Ulquiorra e Seu Primeiro Natal escrita por Mrs Chappy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Chappy:: ALO! ALO! Chappy chama leitores. ESCUTO, ESCUTO!
Se me escutam podem sempre deixar uma resposta mais abaixo, ein? *risos*
F E L I Z N A T A L (~antecipado, ok.)
Sabem UlquiHime é aquele casal que mexe sempre comigo, me emociona. Está escrito na minha essência, cravado no meu coração. Foi com UlquiHime que iniciei meu percurso nas fanfics, só Orihime e Ulquiorra me incentivaram a esse grandioso passo.
Não levem isto como crítica simpatizantes de IchiHime, mas se Ulquiorra tivesse sobrevivido não acredito que Bleach teria casais ou que seriam esses os cannons. Por quê? Notem que as poucas personagens que assumiram, obviamente, seus sentimentos amorosos foi Orihime e Ulquiorra. Porém, Ulquiorra ainda fica num patamar superior, porque não o fez para a Hime adormecida. Ele declarou-se na sua morte, demonstrou amá-la em frente dos amigos dela. Ulquiorra teve seus sentimentos confirmados! UlquiHime na verdade foi 50% cannon. Se Ulquiorra voltasse ele teria noção do que sentia, e lutaria por isso, afinal é o Ulquiorra. Esta personagem que foi um vilão, mostrou amar mais Orihime que o próprio protagonista que seriam no futuro o par cannon! Acredito que Ulquiorra não voltou por isso. UlquiHime como segundo casal preferido do Japão iria ao rubro se Ulquiorra voltasse, imaginem a decepção se o outro couple fosse o cannon. Desta forma foi melhor, e nesse ponto estou plenamente de acordo. UlquiHime não foi influenciado em nada pelos cannons, ou pela saga duramente criticada. Para nós, até foi bom... estamos longe de toda essa confusão.
E sou sincera, é um orgulho ser UlquiHime. Rukia até pode ser uma amiga apenas de Ichigo, Ichigo pode haver dúvidas se sempre amou Orihime... Mas Ulquiorra? Esse está na cara! Amou ela! Seriam o casal perfeito porque iam contra todos os preceitos! Eram únicos e totalmente diferentes no mundo dos animes. É verdade, não se sabe se Orihime sentiu algo por Ulquiorra... a mais. Pelo cannon diz-se que não. Porém, o facto é que Orihime estendeu sua mão a alguém que se confessava. Não dá que pensar? Nem um pouquinho? Ela chorou por sua morte... Se importou com ele. Chamou-o como faz com seus amigos. Dizer que Ulquiorra foi mais um vilão que ela simpatizou, ou que não se importou é de rir. Ela gostou sim de Ulquiorra, e tendo em conta que Ulquiorra teve proteger Orihime de um ataque de Ichigo, e que foi ele quem travou o hollow interior do herói, morrendo por isso... Acho que fica claro. Quem salvou Orihime, no final, foi Ulquiorra. Essa foi a maior demonstração de amor, ele foi contra todas suas ideologias e seu superior por ela. E ela estendeu sua mão, dando a entender que percebeu tudo isso. Lindo demais, amores.
Esta era a minha mensagem para vocês.

/Feliz Natal.
Boa leitura.



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“– Onna, que luzes são essas?”

“– É Natal, Ulquiorra-kun.”

Sorrisos dançavam pelos rostos dos habitantes da cidade de Karakura, coberta por um manto branco encantador, porventura, extremamente gélido.

Ulquiorra acompanhava a mulher de cabelos ruivos, numa compra intensiva de doces de vários sabores e cores. Não compreendia a necessidade de seu esforço, era inútil decorar uma habitação se ninguém a via, e ainda com a duração de um só dia. Porém, ela parecia estar feliz.

“– O que é o Natal, onna?”— Orihime desviou o olhar para o espada, com os olhos arregalados, sorrindo em seguida.

“– Natal é não querer estar só.”

Ulquiorra não entendeu aquela resposta. Observou duas crianças correndo abanando seus guizos dourados, entre gargalhadas. Alargando seu campo de visão, notou que realmente não havia ninguém sozinho nas ruas.

“– Ninguém gostar de estar sozinho, Ulquiorra. No ano inteiro, apenas nesta altura, as pessoas lembram-se que precisam de alguém. De amar.”— As palavras da ruiva eram acompanhadas por uma névoa em frente dos lábios carnudos. Uma explicação maior à resposta anterior, que dava uma conotação triste à realidade humana.

O arrancar, em seu gigai, agachou o olhar para as sacolas que carregava, cheias de embrulhos com vários enfeites coloridos. Então, era por isso que ofereciam presentes apenas no Natal…

“– Seus amigos, onna. Sempre passam o Natal fora da cidade?”— A pergunta do moreno não era mal-intencionada ou crítica, apenas uma dura observação, como aquelas que sempre fazia.

“– H-hai. Eles vão visitar as famílias, sabe? Sora-nii-sama e eu costumávamos decorar nossa casa, mas nunca tínhamos convidados. Mas mesmo assim, erámos felizes.”— Orihime cantarolava entre as palavras, massageando as mãos perto do rosto, sentido sua respiração quente bater em sua face, aconchegando-a.

Num raciocínio veloz, o quarto espada soltou sua conclusão, sem medir as consequências de suas palavras vazias.

“– Sempre fica sozinha no Natal.”

Orihime estancou no passeio, agachando a cabeça, escondendo seu rosto entre as madeixas ruivas. Escondendo as lágrimas no canto de seus olhos, acenou positivamente, com um pequeno sorriso triste. Ulquiorra fechou os olhos, sentindo um aperto dentro do peito, o sufocando. Após alguns passos, parou ligeiramente à frente da mulher humana. Procurou alguma coisa para trazer a harmonia anterior… embora, não tivesse sido necessário. Em poucos segundos, a ruiva revelou um enorme riso. As lágrimas ainda contornavam suas bochechas, porém, o brilho de seu olhar era alegria. Confundindo-o.

Quão emotiva era aquela mulher?

Quantas peculiaridades ela ainda escondia?

“– Nem sempre, agora estamos juntos, Ulquiorra-kun.”

Em sua plena imprevisibilidade, Orihime avançou nervosamente retirando o tecido grosso do cachecol que protegia seu pescoço do rigoroso Inverno, roçando seus lábios nos de Ulquiorra.

Instintivo, ele reabre a boca, encaixando-as. Um beijo cálido e simples, mas que fez com que ambos vibrassem em ondas de calor.

Flocos de gelo pousaram no topo de cabeça de ambos, acentuando o tom rosado em seus narizes.

Com os dedos entrelaçados, os passos monótonos contrastavam com o meio sorriso, quase impercetível, no rosto do ex servo de Aizen. Será que aquilo era o Natal?

As complexidades dos sentimentos não são visíveis aos sentidos humanos. Porém, isso é um pensamento tão vulgar que os humanos pouco o exploravam. Natal… era emoções, que não podem, nem nunca foram observáveis. Afinal, Natal era apenas gelo e neve inundando as casas. O que um dia poderia de ter tão especial?

A porta de material comum e pouco valioso era enfeitada com o mais requinte pormenor e bom gosto. As diversas cores alegres transmitiam a alegria da habitante do apartamento. Orihime adentrou em sua casa, depositando as compras de lado, dirigindo-se apressada à cozinha, onde deixara seus bolinhos no fogão.

Ulquiorra sentiu um cheiro interessante entrar por suas narinas, despertando ligeiramente o apetite. No entanto, este também aprendera em sua convivência com a ruiva peculiar, que os sentidos enganavam. Apesar do bom cheiro, talvez até com uma boa apresentação… duvidava do bom paladar de tudo o que as mãos angelicais pudessem cozinhar.

A ruiva cantarolava alguma melodia estranha, apesar de ele já a ter escutado muito naqueles dias, principalmente naquelas caixinhas que as abrindo tocavam a música.

Perigosamente animada, com as mãos escondidas atrás das costas, inclinou o considerável busto até si.

“– Ulquiorra-kun! Feche os olhos!” — Ulquiorra arqueou a sobrancelha, desconfiado.

“– O que pensa fazer?”

“– Não confia em mim, Ulquiorra-kun?” – Notou os ombros afrouxarem, enquanto o brilho cintilante nas íris nubladas apagava-se. Suspirou fundo, sentindo que se arrependeria posteriormente. Sem dizer nada, concretizou o pedido da mulher humano, e mesmo estando fechado na escuridão, sentiu ela sorrir abertamente. Ela mudava de atitude tão rápido assim? Ou ela simplesmente tinha interpretado para o fazer ceder? Seu instinto lhe transmitia que a segunda opção era a mais acertada. “— Pode abrir!”

Seu primeiro contacto com a luz visual foi seu reflexo. Orihime segurava num espelho apontando-o para seu rosto, mais propriamente, para o adorno que ela colocou em sua cabeça.

“– O que achou?” – Ulquiorra contornou o pompom alvo, encarando o vermelho exótico do gorro. Na verdade, era-lhe indiferente. Assim como todas as vestes humanas que a jovem lhe entregava quando saiam do apartamento.

— Para que serve?”

“– Bom, na verdade… Nada. Mas é um gorro que se usa muito no Natal! Igual ao que o Papai Natal usa!”

“– Refere-se àquele humano ridículo que tenta enganar as crianças para comprarem presentes?” – Afinal, Ulquiorra ainda mantinha algum gosto próprio sobre moda. Orihime suspirou, relembrando as palavras pouco amistosas do moreno acerca do vestuário extravagante e chamativo. Ela acabou por ignorar esse pormenor, rindo. Ulquiorra estava usando o gorro pelo menos. Na verdade, estava cedendo a todos os seus caprichos… e isso a alegrava, muito.

Virando-se para a mesa, onde depositara o resto dos objectos que trouxera consigo, Ulquiorra tremeu quando ela estendeu até seus lábios uma bolacha semelhante a um boneco sorridente. Ele tentava arranjar uma justificação rápido para poder escapar, porém, como prevendo essa situação, adiantou-se.

— Eu sei que gosta de coisas doces, Ulquiorra-kun. Prove!” – Ulquiorra franziu o nariz, mordendo com certo receio o chocolate crocante, mastigando lentamente sentindo a textura, arregalando gradualmente os olhos.

“–É… bom.” A resposta do Ulquiorra fez com que o sorriso da ruiva alargasse por todo o rosto. Olhou um tanto céptico para ela, que o encarou confusa.

— Por que me olha desse jeito Ulquiorra-kun?”

“– Foi você mesmo que fez, mulher?” – A interrogação no olhar esmeralda acompanhado do tom acusatório fez com que a ruiva se irritasse levemente, curvando os lábios num beiço.

— O que quer dizer?! Você viu eu fazendo-os de manhã e deixar no fogão. Não tem como ser de uma cafetaria.” – Explicava com um certo ar arrogante, cruzando os braços, terminando a discussão. Contudo, o espada parecia divertir-se com isso, encontrando uma pequena brecha para prosseguir.

— Não seriam daqueles bolos pré-feitos, mulher?” – Orihime engasgara-se, rubra. Fulminante, o encarou.

— Está insinuando que não sei cozinhar, Ulquiorra!?”

Quando Orihime não utilizava o sufixo após seu nome, era porque, ele conseguiu de facto a proeza de irritá-la. Ou quando… ela não conseguia pronunciá-lo pelos múltiplos gemidos. Qualquer uma das duas o fazia sorrir de canto naquele instante, atiçando a cólera da ruiva à sua frente.

Virando as costas, disposta a deixá-lo sozinho com o gorro e a árvore de Natal iluminada, Ulquiorra abraçou-a, suspirando em seu pescoço.

— Não importa se cozinha bem ou mal, eu sempre comerei o que fizer, mulher.”

Naquele instante ele entendeu. Natal era esperança.

Aquele ardor em seu oco que o obrigou a desejar enxergar a mulher de novo, quando se convertia em cinzas… sua morte era o visível e previsível, mas algo o moveu a estender sua mão e acreditar que ela o aceitaria, que poderiam ter uma outra chance.

Essa foi e era sua esperança, não só no Natal, mas todos os dias.

Baladas de sinos escutavam-se pela cidade, seguidas por muitos gritos animados. Orihime sorriu abertamente encarando o arrancar.

— Feliz Natal, Ulquiorra-kun.” – Constatou as bochechas dela inflamarem por um tom rosado; riu, muito de leve -surpreendendo Orihime-, com um de seus raros momentos.

“– Feliz Natal… Orihime.”


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