Tão Perto... Tão longe... escrita por Esmaryn


Capítulo 17
Quando tudo dá certo.


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Não esqueci da fic, eu só estava sem computador, mas agora já consertei e está tudo bem. Me desculpem por não responder os comentários dos outros capítulos, é que minha vida está uma correria o tempo inteiro, mas vou tentar tirar pelo menos 10 minutinhos pra falar com vocês, pq eu AMO VOCÊS.
Enfim, sem mais delongas e vamos ao capítulo, trouxe um grandão pra vocês ficarem felizes.
Beijos, e boa leitura.



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— S-Sasuke?

Ele não se moveu. Cheguei mais perto cautelosa. Abaixei-me junto dele e toquei seu rosto. Estava frio, como se tivesse passado a noite inteira ali.

— Sasuke? – chamei mais uma vez suavemente.

Os olhos dele abriram-se de súbito. Olhos arregalados e apavorados. Estavam foscos por causa da bebida. Talvez por isso Karin não tenha sentido seu chakra, pois o álcool inibe isso.

— Sakura...? – sua voz não passou de um sussurro.

— Sim, sou eu! – sorri.

Ele me fitou por um tempo, talvez tentando assimilar o que estava acontecendo. Levantei novamente a mão para tocar em seu rosto, mas ele a afastou e fechou novamente os olhos.

— Você estava morta. Eu vi você morta. — ­quase não ouvi sua voz de tão baixa.

— Karin me salvou Sasuke. Eu não estava morta, mas estava quase e ela me salvou.

Ele passou a mão no rosto e nos cabelos e então abriu os olhos.

— Estou cansado desses sonhos… Vejo você, mas não posso alcançar. — ele sussurrava como se estivesse delirando e não duvidei que estivesse, considerando o tanto de garrafas vazias ao seu redor.

— Não! Eu estou aqui, estou viva! – sorri e peguei a mão dele e a coloquei sobre meu rosto – sinta o calor Sasuke-kun!

Era como se ele não conseguisse reagir, parecia preso em um torpor enorme. Aparentemente ele queria acreditar que eu estava bem ali, mas no fundo ele parecia convicto de que eu não existia mais. Aquele não era o Sasuke que eu conhecia e amava, não podia ser.

— Sasuke, Sasuke! Por favor, sou eu.

— Sakura…­ Ela morreu, eu a matei… — ele falava como se eu não estivesse bem ali.

— Não Sasuke-kun, eu estou aqui! Eu estou aqui! – o desespero começou a tomar conta de mim. Seria somente a bebida ou ele havia enlouquecido?

Eu estava à beira das lágrimas, não foi assim que planei nosso reencontro.

— Eu a amava…

— SASUKE! Olha para mim, olha pra mim! – gritei – Eu estou bem! Estou viva! Estou aqui com você!

Então ele olhou para mim e olhou através de mim. Um olhar tão vazio e sem esperança.

E desmaiou.

SASUKE’S POV

Assim que saí da pousada fui para um lugar mais calmo, comprei umas garrafas de bebida alcoólica e praticamente passei a noite bebendo. Era um modo de anestesiar aqueles malditos sonhos. Ou eu pensava que era, já que em certo momento o rosto de Sakura apareceu para mim tão nitidamente, que tive a impressão de não estar dormindo.

Ela falava comigo, tocava em mim, me encarava! Tudo real demais, torturador demais! Eu não sabia mais se estava falando com ela ou falando sozinho. Minha mente virara uma grande bagunça. Era sempre assim! Sempre nessa ordem: eu a via, então ela falava comigo e eu respondia – ou tentava responder –, mas aí ela gritava e meio segundo depois estava morta e havia sangue para todos os lados e sempre nesse momento Tobi aparecia.

Talvez nem a bebida seja capaz de acabar com esse pesadelo e agora estava na pior parte, pois ela gritava comigo, gritava sobre alguma coisa que eu não conseguia compreender, gritava para mim! Eu queria tanto que ela parasse. Se ela soubesse o que viria depois! Se ela soubesse!

Então tudo ficou escuro.

                                                                     ****

Já era noite quando acordei. Estava totalmente sóbrio e minha cabeça não doía. Sentei-me e olhei para o céu, estava inteiramente estrelado. Por um momento me imaginei novamente na caverna dos vagalumes com ela...

Bem, de qualquer maneira eu não podia continuar sentado ali, ainda havia muito caminho até Suna. Levantei-me e comecei a descer em direção ao rio, precisava lavar o rosto e beber água. Estava a cerca de quinze metros da margem quando notei alguém parado ali. Minha mão indo para a espada.

  Contudo se tratava de alguém com imensos cabelos rosados sendo soprados ao vento. Será que eu ainda estava sonhando? Será que isso nunca iria acabar? No entanto... O modo como eu também sentia a brisa gélida e escutava os animais noturnos nas árvores e pelo chão e o ronronar baixo do rio me diziam que eu estava mais do que acordado.

— Sakura? – Sussurrei. A esperança me tomando.

Parte de mim esperava que ela seguisse o roteiro de todos os outros pesadelos, mas eu sabia que não estava sonhando. E isso se provou quando ela se virou para mim. Quando eu pude fitar aqueles olhos magníficos e de tonalidade única. Quando eu vi seu sorriso meigo e ao mesmo tempo aliviado.

— Sasuke-kun! Você acordou! – Ela começou a andar na minha direção.

— Sakura. – Soltei minhas coisas no chão e corri.

Corri o mais rápido que minhas pernas me permitiram naquele momento. Eu a abracei o mais apertado possível, sentindo todo o seu pequeno corpo contra o meu, sentindo seu cheiro doce e sua pele calorosa. Ficamos abraçados por tanto tempo que eu senti que ela já fazia parte de mim.

— Sakura. Sakura – eu continuava repetindo e repetindo sem parar. Estava atônito e feliz ao mesmo tempo. Porém, sinceramente eu não queria explicações agora, só queria ela. – Sakura, eu te amo, eu te amo, eu te amo...

Ela começou a me empurrar delicadamente e imediatamente eu me desesperei.

— Não! Por favor, não. Fique comigo, você tem que ficar! – Eu me vi agarrado a ela. Ela não podia ir embora de novo!

— Shh, Sasuke-kun. Eu não vou a lugar nenhum, só quero olhar para você e quero que olhe para mim, quero que veja que estou viva.

Então eu a soltei hesitante. E a olhei, memorizando mais uma vez cada detalhe desde a curva das sobrancelhas até o queixo pequeno e arredondado. O rosto redondo não havia mudado nada, ela continuava linda, as pequenas sardas que ela tinha, os cílios imensos e meigos, os olhos de um verde inigualável. Era ela. Minha Sakura, meu milagre.

— Sasuke-kun, nunca achei que o veria assim tão...

— Desesperado? Fraco? – Sugeri fazendo-a sorrir.

— Tão vulnerável. – Ela passou a mão pelo meu rosto.

— O que aconteceu? – Perguntei.

— É uma longa história na verdade. Eu tentei explicar mais cedo, mas você...

— Pensei que fosse um sonho.

— Claro. — Ela sorriu timidamente e acariciou meu cabelo.

Passamos as duas horas seguintes conversando sobre o que havia acontecido. Eu contei a Sakura sobre Tobi e minha conversa com Naruto, falei do modo agressivo que ele reagira e como me perdoou depois e ela falou de como foi salva por Karin e a sua fuga para me achar, não quis falar muito sobre o tempo que passou na vila, então não a pressionei.

— Podia ter voltado com Naruto, teria evitado todo esse sofrimento. – Ela disse.

— Naquele momento eu estava certo de que você estava morta, me perdoe. Mas entenda, se fosse o contrário, você voltaria para o lugar onde a pessoa que você ama viveu e todas as coisas te fazem lembrar dela? É uma tortura que eu preferi não experimentar novamente. E o pior seria voltar para a vila como sendo o seu assassino, seria duro demais, até para mim.

— Desculpe, não havia pensado por esse ângulo.... Confesso que quando voltei para o esconderijo e não te encontrei pensei que talvez você estivesse...

— Nunca faria isso Sakura. Você deveria saber.

— E-Eu sei, mas fiquei nervosa. Você já tinha ido embora uma vez.

— Mas não foi no sentido que você pensou. Continuo vivo.

— Verdade. – Ela sorriu tímida.

Houve um silencio agradável. Estávamos sentados à beira do rio e ela olhava para cima. Instintivamente eu segurei uma mecha de seu cabelo, sedoso como sempre. Ela me olhou e sorriu.

— Me disseram que você tem um pedaço meu guardado. – Confesso que senti meu rosto ficar quente e agradeci por estar escuro.

— Espero que não se importe, eu...

— Tudo bem, pode ficar. – Ela sorriu novamente e voltou a olhar para o céu.

Eu não conseguia parar de olhar para ela, acho que ainda estava assimilando tudo.

— Sakura?

— Sim?

Então sem demora eu segurei o rosto dela com uma das mãos e com a outra a puxei mais para mim. Olhei profundamente em seus olhos antes de colar minha boca na dela. Eu a beijei da maneira mais delicada e apaixonada possível. Eu havia constatado que ela estava mesmo ali, mas beijá-la era outro tipo de experiência, porque o calor dela irradiava para mim e durante o beijo era desse calor que eu me alimentava.

Não foi preciso dizer nada após o beijo, apenas ficamos abraçados por muito tempo até eu me lembrar de algo.

— Sakura, você disse que a Karin veio com você, não foi?

— Sim, ela está na pousada que você assustou ontem.

— Como sabe disso?

— Estávamos hospedadas lá ontem à noite, mas quando ouvi o barulho achei que era melhor ficar quieta e ir dormir.

— Ah sim.

— Então? Vamos? – Ela disse levantando-se.

— Para onde?

— Konoha, é claro.

— Acha que é uma boa ideia?

— E por que não seria? – Sorriu.

— Você vê tudo com simplicidade, não é tão fácil assim. Eu cometi crimes Sakura, eu tenho que pagar por eles.

— Não cometeu crime algum! – Ela me encarou.

— Tornei-me um renegado, entrei para a Akatsuki, sequestrei você e quase a matei. Eles não perdoariam assim.

— Sasuke-kun, eu jamais prestei queixas contra você, não será preso, tenho certeza, explicaremos à Hokage. E, além disso, é melhor nos redimirmos enfrentando as consequências de nossos atos do que vivermos atormentados para sempre como vilões. —Sua voz soou firme e gentil e eu senti a confiança que passava. Jamais havia visto daquela forma, encarar os erros, perdoar e ceder perdão. Parecia tão mais simples e menos doloroso. Sorri para ela.

 Sakura acreditara em mim até o último instante, ela parecia me ver como alguém muito melhor do que eu realmente sou. E seu olhar, sempre que direcionado a mim, era repleto de amor, carinho e esperança. Ela não podia continuar sofrendo por mim, não mais. Nem que fosse a última coisa que eu fizesse da minha vida, eu faria Haruno Sakura feliz.

— Tem razão. — Disse a ela.

— Não vai se arrepender dessa decisão – ela sorriu mais ainda – obrigada!

Ela me abraçou novamente e ficamos assim por muito mais tempo.

                                                              ****

Eu esperei a uma distância segura enquanto Sakura ia chamar por Karin na pousada. Logo as duas apareceram, lado a lado, era engraçado vê-las juntas sem que uma estivesse xingando a outra. E enquanto elas se aproximavam eu não pude deixar de pensar em como as coisas pareciam estar finalmente dando certo, tudo estava se encaixando.

— Nossa, você está horrível! — Karin franziu o rosto e eu apenas ignorei seu comentário.

— Obrigado Karin, sei que você tinha todos os motivos do mundo para deixá-la morrer, mas escolheu salvá-la, por mim. Isso jamais será esquecido, tenho uma dívida eterna com você. — Percebi que ela corou um pouco antes de assentir.

— Mas eu não fiz por você, fiz porque era o certo. — ela respondeu séria e eu apenas concordei.

— Karin, obrigada! Sei que ainda não gosta de mim, mas se quiser visitar Konoha, minha casa será sua. — E com isso Sakura a abraçou pegando-a de surpresa.

Eu sorri e as abracei também, embora Karin fosse um pouco mais alta que Sakura, eu era grande o suficiente para abraçar as duas de uma só vez. Apertei forte e as levantei. Houve gritinhos e reclamações antes de eu colocá-las no chão.

As duas estavam sorrindo e Sakura foi a primeira a falar.

— Para onde vai agora? Tem algum plano?

— Eu… na verdade eu não sei. — Karin ergueu o olhar. — Não existem muitos lugares onde aberrações do Orochimaru podem ir. — Ela olhou para mim por um segundo — isto é, pelo menos para aqueles que não são Uchiha.

Sakura e eu trocamos um breve olhar e eu soube que havíamos pensado a mesma coisa.

— Devia voltar conosco. — Falei.

— Não posso… fugi recentemente de lá, se voltasse… não dá. — Eu podia sentir a hesitação na voz dela.

Ainda não havia tido tempo para conversar com Karin sobre o que quase houve entre nós, sobre o modo com que a tratei ou sobre Sakura. E embora fosse um assunto que eu quisesse evitar, eu não tinha escolha, e Konoha era o melhor lugar para recomeçar, tanto em relação a ela quanto a mim mesmo.

— Bom, recentemente me disseram que é melhor nos redimirmos enfrentando as consequências de nossos atos do que vivermos atormentados para sempre como vilões. — Olhei de soslaio para Sakura e ela ruborizou.

— Você… — Karin começou a dizer — Você vai fazer isso? Se entregar à Konoha? — Ela parecia um pouco incrédula, como não estaria? Era como se eu estivesse me jogando na cova dos leões, mas mesmo assim não sentia medo.

— Vou, chega de escolhas erradas. — A fitei por um momento — Eu assumirei você Karin, lhe devo isso. Venha conosco e prometo que não receberá punição.

— Como tem tanta certeza disso?

— Não tenho.

Houve um momento de silêncio, era como se conversássemos com os olhos.

— Não se preocupe, Naruto, Hinata, Lee, todos ficarão do seu lado quando explicarmos para a Hokage a situação. Vamos te proteger. — Sakura ficou cara a cara com ela. O olhar sério.

— Vocês… obrigada…

SAKURA’S POV

— Será que ele se perdeu? — Karin perguntou cruzando os braços.

— Estou começando a achar que sim. — Sentei-me sob a árvore.

Sasuke havia parado em uma casa de banho para fazer a barba e trocar de roupa há mais de meia hora. Karin e eu ficamos do lado de fora esperando por ele.

— Até que enfim! — Karin falou ao meu lado e eu olhei para a porta da casa de banho.

Sasuke estava com uma camisa preta aberta no peito e braços, uma calca da mesma cor e sua bota de sempre. A espada pendurado no cinto. Ele nos fitou e deu um sorriso de lado, o rosto finalmente macio.

— O que acham? — Brincou ele.

— Não parece mais um mendigo bêbado. — Karin disse ao mesmo tempo em que eu falava:

— Parece um metrossexual. — Sorri.

— Hum — ele fez cara de ofendido e por um segundo achei que tivesse nos chamado de invejosas — vamos?

— Claro.

Seguimos em silêncio por muito tempo, vez ou outra alguém comentava alguma coisa. Estávamos viajando há três dias e agora já estávamos muito perto de Konoha. Sasuke só resolvera se arrumar em uma das vilas vizinhas, dizendo ele que era para economizar tempo. Havíamos decidido acelerar apenas no final, para evitar ter que parar muito para descansar.

— Vamos subir para as árvores. — Falei e me abaixei para ganhar impulso, no entanto, Sasuke parou e segurou meu braço antes que eu pudesse saltar.

— Espera. — Ele olhou em volta e eu segui seu olhar. Em seguida continuou: — Karin está sentindo alguma coisa?

— Sim, dez pessoas no mínimo. Por todos os lados.

— São ladrões. Um esquadrão ninja não seria tão descuidado. — Falei e saquei uma kunai e três shurikens.

Nesse momento, vários homens nos cercaram, a maioria mascarada, e os três que estavam sem nada no rosto olharam para nós, um deles sorriu.

— Ora, se não é Uchiha Sasuke. Quanto me dariam por sua cabeça? — Ele alargou o sorriso, revelando dentes amarelos e descuidados.

— Muito mais que pela sua, presumo. — Sasuke respondeu e sacou a espada.

— Ele é realmente muito convencido. — Um dos mascarados disse, ou melhor, mascarada, tinha certeza de que aquela era mulher. E quando ela puxou a máscara eu comprovei isso. Por que usavam máscaras se iriam revelar o rosto? — E devo admitir, muito bonito também. — Ela sorriu para Sasuke.

— Eu sei. — Falei encarando-a, algo em mim não havia gostado dela.

— Ora essa pequenininha, não é assim que se fala com adultos.

Dei instintivamente um passo para frente, mas Karin me segurou, olhei para ela e ela apenas fez que não. Eu suspirei e assenti.

— Vamos ser rápidos, não vai doer — o homem continuou falando — pelo menos não em nós.

Então ele fez um sinal com as mãos e logo todos os outros estavam sobre nós, com espadas e facas de todos os tipos.

Eu desviei de um ataque e joguei as shurikens, elas atingiram duas pessoas e a terceira grudou em uma árvore, xinguei Sasuke por dentro por ter me feito ficar sem treinar por tanto tempo. Tentei olhar ao redor: Sasuke golpeava sem parar e desviava, pensei ter visto um sorriso em seus lábios por um momento. Karin socava e chutava os inimigos, mas eles não paravam de chegar, ela havia dito por volta de dez e eu tinha a impressão de que eram mais de vinte. Continuei lutando até que algo me ocorreu, então gritei:

— Sasuke-kun! Lembra-se daquelas cópias na Floresta da Morte?

Não houve resposta, mas eu sabia que seu sharingan havia sido ativado, no entanto ele xingou.

— Não são cópias. São reais.

Alguém tentou me cortar com uma adaga e eu desviei, dando um soco em um dos mascarados. Ele caiu e eu pude ver a mulher, estava abaixada, com as mãos na terra e os três homens sem máscara estavam com as mãos em suas costas.

— Eles são muitos! — Gritou Karin. — Ficaremos aqui o dia inteiro!

Realmente, nesse ritmo nunca iria acabar. Concentrei então meu chakra no punho direito e pulei.

— Cuidado! — Gritei para meus companheiros no momento em que meu punho bateu no chão, que rachou e partiu em milhares de pedaços em um mini terremoto. A mulher e os três homens caíram e eu avancei sobre eles, assim como Sasuke e Karin.

Criei adagas de chakra e continuei sobre a mulher, acertando-a no ombro, no rosto e quando eu estava pronta para machucar de verdade um dos camaradas dela a salvou. Olhei ao redor, Sasuke havia perfurado um dos homens, mas não o matou e agora avançava sobre o outro, contudo o cara com quem Karin lutava recuou.

— Voltem! — gritou a mulher, e em poucos minutos todos os que não estavam desmaiados – ou quem sabe mortos – recuaram junto com ela e os homens sem máscara.

— O que foi isso? — Karin perguntou vindo para perto de mim.

— Quem vai saber. — Sasuke limpou a espada e a guardou. — Vamos acelerar.

Ele saltou para as árvores e nós o seguimos, acelerando ao máximo. Konoha estava a cerca de uma hora. Uma hora até eu finalmente reencontrar meus amigos.

NARUTO’S POV

— Aquela idiota! Não cansa de correr riscos pelo Sasuke!

— Percebe agora que não podemos fazer nada, não é? — Kakashi abaixou o livro. — Sakura fez sua escolha e daqui a uma semana ela será dada como renegada, assim como ele.

— Vamos atrás deles Kakashi-sensei. — O encarei.

— Naruto, não podemos.

Suspirei, realmente não podíamos fazer nada. Sakura havia decidido ir embora, ela decidiu ser renegada, se eu fosse atrás dela sem autorização, seria punido. Claro que da última vez eu fui sem autorização, mas Sakura havia sido levada, e quando retornamos com ela, Tsunade nos privou de qualquer castigo.

— Naruto, Sakura é forte, embora não controle os sentimentos tanto quanto o Sasuke, ela pode melhorar.

— Devia tê-lo visto. O Sasuke estava tão desesperado quando achou que ela havia morrido… eu nunca o tinha visto chorar daquela forma, parecia que algo estava sendo arrancado dele, Kakashi-sensei.

— Acho que o tempo que a Sakura esteve lá foi suficiente para ele entender algumas coisas. De vocês três ele sempre foi o mais reservado, e embora fosse rude, sempre amou vocês. Sasuke apenas se tornou forte porque queria ser melhor que você Naruto, assim como você queria ser melhor que ele. — Kakashi me fitou por alguns segundos antes de continuar — Você pode nunca ter percebido, mas Sasuke amava a Sakura desde quando vocês eram crianças. Algumas vezes eu o via olhando para ela quando achava que ninguém perceberia. Ele a olhava com devoção e uma vez eu o surpreendi mexendo no cabelo dela — Kakashi soltou um riso curto — ele ficou sem jeito e disse que estava apenas tirando uma folha, ela estava dormindo, não percebeu nada.

Eu apenas sorri, tentando imaginar a cena.

— Eu sei que para você, Sasuke e até para mim, Sakura é uma pessoa delicada que precisa ser protegida, mas não deixe se enganar pela aparência frágil dela, ela um dia superará a Tsunade, assim como você superará Jiraya.

— E Sasuke o Orochimaru, não é? — falei pensativo — Ele sempre foi como um espelho para o senhor, não é Kakashi-sensei? O Sasuke?

Ele soltou uma risada seca e me olhou.

— Vocês três são como filhos para mim. O Sasuke me lembrava um pouco eu mesmo quando era criança. Mas não pense que não estou orgulhoso do homem que você se tornou. Eu diria, que no momento, você é mais forte que eu.

Eu sorri sem jeito. Fazia muito tempo que não conversava com Kakashi-sensei, e com tudo que estava acontecendo não tínhamos nem tempo para isso.

— Por que não almoçamos juntos hoje? — Sugeri — aposto que quer saber como foi quando encontramos a Sakura-chan.

— Você já me contou.

— Mas posso contar outra vez.

Ele riu e nós começamos a andar em direção ao Ichiraku Rámen quando um dos ninjas que normalmente ficava no portão parou na nossa frente, ele estava branco como papel e arfante, como se tivesse corrido mais do que conseguia para chegar até nós.

— Kakashi-san, Naruto-kun! Vocês precisam ir até o portão de Konoha.

— O que aconteceu? — Kakashi perguntou.

— Não vão acreditar se eu disser, precisam ver.

Meio segundo mais tarde e nós já havíamos disparado na direção do portão. O que seria tão urgente assim?

— Acha que é a Akatsuki? — Perguntei enquanto virávamos em uma esquina, na direção da rua principal que dava para a entrada da vila.

— Não… não é. — ele fitou à frente e parou

— Como tem tanta cer… — então eu segui seu olhar e congelei também.

Sakura e Sasuke.

Eles estavam falando com um dos ninjas que estava de guarda. Sakura parecia impaciente e gesticulava sem parar. Sasuke foi o primeiro a nos ver, um sorriso brincou em seu rosto e ele cutucou o ombro de Sakura e em seguida seus olhos encontraram os meus.

— Naruto! — Ela gritou e sorriu.

Então eu me vi correndo para eles ainda sem conseguir acreditar. Abracei Sakura-chan o mais forte que consegui e a girei.

— Você voltou! — Olhei para Sasuke e sorri — vocês dois voltaram.

Estiquei a mão para Sasuke e ele a pegou, no entanto me puxou para um abraço e bagunçou meu cabelo, aquilo me irritaria em outra ocasião, mas estava muito feliz por vê-los.

— Kakashi-sensei! — Sakura disse e correu para abraça-lo.

— Espero que um dia me perdoe por tudo. — Sasuke falou para mim enquanto olhava para Sakura, que agora apresentava para Kakashi uma ruiva que eu só percebi que estava ali agora.

— É para isso que servem os amigos. — Sorri.

SAKURA’S POV

Assim que chegamos ao portão da vila, dois ninjas nos abordaram. Eles ficaram boquiabertos com nossa presença (principalmente com a de Sasuke). Eu tentei explicar que precisávamos ver a Hokage, mas não deixaram, ficaram dizendo que Sasuke não podia entrar na vila nem Karin. Pude ver uma veia saltar na testa do Uchiha em algum momento, eu também já estava ficando zangada quando um dos ninjas falou que iria buscar o Kakashi-sensei.

Não demorou muito para que ele e Naruto aparecessem e eu esquecesse que estava brigando com o ninja. Naruto me abraçou tão forte que pensei que eu fosse quebrar. Foi muito bom ver os dois, finalmente nossa equipe estaria unida outra vez. Quando acabaram os abraços, eu puxei Karin pelo braço e a levei para Kakashi.

— Eu conheço você. — Disse ele com desconfiança na voz.

— Ela era uma das subordinadas do Sasuke-kun e…

— E eu fui capturada por vocês ainda na ponte depois do encontro dos Kages. Eu fugi, mas voltei para enfrentar as consequências, assim como Sasuke. Embora eu não tenha vivido aqui como ele.

— Está procurando redenção, não é? — Kakashi disse suavemente e Karin assentiu.

— Estou. Não quero mais ser a vilã da história.

Kakashi assentiu para ela e foi até Sasuke, que conversava com Naruto.

— O bom filho a casa retorna. — Falou ele.

— Mesmo que eu esteja longe de ser bom? — Sasuke o olhou por um momento — é bom te ver Kakashi.

Sasuke desde pequeno raramente usava o sufixo “sensei”, e acho que algumas coisas nunca mudariam, sorri para eles. Meus três meninos juntos novamente.

— Ama muito eles, não é? — Karin me perguntou.

— Mais do que você possa imaginar.

                                                              ****

— Eu reconheço que me tornei um renegado, que me aliei ao inimigo e feri colegas, reconheço que matei um dos líderes de Konoha e que ameacei atacar a vila, além de ter me juntado a uma organização mercenária, a qual foi responsável pelo ataque à Konoha. E acima de tudo, reconheço que sequestrei, ameacei e machuquei uma kunoichi da vila da folha, a mantendo em cativeiro e colocando sua vida em risco.

Engoli em seco com as palavras de Sasuke. Ele estava de pé em frente à mesa da Hokage, suas mãos estavam entrelaçadas às costas e conforme ele falava, as juntas ficavam mais brancas. Não desviou o olhar nem abaixou a cabeça uma só vez.

Ibiki havia sido chamado e estava analisando Sasuke, tendo certeza de que ele não mentiria. Depois dele Inoichi revistaria toda a mente de Sasuke, a procura de algo omitido.

— E qual seu objetivo retornando a Konoha? — Tsunade seguia o protocolo normal, com perguntas e mais perguntas, no entanto eu sabia que ela estava feliz em nos ver.

— Espero pagar pelos meus erros. Enfrentarei qualquer tipo de punição, seja qual for. Estive cego por muito tempo, mas agora eu enxergo o que meu irmão gostaria que eu visse.

— Sasuke… — ela suspirou — seu caso é delicado…

— Quão delicado? — Falei pela primeira vez.

— Ele matou um dos líderes da vila, a punição para isso é a morte.

Senti meu rosto perder a cor. A morte?

— Não pode fazer isso vovó Tsunade! — Naruto gritou. — Todos sabemos que Danzou era um canalha, Sasuke não fez mais que um favor para você! Além disso, foi por causa dele que Itachi dizimou o clã, ou pelo menos ele teve uma grande parte em tudo, não foi?

— Calma Naruto. — Kakashi disse.

— Tsunade-sama! Por favor! — Gritei e comecei a andar na direção dela.

Mas então Sasuke lançou um olhar para mim que dizia “está tudo bem” e sorriu de lado. Senti uma mão segurar meu braço e me puxar. Olhei para cima e vi Naruto, ele me segurou firme, mas pude ver que suas mãos estavam tremendo.

— Vovó Tsunade? — Naruto continuava fitando-a.

Ela suspirou e se voltou para Sasuke.

— Sasuke, da última vez que te vi, estava o puro ódio, como é possível que tenha mudado assim?

Ele sorriu.

— Essa é uma pergunta que me faço todos os dias. Quando levei Sakura para meu esconderijo eu fiz de tudo para desprezá-la, mas acabei sendo incapaz disso. Ela me fazia pensar nas coisas que eu estava fazendo, me fez refletir e conforme o tempo passava, eu me sentia mais ligado a ela, passamos a nos dar bem. Ela foi a responsável pela minha mudança. Bom, Naruto também teve parte nisso e além de tudo apenas os ninjas mais fortes oferecem perdão… — ele disse isso mais para si mesmo.

— O que você acha Ibiki? — Tsunade perguntou, ainda fitando Sasuke. Ela estava indecifrável.

— Ele diz a verdade Hokage. Acho que quando há arrependimento assim… nós devemos perdoar.

Todos fitaram Ibiki Morino, nunca havia o visto soar tão… humano.

— Pois bem Sasuke. Você ajudará a restaurar o que ainda falta em Konoha, será vigiado 24h por Naruto — ao dizer isso ela sorriu para o loirinho — até termos certeza de que podemos confiar em você, embora eu não ache que esteja mentindo. Você passará por algumas seções com Inoichi a partir de amanhã. Seu antigo apartamento ainda está lá, mas gostaria que permanecesse com Naruto. Fora isso, pode circular livremente pela vila e conversar com seus amigos, creio que tem muito o que contar.

— Mas… não vai me prender ou algo assim? — Sasuke parecia confuso e eu sorri.

— Está perdoado Sasuke, assim como a mocinha que veio com vocês. — Tsunade olhou para além de mim. — Karin, não é?

— Sim. — Ela falou enquanto ficava ao meu lado.

— Sasuke assumiu toda a culpa e por isso, sua ficha está limpa. Ficará com Sakura até segunda ordem e… seja bem-vinda.

Karin sorriu e olhou para mim como se agradecesse, apenas assenti.

— Obrigada.

— Estão dispensados. — Ela fez um gesto e todos começaram a sair — menos você Sasuke, ainda tem algo que preciso lhe dizer. E Sakura, aproveite para ver seus pais, estão preocupados com você.

— Tudo bem, obrigada! — Olhei para Sasuke.

— Te vejo na sua casa. — Ele falou antes de a porta se fechar.

Olhei para Naruto e Karin — os outros já haviam saído.

— E então? — Perguntei.

— Eu preciso esperar aqui, ouviu a Hokage, 24h de babá do Sasuke. — Naruto sorriu.

— Bom, então nós vamos para minha casa. Quando ele sair, nos encontre lá, tudo bem?

— Claro! — Ele sorriu — que bom que voltou Sakura-chan.

Sorri para ele e comecei a seguir para a saída com Karin.

— Posso ficar na sua casa mesmo? — Ela perguntou assim que terminamos de descer as escadas.

— Claro que sim, temos um quarto extra e meus pais são receptivos. — Olhei para ela e continuei — olha Karin, sei que talvez ainda não goste de mim, mas eu realmente gostaria de ser sua amiga.

Ela parou por um momento e me fitou.

— Sakura, eu não sei o que você faz, mas todos te adoram e você tem o poder de mudar os corações mais gelados. Eu quero muito que me ensine a fazer isso. — Ela sorriu. Bem, não era uma confirmação de amizade, mas era um começo.

Não demorou muito para chegarmos a minha casa e assim que fechei a porta atrás de nós minha mãe já estava sobre mim.

— Ah, meu amor, Sakura! Como pode ir embora sem avisar? Seu pai ficou louco. — Ela gritava e depois me abraçava e gritava outra vez.

— Mãe, mãe eu estou bem, estou bem. — Tentava acalmá-la e me soltar de seu abraço.

Finalmente ela me soltou e percebeu Karin ali.

— Essa é a Karin, ela vai ficar uns dias com a gente. Seja gentil. — Falei para minha mãe, que já havia partido para cima de Karin e a abraçava.

— Eu vou fazer algo para vocês comerem, devem estar famintas. — Mebuki falou limpando as lágrimas dos olhos.

— Mãe, o Sasuke-kun e o Naruto virão para cá daqui a pouco, pode fazer mais?

— Sasuke? — Ela parou e me fitou, o rosto perdendo a cor.

— Sim. — Sorri como uma criança e ela entendeu.

— Farei algo especial então. — Ela saiu cantarolando para a cozinha, e por um momento nem parecia que eu havia estado ausente.

— Vamos. — Falei puxando Karin pela entrada, passando pela sala de estar, onde uma escada levava ao segundo andar, no qual haviam os quartos, uma sala de estudos (que eu chamava de minibiblioteca) e outra sala com TV.

— Sua casa é linda.

— Obrigada, depois da destruição de Konoha, meus pais aproveitaram para construir uma do jeito que eles queriam.

— Há males que vem para o bem.

— Verdade. — Sorri e abri a porta do meu quarto.

— Nossa! — Ela disse enquanto fitava o local.

Meu quarto era bem grande, havia uma cama com dossel no centro, um criado-mudo branco em um dos lados e uma escrivaninha do outro, havia uma penteadeira do lado da janela, a qual tinha almofadas acopladas ao parapeito, em um dos cantos havia um amontoado de puffs e revistas e por fim, do outro lado do quarto tinha o meu closet e o banheiro.

— Esse é o meu quarto. É bom para se sentir uma pessoa normal quando não se está lutando contra alguém.

— Ele é incrível. — Ela olhou para mim e sorriu. Nesse momento a porta se abriu e meu pai entrou.

— Flor de Cerejeira! — Ele abriu os imensos braços e sorriu.

— Oi papai. — Corri até ele e o abracei por muito tempo. — Quero que conheça a Karin, irá morar conosco agora. — Falei me desvencilhando dele.

— Olá querida, seja muito bem-vinda. — Ele apertou a mão dela.

— Obrigada senhor.

— Ora, pode me chamar de Kizashi. — Ela assentiu e ele sorriu. — Bem, infelizmente preciso sair agora, Choza disse que me pagaria um churrasco. Vejo vocês mais tarde. E querida, é muito bom te ver sorrir outra vez — disse e fechou a porta.

Eu corei um pouco, pois sabia que ele se referia ao tempo que fiquei trancada no quarto quando voltei para cá.

— Tem sorte por ter pais assim. — Karin falou e se sentou na minha cama.

— Eles são ótimos mesmo, mas às vezes são um pouco corujas demais. Meu pai não aceita que eu cresci e minha mãe é bem controladora quando quer, além de ter sido contra eu me tornar médica.

— Por que? Ela não gosta que você salve vidas.

— Gosta, mas em uma guerra, se você quer ter certeza que seu inimigo não vai ter chance de viver, o que você ataca primeiro?

— A equipe médica. — Ela suspirou.

— Mas esquece isso, melhor ir tomar banho logo. Pode pegar uma roupa minha se quiser.

Ela assentiu e foi direto para o banheiro. Deitei na minha cama e fechei os olhos por um momento, feliz por finalmente tudo estar como eu sempre quis.

SASUKE’S POV

— Muito bem Sasuke. — Tsunade falou assim que a porta se fechou. — Preciso que me conte o que realmente aconteceu quando Naruto encontrou vocês, antes de Sakura voltar.

— A Sakura não disse? Faz tempo que ela estava aqui na vila. — Disse confuso.

— Sakura não conseguiu, ela se negou a conversar com qualquer pessoa. Passou os dias em casa, trancada no quarto dela. Não a incomodamos, é claro, mas eu tive medo de que ela fizesse alguma besteira. — Ela suspirou. — Pode me dizer o que houve?

— Como eu disse nós estávamos nos dando muito bem. E certa noite ela pediu para treinar comigo e eu deixei. Estava tudo indo muito bem, estávamos nos divertindo, mas então, em um momento ela estava a três metros de mim e no outro, minha espada a tinha perfurado. Foi muito rápido.

— O que aconteceu?

— Foi Tobi, ele usou o Kamui. Ele queria Sakura morta, pois, de acordo com ele, ela estava me tirando o foco. Ele queria me usar, precisava dos meus olhos para conseguir o que quer que fosse, mas Sakura estava me mudando. Não foi a primeira vez que ele tentou matá-la.

— Então não será a última.

— Ele não sabe que ela está viva.

— Mas não demorará muito para descobrir Sasuke. — Ela me fitou seriamente — e por enquanto, peço que se distancie da Sakura. Não quero que ela corra mais perigo. Aquela garota é como uma filha para mim, não perdoaria se algo acontecesse com ela… novamente.

— Eu… creio que isso não será possível. Eu a amo. Prometo que irei protegê-la

— Não faça isso por você, faça por ela.

— Isso não faz o menor sentido! Não posso protegê-la estando longe.

— Sasuke, ouça o que diz! Quantas vezes você mesmo não a machucou? E agora me fala de proteção? Sakura precisa de um recomeço. Ela precisa dos amigos dela agora.

Eu encarei a Hokage, a incredulidade estampada no meu rosto. Mas o que aquela mulher queria?

— Está dizendo que ela não precisa de mim? — Não pude esconder o gelo na voz

— Ela nunca precisou. — Suas palavras foram como alfinetadas.

— Como pode ser tão hipócrita? Há poucos minutos parecia ser tão clemente e agora está agindo como uma…

— Cuidado com o que diz! — Ela bateu as mãos sobre a mesa. — Eu perdoei os erros que cometeu depois que foi embora da vila, mas não perdoei o que fez a ela. Além disso, seus erros têm consequências.

— E planeja me castigar me fazendo ficar longe da garota que eu amo? — Falei com um sorriso cínico.

— Exatamente.

— Que bom que nós dois sabemos que eu nunca gostei de seguir as regras. — Disse e comecei a andar em direção a porta.

— Não faça eu me arrepender Sasuke. — Ainda pude ouvi-la dizer antes de eu bater a porta com força.

— Você parece horrível. O que aconteceu lá dentro? — Ouvi Naruto dizer e automaticamente o olhei, tinha esquecido que ele devia me seguir todo o tempo.

— Longa história. — Comecei a andar — vamos logo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Um reencontro nada esperado, né? Estou trabalhando nos outros capítulos e como já estou com computador vou tentar otimizar meu tempo pra posta mais pra vocês, então me digam o que acharam e o acham que precise ser melhorado, a opinião de vocês importa muuito mesmo.

SOBRE A FIC:
Eu já tenho tudo em mente, de como vai se desenrolar, como vai ser a relação dos personagens e de como vai terminar. Calma, nao vai acabar por agora, digamos que acabamos de terminar a primeira parte da história (a parte do esconderijo no caso), vai ter a parte de Konoha, essa agora e mais uma que eu não posso dizer >.
Beijos no ♥



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