Alias escrita por ladyenoire


Capítulo 6
Origins


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu já expliquei 3874875 vezes, então espero que entendam que não está sendo fácil :s
E eu não tive tempo de revisar porque vou ter que viajar de novo, então desculpem qualquer erro.
Boa Leitura!!!



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Há alguns anos atrás:

Marinette adorava admirar as construções do vilarejo, eram simples, bem-feitas e muito especiais, de acordo com seus mestres.

— Está pronta para a lição de hoje?

— E qual seria? – a azulada questionou e logo sentou na grama, de frente para Plagg.

— Retrospectiva. Antigos acreditavam que contar seu propósito inicial faz com que você reflita sobre seus atos e pensamentos de agora.

— Então eu deveria contar porque vim para cá? – ele assentiu – Bem, eu perdi meus pais em um acidente de carro e então entrei em depressão. Minha amiga Alya insistiu que eu deveria buscar ajuda e então eu vim para cá, depois de muita procura. Porque para encontrar o Miraculous...

— É preciso querer encontrar a si mesmo primeiro. – assentiram – E qual foi sua reflexão ao contar sua história?

— Eu acho que quando eu vim para cá eu estava perdida e buscava ajuda, mas depois eu continuei porque finalmente me encontrei. Gosto daqui, me faz sentir bem. – ele sorriu mostrando satisfação.

— Você evoluiu bastante desde que chegou aqui. Tikki sempre disse que você era Chinekan Ja.

— Que quer dizer?

— Existem algumas palavras que não podem e nem devem ser traduzidas. – disse calmamente. – O Grande Mestre considera confiar uma das joias a você. – a azulada sorriu sem acreditar.

— Sério? – Plagg confirmou com a cabeça. – Isso é fantástico!

— É, mas para isso você precisa estar pronta para a batalha.

— Então uma batalha vai acontecer de fato?

— O preparo e a sabedoria levam a vitória se o seu coração estiver na luta.

— Então eu só preciso estar pronta?

— Exatamente. – Marinette sabia o quanto sua tarefa era difícil. Em Miraculous as coisas nunca eram concretas, não era uma matéria exata e ela precisava ser cuidadosa e paciente.

*

— Como está se sentindo?

— Perfeitamente bem. – o loiro se escorou nos joelhos, ofegante.

— Vejo que sim. – Tikki ironizou - Mas se quiser estar preparado, deve controlar a sua respiração. Outro inimigo pode aparecer após ter derrotado o primeiro.

— Sei disso. – Adrien revirou os olhos e Tikki bateu com o bo em suas pernas, fazendo com que ele caísse e batesse as costas no chão.

— Falar é uma dádiva, falar de mais é uma maldição. Sua língua pode te condenar em uma batalha.

— Você é malvada assim com todos?

— Só com quem tem potencial Chinekan Ja.

— Você sempre diz isso e eu nunca entendi o significado. – Adrien levantou do chão ficando de frente para uma de suas mestras, enquanto ela dava uma risada de leve. Logo em seguida Tikki avançou com o bo, mas Adrien impulsionou seu corpo em um movimento rápido, pulando por cima do bastão, girando o corpo no ar e caindo com os pés firmes no chão.

— O Grande Mestre acredita que você é uma opção para ele confiar uma das joias. Precisa estar preparado.

— E como estou me saindo? – Tikki guardou o bo e foi em direção à saída, mas antes de sair virou-se para ele, dando um sorriso.

Chinekan Ja.

*

Marinette encarou a chuva caindo pela janela de sua cabana. Estar ali de fato a fazia muito bem. Todos os ensinamentos adquiridos, sem dúvida foram uma benção e fruto de muito trabalho duro.

O que fez a garota pensar que depois que voltasse para Paris, não deveria voltar com uma vida normal e esquecer tudo que foi passado para ela. Eram conhecimentos muito valiosos para serem desperdiçados.

Por isso, Marinette decidiu que deveria fazer alguma coisa para ajudar as pessoas. Ela sentia que esse era seu propósito.

Chinekan Ja. – disse segurando a pequena caixa em suas mãos. Ela não sabia exatamente o que significava, mas sabia que significava aquilo, significava ela. Porém os Miraculous era algo muito além dela, segundo Tikki e Plagg.

Nada naquele lugar se tratava de magia, afinal, magia não existia. Não passavam o tempo confabulando sobre coisas místicas e inexplicáveis, e sim sobre coisas reais, legados, ensinamentos e autoconhecimento.

 Marinette não se sentiu tão bem consigo mesma desde os momentos antes da tragédia. Ela havia se formado como uma cientista forense, tinha uma carreira promissora, porém sua vida desandou desde o acidente que matou seus pais.

Depois de sentir no fundo do poço, finalmente buscou por ajuda e então a sua vida tomou um rumo diferente.

*

Adrien encarou a pequena caixa preta e avermelhada enquanto deitava na cama. Ao vê-la ali, sob sua confiança, um sorriso se formou nos lábios do loiro. O mesmo encarou o teto e respirou fundo. Aquilo poderia ser o começo de muito.

O jovem Agreste acabara de se formar como policial, porém sua vida não parecia completa. Ele sentia muita falta da mãe - e ainda sente -, acontece que suas emoções afetavam muito o trabalho, eram difíceis de ser controladas. Foi então que ouvi falar de um lugar onde as coisas poderiam ser diferentes, onde tudo que sentia podia ser controlado, e não deixado de lado. Até porque esquecer não era sua intenção.

Então, pensar que já tinha progredido tanto, o deixou extremamente contente. Logo voltaria para casa, porém sabia que os ensinamentos não podiam passar em branco. Ele precisava usá-los de alguma forma para ajudar as pessoas. Pessoas como sua mãe, que não tinham ninguém na hora que mais precisavam.

Chinekan Ja. – Adrien sussurrou e por fim adormeceu.

*

— Está nervosa? – Tikki perguntou enquanto ajudava Marinette a vestir a máscara.

— Um pouco. Mal posso acreditar que vou embora.

— Se o Mestre decidir que está pronta. Na verdade, você pode ir embora mesmo assim. Mas não vai estar pronta. – as duas riram.

— Você acha que eu estou pronta?

— Na minha opinião, você está mais do que pronta. – ambas sorriram e logo Marinette saiu para apreciar o grande festival do vilarejo. Era lindo de ver as cores, as máscara, tudo era perfeito.

Os guerreiros – como ela – deviam andar mascarados e proteger o local mesmo que não houvesse ameaça. Como Plagg disse a ela, só porque está preparado, não significa que precise agir, porém é importante acautelar.

A azulada parou em uma tenda e ajudou a senhora a colocar os petiscos arrumados na mesa.

— Obrigada. – a senhora sorriu e entregou um doce decorado em agradecimento. A azulada sorriu em retribuição e continuou caminhando e degustando seu presente.

Mais à frente, sentiu um olhar sobre si. Um dos guerreiros também, pois estava usando a máscara como tal. Seus olhos eram verdes esmeralda e tinha um dos sorrisos mais bonitos que ela já tinha visto. Mas logo a troca de olhares foi quebrada por conta de um alarme que soou deixando todos assustados.

O que poderia estar acontecendo? Nada de ruim acontecia em Miraculous!

Pelo menos até hoje.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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