Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey amoress!! Eu sei que sumi, mas eu sinto dizer que as minhas aulas vão voltar e com elas o meu tempo se reduz a nada kkk. Mas, eu vou tentar postar assim que puder!! Desculpa qualquer erro.



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Roslyn engoliu uma exclamação quando Marion apertou com renovada força os cordões do seu corpete. Ela odiava aquela coisa.

        Na outra noite, pediu que a criada chegasse cedo para poder vesti-la antes que o marido acordasse. Ela odiaria ter que expulsá-lo do próprio quarto quando estava tentando com todas as forças ignorá-lo. Sabia que o sol provavelmente nem havia aparecido, mas mesmo assim ela ainda manteria o seu plano.

        –Minha senhora, tem certeza que ele não irá acordar?-Sussurrou a criada nervosamente.

        –Ele irá se não se apressar. -Sussurrou de volta impaciente.

        –Ele me dá pavor até mesmo quando está dormindo. -Murmurou para ninguém em especial.

        Roslyn rapidamente atinou para aquela afirmação.

        –Marion, fale-me como é sua aparência. -Falou mascarando a súplica na voz.

        –Oh, minha senhora eu não acho…

        –Qual a cor dos seus olhos? -Cortou a mulher.

        –Castanhos. -Falou a criada a contragosto.

        –E, o cabelo?

        –Preto.

        –Marion quero mais detalhes!-Falou exasperada.

        –Ondulado. Não me peça para falar do seu rosto senhora, por favor. -Pediu com o desespero na voz.

        –Por que?-A curiosidade gritou em seu interior.

        –Porque...

        –Porque não é do seu interesse. -A voz seca veio do fundo do quarto.

        Roslyn sentiu os dedos da criada se imobilizarem contra os cordões do seu corpete. Ela praguejou em voz baixa quando foi burra o suficiente por falar com a criada feito duas mexeriqueiras quando tinha um homem acostumado a batalha que acordava com o menor dos sons.

        –Saia. -O rosnado foi desnecessário já que a criada já estava do outro lado do quarto, saindo porta afora.

        Ela se encolheu mesmo que a ordem não tenha sido dada especificamente para si. Mas, depois de uma noite de reflexão notou como seu comportamento sem cabimento havia dado alas a loucura. Aquele homem que dormia ao seu lado todas as noites era seu inimigo jurado, que dominou seu clã sem piedade. Seu repentino interesse e afeição por ele era anormal, como Marion havia suposto.

        Estava prestes a achar que afinal tinha puxado a loucura do pai.

        Por isso naquela manhã pensou em ir a Igreja sozinha pedir por iluminação em sua vida. Não fazia ideia se estava fazendo as escolhas certas. Só esperava que o seu clã não sofresse por seu trato com aquele homem.

        –Está indo para algum lugar esposa?-A indagação ameaçadora não foi o bastante para fazê-la encolher ainda mais sobre si.

        –Estou. -Falou da forma mais fria que pode.

        –Posso saber aonde?

        –A missa.

        Sem esperar por uma resposta, Roslyn levou os dedos aos cordões do corpete para tentar terminar de apertá-los. Dedos gélidos se colocaram no seu caminho, afastando suas mãos rispidamente. Conteve a respiração quando ele continuou a tarefa da criada com agilidade.

        –O que aconteceu?-O hálito quente bateu de encontro a sua nuca, arrepiando a espinha da pequena mulher.

        –Do que está falando?

        –Está agindo como se eu tivesse a violada, quando na verdade somente a beijei -ele parou de amarrar por um instante como se lembrasse dos seus beijos apaixonados de dias atrás -Com o seu consentimento.

        Ela sentiu suas bochechas queimarem de vergonha pelo modo como se entregou facilmente as suas carícias. Mas, se Roslyn tivesse sido treinada a não sucumbir tão facilmente aos seus lábios, as suas mãos reconfortantes e calejadas, aos seus braços fortes que passavam segurança, por mais inconcebível que fosse esse pensamento. Talvez ela pudesse ser considerada uma mulher forte, porém não o era perto daquele homem que a tirava de seu eixo.

        Não iria abandonar o pensamento de conseguir trégua entre eles, uma vez que eram marido e mulher independente de seus desejos. No entanto, jamais poderia se deixar amar o homem que invadiu as suas terras e tomou posse daquilo que lhe era mais precioso, o seu clã, além de ter posto fim a vida de seu pai.

        Qualquer pensamento oposto seria considerado inadequado e absurdo. Não se deixaria levar novamente pelas emoções.  

        –Será que pode se apressar? A missa começará em pouco tempo. -Declarou com a espinha rígida pela tensão de senti-lo tão perto.

        Em um movimento rápido, Roslyn estava pressionada contra um peito duro, sentindo o hálito do marido de encontro aos seus lábios. Rapidamente, tentou retroceder, mas foi impedida por mãos no seus ombros a forçando a permanecer parada.

        –Temos um acordo, Roslyn. Sou um mercenário, porém vou cumprir a minha palavra de torná-la minha somente com o seu consentimento enquanto ainda tivermos um acordo.

        Um estremecimento se apossou do seu corpo ao ouvir a palavra minha pelos lábios do marido.

        –E sou grata por manter a sua honra, porém não me peça para agir como sua companheira já que se apossou do meu clã com a mesma delicadeza com que luta as suas batalhas.  

        –Não pensava assim quando anunciou a todo o clã que precisava de mim como senhor das terras. -Roslyn sentiu os olhos estreitados de Alaric sobre si.

        –E precisamos. Desesperadamente. -confessou, fechando os olhos para acalmar as pulsações grotescas do seu coração contra seu peito. -Porém, não significa que irei ceder minhas vontades a você novamente. Aquele beijo não se repetirá. Tem a minha palavra.

        Declarou firmemente, colocando as mãos no peito forte para afastá-lo de si.

        –Se me der licença, tenho uma missa na qual preciso ir. A não ser que queira me acompanhar.

        Roslyn rezou com veemência para que dissesse não, e com gratidão escutou a negativa de sua boca.

        –Um dos meus soldados irá acompanhá-la. -A reteve com a mão em seu braço a impedindo de adquirir sua liberdade completa.

        –Temos um acordo, precisa confiar em mim.

        –Sinto muito, mas confiança é um sentimento que desconheço. Não se demore, ou eu mesmo irei fazer uma visita a Igreja. E, pode acreditar em mim quando digo que você não gostará que eu apareça em solo sagrado, carinho. -Sussurrou em seu ouvido, depositando um beijo provocante na pele sensível atrás do seu ouvido, raspando a barba áspera de encontro ao seu pescoço.

        Ela o odiou por fazer a tarefa de não se afeiçoar a ele ainda mais difícil.

*****

        Roslyn permaneceu ajoelhada até concluir a oração, quando sentiu uma pessoa se ajoelhar ao seu lado.

        –Roslyn?-A voz grave de Edward a fez cessar rapidamente a prece e girar a cabeça  assustada para a face do amigo. -Não olhe para mim, olhe para frente.

        Disse brusco, com o olhar fixo no altar.

        –O que está fazendo?-Sussurrou, ajustando o véu sobre os cabelos vermelhos.

        –Só quero saber se está bem.

        –Parece que é o único que me perguntam durante esses dias -murmurou cansada, deixando os ombros caírem para a frente. -Se está me perguntado sobre o que aconteceu no salão, estou bem.

        –Os aldeões andam dizendo que ele está te forçando a ficar do lado dele. -Murmurou como se estivesse fazendo uma oração particularmente fervorosa.

        –Eu agi sem pensar, a morte do soldado me enfureceu -Roslyn franziu o cenho ao perceber que o homem que a cometeu talvez estivesse ao seu lado. -Você o matou?

        –Por Deus, Roslyn enlouqueceu?!-A voz baixa furiosa a fez colocar o dedo sobre os lábios em uma ordem clara, sabendo que alguns guardas a esperavam logo nas laterais da Igreja e relatariam qualquer visita inesperada para Alaric. Apesar de desconfiar de Edward, jamais iria querer seu mal. Era seu melhor amigo. -Claro que não fui eu. Também não sei quem foi caso desconfie que tenho alguma informação.

—Sinto muito por desconfiar de você, mas depois daquela sua história de vingança eu pensei que…-Edward a cortou de uma forma brusca, deixando que a repreensão gotejasse de cada palavra proferida.

—Não é apenas uma simples história, Roslyn. Eu pretendo me vingar desse mercenário, todos do clã pretendem, não duvide disso. No entanto, não sabia que planejavam matar a um soldado para fazê-lo desistir. Jamais permitiria caso soubesse. Não se preocupe acharei o culpado e irei tomar as devidas providências para que não volte a acontecer.

—Edward, por favor não o faça. -Roslyn implorou baixinho não aceitando perder mais ninguém em sua mísera vida.

Não aceitaria perder mais um a quem amava como um irmão.

—Isso não está em discussão. Não vou deixar que ele a machuque -falou com veemência. -Você é a pessoa mais importante para mim depois do meu falecido pai. Por favor, Roslyn não me peça para me manter em silêncio diante das atrocidades desse homem.

A ruiva fechou os olhos com força e deixou que a palavras de Edward ecoasse pelos seus ouvidos. Ela abaixou as mãos e sentiu uma mão quente e áspera pressionar a sua. Ela se agarrou a ela como quando eram crianças e brincavam longe das vistas dos seus pais.

Ela só queria que tudo aquilo passasse logo antes de ter o coração despedaçado por falsas esperanças.

—Apenas não deixe que matem mais ninguém, por favor -sussurrou, pensando somente em Alaric e em seus beijos doces. -E, tome cuidado. Você também é muito importante para mim.

Ela apertou sua mãos forte e soltou logo em seguida. Estava prestes a se erguer, quando Edward voltou a falar.

—Ele consumou o casamento?-Perguntou com a voz hesitante.

        –Sabe que não.

        –Não deixe que o faça -Edward esqueceu dos soldados nos corredores laterais e se virou totalmente para Roslyn, segurando seu queixo para poder olhar para o seu rosto delicado. -Só assim poderá conseguir a anulação do casamento depois tirá-lo do poder das terras.

        Roslyn engoliu em seco, concordando com a cabeça, mesmo que o seu coração se retorcesse dolorosamente em seu peito pelo modo como o traia pelas costas da forma mais desonrosa possível, ainda que sua alma gritasse para que impedisse a sua queda do poder das terras e defendesse aquele que conseguia conquistar pedaço por pedaço do seu coração.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem!! Comentem se gostaram dessa aparição do Edward, acho que o Alaric não vai gostar muito kkkkk. Beijocas e até o próximo capítulo!!



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