Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys! Essa é a minha primeira história de verdade, antes eu só escrevia one shorts, mas estou me aventurando nesse novo território rsrs. Espero que gostem desse primeiro capítulo meio cheio de emoções rsrs.
P.S: desculpa qualquer erro!



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 O tremor da perna de sua mais recente esposa estava irritando Alaric de uma maneira além do limite normal. Já bastava as inúmeras vezes que derramará o vinho da taça ao tentar levá-la em direção aos lábios, quando Alaric ordenou que bebesse.  

    Ele observou com olhos de falcão o seu pequeno corpo encolhido ao seu lado, cada vez mais tremente a medida que dedicava a lhe lançar olhares intimidadores a moça.

    O guerreiro estava consciente dos olhares de fúrias dirigidos a ele desde o início da celebração do casamento. No entanto, ao apostar naquela aliança apostou também no respeito que o seu mais novo clã iria lhe dedicar caso casasse com a filha do antigo Senhor das Terras.

     Ele não era o tipo de homem que tinha escrúpulos ao derramar o sangue de inocentes, e muito menos ao tomar o que não era seu, como aconteceu ao invadir as terras daquele clã. Já fazia um mês que estava como Senhor daquelas terras. Não obstante, devido a teimosia daquele povo ao não aceitar suas ordens, precisou tomar medidas drásticas, mesmo que não lhe fossem agradáveis.

    Olhou novamente com desgosto para a mulher ao seu lado.

    Ele não precisou mais do que uma olhada para ter certeza de que a mulher não tinha absolutamente nenhum atrativo escondida sobre um vestido de criança, que mostravam seus tornozelos e canelas. No momento em que lhe pousou os olhos, não entendiam porque lhe deixavam que percorresse aquelas terras vestida de uma maneira tão reveladora. Mas, logo percebeu os olhos desfocados e a expressão sempre concentrada.

    Era cega.

    Ele olhou para o lado enojado. Por um lado não teria que partilhar a mesma cama mais do que o estritamente necessário para lhe dar um varão ao final do inverno. Pensou na recompensa que teria ao se banquetear com as rameiras.

    Semicerrou o olhar quando uma mulher extremamente avantajada, com o corpo curvilíneo completamente oposto a sua esposa, serviu a um de seus homens, lançando sorrisos misteriosos e sedutores a um de seus soldados.

Enquanto isso, ali estava ele, preso a uma mulher sem graça e cega.

Pronto para acabar com toda aquela comemoração e assumir o posto como Senhor das Terras, Alaric se levantou com brusquidão, forçando a mulher a acompanhá-lo.  Sentir o braço frágil e tremente sobre seus dedos causou um novo ataque de fúria no homem, que nem se deu ao trabalho de afrouxar o aperto. Estava bastante no limite com a perspectiva de estar amarrado a aquela mulher assustada como um ratinho pelo resto da sua vida.

Com um rugido, atraiu a atenção de todos, proclamando que se ausentaria da celebração para tratar da consumação do casamento. Ao terminar a declaração, ouviu um ofego de horror vindo da diminuta mulher que parecia ter se dado conta do que aconteceria nas próximas horas.

Antes que a mulher causasse uma cena, pegou-a nos braços e a levou a passadas rápidas em direção as escadas. Ouviu uma comoção atrás de si, principalmente gritarias de protestos e rejeição por parte do clã. Quando terminasse com ela, não resultaria mais nenhuma opção aquele povo desgraçado a não ser aceitá-lo como condiz as regras.

Ele não deixaria nada pará-lo. Nem mesmo uma mulher cega.

O corredor úmido o levou diretamente para a porta na qual já havia instalado seus escassos pertences. A carga leve em seus braços o intrigou. A mulher parecia ter perdido os sentidos, uma vez que nada mais do que sua respiração errante era possível de se escutar.

Chutou a porta com a bota, fechando-a com um baque seco.

Sem se importar em acender a lareira para tornar o ambiente mais acolhedor. Alaric caminha com passos firmes e decididos diretamente para o centro da cama, derrubando seu pacote na superfície macia do colchão.

Quase que automaticamente, puxou a camisa para fora da calça. Contudo, a mulher escolheu aquele momento para pular da cama em uma tentativa de fuga tardia.

Alaric, rapidamente, conseguiu pegar o seu tornozelo, puxando-a com brusquidão. A mulher soltou um som afogado que transparecia o seu terror. O homem sorriu sardônico.

    Quando voltou a tentar arrebentar o botão, a pequena fugitiva voltou a chutar o colchão tentando se libertar dos dedos no seu tornozelo que a mantinham cativa. Com uma força descomunal, a mulher se esquivou do agarre, pulando da cama.

    Com uma velocidade impressionante, Alaric a pegou pela cintura, voltando a derrubá-la sobre o colchão, com a respiração ofegante. Colocou-se sobre ela, esmagando-a com seu peso.

    —Não! Não, por favor!

    Os gritos da mulher continuaram de uma forma extremamente inquietantes, quando ele a imobiliza pelos pulso, usando a outra mão para levantar-lhe as saias.

    Os berros se fizeram mais insistente, quando manteve a mão pressionada contra a coxa suave da mulher, surpreendido que apenas com aquele toque sentiu uma fisgada no âmago do seu estômago.

    Um soluço quebrado fez seu corpo sacudir a medida que um torrencial de lágrimas banhavam a sua face.

    Por algum motivo desconhecido e frustrante, Alaric não conseguiu ir adiante. Olhando para aquela face enrubescida pelo choro e aterrorizada, o homem sentia como se estivesse levando aquela mulher para a forca, logo depois de violentá-la sem remorsos.

    Olhou atentamente para o nariz arrebitado e pequeno, os lábios cheios, as sobrancelhas finas e arqueadas, os olhos desfocados abertos como prantos. Ele seguiu com os olhos a trajetória das lágrimas deslizarem até atingirem o lençol imaculado.

    A mulher ainda se debatia violentamente contra ele, tentando se soltar. E, então, uma sensação de nojo o tomou conta. Não sabia da onde surgiu, apenas não podia suportar mais.

    Com pressa de se livrar daquele sentimento opressor, Alaric se livrou da mulher. Andando apressado até o extremo da câmara, respirando ofegante, o homem deixou-se levar pelas emoções que o atacavam com violência.

    Mas, que demônios se passava com ele?!

    Precisava consumar o casamento, era seu dever e obrigação. Mesmo que precisasse passar por cima de um choro descomedido de uma mulher assustada.  

Não iria matá-la, pensou um pouco mais controlado. Ela era apenas um peão no seu jogo, nada mais que isso.

Voltou a andar em direção a bolinha encolhida no chão do quarto. Puxou-a pelo braço, sentindo a resistência da mulher avivar rapidamente

Os seus gritos se fizeram mais rápidos e aterradores.

—Pare!-Alaric rugiu, mas isso não bastou.

O homem não conseguiria ir adiante caso ela continuasse a berrar de uma forma tão desesperada e agonizante.

Com as forças renovadas ele a levou em direção a cama novamente, tendo mais trabalho para contê-la. Com movimento ágeis, ela empurrou seu tronco violentamente contra o dele, livrando-se da sua mão, e o jogando-o contra o balaustre da cama de dossel. Uma dor cravou no seu ombro machucado, e com um rugido de fúria Alaric puxou a mulher pelo braço, apertando com uma força extraordinário.

O sentimento opressor novamente o invadiu, mais com renovada força. Passou seus braços pelos membros agitados da esposa, sentindo a leveza de carregá-la. Derrubando-a bruscamente sobre o colchão, deitou-se sobre ela, ainda segurando o peso com os braços.

—Não voltará a me desobedecer. É minha esposa, e é melhor que reconheça isso quanto antes. Quando quiser ser corpo para conseguir um herdeiro, não me negará.

—Rogo-te, não o faça…-a mulher comprimiu os lábio como se degustasse de uma fruta azeda. -...marido.

O toque em seu peito se fez mais forte. Ele olhou para baixo, e encontrou os dedos pequenos e delgados de pequena cega pressionados contra o seu coração.

—Sei que não tenho direito de te negar nada. -um suspiro desesperado aflorou dos lábios cheios da pequena. -Mas, ouso suplicar-lhe. Não o f-faça.

Alaric sentiu que sua garganta fechava frente ao toque delicado da sua esposa. Sentiu algo mais forte do que sua fome por sangue, por guerras, e por morte. Sentiu vontade de protegê-la, amá-la, e segurá-la por toda a noite até que seus medos desaparecessem, até que adormecesse em seus braços enquanto zelava por seu sono.

Nunca sentiu algo tão forte e poderoso por uma mulher. Ele se sentiu invadido por uma sensação avassaladora e inigualável por aquela mulher de olhos branco.  

Jamais havia permitido que as suas antigas amantes conseguissem alcançar a parte obscura da sua alma, era apenas o prazer primitivo. Não havia lágrimas, nem sons lamuriantes, e muito menos toques desnecessários.

E, ali estava a sua pequena esposa guerreira, tocando-o como se fosse algo natural, sem saber que estava tocando nas feridas não cicatrizadas da sua alma. Como se fosse um ser humano com sentimentos e emoções.

Alaric, no entanto, sabia da verdade. Era incapaz de sentir, ou esboçar qualquer emoção humana. Era um mercenário, e, nada, nem ninguém, mudaria seu pensamento.

Sem emitir uma palavra se separou bruscamente da mulher tombada na cama, e sem olhar novamente para o seu corpo encolhido, dirigiu-se diretamente para a segurança do corredor úmido e solitário.

Teria uma longa noite com as prostitutas, longe do calor humano da sua esposa. E do seus dedos inquietos.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem! Eu sou uma pessoa SUPER aberta, então fiquem a vontade com críticas e opiniões. Eu não mordo rsrs! Bjsss e COMENTEM PLMDS se não for pedir muito :3



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