Elos Rompidos escrita por Amber Dotto


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

◇ Olá descarados do meu coração. Gostaria de agradecer a cada um de vocês que estão acompanhando minha nova história. Eu os amo (de verdade)!

◇ Como eu disse no capítulo anterior, ninguém é obrigado a comentar, mas eu amo receber comentários, me deixa super feliz e empolgada a escrever mais e mais, então já sabem o que fazer para agradar a autora.

◇ Eu acompanho muitas páginas pela internet, e sei que se tem uma coisa atrai gente é sorteio. Então andei pensando em sortear algo ao longo da história, o que vocês acham?
Deixem sugestões nos comentários!

◇ Enfim, vou postar logo o capítulo, pois sei que muitos estão ansiosos ♥

◇ Espero que gostem e aproveitem cada pedacinho.

◇ Boa leitura!
Beijão ♥
— Amber.



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— Me desculpa mãe. — Fez-se de cínica sentando no chão e deitando a cabeça no colo de Dona Rosário. — Eu ainda estou muito chateada com tudo o que aconteceu. Você sabe que o que eu sinto pelo Alessandro é muito forte, mas eu não posso deixar o Heitor, não depois de tudo o que ele fez por mim.

— Mas você também não pode ficar com ele por pena. Você vai ser infeliz e ele também.

— Não é pena, o Heitor é um bom marido... ele é atencioso, ele cuida de mim e faria qualquer coisa para me proteger. Sei que eu não gosto dele como eu gosto do Alessandro, mas estamos juntos a 4 anos. Eu não posso simplesmente abandona-lo de uma hora para a outra.

Ambas foram surpreendidas por Toledo que entrou no quarto do casal sem nenhum tipo de cerimonia e pôs-se a falar sobre coisas aleatórias e sem importância. Dona Rosário permaneceu ali por algum tempo mimando a filha, até que se deu conta da hora e decidiu ir embora. Rubi ordenou que motorista a levasse na vila, e assim que a Sr. Perez saiu do quarto, Toledo quis saber o motivo da visita.

— Até que enfim ela foi embora. Não sei porque ela perde o tempo vindo até aqui, se insiste sempre nas mesmas coisas. Que eu tenho que ser boazinha, me arrepender dos meus erros e blá, blá, blá. — Resmungou Rubi.

— Eu já disse o que penso. Que você deveria aproveitar o momento para fazer o seu casamento dar certo.

— Você acredita que ela disse que eu deveria perdoar o Alessandro?!

— Ai não Rubi, eu estou falando do Heitor e não do Alessandro. Sua história com ele nunca vai dar certo, e já está virando algo passional, uma obsessão. O doutorzinho não te merece, ele não confia em você...

— Mas e se o que minha mãe disse for verdade? Se essa for a minha última oportunidade de ter tudo o que eu mereço? O Alessandro foi capaz de perdoar os meus erros ao longo dos anos e... — Dizia antes de ser interrompida por Toledo

— Você só pode estar brincando, não é?!

— Não sei se algum dia eu vou esquece-lo.

— A verdade é que você não quer esquecer o Alessandro.

— Talvez seja isso. Tudo o que vivemos no litoral foi tão bonito, e pela primeira vez, eu fiz amor, eu pude sentir o que era estar nos braços do homem que eu amo. — Respondeu Rubi suspirando. E indo em direção ao telefone que estava no criado mudo. — Eu vou ligar para a casa do Alessandro, e você vai perguntar se ele está. Eu preciso falar com ele ainda hoje.

Rubi discou o número da casa de Alessandro e em seguida, entregou o telefone para o amigo. Uma das funcionárias da casa o atendeu, e informou que ele não estava e que não sabia qual a hora que ele voltaria, já que ele havia saído para jantar com uma amiga.

Ao saber disso, a bela ficou furiosa. Toledo pôde ver o quanto ela estava cheia de ciúmes, porém, Rubi foi obrigada ao se conter pois avistara seu marido. O estilista se despediu do casal, indo para casa em seguida.

— Soube que sua mãe esteve aqui. — Disse Heitor puxando papo e dando um beijo na testa da esposa e sentando na cama ao lado de Rubi.

— Sim, ela esteve. Eu fui na vila na parte da manhã avisar que já estava tudo bem, mas ela não estava em casa. Por isso ela veio me visitar.

— Deveria ter convidado ela para o jantar.

— Você sabe que minha mãe não gosta de incomodar.

— Mas sua mãe não nos incomoda meu amor. Muito pelo contrário, eu gostaria que ela fosse mais presente em nossa vida.

— Eu sei, mas ela não entende isso... — Respondeu Rubi.

— Vamos jantar? Dora já deve ter terminado de pôr a mesa.

— Eu não estou com fome Heitor, pode ir se você quiser.

— Não vai nem me acompanhar?

— Eu estou cansada, e pra falar a verdade, estou pensando em pedir a Dora que arrume uma cozinheira de verdade, pois a comida da nossa outra empregada tem me dado enjoos.

— Você está se sentindo mal? — Questionou o rapaz.

— Me sinto um pouco indisposta, e prefiro ir dormir. — Respondeu Rubi

— Tudo bem, meu amor. Descanse, amanhã nos conversamos. — Falou Heitor deixando- a sozinha em seguida.

Restaurante – Jantar de Maribel e Alessandro

Para Maribel, a noite estava perfeita. Tudo estava saindo como o planejado.... Ela decidira ser um pouco ousada, mas nada muito radical, que tirasse sua essência. Um novo corte de cabelo, e um vestido (um pouco) mais justo, já faziam toda diferença.

Alessandro não entendia o que estava acontecendo, e o que motivava a garota a agir daquele jeito, mas ele sorriu quando a viu descer as escadas de sua casa, e para ela, aquele sorriso de aprovação, fez toda a diferença.

Os dois seguiram para o restaurante, e ao se acomodarem, o maìtre lhes indicou o cardápio da casa, e um bom vinho. E em seguida, a jovem que estava nervosa, pôs-se a falar.

— Porque você está me olhando assim? — Questionou Maribel insegura, enquanto Alessandro apenas a observava. — Estou estranha?

— O quê? Não! Você está... diferente.

— Diferente como? — Ela insistiu.

— Você está maravilhosa. — Respondeu Alessandro arrancando-lhe um sorriso e deixando-a corada. — Maribel, é sempre um prazer estar em sua companhia, mas você disse que tinha algo importante a dizer quando me ligou hoje de manhã. O que é? Fiquei preocupado.

— Hã? — Maribel fez-se de desentendida e quase perdeu o ar ao ouvir a pergunta. Ela sabia que essa era a sua chance, e que se ela não tomasse uma atitude, talvez perdesse Alessandro.

— O que você queria me dizer? — O rapaz insistiu sem muita pretensão.

— Alessandro, antes de tudo, eu gostaria de deixar bem claro que não acusei a Rubi por maldade. Jamais seria capaz de interferir na sua vida desse modo. Eu pensei que minha obrigação como sua amiga e amiga da Sônia, fosse dizer o que eu acreditava ser a verdade.

— Maribel, não era necessário marcar um jantar para me pedir desculpas... Eu te conheço e sei que você não é esse tipo de pessoa. A verdade é que se a Rubi tivesse dito a verdade antes de nós dois iniciarmos o nosso relacionamento, nada disso teria acontecido.

— E você pretende voltar para ela? — Questionou a garota.

— Eu não sei. Eu gosto dela — Respondeu Alessandro vendo-a abaixar a cabeça. — Mas não sei se vamos ser capaz de ultrapassar mais este obstáculo.... Olha, nós somos amigos, mas não me sinto à vontade falando sobre ela justamente com você. — Completou o rapaz.

— Eu também não vim aqui para falar sobre a Rubi. Nós dois estamos unidos desde o dia em que o amor nos abandonou. Eu pensei que nunca mais fosse me apaixonar, porque para mim, isso foi algo extremamente doloroso. Mas nem sempre as coisas acontecem da forma que planejamos. Você se tornou o meu melhor amigo, o meu fiel companheiro, protetor, e por fim o meu grande amor.

— O que você está dizendo? — Questionou Alessandro confuso.

— Estou dizendo que não pude evitar de me apaixonar por você. — Respondeu a garota de forma doce e gentil. — Sei que talvez você nunca corresponda, porém eu não queria mais esconder todo esse sentimento.

Alessandro estava surpreso com a declaração de Maribel. Ele não sabia como agir, e nem o que dizer. Sua parte racional dizia: Essa é a sua chance! Você tem uma boa garota na sua frente. Gentil, amável, prestativa e linda. Mas seu coração estava inquieto.

— Maribel...

 — Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci e tudo o que eu preciso, é de uma chance, para provar para você que eu também posso te fazer feliz.

— Não sei o que você viu em mim e não me perdoaria se eu te magoasse um dia.

— Talvez se nós tentássemos... Eu não estou te cobrando uma resposta, você tem o tempo que julgar necessário para pensar em tudo isso. Eu só peço, que você pense no que eu significo para você, e qual a minha importância na sua vida. Eu te amo. — Disse Maribel antes de ser surpreendida por um beijo de Alessandro.

— Desculpa, eu não deveria ter feito isso. — Completou o rapaz. — Eu estou super sem graça com você.

— Não peça desculpa, esperei anos por esse beijo. — Respondeu a garota sorrindo.

Dia seguinte – Hospital Boa Ventura

Alessandro chegou mais cedo do que de costume. Estava inquieto com o que havia acontecido na noite anterior e precisava compartilhar sua ansiedade com alguém. Marcos, o escolhido, escutava tudo com muita atenção, e vez ou outra interrompia o amigo para fazer piadinhas, e no fim, ele disse que já sabia do amor que a jovem sentia por ele.

— Se você sabe disso a tanto tempo, porque nunca disse nada? — Questionou Alessandro.

— Eu prometi a ela que guardaria segredo. Além disso, estava mais do que na cara, só você que nunca percebeu isso. — Zombou Marcos.

— Que a Maribel é lindíssima, eu não posso negar.

— E o que pretende fazer a partir de agora?

— Eu não sei Marcos. Eu ainda estou meio desconsertado com toda essa situação e você sabe que meu coração pertence a Rubi. Embora ela esteja chateada com toda essa situação.

— Talvez seja a hora de você refazer a sua vida ao lado de uma pessoa boa.

— Eu a beijei ontem a noite de forma repentina, não sei se fiz mal, mas foi um beijo especial. Cheio de ternura.

— Você beijou a Maribel?

— Sim, eu beijei! — Respondeu Alessandro.

— Então quer dizer que ontem à noite você estava com a Maribel e ainda teve a audácia de beija-la? — Questionou Rubi ao entrar na sala de Alessandro repentinamente.

— Eu acho que vou deixar vocês sozinhos. Tenho que ver alguns pacientes. — Respondeu Marcos. — E olá, Rubi. — Completou Marcos sendo ignorado por ela.

— Sim. Porque? Faz alguma diferença para você? Não foi você quem disse que não queria mais nada comigo?

— Eu não acredito que perdi meu tempo vindo até aqui.  — Respondeu Rubi dando-lhe as costas.

— Rubi, espera! — Disse Alessandro puxando-a pelo braço. — Precisamos conversar.

— Eu não tenho nada para falar com você. Eu sou uma estúpida, mas finalmente começo a compreender que o nosso amor é uma grande mentira.

— E quem é você para falar de amor? Logo você que fugiu com o noivo da melhor amiga; que me abandonou por eu ser um pobre coitado que não tinha onde cair morto. — Respondeu Alessandro antes de ser surpreendido por um tapa de Rubi.

— Nunca mais se atreva a falar assim comigo. Eu te odeio! Odeio um dia ter te conhecido, odeio ter desperdiçado todos esses anos te idolatrando. Você é um idiota e eu não quero nunca mais te ver.

— Ótimo, e já que chegamos a um acordo, você já pode se retirar da minha sala. — Falou o rapaz conduzindo-a a saída. — Adeus Rubi. — Completou Alessandro fechando a porta.

Mansão dos Ferreira

            Heitor tentava ocupar boa parte do seu tempo com os assuntos do hotel. O rapaz evitava pensar em seus problemas com Rubi por saber que isso o deixava magoado. Helena por sua vez sabia que esta era a chance de conquistar o rapaz, e por ama-lo de forma insensata, a jovem prometeu que não perderia a oportunidade.

            — Já acabou de revisar todos os papeis Heitor? Temos que entregar tudo amanhã bem cedo aos responsáveis jurídicos. — Disse Helena. — Heitor? — Insistiu na ausência de resposta do mesmo.

            — Perdão! O que você disse? — Indagou o rapaz.

            — O que está acontecendo? Você anda tão distraído... ainda está com problemas com a Rubi?

            — Eu não quero falar sobre isso.

            — Você sabe que pode confiar em mim Heitor.

            — Não me leve a mal, mas acho que você esqueceu que eu sou seu chefe. Não vamos misturar nossa vida profissional com a privada. — Respondeu o jovem.

            — Desculpa a minha indiscrição. Não sabe o quanto eu lamento por essa mulher te fazer sofrer.

            — “Essa mulher” a quem você se referiu de forma pejorativa se chama Rubi. É minha esposa, e eu a amo! Exijo que a tratem com respeito.

            — Se ela merecesse respeito, você não precisaria exigir isso o tempo todo das pessoas. A verdade é que ela nem se importa com você.

            — Você não sabe do que está falando.

            — Não? Se ela se importa tanto assim, onde está agora?

            — Está com o Toledo.

            — Tem certeza? Se você for atrás dele, vai encontrá-la?

            — Onde quer chegar com todas essas insinuações?

            — Não são insinuações, e você precisa tomar uma atitude Heitor. A Rubi mente e te faz sofrer. Você já conhece os meus sentimentos, e sabe que seria capaz de qualquer coisa para estar ao seu lado. Nossa viagem para o interior foi incrível, eu tenho certeza que você se divertiu tanto quanto eu.

            — Foi uma viagem divertida.

            — Nós vivenciamos coisas novas; e tudo aquilo foi encantador... principalmente o seu beijo. — Falou Helena. — Não consigo esquecer seus lábios Heitor. — Murmurou ao se aproximar dele e tocar em seus lábios com o dedo indicador. Heitor tentou se afastar, mas acabou ficando encurralado entre ela e a poltrona que estava atrás dele. Sendo em seguida surpreendido por um beijo. Ele tentou novamente se afastar, mas desta vez acabou caindo na poltrona, o que favoreceu Helena mais ainda.

            O que ambos não esperavam, é que Rubi havia acabado de chegar em casa e observou a cena por alguns instantes antes de interrompe-la. Sua expressão mostrava o quanto ela estava furiosa, e tudo o que ela mais desejava naquele instante era expulsar Helena de sua casa.

            — Heitor? — Questionou furiosa. — O que está acontecendo aqui?


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?



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