Ariel '

—Não me provoque -ele me apertou ainda mais - você está bêbada, pirralha.

— Só um pouquinho. Desde de quando você é o cara legal ?- perguntei, ele franziu o cenho- vamos nos divertir Damon. Bourbon, musica, poucas roupas, parece bom pra você ?

—Hoje é seu dia de sorte, pirralha -ele sorriu - vamos nos divertir.

—Esse é o Damon que eu conheço - comemorei- e pelo amor de deus, pare de me chamar de pirralha.

—E perder a chance de te irritar ? - ele piscou, achei extremamente sedutor- não mesmo.

—Seria estranho beijar alguém que me chama de pirralha- disse, rindo.

—Você acha mesmo que....ei - ele parou o garoto que passava por nós, pegando a garrafa de suas mãos- isso é meu.

—Eu sempre quis ver o seu lado malvado- disse, desfazendo os botões de sua camisa- sei que as coisas podem ficar...interessantes.

—Podem ficar mais que interessantes- ele sussurrou, voltando a me prensar contra a parede, só que agora seu corpo todo estava colado ao meu.

Ele se inclinou um pouco pra frente, fingindo que ia me beijar, mas ergueu a garrafa, e bebeu. Encarei ele, impaciente. Damon estava brincando comigo ? eu estava quase no limite de por fogo em suas roupas. É, isso não seria má ideia.

—Vamos nos divertir - ele disse, soltando a garrafa e atacando meus lábios.

Eu não tinha palavras, nunca ninguém havia me beijado de forma tão selvagem e excitante.Ele me segurou firme, me impulsionando para cima, passei minhas pernas em torno dele.

Eu estava queimando, um completa confusão. Gemi baixinho, sentindo suas mãos apertarem minhas coxas. Ao contrario de mim, ele não precisava recuperar o folego, sua boca não desgrudava da minha pele. Meu pescoço estaria cheio de marcas amanhã, mas quem se importa ?

—Você está com muitas roupas - ele sussurrou no meu ouvido- vou ter que dar um jeito nisso.

Ele simplesmente rasgou minha blusa, deixando  meu sutiã preto de renda a mostra.

—Você vive me surpreendendo -ele sorriu, voltando a me beijar.

Joguei sua camisa no chão, tateando toda aquela área, que aprecia ter  sido esculpida por deuses.

No momento que senti a cama nas minhas costas, agradeci a deus pela velocidade vampírica.

Tinha uma leve consciência do que estava pra fazer, mas estava excitada demais pra dar voz a razão. Eu só conseguia beija-lo, e me esfregar contra ele, tentando aliviar um pouco toda aquele desejo sentia.

—Hey, qual o seu problema com rasgar minhas roupas ? - murmurei ofegante, quando na tentativa de tirar minha saia, ele a rasgou.

—Não tenho culpa se você usa roupa demais - ele sorriu sacana.

—Idiota- sorri.

—Quer ajuda ?- ele riu, enquanto eu tentava inutilmente tirar seu sinto.

Sorri, e com o ultimo fio de racionalidade que me sobrava, fiz meu adorado feitiço. Seu cinto queimou rapidamente, se tornando cinzas. Damon me encarou momentaneamente assustado.

—Eu até queimaria suas calças - sorri- mas não quero por acidentalmente fogo em você...

—Você é louca - ele negou com a cabeça, mas ainda assim sorria.

Damon se levantou, me observando na cama. Ele sem camisa era algo difícil de não se olhar, mas busquei pelo seus olhos. O que antes era um azul claro, agora estavam escuros de desejo.

—Vai ficar só olhando ?- nem eu mesma estava me reconhecendo.

Ele abriu o botão da calça, e quando estava prestes a descer o ziper, surgido do meu inferno particular, ele apareceu.

—Mas que merda... ? - Damon grunhiu sem ar.

Elijah segurava Damon pelo pescoço, os pés dele mal tocavam o chão. A cena a minha frente me deixava confusa, eu não sabia se começava a rir, ou a gritar de frustração.

Será que Elih não podia ter esperado até amanhã pra aparecer ?

—Como você ousa tocar nela ? - Elijah disse, a raiva em sua voz me fez tremer- uma morte rápida é pouco pra você...

—Eu não fiz nada que ela não quisesse - Damon disse, seu rosto ficando vermelho pela falta de ar.

—Você merece uma morte lenta e dolorosa - Elijah disse, eu nunca o havia visto com tanta raiva - eu eu ficarei feliz em da-la para você.

—Elijah - chamei, me levantando da cama.

—O que ?- ele disse, se esforçando ao máximo pra não soar ríspido comigo.

—Solte ele - segurei seu braço - por favor ?.

Ele me encarou, ainda sem soltar Damon. Por um momento, olhando ele assim de tão perto, senti todos aqueles sentimentos que eu vinha evitando me atingirem. Ele aos poucos foi voltando a si.

—Se você sequer pensar em tocar em Ariel novamente- ele ameaçou, então soltou Damon - eu mato você. Agora saia daqui.

Em questão de segundos, era apenas eu e Elijah naquele enorme quarto. 

Aqueles lindos olhos castanhos que eu conhecia tanto me encaravam por inteiro. Cruzei meus braços, numa tentativa falha de me cobrir.

—O que você esta fazendo aqui ?- perguntei a primeira coisa que me veio a mente.

—A pergunta certa, é o que você estava fazendo aqui?- por um estante idiota, acreditei que ele estava com ciumes, mas é claro que não, devia ser só a bebida.

—É meio obvio, não é, Elih ?- disse, reprimindo um sorriso.

—Eu não estou reconhecendo você - ele disse, agora preocupado.

—Pessoas mudam, Elijah - dei de ombros.

—Sim, mas não desse jeito - ele se aproximou, me analisando - o que há de errado, pequena ?

Senti minha garganta ficar seca. Eu preferiria que ele gritasse comigo, do que isso. Mas eu deveria saber, Elijah nunca gritaria comigo da forma que eu queria.

—Porque você vei até aqui? Eu estava indo tão bem até agora - murmurei, incapaz de encara-lo.

Ele tirou seu blazer, colocando sobre os meus ombros, suas mãos ficaram ali, me tocando gentilmente.

— Senti sua falta - ele disse.

Queria gritar até perder todo o fôlego.

Encarei ele, revelando o quanto tinha sido pega de surpresa. Senti todo aquele lema sobre não ser trouxa dando adeus pra mim. E apesar de tudo, lá estava ela, a esperança me tomando.

Seu olhar se alternava, entre mim e minha boca, e eu fazia o mesmo, queria muito beija-lo, mas me contive. Eu havia estragado as coisas antes, agora era a vez dele fazer algo.

Ele suspirou, parecendo cansando, então colou sua testa na minha. Alguns centímetros, menos que isso, e ele estaria me beijando, mas ele não o fez.

—Faça suas malas, você voltará para Nova Orleans comigo- ele disse, dando alguns passos para trás.

—Pensei que lá não fosse seguro - disse confusa.

—Nova Orleans poderia estar queimando e não mudaria nada, você não ficará nem mais um segundo aqui -ele disse autoritário.

—Cuidado, Elih, ou vou começar a acreditar que você esta com ciumes -sorri.

Ele desviou o olhar, parecia quase...constrangido. Só posso estar muito bêbada mesma, não é possível.

—Seja rápida, enquanto isso resolverei algumas pendencias com Damon Salvatore -ele disse, saindo do quarto.

Ciumes. Não, eu estou louca, porque é que ele sentiria ciumes de mim ?