Elos Rompidos escrita por Amber Dotto
Notas iniciais do capítulo
◇Olá amores da minha vida, como vocês estão?
◇Espero que gostem do novo capítulo e por favor, não me matem quando eu atrasar uns dias... Eu estudo, e faço alguns outros projetos acadêmicos... Minha vida anda super corrida e tento dar o meu melhor para todos inclusive para vocês. Não gosto de escrever qualquer coisa.
◇Enfim, curtam cada pedacinho!
◇Beijos, Amber ♥
Dia seguinte
Dona Rosário mal dormiu durante a noite, afinal os problemas de suas filhas também eram seus. Rubi já era uma mulher, mas as vezes agia feito criança mimada, e isso a deixava muito angustiada.
Pela manhã, a matriarca dos Peres preparou um belo café, para que sua filha pudesse se sentir acolhida. Quando estava prestes a ir para o quarto acorda-la, Rubi adentrou pela sala, e parecia estar pronta para sair.
— Rubi, eu preparei o café da manhã. Não é como o que você está acostumada a comer em sua casa, mas está tudo bem fresquinho... não vai querer comer conosco? Sua irmã só está terminando de arrumar a Fernandinha, e já está vindo. — Indagou Rosário.
— Eu estou sem fome. — Respondeu. — Além disso, tenho que ir ao hotel resolver alguns assuntos.
— Posso ir com você tia? — Questionou Fernanda chegando na sala logo em seguida.
— Outro dia meu amor. Hoje a tia Rubi tem que resolver alguns assuntos de adulto.
— Pretende acertar as coisas com o Heitor? — Questionou Cristina.
— É claro que não, eu vou para o hotel a serviço. Ainda sou a esposa dele, e por lei, tenho direito a metade de tudo.
— Filha... — Protestou Rosário sendo impedida rapidamente por Rubi.
— Você não achou mesmo que eu fosse permitir que aquela mulherzinha continuasse trabalhando no meu hotel, não é? — Respondeu Rubi arqueando uma de suas sobrancelhas.
— Que mulherzinha Rubi? — Perguntou Cristina sem saber o que havia acontecido.
— Pede a mamãe para te contar o que o meu querido marido aprontou. — Respondeu a bela.
— Você está com ciúmes do tio Heitor? — Perguntou Fernandinha.
— Você é muito curiosa. — Falou Rubi se aproximando da garota e a enchendo de cócegas, antes de sentir uma leve tontura.
— O que foi Rubi? O que você tem? — Questionou Rosário.
— Não é nada demais. Eu tenho tido muitos problemas ultimamente, e tudo isso tem me feito muito mal. — Respondeu antes de ouvir alguém bater na porta.
— Eu atendo. — Falou Cristina levantando de sua cadeira prontamente e dando de cara com Toledo ao abrir a porta.
— Inhaí. — Falou o estilista animado. — Como você está fofinha? — Completou ao adentrar a casa, mesmo sem ser convidado.
— Oi Toledo, que bom que você chegou. Não precisa nem precisa sentar porque já estamos de saída. — Disse Rubi.
— Filha, amanhã nós vamos para o litoral, comemorar o aniversário da Fernandinha. Porque você não vem conosco?
— Vamos ver mamãe, não posso prometer nada. — Respondeu.
— Por favor tia Rubi, eu ia ficar muito feliz se você fosse. — Implorou Fernanda.
— Tudo bem, eu vou. Mas só porque você pediu e eu não resisto a você. — Respondeu a bela à garota. — Até mais. — Completou dando um beijo em sua mãe e deixando a casa em seguida.
Mansão dos de La Fuente
O jantar com Maribel na semana anterior fez com que Alessandro avaliasse tudo o que a jovem representou para ele nos últimos anos. Ele lembrou de cada um dos momentos onde ela o apoiou, embora alguns episódios com o problema com o Dr. Belmiro, a doença de sua mãe, e a morte de Sônia e seu filho, fossem marcantes.
Maribel... muito além de um rosto bonito; sua aura era pura, e transpirava bondade. Boa filha, boa profissional... porque não tentar? Será que todo esse carinho que ele também sentia por ela não era amor?
— Alessandro?! — Exclamou Maribel confusa descendo as escadas de sua casa. — O que faz aqui tão cedo, aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu. — Falou Alessandro.
— O que foi? Está me deixando assustada. — Respondeu a jovem.
— Eu pensei muito sobre o que conversamos naquele jantar e sobre o que você representa em minha vida, e percebi que não sou indiferente aos seus sentimentos. Eu gostaria de tentar te fazer feliz, e seria o homem mais feliz do mundo se você me aceitasse como seu namorado. — Disse Alessandro vendo-a ficar muda por alguns segundos. — Fala alguma coisa por favor. — Pediu ele sorrindo.
— Você não está brincando comigo, está? — Questionou Maribel.
— Porque eu estaria brincando? Você é uma pessoa maravilhosa, em todos os sentidos. E eu estaria louco se te perdesse Maribel. — Respondeu Alessandro antes de ela lhe abraçar.
— Eu aceito sim ser a sua namorada. E prometo que você não vai se arrepender.
— Tenho certeza que não. — Falou Alessandro beijando-a em seguida.
Crowne Plaza Hotel
Após sair da casa de sua mãe, Rubi e Toledo foram até o hotel. A bela estava farta de Helena, e queria afasta-la de seu caminho de uma vez por todas. Lúcio era o único que poderia ajuda-la, embora não gostasse de dever favores ao magnata.
Ela caminhou majestosamente pelos corredores, chamando a atenção de todos os homens que cruzavam seu caminho, até finalmente entrar na sala de seu sócio.
— Olá Rubi. A que devo sua adorável visita? — Questionou Lúcio surpreso.
— Eu vim exigir que você demita a maldita da Helena.
— De novo esse assunto? — Indagou sentando ajeitando o terno e sentando em sua cadeira em seguida.
— Esse hotel também é meu. E se eu estou tendo problema com um dos empregados, nada mais justo que ele seja demitido.
— A Helena não é uma empregadinha qualquer do hotel Rubi. Não posso ceder aos seus caprichos.
— Você vai demiti-la, ou eu mesma terei que encontrar uma forma de fazer isso?
— Qual é o problema da vez com a Helena?
— Eu peguei ela com o meu marido. E acabei pedindo o divórcio, mas não posso deixar que essa sem vergonha saia vitoriosa.
— O Heitor te traiu? — Questionou Lúcio em um tom debochado. — E você está se sentindo magoada... Rubi, você não combina com o papel de esposa ofendida.
— Eu escolho o papel que eu faço, e não você. E isso não vem ao caso! A questão é que eu não quero essa mulher no meu hotel.
— O hotel do Heitor você quis dizer.
— Eu ainda sou a senhora Ferreira, e tudo que é dele também é meu. — Respondeu sorrindo.
— Verei o que posso fazer por você. — Respondeu se aproximando de Rubi e puxando um dos cachos da bela para si. — Mas sabe que isso não será de graça. Não sabe?
— O quer de mim? — Indagou Rubi. Lucio não teve tempo de responder pois ambos foram surpreendidos por Heitor que acabara de entrar na sala sem se anunciar.
— O que faz aqui? — Questionou Heitor a sua esposa.
— O que você faz aqui. — Rebateu Lucio ao rapaz. — Que eu saiba você e a Rubi estão separados porque ela pegou você com outra, não é mesmo? — Continuou dando um sorriso sarcástico no final.
— Minha vida pessoal não é da sua conta. — Respondeu Heitor. — Vamos para a minha sala Rubi. — Ordenou segurando-a pelo braço.
— Eu não vou em lugar nenhum com você. — Gritou a jovem.
— Você já ouviu. Se não tem nada importante para me dizer, já pode se retirar da minha sala. Ou serei obrigado a fazer com que você saia daqui. — Informou o Conde.
— Qual o seu interesse em minha esposa?
— Acha que estou interessado em sua esposa?
— Vamos parar com esses joguinhos. Seja homem e admita seu interesse na Rubi.
— E se eu estivesse interessado? O que você faria?
— Eu vou acabar com você! — Gritou antes de lhe desferir um soco.
— Heitor, para com isso! — Exclamou Rubi. — Você está louco.
— Vai se arrepender disso moleque. — Disse Lúcio ao limpar o pequeno corte que Heitor havia causado no canto de sua boca.
— Vamos logo embora daqui. — Ordenou Rubi empurrando o marido para fora da sala de Lúcio.
Rubi conduziu Heitor até seu escritório, mas foi bem discreta com a situação, por não querer chamar a atenção de seus funcionários. Ao entrarem na sala, a jovem começou a reclamar com o marido da situação.
— Você está louco? Viu o que fez? Agrediu ao Lúcio, um Conde... Sabe o que ele pode fazer pra te arruinar?
— Eu não me importo! Me descontrolei quando o vi bem perto de você. Não quero que as coisas terminem como...
— O Lúcio não é como Tiago. — Respondeu Rubi alterada. — E se eu estava lá conversando com ele, foi para exigir que ele demita aquela maldita. Não quero aquela mulher no meu hotel.
— Rubi, eu não acredito que você fez isso.
— Eu é que não acredito que você ainda está defendendo a sua amante.
— Ela não é minha amante e eu não estou defendendo ela meu amor, mas você, assim como eu sabe que precisamos da Helena no hotel.
— Não, não precisamos! Existem outras pessoas tão capacitadas quanto ela. E além disso, eu não estou pedindo a sua opinião sobre o assunto. Ela será demitida.
— O Lúcio está de acordo?
— Sim, está. — Respondeu Rubi pegando sua bolsa que estava sobre uma das poltronas da sala. — Estou indo. Vê se não se mete em nenhum outro problema.
— Para onde você vai?
— Vou com o Toledo para a boutique e depois para casa da minha mãe.
— Meu amor, você não tem que ir para a casa da sua mãe. Você tem a sua casa, a nossa casa. Você sabe que eu te amo e que tudo aquilo foi um grande mal-entendido.
— Vai negar que estava beijando a Helena quando eu cheguei?
— Não eu não vou negar, mas coisas não aconteceram da forma que você está pesando.
— Jura Heitor? — Questionou ironicamente arqueando uma de suas sobrancelhas. — Me diz então como foi que tudo aconteceu.
— A Helena se declarou para mim. E me surpreendeu com um beijo, eu tentei empurra-la, mas acabei ficando encurralado entre ela e a poltrona, e acabei me desequilibrando. E então você chegou.
— Então ela teve a coragem de se declarar para você? Quanta pretensão da parte dela.
— Não importa. Porque eu já deixei bem claro que quem eu amo é você.
— Não parece Heitor. Você nem tentou impedir que eu fosse embora.
— Você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo. Não seja boba. — Falou Heitor abraçando-a pela cintura. — Me desculpa Rubi, se de alguma forma eu acabei te magoando. Não vai embora, fica comigo.
— Eu estou cansada de tudo isso Heitor. Desse lugar, dessas pessoas... eu não sei se posso continuar lidando com essa situação. Eu preciso de um tempo, longe daqui para colocar a minha vida em ordem.
— Nós podemos fazer isso juntos se você quiser. Podemos ir para os Estados Unidos, para França, Espanha... Ou outro lugar que você quiser.
— Você não entendeu muito bem... eu preciso de um tempo sozinha. — Respondeu se afastando do esposo. — Eu vou com a minha família para o Vale do Bravo, e quando eu voltar, nos conversamos.
— Está fazendo isso porque o Alessandro decidiu tentar algo com a Maribel?
— Estou fazendo isso por mim, e não pelos outros. Agora eu tenho que ir. Se cuida Heitor.
Toledo que esperava Rubi na recepção foi correndo em sua direção avisar que Jorge Flores, o vidente, havia acabado de chegar na boutique.
Rubi, havia pedido para que ele a encontrasse, pois queria saber se essa seria sua grande chance de estar ao lado de seu grande amor.
Ao chegarem na boutique, os três foram para uma sala reservada, e rapidamente, a jovem o bombardeou de perguntas.
— Que bom que você veio Jorge. Eu tenho tido muitos problemas ultimamente, e espero que dessa vez, você me diga algo bom.
— Eu só falo o que vejo e não digo o que você quer ouvir. Mas não sei se faz muita diferença, porque você é teimosa e nunca me escuta... eu disse que a morte lhe rodeava.
— Foi um acidente. Eu não tive culpa! — Reclamou Rubi lembrando de Sônia.
— É isso aí, ela não teve culpa. — Disse Toledo defendendo a bela. — A enfermeira foi testemunha e contou que o vidro da passarela quebrou sozinho.
— Foi um acidente que poderia ter sido evitado se você não tivesse ido até lá.
— Tudo bem Jorge. Já aconteceu e eu não posso mais mudar o passado.
— Entretanto, você pode mudar o seu futuro. E eu vejo coisa boa. — Falou o vidente animado.
— Finalmente algo bom! O que é?! — Exclamou Rubi ansiosa. — Fala logo.
— Eu vejo um novo amor. Um amor puro, sincero... um amor de alma. Algo que você jamais sentiu até agora.
— Um novo amor?! — Questionou o estilista levantando de sua cadeira e encarando Rubi com cara de surpresa.
— Quer dizer que eu vou esquecer ao Alessandro? Tem certeza? Por quem eu vou me apaixonar? Ele é bonito? Tem dinheiro?
— São muitas perguntas de uma vez. Mas você não precisa se angustiar, porque terá notícias ainda hoje deste novo amor. — Respondeu Jorge.
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E aí, o que acharam?