Heartlines escrita por Dama do Poente


Capítulo 1
Inusitado


Notas iniciais do capítulo

Dedico esta pequena one a todas as meninas do Thalico Shippers/Team Pipopinha, mas em especial a Elly Nivoeh, que eu considero uma mentora nesse shipp e uma amiga extremamente querida. Espero que gostem ♥



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A forma como se conheceram não poderia ter sido mais inusitada, afinal até poderia ser normal conhecer pessoas em festivais de música, mas ambos duvidavam que fosse comum se conhecer na tenda de uma cartomante. Por mais que o tempo tivesse passado, e as palavras proferidas pela mulher tivessem se concretizado, tudo ainda parecia surreal demais para aceitarem tão facilmente, sem contestarem todos os envolvidos.

Quatro anos antes, quando eram apenas dois desconhecidos que sequer sabiam da existência um do outro, o destino fez o favor de cumprir seu papel e levou seus caminhos a se cruzarem pela primeira de muitas vezes.

― As trevas ao seu redor... ― a mulher de olhos negros como a noite, e cabelos loiros como a pálida luz do amanhecer, logo disse ao encarar os olhos castanhos do jovem a sua frente. ― Você não precisa se livrar delas para conseguir algo bom: é preciso ter o caos dentro de si para ser capaz de dar à luz uma estrela cinti...

― Isso é sério? Vai mesmo “gourmetizar” seu papo de charlatã citando Nietzsche? ― uma voz feminina interrompe a mulher, que se vira para encarar a intrusa da sessão.

Não que Nico di Angelo quisesse estar ali ― se estava, a culpa só poderia ser de Will e Lou Ellen, que o arrastaram para dentro da tenda e o largaram por lá ―, contudo também não gostaria de ter sido interrompido. Já que estava pagando, seria melhor que a Madame Hécate concluísse a consulta... Talvez acabasse o ajudando em algo no fim das contas.

― Não é minha culpa se Nietzsche conhecia bem as verdades não tão ocultas da vida. ― a cigana se defende, observando atentamente à garota cujos olhos azuis brilhavam com a audácia ― Aqueles que não crêem são sempre os que possuem os maiores segredos, minha querida! ― declarou sabiamente, como se tivesse vivido incontáveis anos e tivesse presenciado comportamentos sendo repetidos ao longo do tempo.

― Sou um livro aberto: não tenho nada a esconder, e é por isso que estou fazendo questão de demonstrar o quanto estou frustrada por estar aqui, vendo-a enganar esse cara aí! ― a garota revira os olhos, voltando as mascar o chiclete de menta que tinha na boca.

― Se esse aqui não deve temer o caos, você deve ser a personificação da desordem! ― Madame Hécate suspira. ― Mas não me zangarei por ter me interrompido: seu destino a trouxe aqui, e é meu dever segui-lo!

Sem mais delongas, a mulher indicou duas cadeiras em frente a uma mesa forrada com um cintilante tecido roxo, típico de cartomante, onde uma bola de cristal e um baralho de tarô se encontravam e foram, deliberadamente, ignorados: Hécate puxou as mãos dos dois com força suficiente para que um pequeno incidente acontecesse e eles acabassem batendo com as laterais de suas cabeças.

― Ouch! ― a garota resmungou, deixando o chiclete cair devido ao impacto.

― Mi Scusi! ― o rapaz sussurra para ela, recebendo um olhar curioso ― Quis dizer desculpe-me! ― ele explica.

― Não é bem você o culpado por tudo... ― ela suspira, virando-se para a frente ― O que tanto encara em nossas mãos? E como foi você quem me puxou para cá, eu vou ter que pagar por isso?

― Hum... Você é uma pessoa ciumenta e de temperamento explosivo, e talvez isso explique porque seus relacionamentos são tão conturbados... ― ignorando a pergunta feita, a cigana se pôs a ler a linha do coração da garota. ― Já você, meu jovem temeroso, tende a misturar sua emoção ao racionalismo, e isso faz parte daqueles que não sabem lidar com o caos em suas almas... ― ela se interrompe, erguendo os olhos para os dois ― Que coisa maravilhosa o destino me trouxe esta noite e tratou de unir!

 Sem compreender coisa alguma do que lhes fora dito, os jovens se entreolham por um tempo longo demais para dois desconhecidos. Tempo suficiente para que ele reparasse nas sardas que a maquiagem da garota não cobrira perfeitamente, e para ela notar o quão profundo e sôfrego eram os olhos castanhos dele. Fora neste ponto que a irrealidade enfim se tornara nítida para eles, que teriam permanecidos presos naquele olhar por um bom tempo se a cigana não tivesse perguntado qual dos dois pagaria pela consulta prestada.

― Não deveria ter pagado: ela não fez nada de surpreendente! ― a garota reclama quando os dois estavam fora da tenda, caminhando pelo festival como se tivessem ido juntos para lá.

― Talvez ela tivesse falado mais se você tivesse esperado sua vez! ― ele dá de ombros, encolhendo-se em sua jaqueta ― Mas, de qualquer forma, eu deveria ficar agradecido: se os que menos acreditam são os que mais têm segredos, eu devo ter tantos que até envolvido em algum escândalo político devo estar e só saberia depois que ela lesse sobre minha prisão nas cartas!

― Imagina, meu sonho de infância sempre foi salvar desconhecidos de cartomantes charlatãs em festivais! ― ela complementa, puxando um pacote de chicletes do bolso da camisa de flanela ― Quer um?

― Aceito... Assim como também aceitaria saber seu nome: está ficando um pouco cansativo imaginá-la como “quem é essa doida que ta falando de Nietzsche no meio de um festival?”.

― Você primeiro, italiano! ― ela sorri, entregando a ele um chiclete.

― Sou Nico di Angelo! ― ele se apresenta, segurando a mão dela para um cumprimento adequado: em nenhuma cultura era costume bater as cabeças umas nas outras... Pelo menos não entre humanos.

― E eu sou a louca da Thalia Grace! ― e ela sorri, a primeira de muitas vezes, na direção dele.

Sem terem percebido, acabaram ficando mais tempo do que o imaginado na tenda de Madame Hécate, e por conta disso acabaram se perdendo de seus amigos, algo que não foi surpreendente para nenhum dos dois: acabaram descobrindo que tinham mais em comum do que apenas a má sorte de encontrarem uma cartomante louca.

― Minha melhor amiga me arrastou para cá apenas para encontrar um namorado virtual dela... Eu nem gosto muito de música indie... ― Thalia resmungou, embora se balançasse ao som da banda Passenger.

― Eu vim achando que era o dia do Hozier, mas meus amigos compraram o ingresso errado! ― Nico suspirou. ― Acho que precisamos de amigos novos...

― Que não nos abandonem e não comprem ingressos errados! ― Thalia completa, tendo uma idéia tão inusitada quanto à forma que se conheceram. ― Talvez devêssemos ser amigos!

O olhar que Nico lhe lançou era indecifrável, assim como todos os demais traços que ela passaria a conhecer ao longo do tempo. As sobrancelhas dele estavam franzidas sobre os olhos profundos, porém o pequeno sorriso que ele lhe deu foi suficiente para que ela soubesse que ele concordara com a idéia nada convencional, mas que acabou se tornando a melhor que Thalia poderia ter tido em toda sua caótica vida.

Hécate estava certa ao dizer que ela era a personificação do caos: nada na vida de Thalia Grace fora, ou era, fácil. Ela tentava não reclamar do doloroso passado que envolvia o divórcio confuso dos pais e a morte da mãe, e tentava a todo custo não se importar por ainda não se dar bem com seu pai, porém a vida parecia sempre disposta em lhe jogar todos esses episódios dolorosos em sua cara. E quando tal coisa acontecia, sua melhor amiga era sempre a primeira a saber de tudo, porém nem mesmo Thalia se sentia mais confortável para despejar seus temores sobre Annabeth.

― Podemos nos ver? ― tentava ao máximo não demonstrar pelo telefone o que estava sentindo. Já seria ruim o suficiente quando Nico a visse, ela não precisa piorar tudo ao chorar pelo telefone.

― Pensei que depois de um ano já estivéssemos na fase de aparecermos na casa um do outro sem aviso prévio... ― e ela quase podia vê-lo erguendo uma sobrancelha. ― Porque eu estou aqui na sua porta, com um saco de chocolate e uma ou duas mágoas para desabafar...

― Pensei que fizesse isso com Will e Lou! ― ela murmurou, abrindo a janela para se deparar com a figura magra e pálida de Nico, esperando em frente à porta da casa, vestido completamente de preto.

― Will me mandaria passar um tempo na praia, Lou Ellen me levaria a outra cigana... Faz um ano que nos conhecemos naquela, e eu ainda to tentando me recuperar do impacto! ― e Nico parecia gritar para dentro da casa, ignorando o fato de ainda estarem no telefonema.

― Pensa pelo lado bom: agora você tem uma amiga igualmente ferrada na vida, disposta a te ouvir e não abandonar em festivais gigantes! ― e agora eles já se encaravam, com ela sob a luz de entrada da casa completamente decorada para o natal.

Desligaram os celulares ao mesmo tempo, encarando-se nos olhos: os deles escuros como o infinito, e os dela parecendo frágeis como o brilho de uma manhã ensolarada. Não foi preciso muito para que ele notasse que não era o único a ter mágoas, e demorou menos ainda para que se abraçassem e as lágrimas de Thalia voltassem a escorrer, enfim servindo para aliviar o aperto que sentia em seu peito.

― Eu sei que prometemos não trocar presentes de Natal, porque ainda não nos conhecemos o suficiente para acertarmos em presentes, mas posso te pedir algo? ― ela sussurrou com o rosto pressionado contra o tórax dele.

― Qualquer coisa! ― ele murmura, acariciando os cabelos curtos dela.

― Você pode ficar aqui nesse fim de semana? Eu sei que você provavelmente vai querer ir pra casa no domingo, pra ficar com sua família, mas pode ficar só um pouco, por favor? ― ela pede, ainda sem coragem para se afastar e encará-lo. Estranhamente ela se sentia segura ao ouvir as batidas rítmicas do coração de Nico.

― Eu iria para casa, se tivesse um lar para o qual retornar! ― ele suspira, enfim fechando a porta atrás de si ― Meu lar está a um oceano de distância, e nenhum vôo está sendo autorizado devido ao medo de uma tempestade... Acho que estamos presos um ao outro quer queiramos ou não!

― Talvez seja o destino nos dando um sinal então! ― ela ri, enfim se afastando para procurar por algo que lhe ajudasse a secar suas lágrimas. Não poderia depender do polegar de Nico para sempre. ― Um sinal de que nossa amizade é algo bom na droga da minha vida!

― Dios Mio, Thalia: você tem lua em câncer? ― e a pergunta inusitada de Nico, a respeito de casas zodiacais, faz até mesmo Thalia parar de choramingar.

Com um suspiro profundo, Nico se vê na obrigação de explicar o que sua pergunta significava, e enfim explicar como entendia tão bem desse tipo de coisa. Aparentemente a culpa era toda de Lou Ellen, a amiga da área de humanas, que poderia fazer um mapa astral sem sequer checar a internet antes ― além de entender de quiromancia, leitura de cartas e outras coisas.

― Ela, Will e eu dividimos o apartamento desde o fim do ensino médio, e sempre fomos muito unidos... Will costuma embarcar mais nas viagens dela, mas eu também acabo aprendendo por associação. ― ele explica, comendo pedaços de um muffin que Thalia fizera. ― Ela me explicou que a linha do coração explica nosso modo de amar, de ter um relacionamento...

― Você disse a ela que somos dois ferrados então? ― Thalia ainda não tivera o prazer de conhecer os dois melhores amigos de Nico, apesar de já conhecer todo o resto.

Como a vida é, de fato, uma caixa de surpresas, o namorado virtual de Annabeth, sua melhor amiga, acabou sendo o primo mais velho de Nico, Percy. O relacionamento que começou pelas redes sociais acabou se provando forte o suficiente para unir os dois lados do grupo, facilitando e muito os encontros e desencontros entre Thalia e Nico, e, nesses desencontros da vida, ela jamais tivera a chance de conhecer Will Solace e Lou Ellen.

― Não sei o que Lou tem, mas geralmente conto tudo a ela. Contei até sobre seu signo, o que a fez rir demasiadamente e me contar os apelidinhos que cada um tem! ― Nico ri também, enumerando os apelidos desde Satanáries, até chegar a Aquatrevas e Capricapeta. ― Eu até teria reclamado, mas depois que a Madame Hécate me falou sobre trevas, eu não tinha argumentos... E como nem sempre você joga limpo, achei justo o apelido de capeta! ― e, como de costume, ele lhe aperta a ponta de seu nariz, sorrindo para ela diante da brincadeira.

Ela realmente não era do tipo que se importava com o lado místico das coisas, mas não pôde deixar de se sentir ofendida diante da brincadeira com seu signo. Como já não estava no melhor dos humores, achou melhor ir procurar algo para fazer antes que quisesse bater no amigo que ela mesma convidara para sua casa; Thalia só não esperava que fosse acabar vivendo um momento de filme clichê e fosse quase cair ao pular da bancada em que estivera sentada.

― Seu signo deveria ser arrogância, com ascendente em acidentes inesperados: primeiro bater sua cabeça na minha, depois quase batê-la no chão... Se você morresse, ninguém acreditaria que você mesma tropeçou e deu de cara com o pinheiro de natal! ― Nico resmunga ao ajudá-la a se pôr de pé.

― Se eu sobrevivesse, eu diria que a culpa foi sua, que ficou com medo quando viu que estávamos parados sob um ramo de visco! ― Thalia contra ataca, mas Nico não conseguia entender a referência naquela época. ― Dizem que se um homem e uma mulher se encontrarem sob um ramo de visco, eles devem se beijar para trazer boa sorte, felicidade, celebrar o amor, longevidade ou qualquer outra coisa positiva. É uma tradição aqui nos Estados Unidos e em alguns outros países...

 ― Eu moro aqui há anos e nunca entendi isso... Sempre acabava sendo beijado sob um ramo de visco, mas jamais tive sorte alguma na vida... ― Nico afirma, enfim entendendo o desespero dos colegas de classe durante a adolescência.

― Talvez estivesse beijando os lábios errados! ― ela murmura, levando tempo demais para perceber que sua verdadeira intenção não fora revelada em suas palavras.

Contudo, se o intuito da piada não foi captado, seus lábios sim foram, e aquele primeiro beijo jamais seria esquecido, nem mesmo agora, quando três anos se passaram desde que Nico segurara em sua nuca pela primeira vez, deixando que a outra mão escorregasse até a cintura para pressioná-la gentilmente contra si em um beijo calmo e doce, que não levou muito tempo para se tornar o veneno favorito de Thalia.

― Três anos se passaram e eu ainda não entendi porque sempre diz que meus beijos são venenosos! ― Nico resmungara, pela enésima vez, quando Thalia suspirou a mesma palavra ao beijá-lo logo depois da cerimônia de formatura.

Por algum motivo que ninguém jamais soube, Nico cursara turismo, e aquela era a noite de sua formatura. Dentre os amigos, Thalia fora a que mais o apoiara e menos questionara, e mesmo antes de se tornar sua namorada já era tida como a melhor namorada que um cara poderia ter.

― Nem hétero eu sou, mas eu queria uma namorada como você, Thalia! ― foram estas as primeiras palavras que Will disse a Thalia, quando enfim se conheceram durante um aniversário de Nico.

― Porque não importa no que estou pensando, ou o que estou fazendo: quando você me beija, quando penso em seus beijos, apenas você toma conta de meus pensamentos e entorpece todo o resto. ― ela responde, tomando o chapéu de suas mãos e colocando sobre a própria cabeça.

― Isso é bom? ― Nico pergunta, ajeitando o chapéu sobre a cabeça da namorada, incapaz de não sorrir diante da cena.  

― Considerando que estou provando dele há três anos, e nosso relacionamento está sobrevivendo as minhas supostas crises de ciúme...

― Supostas? Amore, você reclamou até quando a fotógrafa disse a luz me favorecia. ― Nico a interrompeu, debochando como de costume. ― Você tem ciúmes de mim até com a brisa.

― Você não pareceu pensar muito nisso quando me beijou sob o visco, ou quando me pediu em namoro, muito menos quando me pediu em casamento!

― Quanta birra! ― ele ri, abraçando-a por trás ― Eu não me importei porque meu lado racional tinha sido subjugado pelo meu emocional, e meu coração resolveu pensar pelo meu cérebro. Eu segui o que a minha linha do coração dizia, e me permiti amar a única pessoa capaz de me salvar das trevas ao meu redor!

E, como era costume, o comportamento de Nico a pega de surpresa, e é a vez dela de puxá-lo para um beijo inusitado, pressionando seus lábios nos dele sem se importa se o mancharia com o batom ou não.

― Eu tenho que devolver essa beca, sabe? E sem manchas ― ele ri, segurando-a pela cintura ― Que tal guardar essa animação para quando chegarmos em casa?

― Dane-se a beca: eu lavo depois! ― ela resmunga, ainda beijando-o. ― O que acha de pularmos a festa?

― Eu, você, e talvez um filme para comemoramos? ― ele sugere, recebendo um aceno positivo ― Que pena, estava pensando em talvez uma Road trip... Eu prometo segurar suas mãos nos aviões que tivermos de pegar!

― Mas Road Trip não é no chão?

― É... Mas precisamos chegar a Europa antes de começar nossa Road Trip... E se não formos visitar meus pais, eles ficarão chateados por ter uma nora assim! ― e dessa vez é Nico quem faz o drama. ― O que acha? Eu, você e as linhas de um mapa para seguirmos? Quase uma lua de mel adiantada...

― E o que faremos na lua de mel em si? ― ela pergunta sorrindo, já pronta para segui-lo em mais uma aventura.

― Aí a gente vê um filme... Até como pipoca se isso a fizer feliz...

― Por que nunca me conta seus problemas com milho? Vamos nos casar, não confia em mim?

E todos ao redor sabiam que nada adiantaria falar que Nico precisava devolver a beca antes de ir embora: ele já estava em seu próprio mundo, criado junto a Thalia. Porque quando estavam juntos, não importava onde, eles estavam em seu lar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, Elly, espero que todos tenham gostado. Foi feita com todo o carinho do mundo ♥
Beijoos e não esqueçam: sigam seu coração, sigam seus dedinhos até o teclado e deixem um review bem bonito, com a tag #teampipopinhaarrasa
Beijoos