Amor que Cura escrita por Free Butterfly 250


Capítulo 8
Maternidade


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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A alma de Tigresa estava em um estado terrível, estava atordoada, seu coração apertado ardia em pavor, estava confusa, pensamentos estranhos a rodeavam, dúvidas e medos a perturbavam, já estava a beira dá loucura, e para acalmar a guerra que ocorria dentro dela, ela socava uma árvore imensa, até que a árvore foi completamente destruída pelos fortes golpes, Tigresa se jogou sobre o pessegueiro sentando-se à sua sombra. Respirou fundo, tentando processar tudo o que descobriu, ela não estava psicologicamente preparada para tudo aquilo, já tinha seus distúrbios psicológicos, que eram o resultado do seu passado, e agora, aparece esse futuro, não sabia se era uma dádiva, ou mais um problema, mais um erro, não sabia o que pensar ou o que decidir, não sabia como agir perante a todos, sentia sua alma gritar, sua mente girar e doer, estava aflita, totalmente perdida. Tigresa fechou os olhos, respirou fundo várias vezes, tentando acalmar a fúria do seu interior, voltou sua atenção ao que estava a sua volta, a grama gelada, a brisa suave que batia em seu rosto, a calmaria dá natureza divina fez estremecer tudo nela, acalmando suas emoções.

Enquanto isso...

Na cozinha, Po preparava uma sopa com legumes para o café dá manhã, era a opção mais nutritiva que ele conhecia. Enquanto ele cuidava dá refeição o mais rápido que podia, as crianças estavam no jardim com a Víbora, com o Macaco e com o Louva-deus, que tentavam distrair os bebês, enquanto Garça comprava duas mamadeiras e fraudas, como Louva-deus teria problemas em carregar, ele era o mais rápido, o que o qualificou para ir rapidamente atrás dessas necessidades dos bebês.

Os dois pequenos felinos lutavam em brincadeira, mas não Kung Fu e sim mordidas e ataques de felinos em geral, enquanto rolavam no chão, as duas felinas apenas os observavam, sentadas uma ao lado dá outra, mesmo tendo a personalidade oposta, as duas eram boas amigas:

Tao_ Mulan, será que a mamãe está bem? - Perguntou em certa aflição, estava bastante preocupada -

Mulan_ Eu acho que sim, ela é muito forte, você sabe! - respondeu esperançosa, sorrindo -

Tao_ Já sinto saudades, sabe, dá nossa mãe. - disse olhando para grama, um pouco triste -

Mulan_ Eu também Tao, mas temos uns aos outros, pelo menos. - Disse tentando ser otimista, sabia que sua irmã era sensível -

Nesse momento, os dois meninos que rolavam no chão acabaram esbarrando nas duas:

Tao_ Deshi, Lok! - Repreendeu -

Mulan_ Não sei se estarmos todos juntos seja uma vantagem! - ironizou -

Lok_ Foi mal, é que eu tô com fome!

Deshi_ E o que que tem haver?

Lok_ Não precisa ter haver com nada! Eu só tô com fome!

— Eu também. - concordaram os três -

Os bebês também estavam famintos, logo não havia acrobacia no mundo que os distraísse, começaram a chorar desesperadamente, Po deixou o que estava fazendo e correu para ver o que estava acontecendo:

Po_ Galera, o que tá rolando aqui? - perguntou quase em pânico -

Ao verem o pai, os bebês sorriram instantaneamente, mas logo voltaram a chorar:

Louva-deus_ Não tem o que fazer, eles estão com fome! - Explicou -

Po_ Eu acho que já deve estar pronta a sopa de macarrão!

Víbora_ E o leite?

Po_ Não dá tempo, antes que a gente fique surdo com essa choradeira!

Imediatamente Po voltou para cozinha para pegar a sopa, quando ele sumiu dá visão dos filhotes eles gritaram ainda mais forte e alto. O escândalo foi tanto, que mesmo Tigresa estando do outro lado do palácio, ela ouviu o choro desesperado, e sentiu seu coração apertar e imediatamente correu até eles, seguindo o choro, "O que será que ele fez agora" pensou Tigresa em ralação a Po. Não demorou para que Tigresa chegasse ao jardim:

Tigresa_ O que está acontecendo com esses bebês? - Perguntou, em seu típico tom sério, escondendo a preocupação -

Assim que a viram, os gêmeos sorriam, e caíram nas gargalhadas ao verem a mãe, esticando os bracinhos à ela, se jogavam em sua direção. Nessa altura Tigresa estava mais calma, e com seu jeito duro e sério foi até os bebês, ignorou o constrangimento, e pegou os dois em seu colo, os filhotes soltaram um suspiro de alívio:

Em coro_ Annw! - Aquilo foi totalmente espontâneo para os quatro furiosos -

Tigresa revirou os olhos, disfarçando o fato daquele amor a deixar constrangida, porque ela não se sentia digna. Tigresa equilibrou os dois em seu colo com certa dificuldade e em seguida, se sentou no chão, os bebês se esfregaram nela como gatinhos, ronronando, sua estrutura de pedra não foi capaz de conter o sorriso espontâneo que surgiu em seu rosto, mas, ela disfarçou e escondeu suas emoções, Tigresa acariciou friamente os bebês. Os pequenos filhotinhos inocentes e famintos, por instinto natural começaram a procurar leite nela, o que a deixou muito envergonhada, e brava por algumas risadas vindas dos outros furiosos:

Tigresa_ Perderam a noção do perigo? - Disse em tom ameaçador que fez desaparecer até os sorrisos deles -

Nesse instante, Po apareceu:

Po_ Pronto galera..! - Ficou paralisado ao ver Tigresa, que além de ter aparecido, estava com os bebês no colo-

Os bebês riram para Po:

Lok_ Aí que bom, tava quase infartando de fome! - Disse aliviado, quebrando o clima tenso -

Mulan_ Lok!

Lok_ Que é?

O panda sorriu para o filhote, um sorriso que dizia "eu te entendo bem":

Po_ Eu coloquei pra vocês, o prato está em cima dá mesa, mas cuidado que tá quente! - Avisou, enquanto segurava uma vasilha com sopa para os bebês -

Como um vulto, os filhotes foram para a cozinha, pelo jeito haviam herdado o apetite do pai.

Fez um silêncio, Po hesitou um pouco em dirigir a palavra para Tigresa que não olhava para ele, mas tomou coragem e foi até ela, pois ela que estava com os bebês, a atitude ousada do panda surpreendeu, ninguém ousava se aproximar tanto de Tigresa em momento solene como aquele:

Po_ Você segura e eu dou a sopa. - Propôs -

A felina hesitou em dirigir a palavra ao panda, e enfim, não o fez, apenas segurou os bebês em uma posição adequada para que eles pudessem comer. O silêncio reinara, porém, os outros furiosos, decidiram sair daquele clima hostil e foram até a cozinha tomar café e supervisionar os outros quatro filhotes, deixando Po e Tigresa sozinhos com os bebês. A tensão era tanta que Po não ousou olhar nos olhos dá felina, muito menos dizer qualquer coisa, e Tigresa também mantinha essa mesma atitude.

Os bebês fisicamente felinos, tinham o mesmo apetite voraz de um panda, então a sopa durou pouco, e quando acabou eles começaram a chorar quebrando aquela tensão, e finalmente, houve um diálogo entre os pais:

Po_ Ainda estão com fome!

Tigresa_ Pega eles que eu vou buscar o leite. - disse rispidamente -

Po_ Não tem como dar leite, não temos mamadeiras! Mas, relaxa, o Garça foi comprar. - Avisou, com um certo receio -

Os bebês ainda choravam:

Tigresa_ Fala isso para eles!

Po se aproximou ainda mais dos bebês, e por consequência, de Tigresa, ele estava agachado, em frente ao rosto dos gêmeos, foi quando o choro se acalmou pela súbita aproximação do imenso rosto do panda, e então, Po começou a fazer aquela velha brincadeira, cobrindo o rosto com as patas, descobrindo dramaticamente, dizendo unicamente a palavra "Achou!" E realmente funcionou, os filhotes começaram a gargalhar, e sem o panda notar, um sorriso nasceu no rosto de Tigresa, e em seu coração, ela escondia o sentimento de apreciação daquele momento. Depois de um curto tempo, a mesma brincadeira não perdia a graça para os filhotinhos, e para Po que estava se divertindo com o bom humor que conseguiu produzir em seus bebês, sentiu como se fizesse um grande feito, se orgulhou daqueles simples sorrisos de apenas dois bebês como se orgulhava do Kung Fu, foi uma experiência maravilhosa, saber que ser um bom pai era algo tão ou até mais honroso que ser um guerreiro. Mas para Tigresa, notando que estava, assustadoramente gostando daquele momento, sentindo seu coração se abrir, como uma ameaça e em alta defesa, ela se apavorou e deu os filhotes aos braços de Po:

Tigresa_ Eu preciso ir.

Po_ Mas..!

Tigresa fugiu, como se fugisse de algo terrível, de um perigo eminente. A pequena Tao, que se alimentou rapidamente para espionar seus pais, e ver como sua mãe estava, acabou presenciando tudo, e ficou preocupada com Tigresa, sua mãe, então, a ágil felina decidiu ir a onde ela sabia que sua mãe iria, e foi, sem deixar rastros.

Tigresa voltou para o pessegueiro, havia fugido por impulso, a grande e dura realidade é que Tigresa tinha medo, muito medo de ter sentimentos, ela não queria sofrer mais, mas fugir a deixou com o coração ainda mais opressivo. Então, ela se lembrou dá frase "Dias melhores estão por vir" de imediato ela se arrepiou, sentiu que, talvez aquilo tenha sido um sinal, sentiu em seu coração que esses dias chegaram para a fortalecer. De repente, Tigresa ouviu um barulho e imediatamente se colocou em posição de luta:

Tigresa_ Quem está aí? Eu ordeno que se mostre, agora! - disse ameaçadoramente -

Tao_ Oi!

A pequena pangre se mostrou a Tigresa, ela estava em cima de um galho alto do pessegueiro:

Tigresa_ O que você quer? -disse enquanto voltava a posição normal-

Tao_ Com todo respeito, mã... Tigresa! Eu só queria ver como a senhora estava. - disse docemente -

Tigresa_ Como soube onde me encontrar?

— Eu sou sua filha, eu sei onde a senhora vai quando está chateada, e quando isso acontece, eu sempre estou com a senhora. - respondeu sorrindo -

Tigresa ficou alguns segundos sem palavras, Tao, surpreendendo Tigresa ainda mais, começou a cantar uma canção, com toda inocência de uma criança, na esperança de melhorar as emoções de sua mãe:

Tao_ Deixa ir

Tire o peso dos seus ombros pra seguir

Sem se lamentar dos tombos

Deixa entrar

Essa luz que te define,

No final

Ficarão somente as recordações...

(Sua voz era meiga e doce, e muito afinada. E então, ela salta, fazendo piruetas no ar, e cai em pé, sempre delicada sendo uma perfeita bailarina, ao tocar as patas no chão, ela se posiciona e começa a dançar ballet)

Tao_ No lugar

Das angustias põe a luz que

Vai Brilhar

Envolver a tua vida

Tudo bem

Se pra mim você se volta

Eu já sei

Sentimento prevalece no final

A vida se faz

Com essas horas

Pequenas maravilhas

Na voz do coração

Muitos se vão

Mas essas horas

Breves horas

Ficarão

Tudo que eu errei

As águas vão levar

Mas eu agora sei

Que estou no meu lugar

Ficarão somente as recordações

No lugar

Das angustias põe a luz que

Vai Brilhar

Envolver a tua vida

Tudo bem

Se pra mim você se volta

Eu já sei

Sentimento prevalece no final

A vida se faz

Com essas horas

Pequenas maravilhas

Na voz do coração

Muitos se vão

Mas essas horas

Breves horas

Ficarão

Tudo que eu errei

As águas vão levar

Mas eu agora sei

Que estou no meu lugar

Ela dançou e cantou maravilhosamente bem, tinha de fato muito talento. Tigresa ficou emocionada, por mais que quisesse ser forte e dura como rocha, no fundo ela era sentimental:

Tao_ A senhora sempre canta essa música! - Disse em seu jeito meigo e gentil -

Tao, notou como o semblante dá felina havia mudado para melhor, naquela canção algo dentro de Tigresa aconteceu, o despertar de um instinto materno. Então, Tao não aguenta, e corre e abraça a cintura de Tigresa:

Tao_ Por favor, somos muito apegados com a senhora, por favor, não podemos ficar longe assim de você mamãe! Te amo muito. - Declarou a pequena, enquanto deixava algumas lágrimas escaparem -

Naquele momento, Tao conseguiu quebrar todas as defesas que Tigresa tinha, tanto que ela não suportou mais e se abaixou e abraçou a menina:

Tigresa_ Me desculpe! Eu só... Não sei como agir.

Tao_ Só não nos deixe, por favor!

Naquele momento Tigresa lembrou do seu passado, de como doía ter sido abandonada, uma lágrima escapou de seu olho, mas sua alma chorou amargamente, um oceano inteiro:

Tigresa_ Nunca vou te abandonar! - Declarou, ainda abraçada com ela -

Tao_ Obrigada, muito obrigada! - Disse em grande alívio -


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Notas finais do capítulo

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