Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

OIEEEE, mais um capítulooo :)))!! Eu não revisei ele direito porque eu estou em uma correria só e o celular tem salvado essa fic rsrs, porque é o único jeito que dá pra escrever kkkk!! Espero que gostemmm ;)
Sorry qualquer erro.



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—Descobriu alguma coisa?

A voz de Sebastian puxou a atenção de Alaric de volta para a pequena plantação queimada a sua frente, onde a terra seca já recebia o frio cortante do inverno.

—Não.

—Roslyn não sabe quem foi?

—Ela não se lembra.

Ele caminhou para longe do amigo observando até onde as terras acabavam e davam lugar as de outro clã.

Já fazia dois dias que Roslyn estava se recuperando do acidente, e já fazia exatamente dois dias que Alaric não dormia, nem por míseros segundos.

Ele estava mais do que irritado, estava irado. Gritava com os seus homens como se fosse um velho rabugento. Se o seu cavalo não estivesse selado, gritava com o cavalo por ser pateticamente lento. Se alguém se metia em seu caminho, bastava um olhar demoníaco para fazer a pessoas correr mais do que um cervo assustado.

Se Alaric não conhecesse a  si mesmo, diria que aquela pequena ruivinha havia jogado uma praga dos infernos nele.

Nada, nem mesmo as melhores prostitutas daquele maldito clã, eram capazes de melhorar seu humor. A não ser aquela boca pequena e vermelha que ele sabia ser uma delícia de se mergulhar.

Maldita seja Roslyn!

Alaric se controlou para não dar meia volta, montar em seu cavalo e tomar para si aquilo que era seu por direito. Mas, Roslyn morreria de desgosto primeiro, antes que ele a sujasse com suas mãos de assassino.

—Se não o conhecesse, Alaric. Diria que está sendo possuído por não somente uma criatura bestial, mas várias delas. -Caçoou Sebastian, assistindo com prazer o trincar do maxilar de Alaric.

—Se me conhecesse Sebastian,  deveria saber que mais uma palavra e esse punhal fará parte do seu corpo.

A risada curta de Sebastian se perdeu na brisa fria que vinha do Leste.

—Esse mal humor todo é por que Roslyn anda indisposta na cama?

—Sebastian, já chega. -Alaric encarou o amigo seriamente, pois a simples menção das palavras "cama" e "Roslyn" na mesma frase era torturante aquela hora da manhã.

—Está bem. -O loiro levantou as mãos para cima em um sinal de rendição com uma expressão divertida na face, esquecendo das rédeas do cavalo. -Não vou mais importuná-lo sobre isso.

Alaric apenas grunhiu em resposta, procurando por sinais de pegadas ou qualquer outra coisa que pudesse orientá-lo naquela busca que estava o deixando no limite.

—Devíamos voltar. -Sebastian gritou para Alaric quando o vento se fez mais forte e a montaria se agitou pelo frio incomum ainda faltando alguns dias para o inverno. -Está claro que nos mandaram para cá apenas para perdermos mais tempo e desistirmos de encontrar a mulher que jogou Roslyn no rio.

Alaric sabia que deveria desistir daquela idiotice de ficar procurando por uma pessoa que parecia ter escapulir no ar. No entanto, estava claro que as pessoas não iriam entregar a escória do clã de mão beijada para ele. Girando sob os calcanhares rumou em direção a sua montaria, subindo com agilidade o enorme corcel negro.

—Vamos caçar. Preciso matar nem que seja um animal, hoje.

    *****

Roslyn acordou com vozes no quarto. Não precisava alargar a mão sobre a cama para saber que Alaric já havia partido há muito tempo.

—Pobre menina, não merecia ser traída assim.

Ela se esticou tensa quando ouviu a voz penosa que provavelmente era de uma criada. Então, imaginou que fossem as criadas arrumando a banheira a qual, provavelmente, Marion iria lhe ajudar a se lavar para retirar toda aquelas bandagens gosmentas.

—Disseram que o senhor partilha da cama de Rachel praticamente todos os dias e, depois, volta para o quarto da senhora para manter as aparências.

A ruiva não conseguiu conter o ofego de dor que escapou dos seus lábios. Ela sentiu a vergonha e a rejeição como um tapa forte no seu rosto.

—Aquele homem não tem cara de quem zela pelas aparências do casamento.

—Tem razão. Não sei como Rachel tem coragem de, bem, você me entende. -A criada murmurou como se sentisse constrangida ao menos em fazer menção do nome de Rachel. -Ele é tão bruto e grotesco. Reparou naquelas cicatrizes em seu rosto, pareciam forjadas a ferro. A encarnação do próprio mal.

—Os seus olhos parecem queimar como as labaredas do inferno. Sinto que pode me matar em só me olhar. Uma vez, estava no corredor quando me viu, senti que sugava a minha alma com aquela carranca horrível.

Uma exclamação de horror saiu dos lábios de uma das criadas, enquanto Roslyn permanecia deitada na cama, fingindo que dormia,  mas por dentro sentia o coração disparado pela descrição assustadora de Alaric e pela descoberta de suas saídas à noite. Não queria se deixar afetar por saber que ele passava a noite com outra mulher, mas o seu coração parecia não estar afim de obedecer às suas súplicas de não se importar.

—Suas pequenas mexeriqueiras! Saiam do quarto imediatamente! -A voz autoritária de Marion e a sua expressão dura em direção às criadas mal educados, fizeram as enrubescerem em resposta.

Como se houvesse pragas no quarto, terminaram de derramar o último balde de água na tina e saíram praticamente correndo em direção ao corredor, deixando um eco de suas vozes afobadas e aterrorizadas.

Marion se aproximou da cama sabendo que Roslyn já havia acordado pela maneira que se agarrava aos lençóis brancos com excessiva força.

—Senhora, não se importe com o que falaram. Estavam apenas sendo maldosas.

—Está tudo bem, Marion. Não me importo. -Disse fria, com uma expressão inexpressiva.

Marion pensou em lhe falar que a forma como seus lábios estavam comprimidos e pela maneira como seu corpo estava tenso, ela podia estar sentindo qualquer coisa menos indiferença. Apesar, de tentar avisá-la,  parecia que o coração da menina havia se convencido de que até mesmo um assassino como aquele homem era merecedor do seu carinho e afeição.

Ledo engano.

—Está pronta para tomar o banho? Preciso retirar todas as bandagens dessa vez.

—Sim. Mas, antes quero que peça para alguém arrumar outro cômodo para mim.

Roslyn se ergueu da cama, sentindo a dor menos aguda do que antes. Ela estava obstinada a não ser vista mais como a pobre menina, traída todas a noites pelo marido que tinha, muito provavelmente, mais apreço por seu cavalo do que por sua esposa.

Se ele achava que iria lhe encontrar adormecida na cama como uma idiota essa noite, bem ele não perdia por esperar.

—Minha senhora?!

—Marion, não seria vista como uma mulher fraca e ignorante. Cansei de ser sempre a vítima que todos sentem pena.-Declarou com a expressão altiva e o coração endurecido. -Não me importo onde Alaric durma, mas comigo ele não dormirá mais.

—Querida, sei que é difícil escutar esses falatórios desagradáveis, mas precisa pensar no seu bem estar. Caso ele não lhe encontre aqui essa noite, pode pensar que fugiu e será pior para a senhora. -Marion andou em sua direção, agarrando as mãos suaves e pequenas nas suas. -Não faça isso.

—Cansei de escutar sussurros de pena que parecem se despregar das paredes a cada passo que dou. Se ele quer continuar com suas atividades extraconjugais, que ao menos tenha sensibilidade o suficiente para ser mais discreto.

Roslyn sentiu a raiva crescer como um fogo em seu interior. Consumia tudo e crescia de uma forma quase assustadora.

Ela nunca se sentiu tão furiosa. Tudo por causa de seu marido monstruoso. De repente, passou por sua cabeça que ela ainda teria que falar com ele, ainda pior, se Marion não lhe arrumasse um outro quarto teria que dormir na mesma cama que Alaric depois dele ter passados inesquecíveis momentos com Rachel Armstrong, pensou envaidecida.

O desespero a dominou quando imaginou que em algum momento da noite ele iria se deitar ao seu lado e tocar em seus cabelos com a mesma mão que teria feito carícias em Rachel.

Não, se negava a ser humilhada a tal ponto.

—Por favor, Marion. Preciso da sua ajuda. -Roslyn suplicou, com os olhos abertos como prantos e a sobrancelhas franzidas. -Por favor.

Marion soltou suas mãos e deu um passo para trás apreensiva. Olhou as bochechas coradas de Roslyn pela vergonha e seus cabelos revoltosos que caiam livremente por suas costas, deixando sua aparência mais frágil. Marion exalou uma respiração profunda de rendição e Roslyn soube que havia vencido.

—Apenas tenha cuidado, minha senhora.

*****

Roslyn soltou a respiração trêmula que segurava sem notar. Comprimiu os dedos contra o seu regaço, notando o ar frio da noite envolvê-la, apesar de estar sentada em frente ao fogo que a mantinha aquecida até aquele momento.

Já fazia alguns minutos que Marion havia deixado-a só no quarto. A criada se mostrará a teimosia em pessoa quando a mandou embora para descansar.

Não permitiria que passasse a noite acordada para zelar por seu sono. Ao menos se estivesse com sono seria menos desgastante do que ficar acordada sem nem mesmo um resquício de cansaço para os seus olhos pesarem.

Em um algum momento da noite, o cansaço a venceu e ela se permitiu deitar no banco duro de madeira, enrolando os joelhos contra o peito e as mãos sobre sua cabeça. Ela não soube por quanto tempo permaneceu adormecida. Talvez, por horas ou até mesmo minutos.

Mas, quando abriu os olhos, momentos depois, poderia jurar que sentia o frio congelante do inverno em seu ventre quando uma mão quente como ferro forjado agarrou seu ombro e a girou até ter suas costas grudadas no banco.

—Tsc Tsc. -A respiração entrecortada da ruiva preenchia o quarto como um chiado aterrador. -Fugindo de mim Roslyn?

A menina sentia o peito se expandir e contrair de uma forma frenética em  uma corrida para acompanhar sua respiração descompassada.

Os lábios entreabertos lutavam por mais ar quando a mão que segurava seu ombro, enlaçou seus pulsos acima da sua cabeça e a impediu de fazer qualquer movimento.

—Sabe essa foi uma noite bastante interessante. -O sussurro de Alaric se fez mais baixo quando ele achou uma ponto particularmente perfumando entre os cabelos de Roslyn e a curva delicada da sua orelha. -Estava eu voltando para o salão principal depois de um dia longo em que eu precisei caçar malditos animais para alimentar a porcaria das bocas famintas deste clã, quando me avisam que uma pequena ruiva insolente fugiu do quarto em que eu dei ordens explícitas de mantê-la presa até que ela se recuperasse totalmente.

Alaric parou a narração para recuperar o fôlego.

Roslyn se manteve estática, com a respiração suspensa, o olhos fechados com força de quem sabia que a morte estava perto. Ela havia tentado a cobra e, em troca, ela estava ali para dar o bote.  

—Então, quando eu imaginei que ela não seria estúpida a esse ponto, me desiludi rapidamente quando entrei no quarto e o encontrei vazio. -Ele parou de falar e ao mesmo tempo ela soltou a respiração. -E, adivinha, essa pequena ruiva é a minha esposa inconsequente que está vulnerável em meus braços, sem ninguém para protegê-la. Ainda está se achando muito esperta Roslyn?

—Você é doente.  

Roslyn sentiu o momento em que ele se afastou, raspando a parte áspera da sua barba contra sua bochecha corada fazendo uma estremecimento percorrer todo seu corpo.

Aterrorizada era pouco para descrevê-la. Ela estava prestes a gritar por socorro quando sentiu a respiração ofegante de fúria de Alaric contra seu rosto. Tão perto que compartilhavam o mesmo ar.

—Você não imagina o quanto.

Roslyn arfou com  o coração palpitante, o medo sufocando sua garganta. Os dedos gelados contra seus pulsos mostravam a força daquele homem. Mostravam que ela não passava de uma pedra em seu sapato.  Que seria esmagada em poucos segundos.

Um nariz gelado e lábios frios passeavam livremente por sua garganta e pararam em cima de sua jugular, como se quisesse sentir o seu pânico em sua pulsação enlouquecida.

—Agora, Roslyn, eu gostaria que me respondesse. O quão estúpido eu pareço ser para você achar que eu não repararia que a minha esposa simplesmente sumiu no ar?

—Vai pro inferno.

Roslyn gostaria de saber da onde tanta coragem surgia dela para respondê-lo assim, mas a forma com ele a tratava sempre a deixava enfurecida e com uma resposta mal-criada na ponta da língua.

As respirações ofegantes preenchiam o quarto como uma melodia perturbadora. Roslyn sentiu o momento em que ele perdia o controle e a esmagava com o seu peso. Ela quis gritar de ódio, fúria por tê-lo tocando-a apesar de traí-la todas as noite com outra mulher.

Mas a raiva se desvaneceu quando lábios roçaram os seus como uma provocação. O medo que exalavam de cada um de seus poros havia se transformado em algo agitado que corria por suas veias.

E quando ele sussurrou a resposta contra seus lábios, soube que estava mais do que perdida.

—Já estou nele.


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Notas finais do capítulo

Gostaram da revolta da Roslyn??? Comentemmmm, please, me anima muito na hora de escrever maiss :)))
Muitos bjss e até o próximo suas divas...



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