Rivais. escrita por Inory12


Capítulo 1
Nunca lute contra uma garota, pode ser suspeito.




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Edo, uma cidade à beira da miserabilidade, cheia de amantos metidos a superiores. Sougo andava tranquilamente pelas ruas de Edo, sempre sendo observados por várias garotas ao seu redor. Nem ele mesmo entendia a sua beleza, mas adorava aquela atenção e ser tratado de maneira superior.

Ele parou em frente a um boteco e entrou, o loiro não frequentava esses locais, mas não tinha culpa se sua irmã trabalhava ali. Ele vistoriza o local pelo olhar, procurando sua irmã em alguma mesa servindo algum bêbado falido. Logo adiante ele perceber que sua irmã estava numa mesa bem movimentada, assim que viu uma mão na bunda de sua irmã Sougo sacou sua katana, aquilo sempre acontecia, todo os dias em que ele iria entregar alguma coisa que sua irmã pedira sempre ocorria aquela cena.

Sougo era ciumento em relação a sua irmã, não gostava que nenhum cara a olhasse ou mandava uma cantada, sempre querendo proteger sua irmã de tarados pois sabia o quão ela é bonita.

Aquela tarde não poderia ser pior.

 

 

Sougo e Mitsuba andavam lado a lado, ela falando inocentemente sobre o trabalho enquanto Sougo limpava suas mãos de sangue. Edo era uma terra sem lei, então podia fazer o que bem entender, até matar. Mitsuba suspira, sabia que o irmão não escutava uma palavra sequer dela.

— Irmã, por que ainda trabalha ali? – Sougo para de caminhar e encara a irmã – Todo o dia você é assediada, e os dias que não vou visita-la? Como vai ser isso? – Disse da maneira mais calma que ele achou, mas sabia que sua voz tinha saído triste.

A loira sorri serenamente – Eu gosto do meu trabalho Sougo, mesmo com esses acontecimentos. – Ela continua a andar deixando o loiro irritado.

 

 

Noutro dia o loiro acordou mais cedo que o normal, vestiu-se e saiu de casa, queria pensar, queria sair daquele lugar de merda chamada Edo. Ele trabalhava também e ganhava o suficiente, então por que sua irmã insiste em trabalhar naquele boteco imundo? Nem ele sabia a resposta. Chegou numa praça deserta, em total verde. Ele lembra que quando mais novo brincava na inocência com as outras crianças, as maltratando e quando possível jogava areia nos olhos delas. Ele sempre foi sádico, sua irmã sempre brigava com ele por ser assim, mas ele gostava de ser assim.

Ele olhou para o banquinho que sempre sentava quando mais novo, esperando sua irmã busca-lo. Estranhamente ele viu uma mulher sentada ali, “ Quem além de mim estaria acordado a essa hora? ” Perguntou-se.

O loiro chegou mais perto, a mulher usava um vestido parecido com um da China, era branco com detalhes vermelhos, tinha cabelos longos e ruivos, apenas quando ela encarou o loiro ele percebeu aquela pele branquíssima e olhos opacos azuis. Era a cara da inocência e ao mesmo tempo de uma mulher madura, ela tinha curvas formidáveis. Sougo nunca tinha visto aquela mulher por Edo, será ela um amanto? Não podia, era muito bonita para ser.

Ela levantou-se e ficou de costas e saiu andando, mas ela para e olhou de relance para Sougo e riu. Ele não entendeu a reação da ruiva, mas algo nele dizia para persegui-la, afinal ele era um policial e ela era uma suspeita. Ele começou a seguir ela e a mesma não se importou, parecia que ela queria que o loiro a seguisse para algum lugar. Ele temeu quando percebeu que já estava na divisa de Edo para o deserto, mas continuou mesmo assim, aquilo ficou interessante quando analisava cada movimento da ruiva, suas curvas pareciam mais elegantes a cada segundo que ele observava.

Quando mais distantes ele percebeu que foi burro em seguir a ruiva, poderia ser uma armadilha, qualquer coisa. Mas parecia que fora encantado pela ruiva percebia que a mesma sempre carregava um guarda-chuva lilás consigo. Por sorte ele havia trago sua katana, afinal, estava em Edo e era um policial. Ela virou-se para o loiro e sorriu.

— Okita Sougo, Capitão da primeira divisão do Shinsengumi. – Ela deu uma pausa para observar a reação do outro que foi quase neutra, quase, pois para o mesmo ficou mais aparente o que a ruiva queria – Eu quero que lute comigo.

 

 

 

Ele não apareceu no trabalho, não foi deixar sua irmã no trabalho dela, não tomou café, muito menos almoçou, nem sequer lanchou, apenas lutou contra uma mulher extremamente forte e cheia de artimanhas. No período do Almoço percebeu que aquele físico seria impossível a ruiva ter tanta força, portanto logo lhe surgiu que realmente ela poderia ser um amanto, um muito bonito na visão dele.

No lanche da tarde ele percebeu que ela podia ser um Yato, pois era muito sensível ao sol, percebeu isso depois do almoço, quando o sol se tornou mais rigoroso e ela perdendo sua força. De vez em quando via a calcinha branca dela, mas sempre negava que viu quando a mesma gritava de raiva com ele e assim começavam mais uma luta.

No decorrer do dia, ambos com fome, percebiam que com aquela luta estavam se conhecendo melhor, aquela luta de um dia de greve de fome, eles se xingaram e gritavam um com o outro ao mesmo tempo ambos admirando o poder e a beleza do outro.

No período da noite já se ouvia sirenes do Shinsengumi, eles procuravam seu capitão da primeira divisão que fora ter faltado a última vez que alguém viu ele foi de manhã bem cedo com uma ruiva, uma velhinha que vendia comida passava pela praça todo dia de manhã que contou. Mitsuba estava junta ao Shinsengumi, nunca que seu irmão acordaria cedo e para encontrar uma mulher? Será que ele estava namorando e ela não sabia? Talvez, mas não ir ao trabalho e muito menos a perturbar para ela sair do trabalho, aquilo não era dele.

Porém, tanto ele quanto a ruiva estavam deitados um do lado do outro, ofegantes de tanto lutar, estavam com fome, muita fome. A ruiva pensava que iria morrer de tanta fome, o loiro já estava acostumado a passar fome, mas naquelas condições era preocupante, ou será que fazia parte do plano da ruiva?

— Eu tenho dinheiro. – Ela sentou-se – Talvez poderíamos comer algo nesse seu planeta medíocre.

Ela riu, realmente ela era um amanto – O que é você? – Ele perguntou mesmo já sabendo a resposta.

— Que rude essa pergunta para uma linda garota como eu. – Ela bufou – Meu nome é Kagura, sou uma Yato.

Ela se sentia zonza, queria muito comer alguma coisa. Sougo levantou-se de forma rápida e olhou para a ruiva, percebeu que ela estava tremendo, suspeitou que fosse de fome. Ela se levantou da maneira mais natural que fosse, mas Sougo conhecia a fome, sabia muito bem como reconhecer uma pessoa com fome, muita fome.

— Eu vou aceitar sua proposta. – Disse Sougo chegando mais perto da ruiva e a levantou em seus braços.

— O QUE ESTÁ FAZENDO SEU TARADO? – Ela gritou, dando um murro na cabeça dele, mas Sougo nada respondeu, apenas começou a andar para fora do deserto.

 

 

 

Hijikata Toshiro, o vice comandante do Shinsengumi abriu a porta da lanchonete de forma desesperada – SOUGO!

Logo Mitsuba entra também e logo o moreno e a loira se surpreendem com a cara sem expressão de Sougo e a suspeita ruiva enquanto ambos comiam yakisoba. Mitsuba ficou impressionada com tantos pratos sobre a mesa onde ambos estavam e ficou mais ainda quando ambos pediram mais.

A loira sentou ao lado do irmão e Hijikata preferiu sair dali, resmungando um pouco enquanto pegava um cigarro. Mitsuba acompanhou seu irmão na competição de quem comia mais.

— Sougo, ela é sua namorada? – Perguntou inocentemente.

Sougo engasgou com o macarrão e Kagura ficou corada.

— Que diabos a fez pensar isso? – Perguntou Sougo um pouco sem saber o que fazer.

— Bem, você sumiu o dia todo com ela e agora, nessas horas vocês estão jantando... – Mitsuba corou um pouco – Eu sei que você é provavelmente não é mais virgem, mas espero que saiba que usar camisinha é essencial...

Sougo desviou o olhar para a comida, não queria escutar sua irmã, não na frente de sua possível rival e percebe que a mesma prestava muita atenção no que Mitsuba falava, o loiro não sabia onde enfiar a cara quando sua irmã falou no dia que Sougo deu seu primeiro beijo.

— Então você estava aqui Kagura?

Os três desviaram o olhar para o responsável pela pergunta, era o mesmo de estar vendo Kagura, só que homem. Atrás dele vinha outro homem de cabelos negros com um dos olhos cobertos e kimono roxo com detalhes amarelos.

— O que faz aqui Kamui? – Perguntou Kagura, pronta para comer mais uma tigela.

— Só queria saber se realmente vai ficar nesse planeta de merda. – Sorriu cinicamente – Acho que vai ficar, arranjou até um namorado! E já está conhecendo a mãe dele? Meu Deus!

Uma veia de Kagura solta e a ruiva olha com certa intensidade para Kamui.

— Já não falei que é falta de educação falar as coisas que pensa? – Disse o homem de kimono.

Kamui fez bico – Desculpe, mas sabe que não resisto.

Kagura ignorou Kamui enquanto o mesmo discutia sobre educação com o homem de cabelos negros.

— Quem são? – Perguntou Sougo.

— Kamui é meu irmão babaca e o cara do olho tampado é meu cunhado. – Disse enquanto pegava o hashi.

Sougo passou um tempo analisando o que sua nova rival falava, não que ele fosse contra a pratica gay, mas era deveras engraçado como ambos os homens se portavam, não parecia namorados parecia mais rivais.

“Rivais...” Sougo olhou para Kagura, certo que quando a viu sentiu algo a mais do que atração carnal, mas será que a ruiva sentiu isso?

— Nós Yatos precisamos de pessoas mais fortes que nós para construir um relacionamento amoroso – Ela pausou e olhou para Sougo – ou uma pessoa que pelo menos tenha força para impedir o nosso lado sombrio.

Sougo por um momento analisou o que a ruiva a sua frente lhe disse, mas sua irmã perguntou algo que deixou todos surpresos:

— Então você quer namorar meu irmão?

Quando Kagura corou e desviou o olhar, Kamui queria matar Sougo e o loiro estava estático, o moreno, cujo nome é Takasugi, riu da situação de forma sádica e Mitsuba sorriu de felicidade.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥
Até a próxima!



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