Alias escrita por ladyenoire


Capítulo 2
Boy in the Black Suit


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer pelos ótimos resultados com o primeiro capítulo da nova fic e também desejar um feliz ano novo ♥
Eu vou fazer o possível para postar TYB o quanto antes e logo, logo sai o spin off da Queen Bee (somente depois de TYB terminar) :)
Boa leitura!!!



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Alya entrou correndo no departamento de polícia, à procura de Marinette. A garota passou por Nino antes que o mesmo visse, já que ela estava tão apressada.

— Você nem vai adivin... - parou a frase ao ver que Marinette não estava sozinha. O tal Adrien estava no computador ao lado dela, trajado como detetive, que era seu cargo. - Ah, olá. Atrapalho alguma coisa? - alternou seu olhar entre os parceiros.

— Não, nós só estávamos lendo os arquivos. - Marinette rapidamente ficou de pé, quase derrubando o porta-canetas. - A-Ah, Adrien essa é a Alya, repórter do Les Nouvelles Paris.

— Muito prazer. - o garoto foi até a morena e apertou a mão da mesma - Eu sou o...

— Detetive Adrien Agreste. - ele a encarou satisfeito.

— Vejo que fez suas pesquisas.

— Sou repórter investigativa, não há como controlar. - eles riram - Enfim, eu vim aqui para mostrar isso. - ela estendeu o jornal, mostrando a primeira página.

"Paris ganha super-heroína."

Ao lado da manchete estava uma foto escurecida e meio borrada de uma garota de collant vermelho com bolinhas pretas muito conhecida por Marinette.

A azulada engoliu em seco e cambaleou para trás, batendo na mesa.

— Uau! Quem é essa garota? - Adrien segurou o jornal e começou a ler a matéria.

— Não faço ideia. Só sei que ela já salvou algumas pessoas, mas a mídia nunca conseguiu nada sobre ela e agora euzinha aqui consegui. Não é um máximo, Mari? - a azulada saiu do estado de choque assim que Alya deu um tapinha amigável no local que havia levado o corte na noite passada. Marinette fez uma careta tentando esconder a dor e forçou um sorriso.

— C-Claro, Alya. Meus parabéns! - disse entre dentes.

— Que incrível! - Adrien passou o jornal para Marinette que leu rapidamente. - Quem será que ela é por trás da máscara?

— Não sei, mas eu pretendo descobrir. - a mestiça sentiu seu corpo gelar. Sabia que a amiga podia ser bem investigativa quando queria.

Mais tarde naquele dia Adrien convidou Marinette para almoçar. Ela aceitou, mesmo que se sentisse totalmente envergonhada perto dele. Não poderia ela estar se apaixonando tão rápido assim pelo jovem Agreste, poderia?

— Meu pai disse que ontem à noite recebeu uma denúncia anônima de tráfico de drogas em umas das ruelas perto do Museu de Orsay. - Marinette ouvia atentamente, enquanto dava uma garfada em sua salada. - Quando chegaram lá, não havia nada.

— Tráfico em um local movimentado? – questionou achando a ideia não muito convencional.

— Pois é, foi o que eu pensei. Mas depois de ler mais arquivos, acho que esse seria o tipo de crime do Hawk Moth. Ele se mistura para se perder. - a azulada refletiu sobre o que o loiro havia acabado de dizer.

— Faz sentido. Mas e essa denúncia anônima?

— Pode ter sido de uma pessoa que mora por perto. - Adrien tomou um gole do seu refrigerante - O que acha de irmos investigar à noite?

— P-Pode ser. - gaguejou nervosa.

— ADRIEN! - uma voz irritante foi ouvida. Todos os presentes olharam na direção da pessoa e quando Marinette viu de quem se tratava, quase se engasgou com a comida. - Que saudades!

— Ah, oi Chloé. - o garoto respondeu sem graça, ficado de pé e recebendo um abraço exagerado da filha do prefeito.

— Como foi de viagem?

— Legal. - respondeu sem muito interesse. - Eu...

— Quando descobri que você estaria de volta a Paris, fiquei muito feliz. Pensei em marcarmos um jantar ou coisa do tipo, sabe de boas-vindas. - riu escandalosamente.

Marinette pigarreou desconfortável com a situação, fazendo os dois olharem para ela.

— Chloé, essa é...

— Ah, oi Marinette. - disse com desdém - Nem vi você aí.           

— Olá Chloé. - respondeu dando um sorriso atravessado. Desde os tempos de escola, a loira implicava com Marinette que não sabia o porquê da filha do prefeito ter tanta raiva dela.

— Vocês se conhecem?

— Fomos colegas de escola. - a azulada respondeu baixo.

— Porque você está almoçando com ela? - a loira disparou, sem cerimônias.

— Eu e a Marinette somos parceiros. Estamos trabalhando em um novo cas...

— Bem, eu preciso ir. - Chloé cortou Adrien novamente - Até mais Adrien. - piscou e saiu rebolando, fazendo a mestiça revirar os olhos.

Adrien bufou aliviado e sentou-se novamente para terminar de comer.

— Vocês se conhecem de onde? - Marinette questionou com medo que ele dissesse que a loira era sua namorada.

— Éramos amigos na infância. Infelizmente, à medida que Chloé crescia, o ego dela crescia junto. Então acabei me afastando. Pena que ela ainda não se tocou. - eles riram - E pelo visto você também não é muito fã dela.

— Definitivamente não. Ela é responsável por quatro dos meus cinco momentos ruins na escola. Eu nunca soube o porquê de ela não gostar de mim.

— Sinto muito. - torceu os lábios - Pelo menos nos livramos dela. - riram novamente enquanto terminavam de comer.

*

— Homicídio na Champs-Élysées. - Gabriel anunciou assim que Marinette e Adrien entraram no departamento de polícia. - Foi um akuma, então é com vocês. - apontou para a dupla.

— Vou pegar meu equipamento. - a mestiça subiu as escadas rapidamente.

Não demorou muito, Marinette e Adrien estavam no local, junto com um grupo de policiais que isolavam a área.

— Pode me descrever a aparência dele? - o loiro recolhia informações enquanto a azulada analisava o local do crime.

— Alvo de baixa estatura, bala na cabeça. - checou o corpo novamente - Alta precisão e a perfuração meio profunda. - Marinette colocou uma luva e segurou a bala - Munição de 44 Magnum Desert Eagle. - ficou de pé enquanto Adrien vinha em sua direção.

— Pelo que as pessoas falaram, o atirador estava no máximo...

— Há cinco metros da vítima. - o garoto arregalou os olhos, espantado.

— Caramba! Você é boa! - admitiu fazendo ela corar - Nino não estava brincando.

— Obrigada. - respondeu envergonhada.

— Uma testemunha disse que ouviu a vítima chamar o criminoso de Deadshot. - Gabriel parou ao lado dos jovens e olhou para o corpo. - Nossa, isso tá horrível! Vamos indo.

*

Adrien chegou ao laboratório e foi até Marinette, que estava com os olhos grudados na tela do computador. O loiro escorou a mão na mesa posicionou sua cabeça ao lado da dela.

— O que descobriu? - falou próximo ao ouvido da garota, fazendo a mesma se arrepiar.

— D-De acordo c-com as imagens d-das câmeras de vigilância, consegui identificar a vítima d-do akuma. Seu nome é Henry Davis, cidadão americano q-que se mudou recentemente p-para Paris.

— Mesmo não sendo culpado, esse cara vai ter problemas. - Adrien se afastou e sentou em uma cadeira próxima, fazendo Marinette desejar que não o tivesse feito.

A respiração do garoto batendo em seu ouvido era um tanto quando acolhedora. A azulada estava começando a ter uma sensação estranha dentro do peito quando ele se aproximava. Só não sabia se podia descrever como paixão ou apenas uma atração.

— Ah, sobre nossos planos de hoje à noite. Será que dá para adiar?

— P-Planos? - questionou corada. Como assim planos?

— É, de investigar o tráfico de drogas perto do Museu de Orsay. - Marinette relaxou a postura. Por um momento estava confusa, chegando até a achar que teria um encontro com ele. Seja um pouco menos iludida Marinette, repreendeu a si mesma mentalmente - É que eu tenho um compromisso inadiável.

— C-Claro. - voltou sua atenção para o monitor.

— Bem, eu já volto. - ia saindo - Ah, e meu pai pediu para você levar os relatórios do caso do Deadshot para ele quando terminar. - a mestiça assentiu e Adrien saiu do laboratório, deixando a mesma sozinha com seus pensamentos.

Marinette não iria investigar as ruelas ao redor do museu, no entanto seu alter-ego poderia muito bem dar uma passada por lá.

*

Já era tarde da noite e quem prestasse atenção ao olhar para cima, veria uma sombra se locomovendo sobre os prédios.

Marinette chegou ao endereço que pegou nos arquivos da polícia e se posicionou em cima de uma das casas estreitas de dois andares que tinha ali.

O local estava aparentemente calmo, todavia a garota decidiu ficar observando.

A azulada permaneceu atenta, e logo ouviu algo se movimentar. Porém não enxergava alguém nas ruas. Então depois de ouvir outro barulho, deduziu que a pessoa estava nos telhados assim como ela. Marinette se abaixou mais, misturando-se com as sombras, atenta a qualquer investida que pudessem tentar contra ela.

Passaram-se alguns segundos e ela decidiu que não poderia ficar mais escondida. Então assim que ouviu outro barulho, tratou de se locomover discretamente até onde achava ter vindo.

Duas casas depois encontrou uma pessoa trajada de preto com um capuz na cabeça. Quando ficou de pé, deduziu que era um garoto, pelo porte físico. Marinette não tardou em dar uma rasteira no nas pernas dele e segurar a gola do moletom do mesmo, enquanto ele estava no chão, o erguendo um pouco.

Quando olhou para o rosto dele, viu que ele usava uma máscara como a dela e possuía olhos verdes semelhantes aos de um gato - parecia algum tipo de lente especial para um equipamento de visão noturna.

— Quem é você? - perguntou para o loiro.

— S-Super-heroína vermelha? - ele gaguejou nervoso.

— Esse não é o meu nome.

— Então c-como devo te chamar?

— Me responda primeiro como devo te chamar. - ele pareceu pensar por alguns segundos. Ela levou a mão até a máscara dele, porém o garoto a segurou.

Chat Noir. Agora será que poderia me soltar, my lady?

— Não sem antes me dizer o que fazia por aqui há essa hora, chaton.

— Vi uns caras suspeitos virem para esses lados, mas eu os perdi de vista. - disse a verdade, ou pelo menos parte dela. Não poderia contar como havia conseguido o endereço, se não ela poderia descobrir sua identidade.

— Certo. Então você não é um akuma? - ele negou e ela verificou o pulso dele. Sem marcas. Soltou o garoto, o deixando cair no chão.

— Podia ter me soltado com mais carinho, Ladybug. - falou enquanto limpava sua roupa.           

— Ladybug? - a garota voltou sua atenção para ele.

— É. Você não me disse como te chamar, então eu... - ouviram o barulho de um tiro, vindo das ruas. Rapidamente se deslocaram até o parapeito, observando dois homens com as mãos para cima e outro na frente deles, apontando uma arma.

— Qual é, não precisa disso cara. - um dos que estava com as mãos para cima falou.

— Então andem logo, me entreguem o pacote. - os dois rapidamente entregaram um embrulho para o outro.

— Agora o combinado. - um deles estendeu a mão.

— Acontece que Hawk Moth, não faz combinados. - atirou sem piedade na cabeça de cada um, com enorme precisão. Ladybug e Chat Noir viraram a cara com o ato, em seguida viram o homem virar as costas para ir embora. - Au revoir!

— Deadshot? - disseram juntos. Rapidamente se olharam.

— Precisamos impedi-lo! - Marinette exclamou saindo do estado de choque - Ele trabalha para o Hawk Moth!

— Entendi. - o loiro balançou a cabeça e saiu atrás de Ladybug. - O que faremos com os corpos? Não devíamos ter impedido a morte deles?

— Amanhã a polícia cuida disso. - o garoto bufou. Mal ela sabia que estava jogando mais trabalho para ele - Eles eram dois drogados que só faziam maldades, eu só salvo gente inocente. - Chat Noir concordou mentalmente com a heroína. De que adianta salvar os vilões, não é mesmo?

A dupla seguiu Deadshot pelos telhados durante dois quarteirões e logo decidiram que era hora de abordá-lo.

Ladybug e Chat Noir saltaram na frente do vilão, que recuou ao vê-los.

— Tudo em cima? - o felino perguntou com um tom descontraído. Marinette o olhou com indignação e gesticulou sem acreditar no que tinha escutado.

— Quem são vocês? - apontou a 44 Magnum Desert Eagle. Eu sabia! A azulada comemorou mentalmente por ter acertado a arma do crime do homicídio que ocorreu na Champs-Élysées mais cedo.

— Eu sou o Chat Noir e ela é Ladybug, mas nós não temos tempo para conversar. - o homem sorriu de lado.

— Nem eu. - atirou na direção deles, porém o garoto loiro desviou a bala com um bastão que havia tirado de suas costas. Marinette deixou seu queixo cair. Ele era tão habilidoso quanto ela.

— Parece que você errou o alvo, meu amigo. - Deadshot grunhiu de raiva.

— Eu não posso errar! Eu não posso errar! - balançou a cabeça como se tentasse afastar os pensamentos. Atirou mais duas vezes e os heróis rapidamente desviaram. - NÃO! - gritou frustrado.

Marinette decidiu acabar logo com isso e avançou na direção do homem. A garota havia estudado seu adversário antes, sabia que ele era um atirador com precisão e boa mira de curto e talvez até longo alcance, no entanto não era muito bom em combate corpo a corpo.

Ladybug desviou a mira da arma para o chão, enquanto Deadshot disparava um tiro. Em seguida acertou vários socos no rosto dele. O mesmo conseguiu acertar uma joelhada na barrigada dela, que cambaleou para trás. Antes que o vilão fizesse algo, Chat Noir agora, apontou a arma para o alto no mesmo momento que mais um tiro foi disparado. O herói acertou a barriga do homem com seu cotovelo.

A azulada aproveitou para ficar de pé e logo chutou com força a parte traseira do joelho de Deadshot, fazendo-o perder o equilíbrio. Antes que ele caísse, segurou na gola do sobretudo e o atirou violentamente de costas no chão.

— Dois contra um não é covardia? - o vilão perguntou ainda no chão, ao mesmo tempo que limpava o sangue que escorria de seu nariz. Marinette se abaixou e segurou o pulso dele, vendo a marca de borboleta. Só para confirmar.

— Acontece que a vida nem sempre é justa. - socou a face dele novamente, deixando-o desacordado.

— Ei! Será que poderiam dar uma entrevista? - Alya veio correndo com seu celular em mãos, gravando tudo.

— De onde ela surgiu? - Marinette resmungou baixo.

— Super-heroína vermelha! Quem é seu parceiro?

— Esse não é o meu nome e ele não é...

— Sou o Chat Noir e a minha parceira aqui, prefere ser chamada de Ladybug. - os olhos da repórter brilharam.

— Será que você poderia...

— Talvez outra hora. Eu realmente preciso ir. - Ladybug rapidamente sumiu entre os prédios e não demorou muito para Chat Noir fazer o mesmo.

Assim que os pés de Marinette tocaram a varanda de sua casa, seu telefone começou a tocar. Olhou para tela e viu uma chamada do capitão. Um sorriso de canto se formou em seus lábios. Já imaginava do que se tratava.


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Notas finais do capítulo

FELIZ 2017!
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx