Terra do Nunca. escrita por QueenSarah


Capítulo 1
Retorno.


Notas iniciais do capítulo

Olá, QS falando!
Eu sinceramente não sei se vocês lembram de mim, até porque eu fiquei um tempão sem postar... Desculpa aê fhetogjo
Essa é a segunda vez que publico essa história, eu a reescrevi - então eu espero que ela esteja bem escrita dessa vez, porque eu estava tendo uns infartos enquanto reescrevia a fanfic, de tanta coisa sem ética.
Mas enfim, eu desejo à vocês uma boa leitura!
Nós vemos nas notas finais, bejão ♥



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    E foi assim, com um simples: “eu não posso”, que eu desgracei a minha vida – segundo os meus parentes:

 — Benjamin Gauthier e Wendy Moira, viestes aqui para celebrar o vosso matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo? – o bispo perguntou.

  Senti meus olhos marejarem, por favor, eu não quero fazer isso.

— É, sim. – meu noivo e eu respondemos em uníssono, enquanto eu me esforçava para não chorar.

— Vós que seguis o caminho do matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida? – o padre indagou novamente.

— Sim. – Benjamin pronunciou e observou-me atentamente, sorrindo.

— Eu... – uma lágrima escorreu pelo meu rosto, solitária – Não posso.

  Meu nome é Wendy Darling e até determinados meses atrás, eu possuía uma família.

Mas, por problemas financeiros, – que meus pais esperavam se recuperar, casando-me com Benjamin – meus familiares escolheram a opção de me matricular em um colégio interno católico.

É surpreendente como alguém que você amou tanto pode te abandonar, mas nem tudo aqui é terrível... Eu comecei novas amizades e conheci Arlene, uma moça muito gentil.

— Sonhe com os anjos Wendy, minha garotinha especial. – desejou Arlene, minha madre favorita.

— Boa noite, madre. – cobri meu corpo com uma manta e aconcheguei-me em minha cama.

  Arlene apagou o lampião que estava presente no cômodo e retirou-se silenciosamente do quarto para que não acordasse as outras garotas.

Tratava-se de uma dia de domingo, – onde acordávamos cedo para ir à missa – então adormeci rapidamente.

  Naquela noite, tive meu pior pesadelo até então.

Corria pelo convés de um navio no meio de uma tempestade, haviam muitas pessoas brigando atrás de mim.

Segurava uma espada e usava vestes que minhas madrinhas denominariam como “indecentes”, por serem demasiadamente curtas. Estava lutando ferozmente com um homem de chapéu, parecia um pirata. Minha atenção focava-se apenas naquele senhor barbudo, que possuía belos olhos azuis. Após muitos golpes de ambos os lados, senti uma enorme dor aguda em minha barriga, era uma adaga.

  Acordei abafada, sentei na aba da cama para recuperar-me do susto.

— Olá, Bela Adormecida. – um garoto desconhecido falou. — Achei que não acordaria.

  Não encontro palavras para descrevê-lo, mas parecia um desordeiro.

Seus cabelos levemente bagunçados possuíam uma coloração loira e os seus olhos eram tão azuis quanto miosótis. Ele não parecia ter mais de dezoito anos.

As vestimentas estavam parcialmente sujas, principalmente a camisa social branca, que permanecia coberta de uma substância parecida com terra.

E por algum motivo, ele me parecia familiar.

— Peter... – falei involuntariamente, como se fosse por instinto. — Peter Pan?

— Sim, senhora... – sorriu, sarcástico. — Como posso lhe ajudar?

— Como entrou aqui? – minha boca soltava perguntas, enquanto ajoelhava-me na cama. — O que deu em você, sabia que está na ala feminina?!

— Primeiramente, entrei pela janela aberta, certas situações nunca mudam. – continuou, logo em seguida. — Eu não tenho tempo para detalhes, Wendy. Preciso salvar você.

— Salvar-me? – indaguei, confundida. — Ora, salvar-me de quê?

— Há alguém atrás de você...– Peter respondeu, aparentava preocupação. — Tenho que tirar você daqui.

— Alguém? – eram inúmeras informações e eu estava me sentindo estranha, como se houvessem borboletas no meu cérebro.

— Gancho. – meu coração acelerou, tenho a impressão de já ter ouvido esse nome em algum lugar...

— Desculpe-me, eu não recordo dele. – disse. — Seja quem for.

— Ah, vamos Wendy... – ele implorou. — Nós não temos tempo para brincadeiras!

— Não fale desse jeito! – tudo bem, estou assustada. — Eu não entendo o que está acontecendo!

  O garoto parou e passou a observar-me, como se estivesse tentando me diagnosticar, e acho que era exatamente isso que ele estava fazendo.

— Eu não acredito! – levou a mão até a própria testa, dando-se um leve tapa. — Você esqueceu de nós, mesmo dizendo que não esqueceria. Como pôde?!

— Eu não sei! – acidentalmente, berrei.

  Ele me puxou para a sombra de uma cortina, tapando minha boca e continuamente evitando os olhares das poucas alunas que haviam acordado.

— O mar da Terra do Nunca... – o menino sussurrou. — Preciso levar você até lá!

— O mar de onde? – segundos depois, consegui realmente assemelhar o que ele dissera. — Você não pode levar-me embora deste lugar, amanhã eu preciso comparecer a aula, e eu nem sei quem é você!

— Você consegue jurar-me que não me conheces? – Peter perguntou, arqueando umas das sobrancelhas.

— Não consigo.

— Então venha comigo, por favor, Wendy. – o garoto pediu, preocupadíssimo. —Suplico-te.

  Após o olhar por pouco tempo, tomei uma decisão e talvez – apenas talvez – eu me arrependa de a ter tomado. Mas eu ouvi algo em sua voz, algum sentimento parecido com sinceridade...

  Depois de escutar minha resposta, ele sorriu e puxou-me contra seu corpo. Podia ouvir sua respiração e sentir seu hálito quente colidindo com a minha nuca, envergonhei-me imediatamente e óbvio, comecei a tagarelar – como sempre que me acanho – até ele pular da janela.

  Fechei os olhos e poupei-me de gritar, rezando para que qualquer divindade que estivesse à me ouvir perdoasse todos os meus pecados. É assim que tudo irá acabar para mim? É certo que todas as histórias que mamãe contou para mim não confiar em estranhos sejam verdadeiras?

— Ei, quando você era mais nova não tinha medo de voar. – o menino riu. – Na verdade, admirava o ato.

— Cale-se, por favor! – desesperei-me por ainda estar consciente e saber que vou sentir a dor da pancada.

— Pode abrir os olhos, eu não irei lhe deixar cair. – acalmando-me um pouco, finalmente pude perceber que o rapaz segura-me junto a seu torso. 

  Abri os olhos lentamente, o que tenho a perder, afinal? Se morrer será o meu destino, porque não apreciar a vista antes?

— Uau... – suspirei, totalmente encantada.

  Eu com certeza podia ver toda a Inglaterra, isso é incrível. Via charretes, construções e várias pessoas que de lá de cima, pareciam “miudinhas”, e aos poucos essa visão foi ficando cada vez menos detalhada – graças à altura que estávamos alcançando.

  E de repente, eu só conseguia sentir o vento batendo bruscamente em meu rosto e também, lembro-me de ter minha vista ofuscada por um clarão. No fim de tudo isso, senti uma forte batida, como se tivesse sido empurrada na direção de uma parede.


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Notas finais do capítulo

Oi, de novo ♥
Eu realmente espero que vocês tenham gostado, porque eu gostei fsduhfuier
Tô com um sentimento de realização aqui, haha
Bejão pra vocês, até o próximo capítulo.



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