Bulletproof Daughter escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 1
Não é tão ruim quanto você pensa!


Notas iniciais do capítulo

Annyeoong! Aqui estamos nós para mais uma. Sugiro a todos uma porção de fritas (~le entrando no bar da Phaella).
Antes de começar, alguns avisinhos básicos.
— Leia o fim do disclaimer, tem um aviso sobre a capa.
— A fic pode parecer um pouco "arrastada" no começo, mostrando bastante detalhes, mas não se preocupem. Logo teremos alguns saltos de ANOS.
— Devem ter notado que ROMANCE é um dos gêneros, e eu não tô falando só do casal principal. Podem começar a fazer suas apostas... A Bulletproof Daughter está destinada a um dos seis.

Agora, crianças, aproveitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722594/chapter/1

Jin foi o primeiro a se levantar e sair, enquanto Namjoon pedia que Jungkook levasse Yumii para algum aposento, já que ela deveria ficar hospedada na casa até que seu julgamento fosse terminado. Namjoon liberou todos e foi atrás de Jin. O encontrou dentro da sala do Juízo, que era o local comum onde eles deveriam discutir os assuntos mais complicados, como aquele. Os livros de Namjoon haviam sido convenientemente movidos para lá, e havia dois sofás: um maior, que dava para quatro pessoas, e o menor, que dava para três. Jin estava sentado de lado no sofá menor, com os braços apoiados no respaldo, abrigando seu queixo fino. Namjoon abrira e fechara as portas silenciosamente; não o suficiente para não ser notado, mas Jin não se moveu. Continuava fitando o nada, virado para o lado contrário.

— Quer conversar? — Perguntou Namjoon, com a voz especialmente mansa, ainda encostado na porta dupla. Jin fez que não com a cabeça. Namjoon não precisava ver seu rosto para perceber seu choro silencioso. O líder andou devagar até sua estante, que foi velozmente varrida pelo seu olhar. Logo, encontrou o livro que procurava. Pegou-o e sentou-se no sofá menor. Pôs-se a folheá-lo vorazmente. Tinha a impressão de ter visto algo sobre aquele assunto antes.

— Eu sei — disse Namjoon — que você está triste porque acha que fez algo muito ruim…

— Eu sou um monstro — disse Jin, com a voz baixa. Namjoon tirou olhos do livro apenas um instante. Poderia ter feito mais uma piada ruim sobre seu nome de palco, mas não a fez, porque não era o momento.  Em vez disso, voltou sua atenção para o livro e continuou.

— Não é verdade.

— Então chame o Jimin. Ele vai te dizer.

— Ainda não. Primeiro, vou ler um pouco pra você ficar um pouco mais calmo. — Namjoon esperou alguma reação, mas Jin continuou quietinho em seu canto. Então, começou a recitar. — “Caso especial número 26: Gestantes”. — Namjoon sentiu Jin virar-se lentamente, repentinamente interessado, e continuou. — “Esse caso possui duas opções. Se o pai do bebê estiver vivo, o bebê cai na inexistência e a mãe é julgada normalmente. Se o pai do bebê estiver morto, o bebê é automaticamente salvo e recebe uma segunda chance junto a sua família. A mãe é julgada normalmente, e a gestação segue pelo tempo que duraria no mundo dos vivos. O bebê nasce e cresce normalmente até os 15 anos, quando alcança a juventude eterna”.

A essa hora, Jin já estava boquiaberto e com a respiração falha.

— Isso quer dizer que… — Murmurou Jin, enxugando as lágrimas rapidamente.

— É isso aí. Você uniu uma família, Jin Hyung. Você não é um monstro.

Jin riu, aliviado, ainda se livrando das lágrimas.

— Goma wo. Você tá sempre me salvando, Namjoon. Eu disse que seria um bom líder. — Namjoon sorriu, muito satisfeito. De repente, Jin pareceu se dar conta. — Temos que contar pra eles. Isso é maravilhoso!

— Vamos contar no momento certo.



Jungkook abriu as portas e mostrou a Yumii o aposento que lhe fora destinado. Tinha uma cama grande, uma poltrona, uma penteadeira, um armário e vários outros móveis de luxo. As janelas eram cobertas por cortinas de voal. Jungkook coçou a cabeça, incomodado com aquela situação.

— É aqui — disse ele, enquanto Yumii entrava com passos lentos. — Você pode ficar na casa enquanto seu julgamento não termina.

Yumii olhou ao redor, tentando esconder que estava impressionada.

— É muito bonito — ela elogiou. — Devo ficar aqui dentro?

— Não! — Disse Jungkook, horrorizado. — Isso aqui não é uma prisão. Você pode ficar à vontade. Hum… Espectro? — Chamou ele, e um dos espectros logo apareceu. Jungkook sentia-se desconfortável por não poder dar nomes a eles, porque eram muitos e esqueciam-se das coisas desnecessárias com facilidade. Além disso, nunca conseguiria reconhecê-los.

— Sim, senhor Jeon.

— Por favor, ajude a senhorita Yumii no que ela precisar. Deixe-a livre para decidir o que fazer enquanto estiver aqui. Se ela desejar, pode levá-la para conhecer a casa.

— Assim farei, senhor Jeon.

— Ótimo — disse Jungkook. — Com licença.

— Você vai embora? — Perguntou Yumii.

— Sim — respondeu Jungkook. — Já cumpri minha missão.

— Mas… Achei que precisávamos conversar.

Jungkook olhou para o espectro, ainda sentindo-se estranho.

— Pode ser. Espectro, pode esperar lá fora, por enquanto.

— Assim farei, senhor Jeon.

O espectro saiu e fechou a porta. Jungkook olhou para Yumii.

— Me desculpe — disse ele, coçando a cabeça de novo. — Estou… Um pouco confuso. Sentia mesmo que precisávamos conversar, mas… Não tenho nada pra dizer.

— Acho que tem — disse Yumii, sentando-se na poltrona e indicando-a para Jungkook. — Mas precisa pensar. Aposto que está assim porque não estava esperando por mim.

— É — concordou Jungkook, sentando-se. — De fato, não estava. Jin Hyung não falou nada sobre você estar vindo. Nunca imaginei que tomaria essa decisão. Ainda estou um pouco surpreso.

— Huhum — Yumii consertou a postura. — Olha… Eu não sei o que você pensa de mim atualmente. Da última vez que nos vimos… Bom… Já faz muito tempo. Não quero tomar isso como base. Porque aconteceu muita coisa desde então.

— Você tem razão. Faz muito tempo que não nos vemos. Muita coisa mudou. Acho que é sobre isso que você quer conversar.

— É. Embora eu tenha medo do que você vá dizer.

Jungkook sorriu e desviou o olhar divertido.

— É bastante complicado, na verdade. Você sabe que nós começamos isso tudo, não sabe?

— Jin me contou.

— Isso é interessante. Porque ele nunca me disse.

— E como descobriu?

— Yoongi. Jogou na minha cara enquanto estava bêbado. Ele não teve a intenção de me magoar, mas… Tudo o que estava acontecendo tornou-o selvagem, de certa forma. Hoje ele voltou a ser o que sempre foi: meu amigo.

— Você o perdoou — notou Yumii, sorrindo.

— Foi fácil. Eu sou muito ligado aos meus amigos, principalmente a Yoongi. Mas sobre aquele dia, uma coisa não mudou. — Jungkook ficou friamente sério, ainda encarando algum ponto além de Yumii. — Naquela época… Eu passei a odiar a nossa relação. Odiava o que nós dois éramos. Já fazia tempo que eu não te respondia, não te atendia, porque não me sentia bem o suficiente para isso. Mas depois do que Yoongi me disse… Ele disse de forma dura, e isso eu esqueci, mas não esqueci a verdade. Jimin Hyung e Hoseok Hyung morreram por causa dessa relação. E eu ainda achava que Jin Hyung também tinha morrido, mas estava em coma. Por nossa causa.

— E você… — perguntou Yumii, hesitante, sofrendo. — Ainda odeia nossa relação.

— Sim. Eu odeio nossa relação. — Jungkook olhou para ela, e a viu pressionando os lábios e olhando para baixo. — Mas isso não é o mesmo que eu sinto por você. — Ela imediatamente ergueu o olhar molhado para ele, que esboçou um sorriso e continuou. — Desde o primeiro dia em que eu te vi, eu te amei, Yumii. E isso nunca mudou, nem por um segundo meu amor vacilou. Eu sofri muito enquanto estava longe de você.

Yumii chorou, emocionada.

— Eu senti tanto a sua falta, Jungkook. Eu sofria todos os dias por não ter você. Eu chorava de noite sozinha. Eu tentei te contar quando descobri o bebê, mas não consegui. E quando descobri que você tinha ido…

Jungkook a abraçou muito forte antes que ela pudesse continuar. Ele deixou uma lágrima cair de seus olhos azuis sem que ela visse, enquanto o choro dela fazia barulho em seus braços.

— Está tudo bem — disse ele, com firmeza. — Você não precisa lembrar disso. É passado. Nós estamos juntos agora. E pra sempre. — Ele a soltou e segurou seu rosto. — Ouviu? — Perguntou, enquanto ela acenava positivamente. — Pra sempre.

Por fim, ele a beijou enquanto ambos choravam. Ele segurava seu rosto de forma firme, como se ela pudesse voar de suas mãos a qualquer momento, e ao mesmo tempo, de forma carinhosa, sentindo sua pele com as palmas e os cabelos com as pontas dos dedos. Ela segurava os pulsos dele e desenhou seus braços até chegar às asas e acariciar as macias penas. Jungkook a soltou e riu, abrindo a asa.

— Você quer vê-la? — Perguntou ele. Ela passou a mão pela asa.

— Você tem asas muito bonitas — comentou ela, sorrindo.

— Em breve você também terá. Agora, vou ter que ir. Os meninos podem estar precisando de mim.

— Tudo bem, menino ocupado.

— Nos vemos mais tarde? — Perguntou, aproximando o rosto do dela. Ela o deu um beijo curto.

— Sim. Nos vemos mais tarde.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Preciso fazer um comentário sobre Namjoon e Jin. Quem leu Bangtan Family sabe que eu shippo Namjin, mas não se preocupem, não tem nada de Yaoi nessa fic (ela é feita para ser 100% possível em um filme). O que rola é que eles são super parceiros, principalmente porque na versão original o Jin era o líder do Juízo (já que ele mataria Abraxas), então essa parceria já estava prevista. Aguardem, porque vem muito mais """Namjin""" por aí.

Não esqueça de dizer o que achou desse começo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bulletproof Daughter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.