E: TE PEGUEI!!! – Eu, Regina e o irmão dele estamos brincando de pega-pega.

R: Dylan, agora é sua vez 

D: Tá bom, Mas eu vou pegar vocês rapidinho.

Dylan era mais velho que eu e Regina, 2 anos de diferença, ele é filho do pai dela com outra mulher, ele tem cabelos morenos, é magro, e tem olhos castanhos e as vezes fica muito estressado.

 E: Só por que você tem 11 anos e eu e a Regina 9, você acha que é mais rápido.

 D: hahahaha- ele riu - Vai vou contar até 5, correm 1,2,3,4,5, ahhh – ele saiu correndo atrás de nós -  vou pegar vocês.

E: Corre REGINA!!! – Nós estamos subindo na casinha, da árvore que tinha na casa dela. Quando eu estava subindo as escadas, o Dylan me puxou pela camisa e cai no chão.

R: DYLAN!!! – Regina gritou

E: SEU FILHO DA MÃE, POR QUE VOCÊ FEZ ISSO!!!! – Me levantei e gritei com ele.

D: Para de gritar, foi você que tropeçou – ele falou bravo.

E: Não tropecei nada, você que me puxou pela camisa – Nossa eu estava com muita raiva.

D: Regina, ela não tropeçou? – ele olhou para Regina com um olhar de raiva que eu nunca tinha visto, Regina estremeceu.

R: SIM – Regina falou olhando para baixo e não nos meus olhos.

E: Regina para você está mentindo – olhei para ela, porque ela estava mentindo.

D: ELA NÃO ESTÁ!!! – Gritou

E: Ela está sim, ela só falou isso porque está com medo de você – falei voltando o olhar para o Dylan

D: ela não tem medo que mim – falou ficando vermelho de raiva.

E: Tem sim – falei, Regina ainda não olhava para mim.

D: Para de falar que ela tem medo de mim, se não vou bater em você.

E: Eu não tenho medo de você, então vou repetir, ela tem medo de voc...

Não deu tempo de terminar a frase, Dylan me deu um soco.

E: A SEU FILHO DA PUTA, VOU TE MATAR!!! – Corri na direção dele.

Quando fui dar um soco nele, tudo ficou escuro.

Acordei meio tonta, tudo estava rodando, fiquei olhando para frente tentando descobrir onde eu estava.

M: Filha você acordou – ouvi minha mãe falando do meu falo.

E: Mãe o que aconteceu – falei tentando olhar para ela, minha visão ainda estava embaraçada.

M: O pai da  falou, que você estava brincando com o Dylan – ela falou com uma cara triste.

E: Como assim? eu não lembro disso – falei tentando me lembrar.

M: Como não lembra – minha mãe falou, agora eu conseguia ver ela direito.

E: Eu só lembro do Dylan me puxando da escada, da casinha da árvore e eu caindo.

M: Ah meu deus, isso não pode estar acontecendo – ela falou colocando as mãos na frente do rosto.

E: Acontecendo oque mãe – falei preocupada

M: Nada filha, a Regina está lá fora, você quer falar com ela.

E: Sim – Falei eu iria perguntar para ela o que aconteceu.

Minha mãe saiu e foi falar com o médico.

R: Oi, como você está. – Regina entrou com um sorriso lindo e se sentou em uma cadeira ao meu lado.

E: Estou bem, Regina minha mãe falou que eu briguei com o Dylan, mas eu não me lembro disso – falei eu queria muito saber o que aconteceu.

R: Não lembra, como assim – sua expressão do rosto mudou

E: É eu só lembro do Dylan puxando minha camisa, me conta o que aconteceu?

R: err..... – ela não falou mas nada e mexeu em uma macha do seu cabelo.

E: Regina, conta o que aconteceu, por favor – falei já com medo.

R: Tá bom, você e o Dylan começaram a brigar, porque ele lhe puxou da escada, vocês ficaram rolando no chão, até você achar um brinquedo no chão e bateu com o brinquedo no pescoço do Dylan, ai ele cai para o lado com a mão no pescoço, ai eu sai correndo para chamar o papai.

E: Meu Deus eu fiz isso, porque eu não lembro – falei eu estava assustada.

R: Quando eu estava lá fora, esperando para falar com você, ouvi sua mãe falando para o médico, que você estava agindo do mesmo modo que seu pai.

E: OQUE!!! – Falei nervosa – Meu pai é louco, ele está em um hospital psiquiátrico, porque minha mãe falou, que ele falava que conseguia voltar no tempo ou algo assim e ele batia na minha mãe.

R: Nossa você nunca me falou isso, eu achava que seu pai tinha ido embora – ela me olhou com os olhos cheios de lagrimas.

E: Não chore – peguei na mão dela – ás vezes tenho vontade de ir lá visitar ele, mas minha mãe sempre fala não.

R: Pode ser que ela tenha medo dele – falou secando os olhos.

E: É pode ser – olhei para Regina e vi que ela estava com os olhos cheios de olheiras e eles estavam quase se fechando – você está com sono? – perguntei a ela.

R: Um pouco, é que eu não consegui dormir pensando em como você estava – deu um sorriso tímido.

E: Deite aqui comigo – sorri.

R: Tá bom, mas só um pouquinho – deu espaço para ela deitar, ela se aconchegou no meu braço e eu coloquei o outro braço em sua cintura, ficamos olhando para a teto sem falar nada, abraçadas, até nós cairmos no sono.