Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Heyyy, peoplesss!!! Mais um capítulo :)))
Sorry qualquer erro.



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Alaric não queria parar. Ainda podia sentir a fúria de ser contrariado pulsar em suas veias de uma forma latejante.

A espada em sua mão era como um bálsamo para a sua raiva incontida.

Ele avançou como um touro envaidecido em direção ao seu oponente, sem piedade. E, no último golpe, ele praticamente ouviu a respiração suspensa de todos os soldados ao seu redor quando avançou a espada em direção ao peito do soldado em combate, parando centímetros de distância da malha suada das suas vestimentas.

Ninguém ousou romper o silêncio assustado da roda que havia se formado ao redor dos dois guerreiros durante a luta.

Até mesmo Sebastian piscou saindo do transe, quando observou Alaric recuar com a espada ainda em punho.

—Estão dispensados.

O comando ríspido fez todos rapidamente largarem as espadas e partiram às pressas para longe da presença daquele homem que se revelava cada vez mais autoritária e endiabrado.

Alaric guardou a espada ainda sentindo o suor escorrer por suas costas como um rio congelante. O ar frio da noite parecia evaporar antes mesmo de tocar a sua pele quente de ódio. Ódio destinado aquela pequena coisinha malcriada que provavelmente estava encolhida em sua enorme cama. Solitária.

Com o canto do olho notou a aproximação de Sebastian. Mas, logo tratou de fechar a cara não querendo mais um para lhe importunar.

—Eu não vou falar nada. Mas, precisa reconhecer que pegou pesado hoje com os homens. Fugiram de você como se fosse a própria encarnação de Lúcifer.

Alaric apenas resmungou algo incoerente sob a respiração, olhando para o céu reparando que já era noite e provavelmente o salão já estaria abarrotado de aldeões famintos.

—Não sabia que havia dado permissão para Roslyn deixar a fortaleza esta noite. -Sebastian comentou, seguindo o amigo em direção a sua montaria.

Alaric se virou com uma carranca feroz em seu rosto, largando  as rédeas do seu cavalo bestial.

—Roslyn deixou a fortaleza?!-O rugido saiu da sua garganta sem resistência observando a expressão confusa no rosto de Sebastian.

—Ela não lhe falou nada?

—Eu pareço ciente da sua saída, Sebastian?

—Então, suponho que deveria ter guardado segredo. -Sebastian franziu o cenho ao notar a expressão profunda e escura de Alaric se aprofundar e se tornar uma tempestade de fúria. -Alaric não faça nada com sangue quente.

—Tarde demais.

Alaric montou em seu corcel negro e a criatura, parecendo sentir sua fúria, partiu sem nem ao menos esperar pelo incentivo do dono.

*****

Marion cruzou novamente o quarto de Roslyn, resistindo a vontade de puxar os cabelos de agonia.

Já fazia horas que Roslyn havia deixado o quarto na companhia de Edward para visitar o túmulo do falecido pai do menino. Era aniversário do pai dele e por isso ele havia insistido que Roslyn o acompanhasse para ao menos fazer-lhe companhia. No entanto, guardou sua opinião para si sobre o quanto era perigoso que seu marido descobrisse a sua saída às escondidas.

Ela havia lhe prometido que seria uma saída rápida e voltaria rapidamente.

Óbvio que Marion não deveria ter confiado naquela menina.

A porta se abriu em um baque surdo. A mulher rapidamente girou sob os calcanhares em uma montanha de puro alívio, porém o alívio que sentiu emperrou em sua garganta deixando um gosto amargo em sua boca.  

—A onde ela está?

—M-meu s-senhor!

—Fale!

—Por favor, não faça nada contra ela. Roslyn estava apenas querendo ser gentil…-As palavras da pobre mulher foram engolidas quando a mão de Alaric agarrou seu braço.

Ela olhou assustada para os traços grotescos de um dos lados das faces completamente engolida por cicatrizes.

Ele era a retratação do próprio mal com aqueles olhos brilhando de um castanho diabólico.

Nunca sentiu tanto medo por sua menina.

—Me diga, agora, ou será pior que eu descubra por mim mesmo.

—Ela está com Edward. -A criada sussurrou com os olhos marejados. -Por favor, suplico sua clemência! Ela é apenas uma menina.

Marion falou com a voz vacilante e os soluços aos montes.

—A sua menina precisa aprender a obedecer.

Sem mais nenhuma palavra, Alaric deixou o quarto deixando Marion realmente assustada com o destino de Roslyn.

*****

Roslyn caminhou desajeitada pelo caminho enlameada da floresta sentindo o seu peito se retorcer pela mentira que estava sendo cúmplice sem nem ao menos ter sabido quando deixou o quarto. 

—Edward essa é uma péssima idéia. -Roslyn murmurou pelo que seria a décima vez desde que começaram a caminhar em direção a escuridão da mata.

—Eu não tive escolha prometi a eles que você viria dessa vez. Estão todos inquietos com toda essa situação, Roslyn.

—Edward, eu não posso fazer nada. -Ela falou, controlando-se para não gritar de agonia por estar naquela posição. -Alaric me odeia tanto como se fossemos inimigos em uma batalha.

—Nós sabemos que você é apenas uma vítima, Roslyn. O problema é o seu silêncio! Você parece até mesmo concordar que ele domine o nosso clã.

Roslyn se empertigou, porém revisou suas ações e reparou que realmente não fazia nada de grandioso para acalmar o seu clã e garantir que após o inverno eles lutariam para reaver o domínio sem Alaric.

Ela se manteve tão concentrada na sua relação conturbada com o seu marido que negligenciou o seu próprio clã. Se sentiu como o seu pai naquele momento.

—Você tem razão. -Roslyn sussurrou timidamente se sentindo ainda mais culpada.

—Nós não a culpamos, mas você é a herdeira dessas terras. -Edward afagou brandamente suas mãos, parando de caminhar. -Mas, não pode se contentar em ser explorada e deixar que aquele bastardo tome de conta do seu clã.

—Ele não me explora!-Ela deixa a exclamação sair de seus lábios tão rápido que mal pode se conter.

Edward fechou a cara, afastando as mãos de Roslyn.

—Apenas tente não defendê-lo com tanto afinco quando estiver na presença do clã. -Resmungou, voltando a guiá-la pelas reentrâncias da mata espessa.

Caminharem em um silêncio tenso o restante do caminho, porém Roslyn se sentia inquieta a cada passo que dava. Sem conseguir se conter, falou o que tanto a deixava angustiada.

—Mas parece que saímos da fortaleza faz horas. -Ela falou tropeçando sobre um galho e sendo amparada por um braço em sua cintura.

Ela esperou que Edward negasse, mas apenas escutou o silêncio e os chiados típicos da floresta. Ela parou abruptamente, fazendo Edward parar ao seu lado.

—Me diga que é apenas impressão minha.

—Se está preocupada com o seu querido marido, não precisa. Os homens estão o mantendo ocupado até que eu a deixe de volta em seu quarto. -Edward voltou a caminhar com a expressão aborrecida sem retirar o braço da cintura de Roslyn.

—Isso não está certo.

—O que não está certo?! O fato de você se reunir com o seu clã, ou o fato de você está tão cega por aquele homem que não percebe que ele não merece a sua culpa?!

—O fato de eu traí-lo me faz me sentir culpada. -Roslyn se desvencilhou de Edward se sentindo irritada e aborrecida pelo modo como seu amigo estava agindo.

Ela havia sido praticamente arrastada de seu quarto para falar com o seu clã e acalmá-los sobre toda aquela situação. O problema é que a culpa parecia oprimir a sua garganta e torna lento os seus movimentos.

Não estava se sentindo nada bem com toda aquela situação.

—Estamos perto. Logo, logo, minha senhora estará sã e salva em seu quarto.

Ela notou a ironia em seu tom de voz mas não retrucou, ansiando que toda aquela situação acabasse o mais rápido possível.

Eles andaram em silêncio por mais alguns minutos, com Edward sempre a guiando pela escuridão da floresta com uma mão em suas costas e um lampião na outra.

Finalmente, Roslyn ouviu um som de conversas agitadas e movimentação ao longe.

Uma clareira se abria no meio da floresta, revelando uma fogueira pequena, mas grande o bastante para iluminar a mata ao redor.

Muitos aldeões se encontravam ali, alguns temerosos e assustados com receio de serem descobertos. Outros indignados e revoltados com o novo senhor das terras e o tratamento grotesco que ele tinha com todos do clã.

Roslyn sentiu o coração na boca quando finalmente o silêncio reinou a medida que avançava mais em direção ao coração da clareira. Edward a conduziu firmemente até o meio deles, permanecendo ao lado de Roslyn quando ela parou nervosa.

—Chegamos. -Edward sussurrou em seus cabelos.

Ela anuiu com um gesto de cabeça, estática.

—Eu não sei o que eles esperam de mim. -Ela sussurrou depois de alguns segundos em silêncio.

Roslyn esmagou o tecido da saia entre os dedos húmidos, mordendo o lábio nervosamente. Ela sabia que muitos reunidos ali tinham apreço por sua pessoa, mas tinha ciência que muitos ali achavam que ela não passava de um prenûncio para a desgraça do clã quando nasceu anos atrás com sua cegueira.

Ela não podia simplesmente falar que havia feito um mísero acordo com seu marido até o fim do inverno para controlar o seu clã. Sabia que muitos iriam ficar irados com sua decisão, por isso preferia se manter me silêncio sobre isso. No entanto, não podia mantê-los ignorantes daquela forma, sabia disso.

—Eles esperam uma líder, Roslyn. Seja essa líder. -Edward sussurrou contra o seu ouvido, afastando-se logo em seguida.

Ela tentou não se desesperar com o afastamento de Edward, mas levou todo o seu tempo para controlar os seus batimentos enlouquecidos e sua respiração agitada.

Finalmente, afastou as mechas ruivas do rosto que escaparam da trança espessa, erguendo a cabeça esperando passar uma expressão altiva e de uma verdadeira líder.

—Eu sei que muitos estão assustados e revoltados com tudo o que vem acontecendo no clã. -Roslyn esperou que a agitação abrupta dos aldeões se acalmasse antes de continuar. -Mas peço paciência e até mesmo uma certa compreensão sobre o novo senhor das terras.

Uma sonora rejeição de várias direções chegaram aos seu ouvidos.

—O inverno está chegando e até meses atrás nossos estoques estavam vazios. O meu pai negligenciou esse clã por anos a ponto de passarmos invernos sem comida durante as refeições e sem roupas o suficiente para nos proteger do frio excessivo!

Roslyn deu um passo a frente sentindo o sangue correr mais rápido por suas veias, impedindo que a vergonha e o constrangimento de estar falando na frente de todos a fizesse recuar.

—Eu não estou pedindo que vocês o aceitem como o novo senhor das terras. Apenas peço que se mantenham calmos até o inverno acabar. Entrar em guerra nesse momento causaria ainda mais estragos no nosso clã.

—Mas foi ele quem acabou com nossas plantações! Se não fosse pelo seu ataque estaríamos bem!-A voz rude e arranhada a fez vacilar.

—Sim, você tem razão. Mas, não podemos lidar com realidades que ficaram no passado. O nosso clã foi invadido e temos que aprender a ser maduros o suficiente para sabermos que um ataque direto apenas nos causaria mais sofrimento. Por favor, pense nos seus filhos e nas pessoas que amam. Não façam nada que comprometa a vida deles, pelo menos até o fim do inverno.

Roslyn se calou por fim, sentindo a respiração alterada e a expectativa de ter falado o bastante para conter a impaciência do seu clã.

—Nós aguardaremos até o fim do inverno, mas não espere por mais compreensão da nossa parte.

O deboche claro na voz do homem trouxe arrepios de temor ao corpo de Roslyn. Mas, não permitiu transparecer.

Os aldeões se dispersaram rapidamente e Edward voltou a se aproximar de Roslyn, traçando uma linha suave em sua bochecha.

—Foi muito bem minha senhora.

Roslyn deixou um sorriso escapar, sentindo o alívio acalmar o seu coração.

—Você tem certeza que eu falei o bastante para acalmá-los? Eu realmente odiaria ter outra guerra dentro do nosso clã.

Ela pensou nas várias mortes e no sangue escorrendo de corpos inertes. Não, não poderia deixar isso acontecer.

—Roslyn.

Ela ergueu a cabeça atendendo ao chamado, sentindo o hálito morno de Edward contra o seu rosto. Sentiu uma mão em sua cintura e ouviu os passos de Edward estalarem quando se aproximou ainda mais.

Então, notou com verdadeiro alarme que ele estava próximo demais do seu rosto para apenas um abraço amigável. Estava prestes a dar um passo para trás quando outro som chamou sua atenção.

E gelou quando uma voz quebrou o silêncio da noite.

—Vejo que não sou o único a manter relações fora do casamento, Roslyn.


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Notas finais do capítulo

Parece que Alaric pegou os dois com a boca na butija heinnn!! O que acham que vai acontecer agora?! Comentem pessoinhas, amo os comentários de vocês S2!!
Um recadinho para Mariana, de novo kkk, que pode interessar aos outros é que eu estou procurando por pessoas que possam parecer com os personagens da fic :3. Mas, eu ainda não encontrei então assim que eu achar alguém parecido eu coloco os nomes aqui!!! Bjsssss :))))