Presente de Natal escrita por Typewriter


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Sei que o natal foi ontem,mas não deu deu pra postar antes, espero que gostem do meu presente de natal atrasado



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/719833/chapter/1

Sentada em frente ao espelho de sua penteadeira Victorie Weasley passava o lápis preto em seu olho esquerdo, depois de já ter feito isso em seu outro olho, ao terminar a garota acenou com a cabeça para seu próprio reflexo.

O som de saltos agulhas banhados com a mais pura prata que era possível conseguir em qualquer um dos mundos ecoou pelo dormitório enquanto ela caminhava para seu closet. As portas foram abertas e pouco depois jovem estava rodeada de vestidos, sapatos e acessórios.

Seus cintilantes olhos azuis varreram o lugar atrás de um vestido que lhe parecesse apropriado para passar o natal na casa de seus avós paternos, mas, no fundo, ela preferia passar a festa na casa de sua avó materna, a final de contas, Paris em qualquer época do ano era muito mais interessante que A Toca.

Cerca de meia hora depois um vestido tomara-que-caia com busto com decote de coração ornado com pequenas contas de cristal, logo abaixo do tope do vestido havia um laço azul-claro, assim como resto do vestido, e a saia desceria esvoaçante até o meio das coxas femininas quando ela o vestisse.

Voltando a se sentar na penteadeira Vic abriu sua caixa de sombras elegendo o tom azul-marinho para fazer os olhos esfumaçados, assim que terminou de se maquilar, brincos e um colar também de cristal e prata foram para as orelhas e para o pescoço feminino, respectivamente.

Após colocar o vestido e arrumar o cabelo com um feitiço que sua avó materna lhe ensinara Victore apreciou o resultado final em um espelho de corpo inteiro no banheiro antes de aparatar para a casa dos pais de seu pai.

 

Enquanto isso, Teddy Lupin andava de um lado para o outro em seu quarto na casa de seu padrinho. Sentia-se muito apreensivo, pois não tivera coragem de perguntar se sua ex-namorada já encontrara seu parceiro ideal e temia não reagir bem caso a resposta fosse positiva, mas acreditava que sua reação seria ainda pior caso ela rejeitada por esse tal parceiro ideal. A verdade, contudo era que ele desejava mais que qualquer outra coisa ser o parceiro ideal de Victorie Weasley, contudo isso não dependia dele.

Ele sentia-se tão inquieto que caminhou para a sacada e só se deu disso quando estava debruçado sobre o parapeito observando o céu cheio de estrelas brilhantes. Aquela era uma linda noite, pensou ao mesmo tempo em que suspirava.

Pensei que fosse estar mais animado, afinal de contas você não vê Victorie desde que se formou. — A voz de Gina o fez dar um pulo devido ao susto, pois ele nem ao menos a ouvira entrar.

Na verdade, tia, estou nervoso. — O rapaz admitiu ao se virar para ela.

Não precisa, querido, Vic só fez dezessete anos há alguns meses e ainda não encontrou seu parceiro ideal. — A ruiva jamais poderia mensurar o alívio que suas palavras trouxera ao afilhado.

Com a esperança renovada Teddy voltou para o quarto de pegou uma camisa social de maga longa na cor amarela e sua melhor calça jeans e se vestiu após sua madrinha sair dali.

Ao aparatar no jardim da Toca Teddy começou a andar por ali cumprimentando os primos, tios e seus avós de consideração, mas mais consciente do que inconscientemente o rapaz buscava com os olhos Victorie Weasley, aquela garota que fora sua namorada por um ano e meio e terminara o namoro por ele estar se formando e por ela ser parte-veela e poder encontrar o seu parceiro ideal em qualquer cara, praticamente.

Enquanto pegava um copo de uísque de fogo as lembranças daquele dia lhe invadiram a mente e seu coração se apertava toda vez que isso acontecia, não só pelo fim do namoro, mas também por ela ter chorado quando conversou com ele sobre isso, além de, é claro, seu sangue ferver de pensar naquele com outro homem.

Você sabe que só vai descobrir se é o parceiro ideal de minha neta, caso resolva ir conversar com ela. — As palavras que Arthur Weasley lhe disse amavelmente antes de se afastar o fez ficar tão constrangido que seus cabelos mudaram de um verde, que denunciava sua inquietação, para um vermelho, que denunciava seu constrangimento.

Ele está certo. — Dessa vez ele só precisou se virar para encontrar Scorpius Malfoy ao seu lado segurando um copo de cerveja amanteigada.— Ora Lupin, lute pela garota, a faça saber que você é uma opção.

Falar é fácil, Malfoy. — O lufano retrucou e segundos depois a expressão do loiro era de puro deboche.

Passei anos de minha vida tentando conquistar Rose, como você já sabe, mas foi só Beauxbatons vir para o Torneio Tribuxo em Hogwarts que eu me encantei por Roxxie, mesmo ela sendo um ano mais velha que eu, não que aquilo me importasse, mas importava para ela.— Disse sorrindo com a lembrança do primeiro dia que viu aquela que atualmente era sua noiva. — Acha que foi fácil conquistá-la? Acha que foi fácil ser aceito por todos os Weasleys? Acha que não me senti desconfortável quando Rose disse que sempre me amou, mas tinha medo antes?

Certo, vocês venceram, assim que ver Victorie falarei com ela. — O auror prometeu.

 

Victorie e Roxanne estavam sentadas no sofá de dois lugares na sala de estar da casa tentando uma conversa muito parecida com que os moços tiveram do lado de fora, claro que Roxxie e Scorpius planejaram isso.

Vic, pela milésima vez: se você ficar aqui dentro para se esconder de Teddy jamais saberá se ele é ou não seu parceiro ideal. — A jogadora de quadribol esbravejou.

Roxxie, você e o Scorpius tiveram muitos altos e baixos, mas hoje estão juntos e vão casar em agosto do ano que vem. — A loira apontou o óbvio.

É, estamos. — A outra concordou. — Mas, até hoje, quatro anos depois, Rose ainda olha para mim como se eu tivesse varíola de dragão. — Lamentou-se. — Mas, assim como eu e ele não pudemos controlar o que sentimos seu lado veela também não pode.

Você está certa, prima, obrigada, se não for Teddy, pelo menos poderei ter um desfecho para nossa história. — Victorie falou fechando os olhos, porém rogava à Merlim silenciosamente para que fosse ele e ao abrir os olhos percebeu que Roxanne não estava ali, entretanto seu ex-namorado estava de joelhos em frente ao sofá e ela pôde ver nos olhos dele a mesma devoção com que ela o olhava.

O último pensamento de ambos foram que precisavam agradecer seus melhores amigos pelo melhor presente de natal que ganharam em suas vidas: saber que estariam juntos e poderiam se amar até o fim dos dias, depois disso beijos e carícias saudosos inundaram seus sentidos de tal forma que nenhum deles era capaz de formar um raciocínio coerente.

Tudo o que ambos queriam era matar a saudade que sentiam, e, conforme fogos de artifício estouravam iluminando e colorindo céu o beijo deles de aprofundava.

Podiam ouvir os outros desejando feliz natal e eles sabiam que ganharam o melhor presente de natal que possível: o amor verdadeiro.

Quanto a pedirem perdão e se acertarem? Bem, Teddy e Victorie teriam o resto de suas vidas para compensarem o tempo perdido, não é mesmo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem e me façam uma autora feliz



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Presente de Natal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.