Arkadia escrita por Fibe


Capítulo 1
Prólogo




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Arco I: A guerra entre dois mundos.

Somos pequenos demais para saber como tudo foi criado e muito menos sobre quem são nossos deuses de verdade, mas o que sabemos é que nunca estivemos sozinhos. Muitos relatos, desde que o mundo se conhece por tal, provam que somos um mísero mundo que fica nas folhas de uma grande árvore dourada: a Tree of Savior.

Seus galhos se espalham por todas as inúmeras galáxias, suas folhas se transformam em planetas, estrelas, que naturalmente caem em morte, te florescem em criação. Seu caule de ouro sustenta o peso dos mundos, separa a criação da destruição, e serve de caminho para o fluxo mágico da vida, conhecido como Ruhk, ou a essência capaz de dar a vida à tudo aquilo que o destino ordenar.

Suas raízes se estendem pela escuridão, sendo o inferior, o mal, já que para existir luz é necessário existir trevas. São os mundos inferiores, bestiais, tão desconhecidos como o próprio Ruhk que até hoje nunca foi desvendado seu total potencial. Sabemos apenas que cada mundo possui seus próprios deuses, sua própria civilização, sua própria magia. Diferentes em demasia, mas iguais em essência. Todos do fluxo da vida nascem e, para ele, retornam no momento da sua morte.

Existimos a milhares de anos, e devo dizer que nosso mundo passou por grandes mudanças. Bem do alto, isolado, consigo vê-los em todos os seus pecados. Exatamente do Olho-que-tudo-vê, o presente dado por um de nossos deuses, capaz de enxergar qualquer ponto, em qualquer parte, do nosso planeta. Presente, passado e o que o futuro me permite.  Aqui estou guardando este mundo, observando, como um mensageiro entre seres e deuses. Capaz de vos contar, detalhadamente,  as diretrizes que Illiari está tomando. Estão no ano 4.250, já não somos um mundo jovem. Desde o inicio inúmeras raças surgiram em nosso planeta, e sumiram em mesma forma. A evolução, adaptação, e força nos levaram a sobreviver até os dias de hoje mantendo nossas civilizações a ferro, fogo, sangue, e magia. Vasto o suficiente para que não lhes conte todas as possibilidades que temos, mas único para vos contar o nosso primeiro arco, o ponto inicial para essa história.

Há 500 anos atrás, quando as raças ainda se igualavam, uma grande guerra por poder estourou entre elas. Humanos, elfos, anões, orcs, werewolfs, vampiros, trolls, fadas, e até mesmo aquelas que se escondem ao meio das trevas, todas lutaram por poder. No fim, uma dinastia fora criada para que a vitória não criasse tantas baixas no mundo. Elfos, anões, e as Changelings tomaram o mundo e implantaram a sua cultura nele. Os humanos, fracos, sem magia, quase foram extintos, se tornaram escravos, uma corja. As criaturas da noite foram banidas e no Vale da Escuridão se trancaram sem ousar sair de dia para não queimarem ao sol. Para as demais, as florestas e regiões pouco habitadas se tornaram seu novo lar, mesmo que em condições precárias.

Hoje, a Tríade de Valkaria, rege o mundo com pulso de ferro. Não se enganem em pensar que estou falando de um governo autoritário, muito pelo contrário; a paz reina no mundo, assim como a alegria e prosperidade. As colheitas são cheias, o comércio é fortíssimo e, dia após dia, o império das três raças campeãs tornaram Illiaria um mundo de paz. Mesmo que existam as diferenças, as desigualdades e a escravidão, no final, o fraco sempre servirá ao forte, e a “felicidade” e “paz” é apenas uma questão de ponto de vista do vencedor. Os humanos caíram e não podem fazer nada para mudar a situação, ou não poderiam até que avistei, ao longe, o que seria o resquício de uma folha dourada caindo do céu.

O mundo parou no momento em que o Mundo dos Dragões morreu por um motivo ainda não explicado, mas por um milagre, ou magia antiga, nossos mundos se interligaram criando uma passagem para que dragões inundassem seu mundo com a nossa magia. A história mudou, uma nova era se erguia, e eu o sabia quando vi aquele primeiro bater de asas daquelas criaturas formidáveis. Suas almas se ligaram com as nossas, um verdadeiro milagre para os oprimidos. Os dragões chegaram na tentativa de sobreviver, e os humanos os acolheram de coração e alma. Dizem que naquele dia, todos os humanos caíram simultaneamente sentindo seu coração arder, queimar como brasa. E então, levantaram, certos de que algo havia mudado. E de fato, tudo mudou!

Criatura e homem se uniram, seus corações começaram a bater como um só. Para cada humano, um dragão. Para cada dragão, uma esperança de viver um dia a mais. Juntos, aos poucos, aqueles que encontravam os seus dragões,  criaram um novo vento que cortava norte, sul, leste e oeste. Os ventos da mudança chegaram e alguns humanos deixaram de ser fracos para se tornarem Dragonslayers, ou aqueles que caçavam a sua metade para juntos conquistarem a liberdade da sua raça lutando como um só por céu e por terra. Agora, uma facção rebelde de humanos liberta aos poucos seus iguais. Uma nova guerra está por vir, e agora não há magia que possa superar vontade!


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Notas finais do capítulo

Apesar do prólogo ser narrado com um narrador observador, existe uma personagem sim e ela narrará os capítulos e tudo mais.
As palavras permanecerão em inglês por causa da fonética - não que as nossas sejam feias, mas neste universo, considerando que é fantasia, posso misturar e criar dialetos como bem entender.
E, oh, deixem seus comentários ai embaixo! Digam o que acharam e vamos nós nos aventurar no que o próximo aguarda.