Mercy escrita por Raura
Notas iniciais do capítulo
Depois desse finale, essa humilde escritora que vos fala não podia deixar de escrever algo,
espero que apreciem!
Sherlock sabia que precisaria implorar se necessário dessa vez.
E não seria uma tarefa fácil.
O jogo tinha acabado, John e Mycroft estavam vivos, Eurus seria enviada de volta à Sherrinford e mantida sob a devida segurança.
Era madrugada e mesmo estando exausto física e mentalmente, ainda precisava falar com Molly.
Normalmente entraria pela janela ou usaria meios ilícitos para entrar, mas decidiu bater na porta e esperar ser atendido. Ouviu os passos dela se aproximando, mas o som da porta sendo destrancada não foi ouvido.
— Molly?! – chamou. — Sou eu, Sherlock. Abra por favor, precisamos conversar.
Silêncio.
— Por favor, Molly.
— Vá embora, Sherlock. – pediu com a voz arrastada e embargada.
— Você precisa me ouvir, por favor Molly Hooper.
— Não preciso não, Sherlock.
Sherlock encostou a cabeça na porta e inspirou lentamente. Geralmente quando queria muito falar com ela, simplesmente aparecia em seu apartamento, porém, dessa vez sabia que não podia aparecer como costumava fazer – praticamente invadindo.
— Por favor, Molly. – repetiu. Estava começando a perder as esperanças, mas não podia desistir, temia que o dano causado em sua última ligação fosse irreparável e não podia deixar as coisas assim. Ela precisava ouvi-lo!
Não importava se ela iria estapeá-lo por entrar sem sua permissão, mas estava começando a considerar arrombar a fechadura quando ouviu o barulho da chave. Seu coração acelerou, ainda havia esperança.
Analisou rapidamente Molly quando ela abriu a porta, claramente ela ainda estava chateada, a postura defensiva, seus olhos ainda estavam levemente inchados e um pouco vermelhos – evitou contato visual, voltou para dentro do apartamento e foi sentar-se na poltrona, deixando Sherlock para trás ainda parado na porta.
Sherlock entrou e sentou-se na mesinha de centro de frente para Molly.
— Molly?! – inclinou-se e segurou em suas mãos que estavam sendo torcidas em seu colo. — Preciso que olhe para mim. – Apertou levemente os pequenos dedos se comparado aos seus, não suportava ver que a confiança que ela possuía nele tinha sido abalada, precisava esclarecer os fatos. — Me desculpe pela hora, mas isso não podia esperar. – esperou os olhos castanhos se focarem nos azuis esverdeados.
E então começou a contar.
Da irmã que não se lembrava até quando a encontrou na casa.
Narrou como tudo o que aconteceu, explicou os motivos por trás da ligação, do porque era vital ouvi-la dizer 'eu te amo' (ela só tinha dito depois de ouvi-lo dizer as mesmas palavras) – nesse momento lágrimas se acumularam nos olhos castanhos, relatou cada detalhe do jogo insano que fora obrigado a jogar.
— Me perdoe, por favor Molly. – pediu ao encerrar o relato.
— Eu entendi Sherlock, era tudo parte de um plano. – desvencilhou suas mãos e levantou-se.
— Molly... – Sherlock levantou-se também e segurou-a no lugar pelo pulso, quando sentiu que ela não iria se mover, segurou seu rosto com ambas as mãos, impedindo-a de desviar o olhar.
— Sherlock, não... – sentia a respiração dele contra seu rosto.
— Molly Hooper, me perdoe, por favor. – pediu dizendo cada palavra pausadamente com a voz rouca.
— Está bem, Sherlock. – tirou as mãos de seu rosto e dessa vez não foi impedida de se afastar.
Molly foi até a cozinha pegar um copo de água enrolando ali alguns minutos, por mais que aquilo tinha sido um jogo e Sherlock tenha ido até ali para pedir desculpas – ainda estava magoada pela maneira com que a envolveram e usaram seus sentimentos, foi cruel.
Suspirou longamente antes de voltar para sala e ao chegar ali não encontrou Sherlock lá, provavelmente já tinha ido embora. Enganou-se, claro. Quando abriu a porta do quarto, viu a silhueta de Sherlock deitado em sua cama.
— Importa-se?
Molly não respondeu, deitou-se ao lado dele e fechou os olhos, estava quase dormindo quando sentiu Sherlock se remexer e inclinar-se para dar um beijo em sua bochecha.
— Saiba que não menti, Molly. Era verdade. – sussurrou. Voltou a deitar-se ao seu lado e segurou em sua mão. — É a mais pura verdade. – admitiu no escuro e para uma sonolenta Molly Hooper.
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Mais alguém precisando de cobertores, chocolates e abraços quentinhos?
Quero opiniões sobre essa one xD
#sherlollyisreal