Ladrões de Coroas Interativa escrita por Safira Lúmen


Capítulo 19
Sonhos e vingança


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, primeiramente quero pedir desculpas por não ter cumprido meu cronograma, eu fracassei grandiosamente nele, mas devo dizer que o capítulo que estava pronto na data eu fiquei com vergonha de postar porque estava HORRÍVEL! Esse no entanto eu adorei.

Bem eu sinto que eu tenho falhado com alguns personagens ao logo da historia, e os dois personagens principais desse capítulo que são a Cora e o Leon estão praticamente e no topo da lista. Tem muita coisa na ficha deles que eu não consegui trabalhar e talvez tenha sido pela forma que decidi abordá-los, mas esse capítulo está mais fieis a ambos.

Ainda falta muita coisa para saberem sobre a Cora e o Leon, mas esse capítulo é um começo. Eu espero honestamente que vocês gostem do capítulo.

E por favor meus amores deixem comentários *-* principalmente aos sumidos que não comentam a mais de quatro capítulos, manifestem-se!



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Capítulo 19

Sonhos e vingança

 

Cora Quarat/ Sereia banida

Reino Menor Angeliano

O clima antes desconhecido pela sereia agora se tornava um cômodo quesito de sua longa caminhada pelas estradas sedimentadas que traçavam o reino menor do leste. Os ventos de areia cróceo não incomodavam mais a pele áspera e seca da garota de cabelo fulvo. Ela sentia o calor como um amante do frescor que as águas lhe causavam, eram opostos mais se encaixavam perfeitamente. 

No inicio, Cora detestou a textura sob os pés, os grãos incomodavam e adentravam em lugares indesejados, mas após um tempo ela começou a assimilar o solo arenoso com o fundo dos oceanos. Seus olhos púmbleos passaram a enxergar aquela imensidão de areia como o mar dos terrestres. Não era perfeito como seu antigo lar, mas preenchia um pouco do vazio que sentia. 

Durante os primeiros meses que sucederam ao seu banimento ela permitiu sentir-se angustiada e furiosa como água revolta. Seus monarcas desprezaram o povo aquático ao negociarem com terrestres das três ilhas, não meros terrestres, mas piratas, pessoas de egos inflados e de caráter duvidoso. Criaturas voláteis, interesseiras e ambiciosas que só enxergam o próprio umbigo, muitos de seus compatriotas haviam sido mortos por eles.

Piratas os raptavam com redes de linho, lançando sereias e tritões sobre rochas pontiagudas. Os amarravam em postes e deixavam o sol queimar-lhes até que não fossem mais uma ameaça. Depois cortavam suas caldas para comerciarem a carne branca que diziam ser tão deliciosa.

Cora ainda lembrava-se de ver a carcaça de pequenas sereias em um amontoado de rochas, isso aconteceu no seu primeiro ano nos exércitos aquáticos, antes de ser designada para a guarda real. Foi à cena mais macabra que presenciou. E desde então sua ira pelos que possuíam pé só cresceu.

Mas por ironia do destino, lá estava Cora, sentenciada a viver com as criaturas que tanto abominava. Seus primeiros dias em Angeli foram terríveis, ela praguejou a terra, a areia, o clima, a falta de água e os terrestres. Porém com o tempo precisou decidir o que faria de sua vida, uma vez que reclamar não estava mudando nada. Foi nesse momento que encontrou a trupe de madame Luiza, uma charlatã de primeira que comandava a todos os outros artistas.

A madame acolheu Cora não por gentileza, mas devido o lucro que a voz dela poderia lhe fornecer. O canto da sereia era deslumbrante e colocava o publico de joelhos, lagrimas sempre escorria da face dos ouvintes, era uma reação linda.   

 Ser cantora da trupe forneceu a Cora o tempo para se habituar aos pés, aos costumes e também ao sotaque daqueles que falavam a língua comum. Foram meses de adaptação, mas após absorver o que presenciava ela se rebelou contra a trupe usando a voz para controla-los mentalmente, capacidade que por sorte não havia sido removido com o seu banimento.   

E desde então ela estava os conduzindo pelo leste na intenção de criar grupos de seguidores que a ajudassem a derrotar os terrestres, mesmo que estes fossem obrigados a cooperar.

— Eu odeio piratas do mesmo modo que os nortenhos odeiam os vampiros, talvez mais. — A sereia comentou a um bilíngue que se revelou muito útil por saber a língua comum e o Angeliano. Ele era um homem franzino de pele branca e cabelo castanho terroso que no sol brilhava um pouco alaranjado. — É uma profissão desgraçada, são pragas que precisam ser exterminadas. Concorda Mico?

— Claro minha senhora, os piratas são fora da lei, não pagam impostos, roubam o cidadão de bem. São realmente uma praga. — Mico disse tudo que conseguiu achar de negativo em sua memória com medo de desagradar à sereia que lhe comandava.

— Eles matam meu povo e vendem nossa carne, roubam nossos tesouros, e ainda existem aqueles que nos retira a voz por pura inveja. — Ela desabafou lembrando-se de historias aleatórias que ouviu durante o tempo que morou nos mares.

Mico discordava da ultima parte, os piratas retiravam a voz deles não por inveja, mas sim por medo do controle, no entanto não disse isso à sereia. Preferiu calar-se enquanto caminhavam lado a lado seguido de um unicórnio de pelo brilhoso e colorido.

— Minha senhora, como conseguiu a graça dessa criaturinha tão adorável? — Mico perguntou duvidando que fosse por gentileza ou por amor, afinal essas duas coisas faltavam consideravelmente na sereia.

—Esse unicórnio é a única coisa que salva na terra, talvez o único que eu poupe. — Ela, pois a mão sobre as costas do animal acariciando a pelagem macia, as asas tinha a leveza e suavidade de uma pluma.  — Foi ele que me encontrou e desde então aparece quando deseja.

— Meu pai costumava dizer que unicórnios são atraídos por sonhos, se desejar algo do fundo da sua alma ele te ajudará a recuperar. — Mico contou envolvendo-se em memórias turvas do passado. — Meu pai gostava de animais.

Cora não reagiu, nem mesmo se sensibilizou com o comentário, permaneceu indiferente com a informação, mas se aquilo fosse verdade, se unicórnios realmente ajudasse a alcançar os próprios sonhos então aquele animal lhe ajudaria a recuperar a calda que ela tanto amava e lhe fora retirada, lhe ajudaria a salvar o mar dos terrestres e ajudaria com sua vingança aos monarcas marinhos.      

{...}

                                                Leon Quartz/ Metamorfo

Reino menor Angeliano

 

A estalagem onde Leon e Ryan estavam era um local quente, porém arejado, as paredes não fediam a mofo e a musica era de qualidade, a sidra estava fresca com um adocicado leve e ainda tinham a segurança de estarem próximos a fortaleza de Malali, poderiam facilmente se refugiar por detrás das muralhas. Leon havia escolhido com cuidado o local que descansariam.

— O que os senhores vão querer? Temos torta quentinha? — Uma negra de roupa xadrez perguntou apontando para a cozinha. O cabelo estava envolvido em uma trança enquanto a pele era recoberta por um aroma de jasmim. Ryan ficava se perguntando o que aquela beldade fazia naquele estabelecimento — Garanto que não irão se arrepender do pedido.

Leon acenou pensativo. Seu bolso tinha pouco mais que cinco moedas, dentre elas a maioria de bronze. Suas economias tinha sido todas gastas em estalagem e suprimento, sem falar na pasta gelatinosa que comprou para esfregar nas feridas expostas nas costas.

O metamorfo não contou a Ryan, mas carregá-lo por dias tinha feito abrir feridas e queimaduras em sua pele, sem falar nos músculos muito cansados por além de bater as asas ainda ter que suportar o peso de um humano e da bagagem.  

— Uma sidra seria ótima, não é mesmo Leon? — Ryan comentou esquecendo-se de que era o amigo que pagava a conta. — E eu vou querer experimentar dessa torta também.  

O outro franziu os lábios contando as moedas ainda no bolso para ver se teriam dinheiro para pagar a comida e os quartos. Enquanto contava os ents Leon percebeu os olhares que Ryan estava direcionando a moça. O amigo nem tentava disfarçar a atração que sentia.

— Pode trazer o mesmo para mim. — Leon falou. Enquanto Ryan olhava dessa vez para o decote da mulher. — Vocês tem quartos disponíveis na estalagem para passarmos a noite?

— Temos disponível apenas quartos de casais, se vocês não se incomodarem.

— Não será incomodo algum, eu e meu parceiro até preferimos. — Leon falou maliciosamente, insinuando algo mais entre eles.

Ryan regalou os olhos assim como a atendente quando a palavra parceiro foi mencionada. O humano ficou vermelho enquanto a pele corava, ele colocou sem perceber a mão nas bochechas tentando se esconder. Leon sorriu da situação.

— Oh céus eu não havia percebido, perdoe-me cavalheiros, já vou mandar prepararem o quarto para vocês. — Ela disse desviando o olhar um pouco nervosa. O metamorfo apenas sorriu divertidamente da situação colocando a mão sobre a do amigo em forma de carinho.

— Nós não somos um casal. — Ryan esclareceu alto o suficiente para que os outros ao redor escutassem. O seu tom era do mais puro desespero. — Eu gosto de mulheres sabe, com peitos, bunda, e que bunda... Ah e aquela parte é muito necessária se me compreende moça. Sou um homem viril a flor da idade.

A garota se afastou um pouco da mesa constrangida.       

— Perdoe o meu parceiro, ele tem vergonha de assumir suas preferências. — Leon falou serio, como se realmente tivesse um relacionamento com Ryan. — É difícil assumir algo desse nível quando a sociedade ao seu redor discrimina.

A garota concordou atenciosamente enquanto imaginava os tipos de preconceitos que aquele casal deveria ter sofrido durante suas vidas.

Ryan já maquinava em sua mente milhares de formas para matar Leon e todas elas envolviam muita dor.  Ele estava todo corado de vergonha e raiva.

— Porque vocês fez isso. — Ryan brigou com o amigo. — Como ousa! Eu iria passar a noite com a garota. Eu estava afim dela caso não tenha percebido!

— Eu percebi sim seu idiota, assim como o noivo dela que está te encarando lá do balcão! — Leon fechou a expressão indicando um homem imenso encarando os dois, a atendente foi até o mesmo dando-lhe um beijo na testa antes de ir para a cozinha. — Ele viu o jeito que você encarava a garota dele.

— Eles devem ser só amigos, ela é muito bonita para ele. — Ryan comentou ainda contrariado.

— Desencana Ryan, você não enfiaria seu pau nela nem sonhando, e se aquele cara decidisse te espancar eu não iria te ajudar! — Leon negou com a cabeça imaginando a surra que o homem daria em seu amigo.   — Se fosse detalhista repararia na mão dela o anel de compromisso. Além do mais, estamos aqui a trabalho!

Ryan balbuciou algo pela boca feito um animal ferido enquanto passava a mão sobre o rosto chateado pelo constrangimento. O pior é que ele estava todo corado de vergonha por todos no estabelecimento estarem achando que ele era homossexual. Seu desejo era de desaparecer.

— É bonitinho Ryan, adoro garotos que ficam vermelhos. — Uma garota de cabelos pretos com algumas mechas rosa e azul apoiou o braço nos ombros do amigo como de costume. — É um charme se quer saber.

— Ei Beatrice. — Leon foi quem falou fazendo a garota deixar Ryan de lado. — Afinal, como você nos encontra nos lugares mais improváveis.

— Tenho um rastreador de babacas. — Ela respondeu tirando uma risada espontânea de Ryan. — Agora abram espaços que eu quero sentar também.

Os amigos beberam um pouco enquanto esqueciam a situação ocorrida. Mas logo Leon recordou do que haviam os trazido no leste.  

— Me diga mais sobre o que viemos fazer aqui, Beatrice. — Ele pediu recordando-se da missão. — O que precisamos recuperar dos oceanos? O que roubaram de nossa cliente?

— Somente Cora pode dizer o que foi roubado dela. — A garota respondeu. — Mas já lhes digo que não será fácil.

— Eu sempre gostei de um bom desafio. — Leon respondeu. —Além do mais eu quero encontrar o templo coberto de ouro.

— Não é não, o templo é o que você pensa que quer. — Beatrice disse calmamente levando sua mão ao coração dele. — O que realmente deseja Leon, é aventura, adrenalina, você quer ser conhecido, ser respeitado, quer que o seu nome seja contado nas historias futuras, você quer ser uma lenda, eu sinto isso quando te toco.  É o seu sonho.

O ar pareceu não adentrar em seus pulmões quando ela lhe falou isso, talvez ele houvesse esquecido do órgão, as palavras de Beatrice tinham mais verdade do que ele pudesse assumir, encontrar o templo lhe daria fama, ele seria o bravo metamorfo que encontrou uma das arquiteturas perdidas através dos anos, ele seria uma lenda assim como o grande pirata Blair, ou como a ordem celestial, seria o herói das crianças.

— Cora pode fazer isso ser possível, Leon.   — Beatrice completou.

— Então é melhor eu encontrar essa tal Cora o mais rápido possível.

{...}

Leon voou por horas com Ryan em sua costa até que avistaram uma trupe de circo seguindo para Malali, lugar do qual eles acabaram de partir. As cores das tendas e o numero de carroças corresponderam  com os dados fornecidos por Beatrice.

Na frente da trupe uma mulher loira guiava os demais sendo seguida por um homem franzino. O metamorfo analisou de longe até ter absoluta certeza que se tratava de sua cliente Cora. Tudo parecia estar se encaixando, o vestido azul com fenda, que Beatrice garantiu que ela estaria usando. O jeito de andar um pouco desequilibrado.

O metamofo respirou mais profundamente dando as asas um tom mais escuro e alongando as garras, seu cabelo também aumentou conforme seu desejo e os músculos ficaram marcados sobre a roupa. Ele não apresentava ser um garoto de vinte e poucos anos, mas sim um guerreiro poderoso.

Não foi intencional, mas ao pousar sobre a areia ele acabou ficando muito próximo de Cora, o jeito que parou deu um ar de ameaça, a sereia, no entanto apenas abriu a boca escolhendo fechá-la em seguida. Leon notou que a mulher na sua frente não o temia, mas estava com uma expressão de curiosidade.  O homem aguardou que Ryan saísse de suas costas antes de se apresentar.

A mulher loira não fez menção de pegar nenhuma arma.

— Sou Leon Quartz, e acredito que você seja Cora Qarat. — O metamorfo se apresentou. — Esse é meu companheiro Ryan, a viajem foi árdua devo admitir, mas viemos o mais rápido que conseguimos.

— Quem são vocês? — Cora perguntou arqueando as sobrancelhas. — E não me refiro a nomes. Pois caso não tenham percebido estão nos atrapalhando. Eu e minha trupe temos mais o que fazer.

Leon encarou os demais, somente a sereia parecia não se amedrontar com sua aparência. Ele ficou um pouco antônito por ela não saber quem ele era, afinal, ela que queria seus serviços.

— Você contratou nos contratou. — Ele disse.

— Não contratei não. — Ela respondeu no mesmo instante que o unicórnio apareceu ao seu lado.

Ryan soltou um grito de susto, já Leon encarou a criatura. Ele ficou  fascinado com brilho do pelo colorido. Cora acostumada com as aparições repousou a mão sobre o animal.

No entanto a normalidade na expressão da sereia se mudou quando o animal foi se alterando de forma, as quatro patas sumiram dando lugar a dois pés, os olhos redondos e grandes ficaram pequenos com Iris comuns, e o pelo virou um cabelo preto com mechas coloridas. O unicórnio se transformou  em uma humana.

— Beatrice? — Ryan apontou a mão dando mais quatro passos atrás. — Vocês também é uma metamorfo assim como Leon?

— Não seu bobinho, sou um unicórnio mesmo. — Ela disse se virando para Cora que segurava uma faca na mão pronta para rasgar a garganta da criatura ao seu lado.  — E não fique com medo Cora, sou apenas eu em outra forma.  

Cora deu dois passos de distancia ordenando que ela explicasse aquela historia melhor.

— Leon é um metamorfo de primeira classe, um caçador de recompensa que está os seus serviços, ele deseja encontrar um templo perdido, então ao findar o trabalho ele precisa de um navio e se possível ouro para iniciar a busca.   — Beatrice explicou. — O fato dele ser um metamorfo pode nos servir, afinal ele pode ir para a cidade das sereias e buscar o que você perdeu.

— E o que foi mesmo que ela perdeu? — Leon especulou.

— Eu perdi minha honra, meu lar, minha gloria, minha identidade, minha calda, e eu as quero de volta. — Cora respondeu com convicção.  

Leon regalou o olhar assustado, todas as coisas eram imateriais, ou seja, impossíveis de adquirir.  

— Os unicórnios são atraídos por sonhos e o de vocês me chamaram a atenção, por esse motivo digo-lhe que se trabalharem juntos  conseguiram o que desejam. — Beatrice deu de ombros. — É tudo que posso fazer para ajudá-los. Cora, dou-lhe Leon Quartz, Leon, dou-lhe Cora Qarat.

O metamorfo sentia a decepção surgir dentro de si, ele jamais conseguiria fornecer o que a sereia desejava e como consequência ela nunca lhe daria o pagamento. Era uma missão impossível, estavam fadados ao fracasso.  

— Não será possível, eu lamento. — O metamorfo respondeu segurando no braço de Ryan pronto para voarem. — Eu não aceito este trabalho.

Cora estava surpresa com o fato de um unicórnio tê-la trazido um metamorfo, mas deveria aceitar que ele poderia ser útil. A criatura poderia se transformar no que ela desejasse isso seria ótimo.  Leon jamais partiria dali, ela o controlaria para sempre se fosse necessário, era sua chance de usa-lo para assassinar o rei e a rainha dos mares. Foi por isso que ela começou a cantar:

Oh doce oceano, aonde me levará?

O céu e a terra, não me encantam,

Como as tuas águas, doce lar.

 

A sereia iniciou seu canto direcionada para Ryan e Leon, Beatrice tentou impedir percebendo o desejo da sereia, o unicórnio via bondade no coração de Cora, mas o desejo de vingança  abafava o bem o sufocando. Mico também tentou intervir, mas isso só criou um rebuliço entre eles.

Leon abriu as asas e projetou as garras avançando contra a sereia, furioso por estarem tentando o controlar. Ryan pegou uma adaga simples de ferro enferrujado que havia guardado para um imprevisto e tentou ajudar o amigo.

Cada um se jogava sobre o outro, Leon usou as garras para rasgar o braço da sereia  enquanto Mico o segurava pela asa tentando o afastar o Maximo possível. Nesse meio tempo Beatrice interviu a tentativa de Ryan em esfaquear o bilíngue.  

Nesse meio tempo eles não repararam a presença estranha. Se estivessem atentos notaria o arrepio, o som do relinchar de alguns cavalos, ou até mesmo a areia levantada do nada.  Um grupo de magos se aproximava usando a magia para escondê-los da visão tornando-se invisíveis.

Enquanto lutava a sereia acabou se desconcentrando e liberou a trupe de seu controle mental, o que antes era apenas uma confusão tornou-se um verdadeiro desastre em escala, os artistas apavorados deixaram as carroças com os animais e saíram correndo na direção oposta. Animais corriam por toda a parte enquanto equipamentos dos espetáculo caiam.      

Os magos uniram as mãos para inspecionarem as criaturas que brigavam. O grupo havia sido ordenado por Mizael para fazerem buscas no leste atrás de ameaças e possíveis talentos. O feitiço que invocaram era considerado mediano e tinham o intuito de descobrir a ascendência dos seres. Um tipo de identificador mágico, quando os investigados tinha muitas acedências no sangue era mais complicado, no entanto se a linhagem fosse pura tudo ficava mais fácil.   

Após o feitiço ser lançado os magos se concentraram para receber as informações. Ryan foi o primeiro identificado como humano, Cora foi à segunda sendo claramente uma sereia, no entanto os demais apresentaram resultados inconclusivos.

Os magos observaram por mais um tempo até verem Leon remover as asas para que Mico lhe soltasse. Perceber que havia um metamorfo no grupo foi o suficiente para os magos decidirem que valeria a penas aqueles prisioneiros. Eram claramente criaturas peculiares e fortes.    

— Mizael vai adorar os novos recrutas! — Um dos magos comentou quando os demais atacaram  ficando visíveis.

Cora gritou imediatamente, o som estridente fez a cabeça dos magos latejarem, e o ouvido de Ryan iniciou um sangramento, mas as algemas mágicas envolveram seus pulsos.

Eles derrotariam facilmente os magos se estivessem em seus estados normais, mas as costas de Leon tinha um corte enorme no local das asas e suas mãos tremiam descontroladas. Cora tinha um sangramento no braço e sentia-se drenada. Mico e Ryan por sua vez não tinham magia para lutar e o unicórnio estava apavorado.

— Vocês são a partir de hoje posse do senhor supremo, Mizael Montenegro. — Os magos bradaram em uníssono.

— Quem é esse que ousa me prender. — Cora perguntou  para Leon que estava ao seu lado com uma aparência moribunda.

— Não faço a mínima ideia. — Ele respondeu lamentando por ter decidido ir para o leste. 

O único que parecia compreender a gravidade do problema era Mico que começava a agitar os braços tentando se livrar das algemas no pulso enquanto resmungava:

— Mizael não, Mizael não, ele não... Ele vai me matar, vai me torturar. Ele não pode me encontrar.

— Quem é esse? — Ryan também decidiu perguntar, mas os magos os ignoraram enquanto os puxavam pela estrada. Uma sensação de dormência cobriu o corpo de cada um enquanto eles ficavam invisíveis assim como os magos que os raptaram.

— Esse é o nosso fim. — Mico falou enquanto aceitava o fato de estar sendo levado para Mizael. 


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Notas finais do capítulo

Finalmente eu tenho PERGUNTASSSSS! Então espero que respondam, nada de vácuo amores da Safi!

* O personagem de Vocês comeriam carne de sereia? (Sim ou não e porque)

* Como seu personagem encara a situação com os piratas? Eles aceitam, discordam, acham que deveriam ser todos presos?

* Vocês consideram o personagem de vocês religioso? ( Se sim eu preciso falar com vocês sobre as religiões dentro da historia que serão de estrema importância para o capítulo especial).

* Como seu personagem lida com a Homossexualidade?

É isso por enquanto amores, nos falamos em breve. Espero comentários!



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