Sem Vergonha escrita por LaLilPanda


Capítulo 1
A Simplicidade e o Fluir


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo será mais uma apresentação simples dos personagens, bem básica mesmo.



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Sem vergonha. É o modo mais simples e certeiro de descrevê-los, porém o mais sem graça e até mesmo injusto. Pessoas como eles merecem mais não é mesmo? Até porque desde quando ter vergonha é um traço à ser glorificado? Não é a liberdade um dos desejos mais profundos da vida? Se a vergonha é uma gaiola, ser sem vergonha é a melhor recompensa.

A simplicidade muitas vezes nos dá ideias erradas e perdemos a emoção de descobrir as melhores partes de pessoas e situações por conta disso, perdemos a essência quando simplificamos algo, o sabor não é apreciado. Então porque seria diferente com eles?

Ele, nosso anjo, não gosta do simples, nunca gostou, se sentia preso pelas correntes e paredes que a simplicidade burra e errônea das pessoas. As correntes marcavam em seu corpo o que podia ou não ser feito baseando-se apenas no externo, no conhecido, no interessante. Elas traziam vergonha a cada regra marcada.

Por muito tempo acreditou na sua pequena cela, achou que as correntes o mantinham junto do certo, e que a dor era justa.

Hoje é um sem vergonha, orgulhoso e esbanja sua felicidade para o mundo. A cela não existe mais. Hoje ele leva sua bandeira gravada em seu corpo, sem vergonha. Finalmente a impossível rosa azul floresceu, com todo o seu esplendor encantando a todos.

Já ele, nosso raio de sol, por mais cliché que soe, sempre iluminou tudo ao seu redor, nunca acorrentou à sí mesmo, mas quem está dentro das celas por vontade própria não deixa a luz do Sol entrar, preferem a escuridão perversa de suas mentes distorcidas, simples e corrompidas. Ao verem a luz elas fogem e se escondem, isolam a luz para que não tenham de deixar suas celas.

Hoje ele ainda é o mesmo sem vergonha, emana uma luz forte, uma energia que conforta a qualquer um que se deixa envolver por seus sorrisos. O isolamento apaga o fogo, mas jamais para a luz, ela continua brilhando para quem quiser. Ele é como um geodo, muitos não veem o valor pois não vão á fundo, apenas os merecedores de seu esplendor se atreveram á abri-lo.

Quase todo jovem é um ponto de interrogação, uma surpresa, uma dúvida. As vezes durante o amadurecer a linha é uma reta, a surpresa não existe e o antigo ser ainda se revela com frequência dentro do novo, um ponto de exclamação; em outros nos perguntamos como podemos mudar tão drasticamente. Após este turbilhão vemos diamantes, terra e areia.

Não se sabe o que ela será, nem mesmo ela sabe. Medo, ela vive assustada com os demônios do futuro e os fantasmas do passado. O que houve com aquela pequena criança risonha, alegre e sonhadora? Porque tudo que vemos é uma máscara de mal humor? Quem é ela? Isso irá ser a surpresa? É necessário perder a vergonha, ou logo não existirá nada.

A vida fluí independente de alguém ou algo, ela apenas flui, contorna, se sobrepõe e destrói. Ela cria, se vinga, ora vai ora volta, manipula, amaldiçoa e encanta.

Hoje é engraçado olhar para onde o fluir da vinda levou os três, é engraçado como tudo aconteceu tão naturalmente, porém estranhamente de certo modo, mas não é como se eles precisassem de um porquê.


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Notas finais do capítulo

É a primeira vez em anos que posto algo, espero que tenha sido de seu agrado, por favor respeite o meu esforço de criar isso e não copie nada.
Se a encontrar no Spirit eu também postei ela lá.



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