Ariel'

Minhas mão ainda estavam tremulas, e os calafriou ainda não haviam passado. Paguei o taxista, e sai caminhando pelas ruas de Nova Orleans.

Damon havia gritado comigo, não precisava ser bruxo pra saber que algo estranho aconteceu durante o feitiço. No final ele apena me olhou, num misto de preocupação e receio, então mandou eu tomar cuidado. Elena com toda certeza havia mudado ele, em partes, para melhor.

O amor é algo perigoso, que pode fazer você realizar loucuras. De agora em diante eu tomaria cuidado com quem eu amasse.

Entrei no loft de Marcel, sem me importar em bater na porta. Ele estava com um copo nas mãos, olhar pensativo.

—Ariel - ele disse, num surpresa disfarçada.

E claro que ele pensou que eu desistiria, todos sempre desistem e falham quando se trata da queda de um Mikaelson, mas não eu.

Tirei um dos frascos do meu bolso, o liquido dentro estava preto. Coloquei sob a mesa de centro.

—Sente-se - ele disse, me entregando um copo.

—Eu pensei que seria eu a ter esse olhar no rosto, não você Marcel- observei, provando minha bebida, sorri quando percebi que era Bourbon.

—A muito tempo atras Klaus foi um pai pra mim, me ensinado muito do que sei hoje - ele disse, me encarando.

—Mas então ele fez o que os Mikaelson's sempre fazem, e você começou a odiá-lo.

—Quando se ama alguém por tanto tempo, Ariel, é difícil deixar de  faze-lo. Odiar ele seria como...

—Odiar a si mesmo - completei, pensando em Elijah- mas isso não é o suficiente, você ainda sente que eles precisam pagar. Você preciso disso, e pra sua sorte eu também.

—Vingança foi algo que Klaus me ensinou muito bem- ele sorriu amargo.

Terminei minha bebida e coloquei meu copo de lado.

—Eu cumpri minha parte do acordo- olhei me direção ao frasco na mesa- agora é sua vez.

—Isso vai funcionar?- ele disse desconfiado.

—Beba, então você se transformará em uma das criaturas mas fortes deste mundo. Apenas uma mordida, e será o fim de Klaus e Elijah.

—Você tem certeza disso?- ele perguntou- tem certeza que quer ver Elijah morto? Eu posso apenas expulsa-lo da cidade.

—Não- disse impaciente- agora por favor, beba.

Ele me encarou por longos momentos, eu sabia o que ele estava procurando. Não havia duvida nenhuma no meu olhar.

Marcel virou todo o conteúdo do frasco, então franziu o cenho com o gosto. Ele cambaleou, tropeçando nos próprios pés. Apenas com um movimento de mãos, quebrei seu pescoço.

Me afastei do corpo dele e observei o loft. O lugar tinha estilo, eu poderia me acostumar com isso aqui. Isso é claro, se eu fosse ficar em Nova Orleans.

Me servi de mais Bourbon e me sentei no sofá. Minhas mãos ainda estavam tremulas, e a bebida parecia ajudar. Mas aquele frio no estomago ainda não havia passado, pelo contrário, estava ainda pior.

Eu estaria mentindo se dissesse que não estava com medo, sentia que havia algo errado comigo.

Todos os meu sentidos gritavam perigo. Não tinha visto mais aquele homem estranho e Maggie, mas isso também não me confortava.

  Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Hayley, avisando que era de ele a e Hope partirem. Não recebi nenhuma resposta, mas sabia que ela partiria, esse era o combinado. 

Depois de meia garrafa de Bourbon, Marcel acordou. Seus olhos estavam de um vermelho vívido, seu rosto estava repleto de veias escuras. 

Mas é claro que ele acordou com fome, isso já era esperado. Ele olhou pra mim por segundos, então desapareceu. Estava feito. 

Voltei paras as ruas, com a garrafa em minhas mãos. Era isso, ajustiça estava sendo feita nesse exato momento.

Eu estava repleta de  sentimentos confusos. Eu precisa vê-lo.