Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 10
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Só quero dizer que as minhas aulas começaram hoje e por isso talvez minhas postagens possam demorar mais um pouco. Até semana que vem sai o próximo okay? Espero que todos, sem exeção, gostem! ^3^

Boa leitura!

PS: E obrigada ao Blue Blur que apesar de adorar matar e torturar seus personagens, ter me mencionado nas notas inicais! Um beijo para você meu amigo!



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Era sábado de manhã e o sol brilhava em meio a grossas nuvens acinzentadas que cobriam o céu. A brisa continuava fria, mas não impediu uma pessoa de se levantar cedo para caminhar no parque. Louis decidira mudar um pouco seu itinerário e tentar se esconder dos treinamentos insistentes de seu avô. Aquilo lhe rendera bons reflexos, braços fortes e fortalecera sua confiança, mas em contra partida lhe deixara exausto depois das lições. Precisava de um descanso e talvez andar pela cidade mais bonita do mundo o ajudasse a pensar melhor. Ouvindo uma de suas músicas favoritas o moreno começou a correr as margens do rio Sena indo em direção a ponte onde os casais faziam uma antiga tradição de amor: um casal apaixonado escreve seus nomes em um cadeado e o prende na ponte, jogando a chave para longe e demonstrando que o seu amor é inquebrável. É lógico que o garoto não acreditava naquela história, mas se pegava as vezes pensando em como seria se tivesse Kattie ao seu lado como uma...

Corou com o vago pensamento e balançou a cabeça.

Alguns barcos navegavam em poucos metros de distância de onde acabara de passar e as poucas folhas que caiam pelo caminho seguiria traziam o reconfortante ar canadense de volta a mente de Louis. Lentamente seus passos ficaram lentos e o mesmo se viu sentado em um banco perto de algumas tiazinhas que caminhavam em grupo. Canadá. Porque teve que se lembrar daquele país tão triste para si? Tantas coisas que passara quando era menino que mesmo com 17 anos ainda não havia superado.

— As vezes eu queria que tudo isso fosse diferente. – disse baixinho, tirando os fones de ouvido e desligando o celular. Se lembrava muito pouco de seus pais e quando se lembrava deles a dor tomava conta de seu coração. A ausência de ambos fazia muita falta para seu caráter e para sua própria cabeça.

— Porque está falando sozinho Louis? – uma voz indagou próxima do garoto. Uma voz que ele conhecia muito bem. Levantou os olhos e sentiu o rosto corar imediatamente. Kattie estava bem a sua frente usando uma roupa bem diferente do que usava: uma calça leggin preta, uma regata azul clara juntamente com uma blusa amarrada em sua cintura. A ruiva não escondeu um sorriso quando viu a cara que seu parceiro de luta estava fazendo. – O que foi? Um gato comeu a sua língua?

— Ah, n-não... Claro que não... É que... – respondeu coçando a nuca nervosamente. – Desculpe, mas nunca te vi usando uma roupa desse tipo. Não sabia que caminhava de manhã também.

— Não caminho. – disse sorridente pelo comentário do melhor amigo. Uma gargalhada cortou o ambiente formado entre os dois. – Eu só... Precisava espairecer um pouco. Pelo jeito funcionou, já que te encontrei aqui. Quanto a roupa... – continuou com um sorriso travesso. – Foi a primeira que encontrei no armário. Tá muito estranho?

— Claro que não. – o moreno respondeu rapidamente e acrescentou hesitante. – Você fica bonita com qualquer roupa Kat, não precisa se preocupar com isso.

— É por isso que eu te adoro Louis! – a garota exclamou com um pulo e o abraçou desajeitada. O mesmo não sabia como reagir então só retribuiu o carinho que recebera. – Obrigada por estar sempre do meu lado. Você é muito importante para mim.

— Kattie... eu... hã... – Louis se reprovou mentalmente por gaguejar na frente de sua ruiva. Decidiu que ainda não era o momento certo para se declarar. Haveria outra oportunidade para ele. – Você também é muito importante para mim.

 - Eu sei disso. – disse após se separarem e o encarou profundamente. – E é por esse mesmo motivo que eu sei que você não está bem. Você está triste, eu posso ver nos seus olhos.

— Eu estou bem Kat. – mentiu desviando o olhar para a rua rapidamente.

— Não, não está. – a ruiva reafirmou fazendo o moreno voltar a olhá-la novamente com uma das mãos. – Fale comigo Louis. Eu estou aqui para te ouvir e te ajudar no que eu puder.

— Obrigado, mas eu juro que estou bem Kat. – insistiu segurando a mão da mesma e vendo seu rosto corar levemente. Abaixando o olhar para o chão, continuou: - Eu... Só estava pensando na minha vida quando ainda morava no Canadá... Nos meus pais... Em você, na nossa amizade... Em tudo. Sabe... Muita coisa mudou desde que eu sai daquele maldito orfanato que a assistência social me enfiou. – Louis não sentiu lágrimas se formarem em seus olhos. Só reparou quando sentiu todo o rosto molhado e a mão da garota apertar a sua. - Eu sofri muito lá dentro Kattie. Os diretores de lá me maltrataram muito porque eu era pequeno e não sabia o que realmente estava acontecendo, o porque que eu estava lá... Porque eles estavam escondendo a verdade de mim, me iludindo dizendo que meus pais não gostavam mais de mim e que nunca mais voltariam para me buscar quando na verdade eles estavam... mortos... Como... como eu sinto falta deles as vezes Kat...

— Só me dá um abraço Louis. – a ruiva o interrompeu afagando o rosto do moreno em seu ombro. Não queria ver o seu parceiro tão confiante de um jeito tão deplorável quanto estava a sua frente. Não ligou para o que as pessoas ao seu redor pensavam. Muito menos para o que elas diziam ao passar diante daquela cena. Ela se importava com o seu melhor amigo e isso era algo que ninguém poderia tirar da mesma. – Eu sei que não sou a melhor pessoa para te consolar, mas não importa tudo o que aconteceu no passado. Precisamos olhar para o futuro, esquecer o que a vida fez conosco e tirar a poeira das nossas roupas. Seu avô está aqui, seus amigos estão com você... E eu também. Jamais vou te deixar amigo. Pode acreditar nisso, ok?

 Prendeu a respiração ao ver o quão forte os braços do moreno eram ao lhe prenderem num abraço apertado. Um abraço que dizia tudo o que ela tentava dizer. Ainda um pouco hesitante, Kattie mexeu nos cabelos castanhos bagunçados de Louis tentando confortá-lo de algum jeito. Logo ambos estavam mais calmos e até mesmo sentindo a batida de seus corações no mesmo ritmo. Um clima diferente se formou entre os melhores amigos e ambos desviaram o olhar do outro quando se separaram, totalmente corados.

— Obrigado. – agradeceu com a voz um pouco embargada, olhando na direção oposta da garota. Deu um sorriso de canto para o chão e enxugou o nariz molhado de lágrimas. – Sabe que eu não sou nada sem você né? Afinal, somos melhores amigos não somos?

— Claro. – Kattie respondeu após controlar o seu coração e olhar novamente para o mesmo. Um sorriso competitivo surgiu nos lábios da ruiva e formularam uma frase um tanto provocadora: - Já que somos tão amigos assim, você não ficaria chateado por perder uma corrida até a Champs Elysées ficaria?

— Eu perder? – Louis repetiu sarcástico. – Vamos ver quem é que perde... Quando eu te deixar pra trás! – gritou se levantando com um pulo e correndo desesperadamente para longe da ruiva.

— Ei! Não vale! Eu não contei nem até três! – a mesma reclamou começando a correr atrás do garoto. Uma risada pôde ser ouvida a poucos metros de distância e incentivou a garota correr mais rápido. – Seu ladrão de garotinhas inocentes!

— Tenta me pegar My Bird! – provocou mais uma vez. Sabia que a melhor amiga não suportava tal apelido. – Te vejo perto do Arco do Triunfo... Perdedora!

***

Alex Zuberg, ou só Alex, como o loiro preferia, estava saindo de sua casa com o celular em mãos. Havia passado um tempo observando os últimos passos de uma pessoa nas redes sociais. Cholé Bourgeios. De algum modo aquela garota havia despertado alguma coisa em si e o mesmo sentimento desconhecido o incomodava desde que a vira deixando sua casa dias atrás. Não gostava daquilo. Não suportava a ideia de alguém lhe controlando emocionalmente.

Então uma risada fria saiu de sua boca junto com uma pequena frase:

— Que ridículo, estou sendo hipócrita comigo mesmo. – disse tocando outro aplicativo de mensagens com cumplicidade.

Existiam várias pessoas andando pelas ruas por onde o garoto passava, mas o mesmo não ligava em se esbarrar em algumas delas. Era um momento crucial para tudo o que Alex estava planejando contra Ladybug e Style Queen.  Ninguém o atrapalharia. Talvez fosse o seu lado ambicioso e vingativo que conquistara Style Queen e fizera com a que a vilã o transformasse em seu aprendiz. Ao lhe oferecer o que queria, a mulher lhe entregara um artefato com uma pequena parte de seu poder: um pequeno pingente de cristal amarelo. Em seu poder Alex poderia fazer o que quisesse, poderia conquistar o que quisesse e só precisaria ser fiel a Style Queen, sua rainha. Assim, conjurou o poder ancestral de um animal com o qual mais tinha paixão e se transformou em Bombz, o aliado com a força de uma águia dourada.

Porém, todo vilão tem um ponto, que se levado a tona pode derrubar ele próprio. E talvez esse pequeno ponto estivesse mais próximo do pensara para lhe atrapalhar.

— Então você ouviu não é mesmo Sabrina? Eu quero saber de tudo o que encontrar sobre mitos e lendas antigos ouviu?... Não se esqueça de nada...

Era ela. A garota na qual salvara e que ficara em seus pensamentos até aquele momento.

Um arrepio desconfortável para o loiro de olhos castanhos subiu em suas costas quando deu um esbarrão em Cholé Bourgeios. Novamente estava em seu caminho e não pareceu menos surpresa do que ela quando seus olhos azuis se encontraram com os seus. Até mesmo deixara a linha de quem estava falando consigo em silêncio por longos minutos: as palavras não saiam de sua boca.

— Olá senhorita. Sentiu minha falta? – zombou com ironia fazendo a garota voltar para a realidade e fechar a cara novamente.

— Depois a gente conversa Sabrina. – Cholé disse desligando o celular abruptamente. Olhou novamente para o garoto a sua frente e soltou: - Você tá me seguindo agora é? Qual o seu problema? Eu já agradeci você por tudo o que você fez, não precisa ficar dando uma de stalker e me vigiar por ai.

— Ei, calminha ai. Não sabia que você estaria passando por aqui e nem nada do tipo. – Alex assegurou levantando as mãos em sinal de rendição. A loira arqueou uma sobrancelha, ainda não convencida de toda aquela ladainha. – Foi apenas sorte ter te encontrado por aqui nada demais.

— Sorte? – repetiu. Revirou os olhos quando o mesmo assentiu inocentemente.

— Sim senhorita Borgeios, abelhas dão sorte sabia? Elas significam nobreza... Assim como o seu nome. – Alex completou fazendo um leve rubor passar pelo rosto da garota.  

— Olha aqui eu tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo o que você falando groselha no meu ouvido. Eu...

— Você precisa encontrar a sua amiga para ver se ela achou o que você pediu. – completou a frase antes da mesma a deixando apreensiva. Como ele sabia o que ela iria falar?

— Com licença Zuberg, você não sabe do que está falando. – Cholé se despediu andando rapidamente para longe do garoto. – Passar bem.

— Eu posso lhe garantir que ela não vai encontrar nada do que você está procurando. – Alex disse em voz alta para que a distância não fosse nenhum problema entre ambos. Se virou e encontrou a loira parada no meio da calçada, imóvel. – Eu sei onde você pode encontrar uma resposta para esfregar na cara da sua amiga Marinette e mostrar para todos que você é melhor do que ela. Principalmente para aquele seu amigo Adrien.

Guardou o celular rapidamente em sua bolsinha e encarou Lily. Sua kwami estava junto com o miraculous da abelha e parecia pensar em uma resposta para dar a sua portadora. Após um tempo apenas balançou a cabeça para que a mesma prosseguisse e verificasse se aquilo era mesmo verdade. Virou-se e andou a passos largos e ameaçadores até onde o garoto estava. Agarrou-lhe pelo colarinho da jaqueta azul marinho que usava e o intimidou com o olhar.

— Você não sabe de nada Alex. – sibilou tentando esconder o medo em sua voz. E se o mesmo soubesse quem ela era? Se ele soubesse que ela era Abelle?

— Não. – respondeu no mesmo tom que a garota. – Você não sabe de nada Cholé. Ao contrário do que você imagina eu conheço muito bem muitas entidades mágicas da antiguidade. Sei exatamente daquilo que você precisa.

— Eu mal te conheço. – retrucou com a voz baixa. – Como poderia acreditar em você?

— Siga seus sentimentos. – rebateu atingindo a garota por dentro. Por algum motivo ambos amoleceram seus duros olhares. Por poucos, mas longos, minutos. – Mas primeiro solte a minha jaqueta. Você está deixando ela toda amassada.

Com relutância a loira o largou, vendo o estrago que provocara em suas unhas recém feitas pela manicure. Suspirou. Não sabia o que poderia acontecer se seguisse aquele garoto tão misterioso. Um lado de seu cérebro dizia que o que estava fazendo era errado e que ela deveria zelar por sua identidade civil. Se o suposto Alex realmente sabia quem ela era, teria que dobrar sua atenção e seus cuidados. Mas... Por outro lado seu coração falava mais alto. Não que sentisse algo pelo loiro. Longe disto! Mas a possibilidade de se tornar alguém melhor do que Ladybug, a heroína mais conhecida de toda a França, era tentadora demais. Provaria para Marinette que mesmo depois de tudo o que a garota havia feito consigo ela era superior a toda a dor e raiva.

Respirou fundo. Estava tomada por sua decisão e agora iria até o fim.

— Está certo. – assentiu cruzando os braços na frente do estranho. O mesmo sorriu de canto novamente. O mesmo sorriso que a deixara totalmente desconcertada quando acordara do susto do atropelamento. Balançou a cabeça e prosseguiu: - Me mostre aquilo que você sabe.

— Sabia que tomaria a decisão certa. – Alex se pronunciou a conduzindo ao caminho de sua casa. – Venha comigo.

Respirando fundo mais uma vez a loira ignorou a sensação que algo de ruim aconteceria.

Mas ela havia se esquecido que os sentimentos nos traem.


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Notas finais do capítulo

Olha a referência ai gente! ^^



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