E se fosse diferente...? escrita por Klara Valdez


Capítulo 14
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEI!!
Eu demorei mais do que eu esperava, mas eu to aqui ^^
O último capitulo ;-; que triste, vou sentir saudades...
Bem, eu espero q gostem dele. Boa leitura ^^



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Eu estava dormindo tranquilamente na minha cama e fui acordada por uma mão macia alisando meu ombro.
Abro os olhos e vejo uma mulher de pé ao lado da cama. Ela era loira e seus traços me lembravam um anjo, sua maquiagem era suave e tinha curvas bem avantajadas. O tipo de mulher que qualquer homem babaria só de olhar. Confesso que até eu senti um tipo de atração... Mas isso fica apenas entre nós, ok? Ninguém precisa saber.
— Quem...? Hm... — passo a mão pelo meu cabelo e esfrego os olhos me sentando na cama de casal.
— Olá Annabeth.
Percebo uma aura diferente envolta da mulher.
— Acho que você não está me reconhecendo muito bem. Afrodite.
Ela usava um vestido branco de uma alça só que ia até os seus pés com uma fenda em uma de suas pernas.
— Afrodite? O que veio fazer aqui? — pergunto tentando arrumar mais o meu cabelo com as mãos.
Um deus na minha casa? Nunca aconteceu antes. Sim, minha casa, você não leu errado.
Mais ou menos uns cinco anos haviam se passado. Eu, Percy e Lila viemos morar em Nova Roma e temos um apartamento só nosso. E foi a melhor escolha que eu podia ter feito! Agora tenho uma família que amo, moro num lugar incrível e sou casada com o homem da minha vida.
— Eu vim lhe contar uma verdade.
Me ajeito desconfortável na cama. Lá vem... Se prepara Annabeth, porque vem bomba.
— Eu teria te contado isso antes, mas você não teria aceitado bem. — ela põe as mãos na cintura — Foi eu quem te tirei da caçada há cinco anos.
Eu parei um pouco até as minhas engrenagens processarem isso.
Lembro quando Ártemis me falou que uma deusa foi a causa da minha saída. Tudo fazia sentido... A deusa do amor me tirou da caçada. A possível ameaça que fez a Ártemis seria fazer as outras caçadoras se deixarem levar pelo amor, isso quebraria o compromisso com Ártemis e ela perderia todas as garotas. Ela tinha razão em não me contar antes, eu teria ficado enfurecida. Ela tinha feito isso apenas por um motivo: juntar Percy e eu.
— Vocês dois me deram muito, muito trabalho mesmo. Quando eu conseguia fazer a cabeça de um, o outro já ia embora. Foi difícil, mas consegui. E ainda tive uma ajudinha quando tudo ia desmoronar, sua pequena Lila.
Sorri lembrando de como ela conseguiu nós reconciliar tão rápido mesmo recebendo uma notícia que mudou sua vida.
— Eu ficaria com raiva se soubesse disso antes. Mas... eu só tenho que te agradecer. Graças a você, nós viemos para Nova Roma e agora estamos casados — sorrio para a deusa de um jeito que ela nunca tinha visto — Obrigada mesmo.
Nunca pensei que ficaria grata de verdade com um deus. Agradecer um deus é meio que uma obrigação, a não ser que você queira ser incinerado.
— Não é só isso... — ela senta do meu lado e põe a mão na minha barriga — É um lindo menininho.
Olho surpresa para ela e depois para minha barriga.
— Parabéns minha querida — ela some em fumaça me deixando sozinha.
Minhas mãos vão automaticamente para minha barriga.
Eu estava grávida, eu teria um filho. Um... bebê? Eu não estava acreditando.
Sorrio.
Um filho com Percy.
Batidas na porta me fazem acordar dos meus pensamentos.
— Annie? Já tá acordada? Tô precisando da sua ajuda — Percy fala atrás da porta.
— Eu tô indo — levanto da cama, mas não me dou o trabalho de tirar meu pijama, uma blusa de alcinha cinza e um short da mesma cor.
Abro a porta e sinto um cheiro delicioso me invadir. Vou até a cozinha é vejo Percy colocar panquecas num prato.
— Bom dia — lhe dou um selinho e ele sorri.
— Bom dia sabidinha. Você pode fazer o suco dela? Vou ver se ela ainda está dormindo.
— Ok — ele vai para o quarto de Lila e pego as laranjas na geladeira.
Hoje era aniversário de dez anos de Lila, e temos o costume de levar o café da manhã pra ela na cama todo ano.
— Não moveu um músculo — Percy volta e começa a colocar o prato de panquecas, o mel com corante azul e um copo numa bandeja.
Termino o suco e coloco no copo. Percy pega a bandeja e vamos para o quarto da menina.
Abro a porta do quarto lilás e cada um se senta de um lado da cama.
— Ei bebê — tiro uma mecha de cabelo castanho do seu olho — Tá na hora de acordar.
— Hã? Você não é o meu despertador... — ela esfrega os olhos e olha pra nós dois.
— Feliz aniversário — dissemos juntos. Percy coloca a bandeja nas pernas dela e ela se senta.
— Eu tinha esquecido — ela boceja — Isso é mel azul? — ela se espreguiça e coloca o mel nas panquecas.
— Não tá esquecendo nada não? — Percy pergunta sorrindo.
— Meu presente! — ela grita de boca cheia e levanta os braços. Graças aos deuses ela conseguiu falar esse maldito 'R', foi bem difícil ela aprender. Bem difícil...
— Não, agora não. Primeiro você vai comer — sento do seu lado.
— Deixa de ser chata Annie, é o aniversário dela — Percy faz biquinho.
— Não estou sendo chata, estou sendo higiênica.
— Como assim higiênica? — pergunta Lila bebendo o suco.
— Quando você ver o presente vai entender o que eu quero dizer...
— Mais ela não precisa pegar agora, eu só vou mostrar — Percy diz manhoso como uma criança.
— Percy, ela vai querer pegar assim que ver! Deixe ela comer primeiro.
— Eu fiquei mais curiosa agora — ela enfia um pedaço gigante de panqueca na boca.
Ela começa a comer rápido, pensei que ela fosse se engasgar, mas lembrei que Percy come do mesmo jeito é ainda tá vivo. E é como dizem: filho de peixe, peixinho é. (N/A : quem entendeu o trocadilho, entendeu shauahsuah)
Quando ela acaba, Percy corre pra sala.
— Preciso que feche os olhos — peço e ela fecha animada.
Percy chega no quarto com a gaiola. Sim, tínhamos comprado um coelho branco. Ele era pequeno e tinha uma manchinha preta no olho esquerdo.
Era o sonho da Lila ter um coelho, e eu acho que ela já pode cuidar dele. Bem, pelo menos não é um cachorro...
Percy tira o coelho sem nome da gaiola e coloca na minha mão.
— Lila abre as mãos, cuidado — ela estende as mãos e coloco a bolinha branca nelas. Ela abre os olhos e começa a ficar eufórica.
— É-é um... É um coelho! — ela o coloca na frente do rosto — ele é tão fofinho!
— Olha — Percy põe o dedo embaixo cabeça do coelho e mostrar uma coleirinha com um pingente de relógio.
— É o relógio do coelho de Alice! Eu amei! — ela abraça o coelho.
— Que bom meu amor — beijo a testa dela — Mas agora você tem que ir para a escola.
— Mas mãe... Hoje é o meu aniversário!
— É, eu sei — ajudo ela a colocar o presente na gaiola — Mas não é feriado pra você faltar.
— Ooooooh, toma — Percy pega Lila pela cintura e a coloca no ombro — Vamos pro banheiro, pequeno saco de batatas!
O jeito que Percy trata a filha é meio... Peculiar, mas não é com má intenção. Eu juro.
Deixamos Lila na escola e fomos para o trabalho.
Morando aqui, tínhamos uma vida quase normal. Não nos preocupamos com monstros e não precisamos inventar uma desculpa para um mortal se algum problema de semideus aparecesse. Era uma vida quase normal, porque nós não éramos normais, e nossa vida não iria ser.
Era até divertido, pois, mesmo tudo aqui parecendo normal, os semideuses sempre tinha o dom de fazer a merda acontecer ao seu redor. Como explodir o encanamento de um café por sentir ciúmes da esposa, e não, não estou falando de ninguém em particular... Imagina...
A tarde, eu e Percy voltamos para casa mais cedo que o normal. Chamamos nossos amigos e as mães de duas amigas de Lila chamadas Clary e Melanie.
Arrumamos um salão onde faríamos uma festa, uma festa pequena, mas uma festa.
— Acho que tá tudo pronto — digo e Piper chega do meu lado.
— Tá perfeito — diz ela.
— Claro! Olha quem planejou a decoração — Jason abraça Piper por trás.
É, eles se conheceram e começaram a namorar. Eles são um casal fofo, meio inesperado na minha opinião, mas fofo.
— Clary e Melanie chamaram os amigos mais próximos da Lila — diz Helena, mãe de Clary.
— Hora de pegar nossa pequena — Percy passa o braço pelos meus ombros.
Todos saem do salão e vão pra casa. Iriam se arrumar e voltar o mais rápido possível para a surpresa.
Percy e eu vamos até a escola.
Ele estaciona o carro na frente do mar de crianças e uma delas sai correndo na nossa direção.
Lila abre a porta e entra.
— Como foi? — pergunto olhando pra ela, enquanto Percy volta a dirigir.
— Foi meio estranho — ela diz abaixando a cabeça.
— Como assim filha? — ela olha pra mim meio tristonha.
— Eu falava pra Clary e pra Mel que meu aniversário tava chegando a semana toda, mas elas nem lembraram hoje — ela abaixa a cabeça triste.
— Não fica assim filha, aposto que foi um mal entendido — diz Percy a olhando pelo retrovisor.
Me acomodei no barco. Eu só queria colocar ela num pote, abraçar e falar que iria ficar tudo bem, mas eu precisava me segurar.
Chegamos em casa e subimos para o nosso andar.
Quando abrimos a porta, Lila corre pro quarto. Vou trás dela e vejo ela pegando seu coelhinho.
— Tá tudo bem? — coloco a mão no seu ombro.
— Tá... Nem é tão importante elas lembrarem... — ela funga.
— Ei — me abaixo e a abraço — Você vai ver que foi só um mal entendido. Talvez elas tivessem com a mente meio ocupada hoje.
Vejo Percy aparecer na porta.
— Que nem quando você pensa muito no trabalho e acaba trocando tudo? — ela me pergunta rindo.
— É... Tipo isso... Já sabe um nome pra ele? — mudo de assunto.
— Não...
— Eu tenho um nome — Percy se abaixa do meu lado.
— Qual? — Lila pergunta esperançosa.
— Blue.
Bato a mão na testa assim como Lila.
— Tinha que ser o papai...
— Fala um nome melhor então — Percy agindo como criança... de novo. Já me acostumei nesses anos todos.
— Yuki — falo.
Lila encara o coelho.
— Yuki — ela repete pro coelho como se estivesse perguntando a ele seu nome. O coelho mexe o nariz.
— Ele gostou — diz Percy e ela sorri.
— Ok, Yuki vai dormir agora — pego o coelho da mão de Lila e o coloco na gaiola.
— Porque? Eu ia brincar com ele! — diz Lila batendo o pé. A olho com um olhar severo e ela sussurra um desculpa.
— Nós vamos sair pequena — diz Percy.
— Pra onde a gente vai? — Lila pergunta enquanto eu vou até o seu armário para escolher uma roupa.
— Vamos jantar fora — tô mentindo? Tô, mas se eu não mentir ela vai adivinhar.
O quê? Tá pensando que ela é uma garota bobinha? Posso te garantir que a inteligência ela não puxou de Percy... com certeza não.
Pego um vestido preto e branco xadrez, uma sapatinha vermelha e uma tiara também vermelha.
Passamos quase uma hora nos arrumando para dar tempo de todos chegarem no salão.
Passo uma mensagem para Piper e ela responde que só falta a gente.
— Tudo certo — digo a Percy.
Saímos do nosso quarto e encontramos Lila nos esperando na sala sentada no sofá.
— Vamos? — Percy pergunta e Lila dá a mão a ele.
Descemos e entramos no carro. Lila ficava balançando as perninhas no banco de trás por não alcançar o chão. Ela era bem baixinha para a sua idade, às vezes eu me pegava pensando em como era a aparência da mãe dela, eu juntava todas as coisas que eu achava não vir de Percy. Eu me repreendia toda vez que eu fazia isso, porque eu sei que se eu visse essa mulher, eu não aguentaria não dar um tapa no seu rosto por ter abandonado uma criança tão pequena e fofa...
Balanço a cabeça afastando meus pensamentos.
Percy estaciona o carro na frente do salão e Lila põe a cara na janela.
— Isso não parece um restaurante.
— Tem razão — diz Percy abrindo a porta — Porque não é.
Saímos do carro e Lila nos olhava confusa.
— Então vocês mentiram pra mim?
— Se você olhar por outro ângulo, não foi uma mentira, foi mais uma... — Percy olha pra mim pedindo ajuda.
— Isso não importa — paro na frente da porta do salão — Sei que vai gostar. Pronta?
— Pronta pra quê?
Abro a porta do salão ignorando sua pergunta e Percy acende a luz.
Todos presentes gritam "Surpresa" fazendo Lila pular para trás.
Lila começa e pular empolgada.
— Vocês... Isso é pra mim? — ela pergunta alternando o olhar de mim para Percy.
— Claro que é minha pequena.
Lila sorri e corre para suas amigas, que ela tinha acusado de terem esquecido seu aniversário mais cedo.
Nós dois entramos e nos sentamos numa mesa com nossos amigos.
Vendo todos eles sentados nessa mesa conversando uns com os outros me fez pensar em como tenho sorte.
Mesmo passando por tudo que passei, eu estava aqui com pessoas que gostava e que também gostavam de mim.
Ver Piper e Jason abraçados falando em finalmente morarem juntos. Reyna e Lana (uma colega que conheci na faculdade daqui) felizes por assumirem seu namoro sem medo. Frank e Hazel, meus vizinhos de baixo, comemorando o mais novo cargo como pretor de Frank. Meus irmãos, Malcolm e Alice, discutindo sobre se a coxinha era mais gostosa que o pastel. Leo Valdez, que se tornou um grande amigo nosso, impressionando um amigo de Lila com seus poderes de tocha humana. Thalia e Meg que deixaram a caçada por um tempo só para vir ao aniversário.
Sorri com isso.
— Pensando em que? — Percy me faz acordar e olho para ele.
E tem Percy, depois de tudo que passou, é a pessoa com quem eu mais posso contar e me apoiar, a pessoa que eu mais amo e quero compartilhar minha vida, a pessoa com quem construí uma família e que agora estava crescendo.
— Apenas em como eu tô feliz — ele beija minha testa e me puxa para perto. Encosto minha cabeça no seu ombro.
— Eu tenho uma coisa para te contar quando chegarmos em casa — falo sorrindo.
— E o que é?
Levanto a cabeça e olho para ele.
— Eu disse: Quando chegarmos em casa — rio da sua cara indignada.
— Tá bom — ele cruza os braços e faz bico.
— Pai! — Lila vem gritando até nós puxando um dos seus amigos pelo pulso — Mostra pro Lukas a bola de água!
O garoto tinha cabelos loiros escuros, olhos verdes e parecia meio bronzeado. Ele sorria e dava para ver que tinha perdido um dentinho de leite.
— Você deveria tentar fazer sozinha minha pequena, você pode fazer.
Tínhamos descoberto que Lila tinha os mesmos poderes de Percy a um ano, ele vem ensinando a ela o que sabe, mas ela não se acostumou muito com esse poder de Katara. Na verdade, ela evitar usa-los, tem medo de não conseguir ser tão boa quanto o pai.
— É que, você faz melhor — ela olha para os pés sem jeito.
— Então vamos fazer juntos — Percy levanta e vai na direção de uma fonte pequena que tinha num canto do salão. Lila vai atrás de mãos dadas com seu amigo.
Eu vou fingir que não vi e ver no que vai dar isso aí. Se Percy vir isso... Sinto pena do pequeno Lukas.
Rio internamente.
Apoio os cotovelos na mesa e enterro o rosto nas mãos.
— O que foi Annie? — Hazel mexe no meu cabelo. Levanto a cabeça e olho pra ela.
— Ela vai chegar na adolescência daqui a pouco — gemo frustrada. Só de lembrar como foi a minha um arrepio sobe minha espinha.
— É... — ela põe a mão no meu ombro — Mas pelo menos ela não vai ter problemas do tipo "um ciclope estragou minha roupa nova" ou "um cão infernal arruinou meu encontro" — ela fala rindo e acabo rindo junto.
Sei que se Percy não tivesse aceitado a proposta de Zeus, seria tudo diferente. Talvez as coisas teriam sido mais fáceis, ou talvez não. Eu sei que talvez eu nunca teria conhecido ou ficado tão próxima dos amigos que tenho hoje. E eu sei que eu não teria uma das minhas maiores alegrias: Lila.
Parei de pensar nisso e observei Percy e as duas crianças. Ele fez a tal "bola de água" deixando Lukas animado. Percy parecia incentivar Lila a fazer, e percebi que Lukas também.
Vi as mãozinhas de Lila se mexerem e logo vi algo parecido com um bola de água flutuar em cima da fonte. Parecia uma bola murcha feita de água? Parecia. Mas ela tinha conseguido!
Logo ela soltou a bola, molhando os dois garotos, e vem correndo até mim.
— Eu consegui! — ela senta no meu colo — Você viu? Eu consegui!
— Eu vi bebê — falo a abraçando.
...
Sento no sofá exausta e Lila corre até o quarto. Provavelmente para brincar com Yuki.
— Cansou? — Percy senta do meu lado — Engraçado que você era a garota forte que aguentava lutar com um exército de monstros e ainda ficava em pé esperando por mais, e agora tá cansada por causa de uma festa de aniversário — ele ri.
— As condições são outras agora...
— Tá velha?
Olho pra ele com um olhar ameaçador e ele arregala os olhos e prensa os lábios numa linha reta.
— Se você acha uma pessoa de 22 anos velha...
— Tecnicamente você não tem 22 anos, você tem... — coloco meu dedo indicador nos seus lábios.
— Shhhiu. Os anos como caçadora não contam.
— Mas o ano que você nasceu...
— Já disse pra calar a boca — encosto no sofá e fecho os olhos.
— Você disse que tinha uma coisa pra me contar — ele ia abraçar minha cintura, mas eu me ajeitei no sofá ficando de frente para ele — Já vi que é uma coisa séria...
Fiz uma cara séria e suspirei.
— Eu até iria pro médico ver se realmente é verdade, mas acho que não tem necessidade...
— Médico? Você tá doente? Tá se sentindo mal? É grave? Quer água? — ele me bombardeou de perguntas e eu não consegui entender nada.
— Não tô doente. Só tô grávida mesmo — encosto sofá de novo abraçando uma almofada esperando sua reação sorrindo.
— Ahhh, tá só grávida. Que susto que você... Pera, grávida? — ele olha pra mim com os olhos arregalados e eu aperto mais a almofada assentindo — Annie? Isso é sério mesmo?
— Você acha que eu iria mentir sobre uma coisa dessas? — levanto uma sobrancelha.
Ele põe o rosto na curva do meu pescoço e me abraça, me fazendo soltar a almofada.
— Percy? — o chamo depois de um tempo.
— Hm? — ele levanta a cabeça e meus olhos se enchem de lágrimas ao ver que ele chorava sorrindo — Nosso filho? — ele diz com a voz embargada.
— É — eu o abraço e deixo minhas lágrimas escaparem, mas eu não ligava. Porque eu estava feliz.
— Vai ser minha segunda princesinha.
Opa! Mas é menino. Bem, ele não sabia disso...
— Não, vai ser menino.
— Não, vai ser menina.
— Quer apostar? — pergunto sorrindo. Hmmmm... Já estou sentindo dinheirinho na minha mão. Que delícia!
— Bora lá — ele aperta a minha mão — 50.
É errado eu fazer isso? Sim, com certeza. Não façam isso crianças! Mas eu tava querendo comprar um novo livro de arquitetura pra mim e eu não estava conseguindo economizar de jeito nenhum. Eu sei que se eu pedisse para Percy o dinheiro ele nem se importaria, mas eu não vou fazer isso.
Ele põe a mão na minha barriga e uma lágrima rola de seu olho, me fazendo soltar várias. Agora eu entendo quando grávidas reclamam dos hormônios.
— Porque vocês tão chorando? — Lila aparece na sala com uma carinha preocupada e com seu coelhinho em mãos.
Ela não vai deixar esse coelho em paz por um bom tempo... Mas ele parece não se importar.
— Senta aqui minha pequena — Percy abre espaço entre nós e ela se senta lá.
Sorrio para ela.
— Temos algo bem importante para te contar...


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Notas finais do capítulo

Acabo! ;-; Não chorem crianças (sei q vcs não tao chorando, vcs não ligam). Eu to fazendo uma one e pretendo postar em breve... So pra vcs saberem msm... Nem to divulgando como se pedisse q vcs lessem...
Enfim, eu gostei muito de fazer essa fic e espero que vcs tenham gostado de le-la tb
A gente se vê numa próxima



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