O resgate escrita por Vih Sousa


Capítulo 2
Sr. Caixão




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Observar as pessoas sempre o fascinou, era excitante saber o que elas faziam quando achavam que ninguém estava olhando. Descobrir os segredos, medos... era maravilhoso. Mas aquilo era como ganhar um brinquedo novo, você fica alegre e acha que nunca mais vai larga-lo, até que você enjoa dele e quer um novo brinquedo. E depois de um tempo, apenas observar as pessoas não tinha mais o prazer de antes, queria algo novo, mais desafiador e prazeroso.

Foi vendo um de seus filmes favoritos que veio a ideia, então resolveu juntar o seu fascínio por observar as pessoas e seu mais novo hobby, ver o que as pessoas fariam para sobreviver, só tinha uma coisa, ele não queria que elas sobrevivessem. Passou a observar, e quando tinha a vítima perfeita, as sequestrava e colocava dentro de uma caixa transparente e as fazia ter escolher entre sufocar até a morte ou acabar com o sofrimento pondo uma bala na cabeça.  

Sua primeira vítima o fez se sentir como nunca antes.

Prazer.

Alegria.

Calma.

Euforia.

Nunca tinha sentido todas essas sensação juntas quando espiava.

Aumentando o seu desejo por mais.

E estava prestes a fazer mais uma vítima.   

De dentro do carro de Müller, observava atentamente os passos do homem em direção ao veiculo, há duas semanas, quando o viu completamente bêbado em um bar, e mesmo antes de saber o que tanto atormentava Müller, a sua vontade de observá-lo pareceu gritar para ele, implorando sentir as prazerosas sensações que tanto adorava. E durante esse tempo descobriu os segredos, problemas para dormir e sua autopunição. E agora, o Sr. Caixão, como a mídia vinha lhe chamando, estava a espera de Müller, durante duas semanas o homem não fazia ideia de que cada passo seu era observado e muito menos que aquela seria sua última caminhada até seu carro.

Que em voltaria para casa!

Mas ninguém sentiria sua falta.

Escondeu-se, sua roupa preta e o escuro do estacionamento ajudou a não ser notado por Müller no banco de traz do carro. Como sempre fazia, o homem pareceu ter um momento de autopunição, suspirando e esfregando o rosto, até que minutos depois se recompôs. E então o atacou, ele tentou reagir, mas em poucos segundos Müller apagou, sem nem saber quem o havia atacado e por quê.

 

Como esperado, estava adorando ver o desespero de sua mais nova vitima ao acordar e constatar onde estava. Sempre adorava e com uma câmera no caixão ele poderia, do conforto de sua casa, apreciar o desespero e os esforços em vão delas de saírem da caixa transparente, as via morrer lentamente, sufocando sem ar ou em alguns casos, acabavam usando a armar e via os miolos deles se espalharem no local.

Isso lhe dava muito prazer.

Sentia mais prazer quando mandava as gravações para a polícia.

Amava observar suas vitimas, mas ver os investigadores tentarem descobrir quem era o responsável por aquilo, sem nem imaginarem que estava bem perto deles, era inexplicável. 

E Müller iria lhe proporcionar mais show, assim esperava!

Também seria mais um trabalho para os peritos do laboratório de Las Vegas tentarem desvendar.

Em especial, a supervisora.  

A bela supervisora.

Perguntava-se se Müller teria coragem de puxar o gatilho.

Na verdade, esperava vê-lo se esforçar mais para sair dali e não desistir rapidamente, afinal, sua última vitima se desesperou ao saber que morreria ali e acabou atirando em sua boca, acabando com a diversão bem antes do que imaginava. 

No entanto, não via a hora da linda supervisora do laboratório receber mais uma de suas encomendas e vê-la entrar em ação para tentar desvendar o crime.

O melhor é que desta vez estará bem perto dela, observando-a fazer o seu trabalho sem ao menos saber que o responsável estava bem próximo.

Sempre esteve próximo! 


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Notas finais do capítulo

OMG!!!!!
Quem será ele?



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