— Nick e Julie querem me adotar?  

Era um grito estridente vindo do segundo andar da casa, logo Eli desceu correndo as escadas e se direcionou até o sofá, onde se encontrava o casal – agora assustados com os gritos – conversando. 

— O que está fazendo de pé Eli? – Sara repreendeu. 

— Não sabe que é feio escutar a conversa alheia? – Grissom também repreendeu. 

— Desculpe, eu acordei com sede, vim buscar um copo d’agua e ouvi você falando. É sério isso? – Ele questionou de novo. 

— Sim. E você gostaria de ser adotado por eles? 

— Eu adoraria. – Ele disse feliz.  

Era a primeira vez que eles viam o menino tão animado. 

— Olha, eu sei que vocês me acolheram, e eu gosto de vocês, mesmo que eu as vezes não mostre isso. – Ele explicou. – Mas a verdade é que com o Nick e a Julie é diferente. Eu me sinto, a vontade... Não sei direito. 

— Você se sente em casa. – Grissom explicou melhor os sentimentos do garoto. 

— Eu acho que sim.  

— Eli, nós não vamos te iludir, você já é grande e podemos te explicar tudo. – Grissom fitou o garoto nos olhos. – Se você deseja que Nick e Julie te adotem, nós vamos ajudar, mas você terá que ser paciente. Ficará conosco conforme o juiz determinou, até que Nick e Julie consigam dar entrada nos papéis e fazer tudo que tem que fazer. Tem que ser tudo dentro da lei por que não queremos que você volte para o orfanato, queremos que você esteja bem e seja feliz, sendo aqui ou com eles. – Ele sorriu. – Nick e Julie poderão te visitar quando quiserem até que tudo seja feito e você possa morar com eles. 

— Tudo bem. – Ele sorriu. – Mas se eles me adotarem, vocês vão me visitar lá? 

— Você quer isso? – Sara perguntou um pouco surpresa. 

— Todos os dias. – Ele sorriu. – Vão ser meus tios não vão? Assim como o Nick é tio do Arthur. 

— Vamos sim. – Sara sorriu de volta. 

O menino então abraçou Sara carinhosamente, sendo essa a primeira demonstração de carinho que ele demonstrava para ela desde que havia chegado. 

... 

Sara estava pronta para ir trabalhar, Grissom já estava em casa, quando a campainha tocou e a morena recebeu uma carta. Quando abriu o envelope ela estava simplesmente estática. Grissom fora até a sala despedir-se de sua esposa, precisava de uma boa noite de sono. 

— Sara? Você está branca. Quem era na porta. 

— Elizabeth está querendo tirar nosso filho de nós. – Ela tonteou. – Ela abriu um processo para conseguir a guarda de Arthur.