Descendants 2 escrita por America Jackson Potter


Capítulo 24
The Planes of the Dragon




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Nós somos vilões, conseguimos o que queremos, quando queremos. 

— Daiana Tremaine

...

26 de Dezembro

Fazia um dia desde que Mal e Isabelle estavam desaparecidas e ninguém conseguia comunicar com a Base Militar da Torre. Auradon estava em alerta e nenhum nobre, membro do Conselho ou súdito estava autorizado ir para a Base. Os guardar que o rei enviou para ir, não haviam retornado ainda. E aquilo preocupava todos.

...

— Talvez a matéria mais importante do ano para vocês — a voz do Diretor Dr. Facilier escoou pelo grande ginásio da escola Dragon Hall. — Não é só porque vocês veem os nossos grandes feitos do passado, mas porque vocês iram aprender a fazer os seus.

— Como se estamos dentro de uma Ilha? — Brayn Wolf sussurrou para Victor Valete.

— Hoje, chega de teoria — Dr. Facilier disse fazendo com que os alunos ficassem agitados. — Seus grandes feitos começaram. Não importa se estamos dentro de uma ilha, Sr. Wolf, todos os grandes começaram por baixo. E é isso que queremos de vocês! Que sejam melhores do que toda a geração passada. Vocês podem estar sentados ao lado da criança que irá nos libertar daqui. Ou da criança que irá conquistar o mundo.

Fez-se uma pausa. O diretor estava escolhendo as próximas palavras que iria dizer. Mas algo aconteceu que iluminou o ginásio, e talvez toda Auradon, com uma luz verde intensa. Era a segunda vez que aquilo estava acontecendo.

— Estão dispensados! — O mais velho gritou correndo para fora. — Para fora da escola!

Daiana estava passando pelos corredores e quase foi derrubada pelo diretor. Victor e Bryan a ajudaram a levantar.

— Que diabos está acontecendo? — A meio loira perguntou.

— Vem da Montanha Proibida. — Bryan respondeu. — Algo aconteceu.

— E assustou Dr. Facilier — analisou Victor.

— Isso não é bom — a garota falou se virando para Bryan. — Pergunte ao seu pai se ele sabe de algo, nos encontramos do pub da Úrsula. E você também, Valete.

— Eu n...

— Cale a sua maldita boca. Nós somos vilões, conseguimos o que queremos, quando queremos. 

...

Carlos estava levando uma bronca de Evie por ter deixado que Dude entrasse em seu ateliê e estragasse alguns dos panos da garota, quando a luz verde intensa apareceu de novo.

— O que é isso? — O garoto colocou a cabeça para fora da janela, pode perceber que havia outros alunos curiosos.

— Vem da Montanha.

— Vocês estão aí — Jay disse entrando no quarto. Sua expressão não era a melhor. — Precisamos ir para a diretoria. Agora.

— O que está acontecendo? — Evie perguntou seguindo os amigos. Assim que viraram o corredor e entraram na diretoria, Ben olhou para os três preocupados. — Acharam a Mal?

— Ela ainda está desaparecida. E temo que isso tudo, foi ela.

— Isso vem da montanha, não é? — Carlos perguntou. — Onde vocês estavam mantendo a lagartixa, quero dizer, Malévola presa. É claro que a Mal descobriu e foi para lá, qual a dúvida nisso?

O brilho verde desapareceu. As cores voltaram ao normal.

— Não devia ter colocado ela lá — o rei balançou a cabeça. Jane e sua mãe apareceram, a Fada Madrinha estava com a varinha em mãos e Jane com um livro relativamente grande.

— Não se preocupe, Rei Benjamin — a mais velha disse abrindo o livro assim que Jane o colocou na mesa. — Existe sempre uma solução para magia negra.

— Temos certeza que Malévola escapou? — Jay perguntou cruzando os braços.

— Não ainda. Mas tenho certeza que ela voltou para sua forma normal, sua forma humana. — A diretora comentou enquanto procurava o feitiço no grande livro. — Sei que está aqui... achei!

Todos se juntaram em cima do livro. Com letras grandes escritas à mão no topo da página, Carlos leu:

Benção de Uma Fada. É isso?

— Sim, sim — a mais velha balançou a cabeça. — É isso! Como acham que todos os heróis se livraram dos vilões? Por causa da benção que eu dei.

— E como funciona? — Ben perguntou.

— Muito simples. — A diretora sorriu animada. — Como todos os contos terminaram?

— Eles se casaram e foram felizes para sempre. — Jay falou rindo. — Isso é bobagem, Melody, a primogênita da Ariel, foi atacada.

— É um feitiço, nem sempre dá certo, mas garanto que 99% dos meus feitiços dão. E Melody está salva agora, não está?

— Foco, mamãe. — Jane pediu.

— Sim, isso. — A fada se virou para Ben. — Preciso apenas de um pedido de casamento.

— Casamento? — Ben estava absorvendo aquela informação. Era estranho. Muito estranho. Evie percebeu que ele estava atordoado e pegou uma cadeira para ele se sentar.

— Não sabemos onde ela está. — Evie disse.

— Sabemos sim. — Isabelle apareceu na porta da diretoria apoiada em Max. — Ela voltou para a Ilha. Junto com a mamãe dragão.

...

Daiana estava saindo de casa quando percebeu que uma loira, toda arrumadinha, estava na beirada da Ilha. Poderia deixa-la lá, mas algo fez a garota ir até lá e ajudar.

— Você está bem? — Perguntou assim que a garota estava salva na terra firme. Tinha o cabelo todo bagunçado e grudado no rosto. Ela balançou a cabeça e cuspiu um pouco de água. Daiana tirou o cabelo de seu rosto e reconheceu a menina. — Mal? O que você está fazendo aqui?

— Minha mãe está aqui também — ela disse com um pouco de dificuldade. — Estamos todos seguros assim.

— Você bateu a cabeça e precisa tirar essa roupa... o que aconteceu com você?

— Longa história. — Daiana a ajudou a se levantar.

— Você tem tempo. E acho que eu também, se quiser voltar para a antiga Mal.

— Certo, tudo bem.

...

— Rose está? — Gil perguntou assim que Ally abriu a porta.

— Porque eu responderia?

— Porque você é uma pessoa educada e vai me dizer.

— Ela não está.

— Então onde ela está?

— Uma resposta por dia. — Ally fechou a porta, mas Gil colocou o pé na frente.

— Não vou sair.

— Tá — a loira bufou. — Conselho de Segurança de Auradon. Ela e Ariana foram para lá. Acho que até sua amiga Copas foi.

— Izzy voltou? — Ally havia fechado a porta. Poderia ficar mais tempo ali, irritando mais a garota, mas saiu correndo. Pegou um casaco e o casaco de couro de Harry. No meio do caminho encontrou com o amigo e jogou o casaco para cima dele.

— Para quê?

— Temos que ir à um Conselho de Segurança, e nada melhor que ir assim.

— Você sabe que a Izzy está desaparecida, não sabe?

— Não, caro amigo, Mal está. Isabelle está no Conselho de Segurança. E as meninas devem estar lá. — Gil disse puxando o amigo.

Os dois demoraram mais para chegar no Conselho do que entender o que ele era. Eles estavam em Auradon Prep. e precisavam ir para Cidade de Auradon. Não era uma distância muito curta.

...

— A sessão sobre sumiço de Malévola e filha está aberto. — Rapunzel falou e pode-se ouvir o soar do martelo. — Para o início, chamo Fada Madrinha, diretora de Auradon Preparatória, para dar seu depoimento.

Isabelle estava analisando tudo. Era uma corte, talvez maior que a Corte dos Corações. A bancada era composta por Rainha Rapunzel, Rainha Ariel, Rainha Cinderela, Rei Phellip, Rainha Mérida, Comandante da Guarda Real, Chapeuzinho Vermelho, General da Guarda Real, Li Shang, Chefe da Guarda Real, Rei Florian,  e o Rei Benjamin Florian, rei de Auradon. As lendas estavam todas reunidas ali. Era algo inesperado, nunca pensara que iria ver todos reunidos, discutindo sobre uma possível invasão, ou seja lá o que isso seria.

— Cada um governa seu território, mas ninguém é mais poderoso que o Rei Ben, ele que é a última palavra em tudo. Então, ele é a sua esperança de não ser manda de volta à Ilha. — Rose explicou antes das duas entrarem no salão. Não entendera direito o que significava, mas agora sim.

— Responda apenas se tiver a palavra. E tenha educação e respeito. — Ariana disse.

— Você vai se sair bem. — Max sorriu para ela. — Não podemos ficar na frente com você, mas estaremos aqui.

Quando a fada havia acabado de falar, Isabelle viu que as portas haviam sido abertas e de lá, saíram seus amigos. Sentados ao lado dos três auradorianos, a ruiva sentiu-se bem.

— A mesa chama Isabelle Carmim de Copas, para contar sua versão. — Dessa vez, foi Cinderela que havia falado. A garota sentou-se onde foi indicada, respirou fundo. Havia feito o juramento de apenas dizer a verdade, mas não o juramento que iria omitir pequenos fatos, tipo o qual o real motivo dela ter ido atrás de Mal.

— Como tem certeza de que Malévola e Mal Bertha foram para a Ilha dos Perdidos? — Foi a vez de Zangado falar.

— Eu ouvi Mal mandando elas para lá. Ela disse... olhe com atenção, que eu e o Dragão, voltemos para a Ilha dos Perdidos, então. Algo assim, não me lembro direito da frase.

— Temos alguma garantia disso? — General Li Shang perguntou.

— Yen Sid mandou uma coruja dizendo que encontrou Malévola, mas não achou Mal. — A Fada Madrinha mostrou o pergaminho.

— E o que podemos fazer? — Ariel perguntou.

— Se Malévola está na Ilha, ela não tem acesso aos poderes. O cajado dela está no Museu Histórico. É impossível dela conseguir pega-lo.

— E quanto a Mal? Precisamos acha-la. Ela é minha namorada e... — Ben olhou para os país antes de continuar — e futura rainha de Auradon.

 — Vai ter casamento? — Alguém que Isabelle não conhecia perguntou. Começou-se a ter vários murmúrios, alguns de felicidade e outros de indignação.

— Como uma ex-vilã pode ser rainha?

Rapunzel pegou o martelo de madeira e bateu forte várias vezes na mesa.

— ORDEM! — A morena de cabelos curtos gritou.

Isabelle foi puxada para uma lembrança dentro de sua cabeça. Estava sentada ao lado de sua mãe, na corte, enquanto gritava para cortar a cabeça da vítima. Wine estava em pé, ao lado do Valete, pai de Victor. O garoto fez uma careta para a pequena Isabelle, que segurou o riso. O olhar feio de sua mãe para a criança, a fez retornar para a realidade.

— Em primeiro lugar, parabéns ao casal. — Rapunzel disse, mas o rei balançou a cabeça.

— Ainda não a pedi em casamento. Em fato, acabei de decidir isso e nem sei se Mal irá aceitar. — Ben comentou cortando a outra rainha. — Mas pode continuar, vossa alteza.

— Hm, certo. — Rapunzel fez uma careta tentando lembrar o que estava falando. — Ah, em segundo lugar, precisamos decidir o que fazer para achar a garota.

— Vamos esperar notícias de Yen Sid, porque podemos mandar os alunos que vieram da Ilha — Rei Florian disse.

— Mas podem me mandar. — Ben falou. — Vocês disseram desde o início que Malévola precisava voltar para a Ilha, mas pensei que a BMM era mais segura.

— Não podemos arriscar vossa majestade. — Cinderela comentou. — Coisas ruins podem acontecer com você lá sem a Benção.

— É minha culpa, eu preciso arrumar a bagunça.

— Ótimo pensamento, Rei Ben, mas não podemos aceitar. — Ariel falou suavemente. — Você não tem irmãos ou algum herdeiro, ainda, então não podemos te mandar para lá sem saber que não estará seguro.

— Não há nenhum feitiço que ache Mal? — Ben se dirigiu para a diretora, que negou.

— E não há nada que eu possa fazer se você for para a Ilha, a magia não funciona lá, você estaria desprotegido.

Isabelle e seus amigos se viram numa discussão diplomática. Queria muito ir embora, mas como era a principal testemunha, não dava. Demorou muito tempo para resolverem a questão e assim que foi resolvido, todos foram dispensados.

Ninguém iria agir, esperariam mais 24h para Mal dar algum sinal, se não desse, a Guarda Real iria procura-la pessoalmente.

Mas os amigos de Mal não iriam esperar esse tempo todo. Ben reuniu Evie, Carlos, Jay, Jane, Doug e Lonnie em uma pequena casa perto do centro da Cidade de Auradon. Estavam discutindo como chegariam até a Ilha quando alguém bateu na porta.

Doug foi atender e teve uma surpresa ao encontrar Ariana, Rose, Charles, Max, Uma, Kaya, Gil, Harry e Isabelle parados lá.

— Seja lá o que estiverem planejando, esqueçam. — Izzy falou. — Existe duas coisas que vocês não sabem sobre a Ilha e elas são cruciais.

— Entrem então. — Ben disse analisando-os. Evie olhou para o amigo sem entender muito bem e depois para Izzy.

— Mal não corre perigo, ela está bem e conhece a Ilha. — Harry falou estendendo um mapa sobre a mesa.

— Só que?

— A barreira está enfraquecida — Gil se pronunciou. — Na vez que Malévola escapou na coroação, vocês recolaram a barreira de volta, mas ela está mais fraca.

— Fazendo com que um simples objeto mágico seja realmente mágico. — Uma disse. — E Facillier tem uma grande coleção.

— Então, de qualquer jeito a barreira cai? — Ben ergueu uma sobrancelha.

— Isso é meio que inevitável. Não podemos fazer nada para impedir...

— Mas? — Jay cruzou os braços observando o mapa.

— Podemos atrasar os vilões. — Ariana disse. — O porto é por onde eles irão chegar.

— E depois vão para o Museu. — Max apontou no mapa uma pequena rota. — Malévola não é nada sem seu cajado.

— Tá, mas como a gente impede os nossos pais? — Evie perguntou mordendo o lábio inferior.

— Não dá, eles irão vir, só podemos atrasa-los. — Isabelle respondeu. — Eles vão saquear tudo que virem, tacar fogo nos castelos, derrubar o rei, é inevitável.

— Eu não ligo para isso, que eles venham, mas eu quero saber da Mal. — Ben passou as mãos no cabelo nervoso. — Como que a tiramos dessa?

— O casamento. Mas tem que ser antes da barreira ser quebrada. — Charles respondeu.

— Por quê? — Lonnie se juntou a conversa.

— Ah minha nossa, como assim por quê? É simples, oras: para a Malévola não entrar na cabeça da filha! — Kaya gritou. Os amigos de Mal olharam-na como uma cara estranha, fazendo-a revirar os olhos. — Vocês não perceberam isso? Mal sabia sonâmbula quase toda noite, ficava murmurando “eu não sou você” quase toda hora — ninguém respondeu, e Kaya continuou —, depois dizem que são amigos dela.

— O poder de uma fada é maior quando ela ainda é jovem — Jane falou pela primeira vez. — É por isso que mamãe disse que serei eu a dar a benção em seu casamento — ela se virou para o Ben, com um sorriso pequeno. — Mal é uma fada, os poderes dela são mais poderosos dos de Malévola.

— Se a mãe da Mal entrar na cabeça dela... — Ben sentou-se absorvendo tudo. Era muita coisa para um dia só.

— Mal não vai conseguir distinguir o certo e o errado. Quem é amigo, quem é inimigo. — Evie completou a frase do amigo. — Qual o plano de vocês?

— Que bom que perguntou. — Harry abriu um sorriso.


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Notas finais do capítulo

E começamos a contagem regressiva para o final de Descendants 2



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