Memories escrita por Tutti


Capítulo 1
Prólongo – Ellia


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE!!!

Eu sempre me senti insatisfeita com essa fic (e outra minha, Os dois lados da mesma moeda, qual eu vou pegar depois), pq por mais que eu tentasse eu nunca consegui passar direito a sensação e o motivo da fic para os leitores (e acho que é isso que gera um desinteresse sobre esse tema e essa fanfic). Não vou dizer que essa é a minha ultima aposta a na fic, mas sinceramente eu não gostaria de mexer nela de novo (só deus sabe quantas vezes já a reescrevi), como ultimo tiro deletarei a anterior e comecei essa do zero (ela já foi uma fanfic terminada e me sinto culpada que ao reescrever ela eu nunca cheguei a terminar... Ela merece um final, de novo).

Novo titulo, nova sinopse e vou tentar uma pegada diferente de escrita... Um pouco mais sombria, talvez? Isso vai decorrer com a fanfic então espero que fiquem ligados nela para saber como a historia vai ir... Eu peço que deem um credito a ela... Não pretendo fugir da personalidade dos personagens, mas peço paciência... Faz um tempo que não escrevo fanfic sobre o GC e anos que eu não tenho contato forte com os personagens (não é como na época que eu jogava e escrevia), então eu vou começar a ter a "pegada" deles no decorrer da fanfic... Embora eu tenha sim fics com a personalidade mais fiel, essa não vai ser muito desviada. Como eu disse, tentarei dar uma pegada mais séria a fanfic do que as outras que eu escrevo. Quero algo mais realista.

Não quero soar apelativa, mas senti que deveria pedir isso... De qualquer forma você é livre para parar de ler sempre que se sentir incomodado.



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A água chocava-se contra as madeiras do navio, o cheiro de água salgada lhe impregnava as narinas enquanto sentia uma leve tontura, as madeiras rangiam periodicamente sobre o movimento das águas e o andar de uma pessoa ou outra nos corredores. Sentada em sua cama a jovem garota, por volta de seus quinze anos, olhava o horizonte azul qual misturava-se com nascer da noite. Seus cabelos ruivos mexiam com o vento enquanto os últimos raios de sol banhavam sua pele, se naquele momento houvesse algum pintor no cômodo este faria questão de registrar a imagem.   

Tão perdida em pensamentos a jovem mal notou a movimentação no navio aumentando, as ordem sendo ditadas e mal conseguiu escutar o soar do sino, constante, junto ao grito rouco de um homem, O capitão.   

— Terra a vista! Manobrar para o porto, preparem-se para acionar os remos e dobrar as velas, não precisaremos mais do vento daqui a alguns instantes.   

Levantou-se devagar e andou até uma cômoda ao lado da cama onde jazia um velho e enferrujado lampião e antes que o sol sumisse no horizonte o acendeu iluminando o quarto com uma chama pequena, mas suficiente para que conseguisse arrumar e verificar suas coisas. Colocou uma mexa dos cabelos atrás da orelha, pegou sua bagagem e caminhou para a saída parando momentaneamente para pegar uma espada vermelha e desgastada de varias batalhas ao lado da porta. A lamina ainda estava afiada, mas era obvio que a arma já teve dias melhores, continha arranhões e pequenos amassados por toda sua estrutura, a tira de couro que revestia o cabo estava desbotada e havia sido remendada varias vezes. Havia sido uma bela arma, há muito tempo atrás.   

Caminhou lentamente pelos corredores do navio desviando de algumas pessoas e crianças que corriam animadamente, despreocupadas. Estava inquieta com alguns pensamentos que lhe rondavam a mente, preocupações sobre suas recentes decisões e seu estado atual. Sentia-se exausta, cansada, talvez pensasse de mais sobre questões incertas, carregava peso demais nos ombros e questionava-se agora se era realmente capaz de levar esse peso. Talvez, há tempos atrás, quando as coisas mais complicadas ainda pareciam fáceis ela fosse capaz, mas não estava mais no passado e com o passar do tempo o fácil torna-se difícil. Esse tempo ficou no passado junto a lembranças que ela jurou nunca esquecer.  Era muito jovem para as preocupações que carregava, jovem demais alguns diriam, para tais pensamentos, mas ela que sempre cresceu em meio a guerras e derramamentos de sangue; entre o som de espadas se chocando, como uma tempestade de raios impetuosa; a gritos de vitória, ódio e dor; não haviam sido reservadas muitas opções para a ruiva. E não reclamaria de nenhuma delas.   

Ninguém escolhe na família que nasce, pensou, mas escolhe os caminhos que trilha e com esse mesmo pensamento, honrando seu nome e a sua família, que desde cedo partiu a batalha. Não se arrependia, as coisas aconteceram, e agora que refletia sobre isso, rápido de mais. Desde muito cedo com o paradeiro desconhecido de seu pai assumiu seu lugar como líder dos cavaleiros vermelhos antes de partir em busca dele, meses depois estava liderando uma pequena equipe – sendo ela, uma elfa arqueira e uma maga mimada – contra um dos maiores males que já teriam ameaçado seu continente. Em pouco tempo a equipe cresceu e ela mantendo-se fiel ao seu sobrenome, a sua criação e a sua origem, os liderou até a Rainha das Trevas, Cazeaje. Andaram por terras distantes assoladas pela guerra e por uma escuridão infinita, reinadas pela morte, lutaram por dias e noites pelas próprias vidas, pelas vidas de seus compatriotas e por todos aqueles que já morreram. Tudo em nome da paz. Mas toda luta exige alguns sacrifícios e ela, como líder, deveria estar disposta a paga-los.   

Força, alguns diriam, não era à base de tudo, entretanto somente com diálogos – embora ele fosse muitas vezes uma opção e ficava aliviada, e um pouco decepcionada, quando conseguiam resolver as coisas sem uma luta, o que (in)felizmente não eram a maioria dos casos – não resolvia todos os problemas e se eles chegaram onde estão é porquê tiveram que lutar. Para defender suas vidas, para vingar a morte de companheiros, para derrotar o mal. Seu pai sempre dizia que um guerreiro era composto de varias coisas: honra, determinação, lealdade, coragem, sabedoria e força; nesta ordem, e é por isso que como líder, como uma Sieghart, quando percebeu que sua força talvez não seria o suficiente, ela percebeu que precisava sair. Precisava ser tornar mais forte. Pelas promessas que fez, pelas vidas que jurou proteger, pelos pesos que carregava. Essa não poderia ser a vida que pediu, mas a levaria, pois era a vida que ela escolheu, porquê sem ela lhe restaria apenas à covardia e o medo; e não conseguiria viver sabendo que virou as costas para seu pai, para sua equipe e para aquilo que jurou defender.  

Pela paz do mundo.   

— Soltar a ancora!   

Parou de andar assim que chegou ao convés, frente ao que seria a saída. Do outro lado, no porto, homens se apressavam em jogar cordas aos marinheiros para estabilizar o barco enquanto outros carregavam uma grande rampa ligando-a ao navio. Pacientemente, misturando com uma fila indiana que se formava, caminhou até a rampa, descendo do navio. A fila logo se dispersava e as pessoas se afastavam, algumas em grupos aqui e ali esperando outras pessoas, outros apenas iam embora misturando-se com a população local, em sua maioria pescadores ou comerciantes de alguma feira próxima que vendiam ali o que restou de sua mercadoria após um dia produtivo.   

Ellia, um continente antes contaminado por monstros e energia negativa aos poucos se reerguia. As pessoas voltavam para suas casas, outras se mudavam, e olhando elas passarem, vendendo suas coisas, andando em grupo de amigos ou familiares, rindo entre si, era difícil de imaginar que este lugar foi palco de uma das maiores lutas que já enfrentou, lar do maior mal que já cruzou sua vida e fez-se presente naquele finito mundo. No fundo, ao olhar para tudo isso e para a cidade a sua frente, sentia orgulho. Um leve sorriso puxou em sua face, ela havia feito isso. Foi por isso que ela lutava, e era por isso que ela continuaria a lutar.   

Por isso ela precisava ficar mais forte, porquê aquelas palavras ainda ressoavam fortemente em seus ouvidos mesmo após a queda daquele grande mal.  

O continente, agora, possuía pequenas cidades em grande números espalhadas por ai, ao contrario de Vermecia que era dividida em três reinos – Serdin, a capital dos magos; Canaban, a capital dos espadachins; Reino da Luz, lar da Santidade do continente, Papa Constantino. -, Ellia não possuía um, ainda. Com a crescente economia e a migração de camponeses e nobres para cidade ao qual desembarcava provavelmente daqui a algum tempo se ergueria algum reino aqui e embora alguns mercadores ainda encontrassem dificuldade na vida, devido ao solo ainda contaminado de energia negra dificultando o plantio e alguns monstros que rondavam o continente, isso não impedia a grande migração que ocorria, que surpreendente gerava alguns lucros. Ficou sabendo de varias guildas que eram bem pagas por burgueses para eliminar monstros e limpar os restos de energia no ar e no solo.   

Dando uma ultima olhada no local, arrumou a mochila nos ombros e caminhou em direção à cidade, já era noite e precisava de um local para repousar.


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Notas finais do capítulo

Essa fanfic esta postada também no AnimeSpirit, link:
https://spiritfanfics.com/historia/memories-7746046

Eu estive muito tempo parada, sinceramente as vezes me pergunto se ainda posso me chamar de autora (os poucos que me conhecem devem saber, já que eu sumo por meses), então quando bateu uma inspiração eu pensei nas milhares de fics que tenho que terminar, e escolhi essa para refaze... de novo....

Eu poderia dizer que esse é um capitulo teste? Essa fic nunca chamou muita atenção, mas é uma historia querida para mim, então penso em terminar ela mesmo sem tanta atenção assim.... maaaaassss fica bem mais feliz em saber se vocês gostam, sabe? kkkkkkkkkkkk

Comentar nunca mata, então se puderem... e faz uma autora feliz...



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