Pergaminhos dos Ancestrais escrita por Demon


Capítulo 1
Helgen




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Na escuridão do infinito uma música podia ser ouvida, uma música nórdica contagiante, despertei de meu descanso com o som de trotes e os estralos da roda de uma carroça, ao abrir meus olhos me deparo com três estranhos amarrados ao meu lado, estavamos sendo levados à algum lugar desconhecido e além da curiosidade, o frio dominava meu corpo, eu estava vestido com uma roupa de prisioneiro e a carroça passava por uma floresta encharcada de neve, o frio era constante mas parou ao ouvir um prisioneiro que se apresentava como Rolaf.

—Você estava tentando atravessar a fronteira né? e aí fomos pegos pelos imperials e presos como ladroes.

Um dos prisioneiros, Lokir praguejou.

—Malditos sejam vocês Stormcloacks, Skyrim era muito mais calma sem vocês aqui.

—Ei, você e eu, não precisávamos estar aqui, eu apenas roubei um cavalo e além disso, sao os Stormcloacks que os imperials querem.

Preferi não responde-lo, ainda não entendia o propósito de tudo aquilo, logo após Rolaf retrucou:

—Somos todos irmãos e irmãs em maus lençóis agora, ladrão.

Num caminho estreito de pedra cercado por uma vasta floresta eu entendi o que estava prestes à acontecer, estávamos indo à Helgen para ser executados, eu sequer havia cometido um crime e estava condenado à morte, por sorte os deuses poupariam minha vida.

—Calem-se!

Gritou o guarda que guiava a carroça.

—Vocês estão falando ao lado de Ulfric Stormcloack, Jarl de Windhelm, líder da rebelião.

—Não sei onde estamos indo mas Sovngard nos espera.

Disse Rolaf após o comentário do guarda.

Longe dali eu conseguia avistar a entrada de Helgen, os muros de pedra e o telhado de madeira, algumas casas, algumas torres e muitos guardas. Na carroça da frente era possível notar seis prisioneiros e ao entrar pelo portão da cidade uma família de camponeses assistia à execução, o machado gigante do executor podia ser notado de longe, aquilo havia cortado cabeças suficientes para causar pânico em Lokir.

—Não pode ser, isso não está acontecendo!

Disse Lokir desesperado.

—De onde você é, ladrão?

Perguntou Rolaf calmo.

—Não importa.

Reclamou Lokir

—A última saudade de um nórdico devem ser de sua casa.

Comentou Rolaf.

—Rorikstead... Sou de Rorikstead.

Respondeu Lokir se acalmando aos poucos.

—General Tulius senhor, o executor os aguarda.

Gritou um dos guardas alertando o guia da carroça, qualquer um ali podia notar o desespero de Lokir ao entrar em Helgen à caminho da morte.

—Ótimo, vamos acabar logo com isso.

Respondeu Tulius.

—Shor, Marba, Dibella, Kynareth, Akatosh, divindades, por favor me ajudem!

Clamou Lokir aos deuses já entregue à insanidade.

Ao chegar no local da execução uma comandante se preparava junto de seu escriba com a lista dos condenados.

—Quando era criança, essas torres e muros me faziam sentir-me seguro, agora estou prestes à morrer no meu local de infância.

Lamentou Rolaf.

—Por que estamos parando?

Perguntou Lokir ao perceber a pedra de execução e os guardas de prontidão, uma sacerdotisa com vestes amarelas estava presente para desejar bençãos aos condenados.

—Por que você acha? Fim da linha.

Respondeu Rolaf já de saco cheio de ouvir reclamações do covarde, me mantive calado o caminho todo pois queria me concentrar no presente e planejar algo. Um guarda apareceu à traseira da carroça apressando o grupo.

—Ei, espere, não somos rebeldes!

Gritou Lokir ao guarda.

—Encare sua morte com um pouco de coragem, ladrão.

Criticou Rolaf.

—Um por vez!

Ordenou a comandante imperial.

—O império ama suas malditas listas.

Disse Ulfric.

—Ulfric Stormcloack, Jarl de Windhelm.

Ditou o escriba.

—Foi uma honra, Jarl Ulfric.

Disse Rolaf se despedindo de seu amigo.

—Rolaf de Riverwood.

O segundo nome foi dito pelo escriba, agora era Lokir e eu os próximos.

—Lokir de Rorikstead.

Lokir se aproximou do escriba e correu para longe gritando não ser um rebelde, quando a comandante ordenou aos arqueiros que o matassem.

—Mais alguém quer correr?

Perguntou a comandante olhando para minha face.

—Espere, você aí, um passo à frente.

Disse o escriba, obedeci confuso dele não citar meu nome.

—Quem é você?

Perguntou o escriba confuso.

—Sou Olaf Snolden de Skyrim, um nórdico.

Respondi ao escriba.

—Comandante, ele não está na lista.

Alertou o escriba fazendo-me ficar aliviado.

—Esqueça a lista!

Ordenou a maldita comandante.

O pobre escriba pediu desculpas e tentou me consolar dizendo que morreria em casa, caminhei até a fila de execução ficando como segundo na fila, logo após Ulfric, meu coração batia rápido como os galhos finos de uma árvore em meio à ventania, minha vida estava praticamente acabada e nada poderia mudar isso.

Um som estranho como um rugido ecoou pelo vilarejo seguido do som do machado do executor cortando a cabeça de Ulfric, enfrentei meu destino com coragem e obedeci quando me chamaram à pedra, ajoelhei-me e a comandante me empurrou encaixando minha cabeça ao bloco, de longe, no céu eu vi um pássaro gigante com escamas passar pela montanha.

—Mas o que é aquilo?!

Gritei sem hesitar vendo o que parecia ser um dragão de olhos vermelhos e pele escura pousar na torre estremecendo toda a terra e derrubando o executor.

—Dragão!

Gritaram os guardas pouco antes de serem queimados vivos.

—Levante-se e corra!

Gritou Rolaf me livrando das algemas. Corremos para a torre de guarda mais próxima, o dragão gritou numa língua estranha e o céu se escureceu como em uma tempestade, meteoros começaram a cair do céu. Seria aquilo o retorno dos dragões após milhares de anos de lendas? Seriam essas lendas reais?. Minha mente estava confusa mas a adrenalina e o instinto de sobrevivência teriam que me ajudar nessa jornada.


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Notas finais do capítulo

A Língua dos ancestrais foi perdida no tempo, junto com a lenda do Dragonborn.



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