquele apartamento era muito silencioso.

— Deus - ela resmungou, o coração disparado e a mão contra o próprio.

— Não, Christian - o Grey brincou, mas ele tocou em seu rosto de forma culpada. - Desculpe, eu não quis te assustar.

Ana não conseguiu evitar fechar os olhos com o toque. Nos últimos dias ela havia decidido que não iria mais se conter, não iria ficar pensando nos prós e contras, no passado conturbado ou no futuro completamente incerto.

Ela iria viver. Viver do jeito certo agora, não forçar algo que não existia, que ela não era.

Ela iria apenas viver porque ela podia agora, estava se esforçando demais para isso para simplesmente se negar as coisas tão simples.

Mesmo que o simples fosse apenas curtir Christian tocando em seu rosto, indo contra seus princípios de certeza.

O Grey pareceu perceber aquilo, se aproximando mais e deslizando os dedos pela linha de seu queixo, então por seu pescoço, seu colo, indo até seu decote e então a puxando para si por ali, fazendo-a abrir os olhos para o ato ousado.

— O que acha que esta fazendo? - ela questionou num sussurro de ar, ele ainda não havia retirado os dedos dali e eles tocavam em sua pele exposta, mesmo que de leve. - Eu sou uma garota de respeito.

— Realmente. Não se preocupe, tudo o que quero fazer com você vai ser com muito respeito - ele garantiu também num sussurro, logo tocando os lábios nos dela.

Ana se deixou levar, claro. Ela estava levando a sua nova filosofia de vida agora, sem se importar com nada, apenas com sua felicidade e seus desejos. E naquele momento sua felicidade estava ali, e seus desejos, bem, nas mãos de Christian que a empurraram para as portas da geladeira, batendo seu corpo ali, encostando totalmente nela.

A morena nem havia reparado, mas Christian estava da forma mais informal possível, vestindo uma calça de moletom e camisa de manga, o cabelo úmido enlouqueceu Ana um pouquinho e o cheiro de banho fresco era tão bom quanto o corpo de Christian colado ao seu.

Ela sentia ele todo, assim como no elevador, mas agora ainda mais, sem o tecido grosso do terno.

Eles se beijarem de verdade, Chrsitian lhe tocando em todos os lugares, e Ana fez o mesmo. Era tão bom tocar, ser tocada...

— Hum - ela resmungou num gemido enquanto sem ar agora, Chrsitian disbruía beijos em seu pescoço.

Definitivamente seu ponto fraco.

— Droga, eu amo seus gemidos - o Grey falou num tom sôfrego, tentando respirar contra a pele de Ana enquanto sentia as mãos dela por dentro de sua blusa, arranhando seu peito e suas costas com a ponta das unhas curtas.

— Christian - ela falou/gemeu. - Não, espera.

Ele se afastou no mesmo segundo, a encarando.

— Tudo bem? Eu fiz...

— Não! Você não fez nada. Eu só... - ela engoliu em seco.

Era Christian ali.

Ela não conseguia só seguir em frente, ser levada pelo tesão só porque estavam no apartamento dele. Ela queria, mas...

— Eu estou com fome - disparou, encarando o balcão.

Christian segurou seu olhar e reparou na tigela vazia e no pacote de bolachas.

— Você quer que eu peça alguma coisa? - perguntou, se afastando por completo dela, tentando endireitar a calça para não ficar tão aparente o quanto ele estava excitado só em ter tocado em Ana.

— Não, eu não estou com tanta fome assim - ela respondeu.

Christian balançou a cabeça e então o microondas apitou informando que a pipoca estava pronta.

Eles seguiram em silêncio para a sala de estar, e Ana se sentou no meio do sofá quando Christian se sentou no canto, se escorando no braço.

O Grey bufou enquanto passava pelos filmes usando o controle remoto.

— Ana, vem aqui - ele chamou.

A morena segurava uma bolacha, mas ao menos havia levado qualquer uma a boca, encarando a tela da TV como se houvesse alguma coisa interessante lá.

Ela o encarou.

Ele revirou os olhos.

— Por que você não relaxa? Eu não te chamei para sair para transar com você. Querer, é claro que eu quero, mas não é o que importa. Eu quero ficar perto de você. E isso fica difícil com você a dois metros de mim - ele falou.

Ana se aproximou, e quando ela estava perto o suficiente, Christian a puxou para seu colo, puxando as pernas do sofá para virar uma poltrona reclinável e a morena gostou daquilo.

Eles não conversaram muito, Ana pegou o controle das mãos do Grey e escolheu Lucifer para ver, o que os fez ficar bastante tempo ali, e ela até comeu todo o pacote de bolachas enquanto Christian comeu toda a pipoca e bebeu cerveja.

Ana não sabe em que momento, mas acabou dormindo, e num momento entre seus sonhos e a realidade ela sentiu ele a levando escada a cima nos braços.

Ana se espreguiçou ao acordar com a luz do sol em seu rosto, sentindo o leve calor em sua pele e um braço quente sobre sua barriga.

Ela não estava mais vestido o short de couro, mas um short de moletom e uma camisa de mangas. Provavelmente eram de Mia.

Ela esperava que fosse de Mia!

— Bom dia - a voz rouca de Chrsitian se fez presente, e só então ela percebeu que ele já estava acordado antes dela.

— Bom dia - respondeu, e então bocejou.

Christian estava com roupas diferentes e seu cabelo estava úmido. Ele já havia levantado e tomado banho?

Ana se sentia orgulhosa por ter acordado antes das 10h.

— Pedi o café da manhã, está com fome? - ele questionou, se aconchegado na cama com o corpo quase em cima do seu, e então deixou um beijo em sua testa antes de olhar em seus olhos. - Linda - sussurrou.

Ana desviou o olhar.

— Huum... não sabia que era tão meloso assim - falou.

Christian riu.

— Como você já está tão acordado? - ela perguntou.

Christian inclinou a cabeça e se mexeu para cima dela agora.

— Você percebeu - brincou, pressionando o corpo no dela.

Ana revirou os olhos e então tocou em seu rosto.

— Por que você acordou tão cedo?

— Eu fui correr, depois tomei banho, e agora estou come fome.

— Mas... É muito cedo. Você é louco.

Christian sorriu e beijou novamente sua testa.

— Você estava roncando muito, não dormi a noite toda.

Ana arregalou os olhos.

— Eu não ronco! - vociferou, se levantando e empurrando Christian para a cama.

Christian riu alto.

— Não, não ronca - ele respondeu. - Mas você fala.

Ana ficou vermelha.

— Inconveniente - ela reclamou e Chrsitian a beijou.

— É fofo. Você falou meu nome... muito.

— Christian, fala sério - ela ralhou, se levantando da cama. - E, escuta, é melhor essa roupa aqui ser da Mia se não eu não respondo por mim - ela falou enquanto seguia para o banheiro, o rosto ainda pegando fogo.

Foi na sexta da outra semana que Ana estava sentada de pernas cruzadas no sofá da varanda da mansão dos Grey. Era a última semana, o casamento de Mia e Ethan seria no próximo sábado, e tudo estava uma loucura, como se não estivessem planejando tudo há meses.

Ana estava num daqueles momentos torridos e inevitáveis sobre as mudanças de sua vida e como ela estranhamente gostava dela no momento.

Ela havia estado com Carla naquela manhã, a mulher parecia cada vez mais fraca, mas assim, sorria para a morena e a escutava falando sobre seus problemas e sentimentos confusos. Ana queria admitir que nem precisava tanto assim falar sobre sua vida com Carla, que podia ter outra psicóloga, mas não conseguia, ela corria o sério risco de acabar entendendo que só fazia aquilo exatamente para ver Carla.

E aquela parte ainda era um pouco inaceitável. Assim como era inaceitável ter Elena por perto quando estava experimentando o vestido de madrinha e a platinada começou a discorrer elogios sobre, meu Deus, o corpo da morena.

E então estava ali agora, Mia havia ido até seu quarto tomar um banho e Kate estava com Elliot, e eles iriam encontra-las no Bar do Jay dali algumas horas.

Ana não podia beber, não podia comer coisas gordurosas, não podia comer industrializados... O que ela iria fazer num bar?

Ah sim, Christian havia concordado em ir e então ela meio que iria também, mas só para dirigir, porque ele havia dito que queria beber.

— Mas ele tem o motorista dele - Kate havia dito naquela manhã quando Ana respondeu daquela mesma forma à loira.

O rosto da morena corou, não sabendo se porque Elena estava bem ali sentada ou porque Ana nao tinha nenhuma desculpa menos óbvia.

Ela decidiu apenas não responder então.

Kate suspirou.

— Ele está te fazendo bem, eu acho. Você nem está se importando que não vai beber num bar - a loira falou num tom irônico, o que fez Ana revirar os olhos. - Vai ser legal, eu acho. Vamos dançar.

Ana arregalou os olhos.

— Dançar? Você? O que fez com a minha Kate?

A loira riu balançando a cabeça.

— Essa é uma pergunta para você fazer ao Elliot - ela respondeu e então lhe deu uma piscadinha.

Ana definitivamente amava como sua amiga estava feliz.

E, caramba, com Elliot.

E então Ana voltou com Mia, Grace e Elena para a mansão dos Grey, porque Elliot havia sequestrado Kate ali mesmo, prometendo se encontrarem só a noite, causando risinhos e piadinhas da morena, claro.

Agora Mia estava no banho, que sempre demorava bastante, para então começar a "desfilar" com suas opções de roupa e fazer Ana escolher a melhor. A morena já havia tomado e seu, e vestia uma jeans preta e cropped branco de alcinha junto a uma jaqueta jeans. O cabelo amarrado num rabo de cavalo alto e a maquiagem leve como ela mesma estava se sentindo.

— Assim já é covardia - a fala e o tom era muito conhecido por Ana, claro, e mesmo que tenha saído rouco e baixinho, foi contra seu ouvido.

Ela sorriu automaticamente.

— Nem sei do que esta falando - a morena respondeu num ar inocente, ainda mirando o horizonte na baía, o sol estava quase se pondo.

Ele riu contra ela e deixou um beijo bem abaixo de sua orelha, e então outro em seu pescoço, dando uma mordidinha em seguida, fazendo Ana inspirar o ar com dificuldade.

Claro que ela sabia do o que ele estava falando. Christian tinha um fetiche por seu pescoço, e quando ela o deixava descoberto daquela forma, e num rabo de cavalo, ele não conseguia ficar longe e muito menos seus lábios.

— Você está linda - ele falou.

Ana mordeu o lábio inferior. Eles haviam se visto apenas uma vez naquela semana, que fora na quarta, no último ensaio de casamento, e mesmo assim, não ficaram sozinhos nenhum segundo sequer, e o tempo todo tiveram Mia junto deles, e a felicidade e nervosismo dela era contagiante demais para que eles quisessem algo diferente.

— Você está tão gentil - Ana ironizou.

— Meu anjo, eu sou um cavalheiro - ele respondeu e mais uma vez seus lábios estavam na pele do pescoço de Ana, lhe causando arrepios bons.

— E eu sou seu anjo agora, é? - ela brincou.

Christian não respondeu, ele nem sabia o que responder. Ana nao se importou. As pessoas chamam as outras por apelidos o tempo todo e nem percebem.

— Tenho um presente para você - ele falou.

Ana balançou a cabeça e sorriu.

Adorava presentes.

Ela se virou, Christian estava ali há minutos e ela nem havia o olhado ainda.

— Por que você não senta aqui, por que esta aí atrás? - ela questionou franzindo o cenho.

— É por que eu estava escondendo isso? - ele falou, os lábios se transformando num biquinho falso ao tom de Ana.

Era uma caixa bonita, pintada de cor púrpura brilhante, madeira ou mdf, com furinhos e uma portinha. Ana inclinou a cabeça e então sorriu novamente, dando um beijo rápido nos lábios de Chrsitian apenas porque ele era fofo daquela forma e então estendeu as mãos para a caixa.

Não foi preciso abrir para descobrir o tinha ali, um miado baixinho foi lá de dentro foi o suficiente.

Christian riu.

— Cara, a gente tinha combinado que era surpresa, você não podia miar até ela te ver - ele falou para a caixa, mas a entregou à Ana de qualquer forma.

A morena abriu a boca e então a fechou.

Ai, meu Deus.

— Mentira - ela sussurrou antes mesmo abrir a caixa, mas não conseguiu se segurar por muito tempo, logo encontrando o pequeno e parecendo bastante confortavelmente gatinho ali dentro.

Ele estava em meio a uma almofada do tamanho do caixa, em seu tamanho bem pequeno, ele parecia uma linda bolinha de pêlos negros.

Ana sentiu os olhos se encherem d'água e seu coração de calor. Ela nunca havia tido um bichinho de estimação, seus pais nunca deixaram. E ela sabe que era adulta agora e podia muito bem ter um, mas Ana nunca teve uma casa também, ela só morava em hotéis ou apartamentos e eles não a deixavam ter animais.

E ela sempre quis um. Um bichinho fofo e amoroso que iria dormir com ela a noite e escuta-la enquanto ela falava consigo mesma.

Droga, ela estava bem emotiva ali.

— Ele é lindo, Chris - ela murmurou acariciando o pelo do gatinho, enquanto o mesmo a encarava, não desconfiado, mas a olhava.

Ana sorriu para ele enquanto o mesmo voltava a se aconhechar em sua caixa.

— Geralmente as pessoas dão cachorros e não gatos - ela comentou, mas havia amado demais o gatinho.

Gatos eram sempre mais grudentos e independentes, ela não se importaria em deixá-lo em casa para sair, e mesmo assim o teria sempre com quando chegasse.

—Você não parece ser do tipo que gosta de cuidar de animais, gatos são independentes. E, bom, você não vai estar sozinha, sabe, tem uma certa coisinha que vai depender de voce agora, entao...

Ana mordeu o lábio inferior e continuou acariciando o gato. Ela entendeu o que ele quis dizer, e não tinha uma resposta para aquilo. Não queria dizer que não precisava de um propósito para se manter segura e saudável, ela já o tinha. Ela tinha Kate completamente feliz, ela tinha Mia se casando, ela tinha até mesmo Carla lutando contra a morte para se manter viva, ela tinha... Deus, ela tinha Christian.

— Obrigada, Christian, foi... muito fofo. Droga, ele é muito fofo - ela falou, o sorriso largo e Christian simplesmente amou aquilo.

— Eu adoro o seu sorriso - ele falou, tocando em seus lábios gentilmente.

Ana o encarou.

— Eu adoro você - ela disparou, arregalando os olhos em seguida. - Por me dar o Pennywalter.

Christian franziu o cenho, ignorando o coração batendo rápido pela fala anterior de Ana.

— Quem?

— Pennywalter.

— Que tipo de nome é esse? - ele questionou rindo.

Ana deu de ombros.

— É o nome do meu gatinho, não se mete - ela vociferou e então se levantou.

Christian segurou sua mão, parando de rir no mesmo instante.

— Hey, foi mal.

Ana riu.

— Relaxa - ela falou. - Eu só vou levá-lo para casa, colocar no meu quarto, eu volto logo.

— Eu vou com você - ele decidiu, já se levantando.

Ana concordou, logo tendo Christian atrás de si.

— Sabe, você está um gato - ela falou e eles já estavam do lado de fora da mansão Grey. - Não vai beber muito, tem mulheres lá e você sabe como elas são.

Christian riu, passando um dos braços pelos ombros de Ana e tendo o corpo da garota bem ao próximo a ponto de se tocarem enquanto andavam.

— Você cuida disso - ele respondeu.

— Não sou boa nessas coisas.

— Que coisas?

— Ah, você sabe.

— Na verdade, eu não sei.

Ana bufou.

— Christian, eu não sei lidar com ciúmes e eu estou falando sério - ela confessou num rompante. - Ciúmes, mentiras, são tópicos que eu odeio e não sei sentir. Nem de brincadeira. É um desastre. Nós estamos tendo... tendo essa coisa, a gente se beija e tudo mais, rola coisas. Se você ficar a fim de fazer isso com outras mulheres, não vai estar tudo bem para mim até você me dizer que quer as outras mulheres, entendeu? E aí acaba, sem problemas e sem estresse. Eu não sou criança, eu vou entender. Ou mentir. - ela bufou alto. - Droga, nunca minta para mim! Nao importa o que seja, nao importa o quanto voce esteja fazendo o meu bem, apenas nao minta para mim.

Depois de tudo o que teve que passar na infância, e depois de todas aquelas mentiras, ela se tornou alguém muito direta e com muita responsabilidade afetiva, e então aqueles se tornaram algo que ela queria o mínimo das pessoas consigo. Se ela, que era ela, podia fazer aquilo, por que os outros não podiam também?

— Eu quero você e só você - Christian declarou sério, não se abalando com o monólogo da outra.

Ana balançou a cabeça.

— Tudo certo então.

Eles foram interrompidos pelo barulho do celular de Christian vibrando, e Ana revirou os olhos porque ela sabia quem era somente em ver o olhar do outro mudar. Era a mesma pessoa que ligava para Christian o tempo inteiro e então ele ficava irritado e nunca atendia. Ana nao sabia se ele atendia quando ela longe dela ou se simplesmente não atendia.

A morena suspirou.

— Eu vou colocar o Penn lá dentro e pedir para a governanta comprar comida para ele, já volto - ela avisou antes de seguir para dentro da mansão.

Era um acordo silencioso que Christian não entrava ali, de carro ou a pé, ele sempre ficava no portão. Primeiro, que ele nunca se propôs a entrar, sempre fizera questão de permanecer do lado de fora nas raras vezes que Ana questionou para que ele entrasse; segundo, que Ana ficava feliz com aquilo, ela não queria ele lá dentro, com todas as memórias que tinham e ainda por cima seu pai.

A morena sentiu a bile subir por sua garganta. Odiava aquilo. Odiava se sentir daquela forma, mas era o que uma filha sentiria mesmo. Era seu pai. E o cara que ela estava beijando era o ex amante de sua mãe. Pior, era o cara que havia salvado sua vida.

Dispersando os pensamentos, Ana colocou o gatinho em seu quarto, o deixando a vontade em sua cama depois de conferir que ele saberia descer dela se quisesse, avisou a governanta sobre o novo inquilino e recebeu um sorriso feliz da mulher que se prontificou a ir imediatamente comprar a ração do bichinho e colocar água para o mesmo.

Ana não demorou na mansão, logo seguindo para o protão e franzindo o cenho ao ver Christian encarar o celular irritado.

— Algum problema? - ela questionou, sem vergonha alguma olhando para a tela do aparelho, que logo foi apagada por Chrsitian.

— Nada - ele respondeu. - Não é importante agora. Vamos?

Ana o encarou, levantando uma das sobrancelhas. Ela havia visto o nome LEILA bem no ícone de mensagens e ele estava claramente mandando outra a ela.

Ela só queria desesperadamente perguntar sobre a mulher, perguntar o que tanta ela ficava ligando e mandando mensagens, porque ele parecia tao irritado.

Mas não o fez. Ela não precisava, Christian com certeza via a interrogação nos olhos dela e ele simplesmente desviava o olhar em vez de lhe contar o que ela queria saber.

Ana passou uma das mãos pelo pescoço e a nuca e então se recostou em Christian.

— Entendi - murmurou baixinho. - Só espero que você também tenha me entendido. Vamos.

O Bar de Jay era um dos melhores de Seattle, com música ao vivo e sempre cheio de casais ou grupo de amigos apenas curtindo. Não era um bar universitário, era um lugar onde as pessoas realmente sentavam nos bancos e poltronas e conversavam ou então iam para a pista de dança sem problema alguma.

Ana adorou.

Ao chegar com Christian, Mia e Ethan, Ana logo avistou Kate e Elliot. A loira usava um short branco de cintura alto e uma blusinha regata por dentro junto a um blazer e saltos. Linda, claro.

Ana a abraçou e recebeu um beijo na bochecha da mesma e um puxão em seu cabelo dado por Elliot. Ela se recusou em reclamar, apenas lhe lançando um olhar mortal enquanto a Kate quem reclamava com o outro.

— Então, eu já confirmei tudo no spar e vai ser só nós, o dia todo - Mia falava.

Ela decidiu que sua despedida de solteira seria num spar, onde todas as garotas iriam ficar se embelezando e relaxando desde a noite até a outra noite, no momento do casamento. Ana achou uma tremenda palhaçada, mas Mia parecia radiante com aquela ideia.

— Eu não vejo a hora. Estou andando tão estressada, esse spar é tudo o que eu preciso - ela completou, dando um gole em sua marguerita.

Ana concordou com a cabeça. Realmente não faria mal uma massagem, fazer as unhas - que já estavam descascando o esmalte vermelho.

— Eu preciso de uma massagem - Kate comentou.

O rosto de Ana se acendeu com sua ideia.

— Espera, são homens quem vao fazer isso em nós? - ela questionou.

Mia franziu o cenho.

— Não. Somente mulheres lá - ela respondeu de imediato, fazendo Ana revirar os olhos.

— Que sacanagem. Vai passar seu último dia de solteira vendo um bando de mulher pelada passando para lá e para cá? - ela resmungou.

Mia sentiu o rosto corar.

— Como você consegue fazer essas coisas? - Mia resmungou em protesto.

Kate riu.

— É, eu também sofro com isso. Ela consegue fazer uma coisa simples e inocente se tornar suja no mesmo segundo - a loira acusou, encarando Ana com os olhos semicerrados e fazendo os meninos rirem.

— Eu? Não entendi - se fez de sonsa, bebendo seu suco de laranja com limão. - Enfim, eu só acho que seria muito mais produtivo se tivesse, sabe, uns carinhas sarados e sem camisa fazendo massagem na gente.

— Para isso você não precisa ir para esse spar, eu mesmo faço - Elliot falou para Kate, lhe dando uma piscadinha.

— Mas tem que ser bonito, Elliot - Ana implicou.

— Impossível mais bonito que eu - ele rebateu.

Ana encarou Chrsitian, mas então desviou o olhar. Ela queria beber para poder falar o que pensava e depois colocar a culpa na bebida. Era tão mais fácil.

Elliot riu alto e Ana revirou os olhos.

— Vai se ferrar - ela sussurrou.

— Bom, nada de carinhas, Ana - Mia falou.

— Ethan, o que você vai fazer? - a morena perguntou ao bendito.

O outro deu de ombros.

— Só uma noite com os caras - ele respondeu, e Christian e Elliot não disseram nada.

Ana semicerrou os olhos e balançou a cabeça.

— Hum. Na minha época isso queria dizer muitas coisas - ela murmurou.

— Como assim? - Mia questionou.

Ana fez um gesto de deixa para la e apenas continuou bebendo seu suco e admirando Christian em sua terceira cerveja.

Se ela beijasse ele seria como se ela estivesse tomando álcool?

— Vocês vão se beijar? - Mia perguntou, e só então Ana percebeu que estava se inclinando para o Grey sentado ao seu lado.

Eles estavam bem próximos, mas não o suficiente para parecer que iam se beijar. Ana se afastou.

— Beija - Mia insistiu. - Eu nunca vi vocês se beijando.

Ana franziu o cenho.

— E para que você quer ver? - foi Christian quem perguntou.

Mia suspirou.

— Porque eu estou esperando por isso desde que a Ana tinha treze anos. Tem noção? Eu só queria ver um beijo para ver que é real mesmo e vocês não estão apenas provocando um ao outro para no final a Ana apenas ir embora de novo e você voltar a atender minhas ligações apenas um dia por semana e visitar nossa casa a cada dois meses, sem se importar com ninguém ou em como as coisas mudaram agora - ela disparou e então bebeu o líquido em seu copo de uma vez.

Ana arregalou os olhos.

Mia era sempre tão delicada e gentil que ve-la daquela forma foi surpreendente. E ela não gostou.

Talvez já estivesse alta. Ela estava no segundo copo de marguerita e pode-se dizer que Mia nao era bem uma garota alcoólatra.

— Não entendi aonde isso se encaixa a você, mas não se preocupe tanto - Christian foi gentil em dizer e então se levantou dizendo que precisava ir ao banheiro.

Ana encarou Mia.

No carro eles não se falaram muito e Mia até mesmo ficou irritada por que Ethan insistiu em ir com Christian porque também queria beber. Talvez eles tivessem discutido, Ana nao sabia. Mas alguma coisa estava errada.

— O que está rolando? - Ana questionou.

Mia deu de ombros.

— Pergunta para ele, não sou quem tem que dizer - ela respondeu num tom delicado, bem diferente de antes.

Ana se levantou, seguindo o caminho que Christian havia feito.

Ele estava saindo do banheiro e Ana o empurrou para a parede próxima, mas longe da porta.

— O que deu em vocês? - ela disparou.

Christian suspirou, passando uma mão pelo rosto e então bagunçando o cabelo.

— Nada. Mia está estressada com o casamento e nós discutimos, foi só isso - ele respondeu.

Ana cruzou os braços.

— Vocês nunca discutem - ela acusou.

— Mas ela está estressada, então uma coisa mínima vai fazer ela explodir. E sinceramente, eu não me empenhei muito em me acertar com ela. Amanhã faço isso.

Ana suspirou e descrizou os braços, deixando Christian colocar as mãos em sua cintura e a testa contra a sua.

— Eu quero te beijar - ele declarou, a boca tão perto.

— Então beija.

Ele não beijou apenas como se quisesse beija-la, foi totalmente uma preliminar, do que tipo beijo pre-orgasmo, e Ana estava ofegante antes mesmo de termina-lo.

— Eu só queria que estivéssemos sozinhos - ele falou contra sua boca, uma das mãos em sua nuca, puxando seu cabelo para fazer seu rosto ficar na direção que ele queria.

O coração de Ana estava batendo tão rápido que ela não conseguia processar nada mais em seu corpo.

— Vamos - ela declarou, puxando-o pela mão.

— Para onde? - ele questionou.

— Para o seu carro, lá nós vamos estar sozinhos - respondeu, e já estavam a vista dos outros na mesa.

Ana não se preocupou em parar, apenas continuou puxando Christian, que não fez nenhuma objeção.

Apenas destravou o Audi 4x4 quando chegaram nele e empurrou Ana para o banco de trás. Havia sido coisa do destino que Christian havia escolhido logo o maior carro naquela noite.

Ana fechou a porta atrás de si e se sentou no colo de Christian, logo bufando irritada por ter escolhido uma bendita calça jeans em vez de uma saia.

Christian abriu os botões e desceu o zíper, e Ana se preocupou retira-la logo de seu corpo. Ela estava com uma calcinha bonita, mesmo que o sutiã não combinasse, e já era lucro.

Qual era o problema dela? Porque não havia colocado um conjunto de lingerie?

Seu mente foi apagada assim que Christian voltou a beija-la na boca enquanto apertava sua cintura contra o corpo dele, pressionando.

Ela desce as mãos por seu peito até a barra da blusa de mangas que ele usa, logo a retirando de seu corpo e jogando em algum lugar do banco da frente do carro, para então se maravilhar tocando em sua pele. Ela sentiu Chrsitian respirar hesitante contra sua boca, e o encarou.

— Está tudo bem? - questionou num sussurro.

Ele tocou em seu queixo, segurando seu maxilar em seguida e sem responder voltou a beija-la, e Ana tratou como um "sim".

Ele a beijava de forma desesperada, como se nada fosse o suficiente  e a morena retribuia, porque realmente não era. Ele desceu as mãos por suas costas, adentrando as mãos ali, tocando em sua pele, afastando os lábios um segundo para encara-la num pedido de permissão clara, qual foi concedida com Ana apenas levantando os braços.

Christian retirou sua regata e logo deixou dois beijos em cima de seus seios, admirando como peito de Ana subia e descia, como ela já estava suada e eles nem fizeram nada.

Linda.

Ela era perfeita.

Ela o beijou, simplesmente porque não conseguia parar de fazê-lo, e levou as mãos a frente do seu jeans, abrindo o botão e então descendo o zíper, voltou-as para seu cabelo, bagunçando enquanto rebolava em seu colo e o sentia duro contra si.

Christian levou as mãos a sua bunda, apertando com força ao ouvir Ana gemendo em seu ouvido.

— Ana - ele suspira em tesão, sentindo como ela estava úmida. - Porra.

Sério que eles iam transar no carro? Naquele momento?

Christian não tinha nenhum controle sobre si, se Ana nao parasse, ele também não iria, e foda-se que era a primeira vez deles.

— Ei, olha para mim - ele falou, pegando em queixo, os lábios contra os dela. - Eu quero você... caralho, eu quero muito, de um jeito que... - ele engoliu em seco, e os olhos de Ana estava muito azuis e brilhantes mesmo na penumbra.

— Eu também quero você. Qual o problema? - ela perguntou, e a voz estava tão quebrada num ofego que o Grey só queria ocupar aquela boca.

— Só queria ter certeza. Sabe, não precisamos ir além, não precisamos transar.

— Precisamos sim - ela rebateu. - Nós com certeza precisamos - declarou ao pegar sua mão e coloca-la de volta em sua bunda.

Christian não tentou mais, foi o máximo de controle que ele tinha. Os dois eram adultos.

Ana leva as mãos às costas e desabotoa o sutiã, jogando-o para o lado, e Chrsitian a admirou.

— Você é linda - ele sussurrou. - Perfeita.

Ana sorriu de lado. Ele a encarou.

— Eu quero foder esse sorriso - declarou.

Ana engoliu em seco e então deu de ombros com ar inocente.

— Vai ser um prazer - respondeu, lhe dando uma piscadinha e então saiu de seu colo, ajoelhando a sua frente.

Realmente era um carro grande, e ela havia ido no banco da frente, o que queria dizer que o banco do passageiro estava bem atrás dela, a fazendo caber certinho e confortável entre os joelhos de Christian.

Ele continuou seu lábio com o polegar e Ana deu um beijinho antes de morde-lo de leve enquanto levava as mãos até a frente do jeans do outro, tocando em seu membro por cima da boxer e então adentrando a mão e Christian a ajudou. Ana nao fez de rogada, deixando o Grey louco quando ela começou a passar a língua pela glande.

— Porra - ele xingou, acariciando os cabelos presos de Ana, acompanhando sua cabeça quando ela desceu com os lábios.

E claro que ela sorriu, encarando-o de baixo, sabendo muito bem o que estava fazendo com ele.

— Para, eu vou gozar - ele mandou, puxando seu cabelo e fazendo a garota o soltar.

Ana passou a língua pelos lábios e então mordeu o inferior, e Christian a xingou mentalmente antes de traze-la de volta para seu colo.

— Puta merda - ele vociferou irritado enquanto ela beijava seu pescoço, o que fez Ana automaticamente parar e encara-lo.

O Grey sorriu para ela e entao beijou seu queixo para dizer que estava tudo bem.

— Não tenho camisinha - declarou, revirando os olhos.

Ana levantou uma das sobrancelhas.

— Como assim não tem? - questionou.

Seu corpo estava pegando fogo, e sentir Christian embaixo de si, sem nada o cobrindo, bem contra sua calcinha, estava a deixando mais do que louca.

— Eu não tenho. Eu estou saindo com você, e você disse que não estava pronta. Para que eu iria me preocupar em trazer camisinha? - ele murmurou.

Ana inclinou a cabeça e sorriu.

Era fofo ele não ter trazido camisinha para um bar só porque ela havia dito que não estava pronta.

Ela acharia até mais fofo se não estivesse entrando em combustão por estar muito excitada.

— Você toma anticoncepcional? - ele questionou hesitante.

Ana balançou a cabeça.

— Não. Eu estava tomando remédios demais, acabar ainda mais com meu corpo está fora de cogitação - ela respondeu. - Olha, eu posso tomar a pílula do dia seguinte amanhã.

— Falando sobre acabar com o corpo...

— É só uma vez, não acho que vá fazer tanto mal.

Christian a olhou por alguns segundos.

Eles estavam sendo guiados pelo tesão, e aquilo era perigoso. Ana nao podia sequer pensar em engravidar por no minimo os proximos seis meses, e nunca, em hipotese alguma poderia ser de Christian, eles tinha a total ciência daquilo.

— Bem, se você não quiser, tudo bem - ela falou.

O Grey a puxou pela nuca, beijando seus labios daquele jeito que ja estava fazendo Ana se acostumar.

Ele não respondeu mais nada, apenas levou a mão entre o corpo dos dois e puxou para o lado a calcinha de Ana, logo guiando o próprio pênis para dentro dela, suspirando de prazer contra a boca dela.

Ana geme contra ele e começa a subir e descer enquanto Christian segura sua cintura com uma das mãos, a forçando contra si, tendo cada vez mais gemidos dela.

E aquilo era tão bom.

Os dois estavam arruinados para outras pessoas, sabiam daquilo no instante em que se beijaram pela primeira vez. Mas Christian ainda tinha uma esperança... até estar dentro de Ana e sentir que está no paraíso.

— Caralho!

Ele estava em êxtase, tendo Ana rebolando, subindo e descendo, as mãos em seu ombro, os dentes arranhando seu pescoço, os seios se esfregando contra seu peito.

Porra.

Gostosa para um caralho!

Ela levou os lábios até os seus, o beijando de forma arrastada, gemendo/respirando contra sua boca hora ou outra. E então os levou até sua orelha, mordendo de leve para sussurrar.

— Me fode!

Christian rosnou contra ela, segurando sua cintura com as duas mãos com força, e Ana sabia que ele deixou marcas ali, mas ela não se importava, estava mais interessada em gemer livremente enquanto ele metia rápido e forte dentro dela.

Não demora muito para ela estar mordendo seu ombro, fechando os olhos com força enquanto sente a sensação de queimação boa em seu ventre. E Christian a beija com força enquanto sente ela apertar em volta dele, engolindo seus gemidos enquanto ela goza e ele logo vai junto.

— Isso foi... - Ana dispara contra seu pescoço após deitar a cabeça em seu ombro, respirando fundo.

—  Sim. Muito - Christian respondeu, a cabeça contra o encosto do banco, as mãos nas coxas de Ana.

 


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