Eu não sei o que pensar, nunca pude imaginar as almas lutando, elas são tão contra a violência. Como que isso pode acontecer? Sim, os humanos estão voltando numa velocidade incrível, e para a minha surpresa as almas não vão desistir.

Eu estou com medo da minha própria espécie, estou com medo do que pode acontecer, com medo de perder meu amado Ian. Posso estar sendo pessimista, mas estou apenas com medo, e acho que posso dizer que sou humana. Certo?

- Peg?

- Ian. - eu sussurrei

Eu estava sentada no silêncioso deserto vendo as estrelas sustentando a lua. Eu andei evitando Ian do melhor jeito possível, eu não sei por que, mas eu me sentia tão vulverável perto dele... O que está errado comigo?!

- Peg, você está bem? - seus olhos azuis cintilaram ao encontrar nos meus - Por que você está me evitando?

- Mas eu não...

- Você está. - Ian sacudiu a cabeça e sentou-se ao meu lado - Amor, o que foi, me diga, não me ama mais?

Eu o olhei abismada, como ele poderia pensar aquilo? Eu me virei para ver seu rosto, ele estava tentando se manter calmo. Então eu comecei a chorar.

- Ian, eu te amo mais que tudo, nunca amei ninguém assim.

Ele me pegou em seus braços e me colocouem seu colo, fazendo a rede de proteção. Mas eu chorava e não iria parar fácil.

- Me desculpe, mas eu não sei por que fiz isso. - eu gaguejei - Estou com medo, Ian, muito medo.

- Eu não vou deixar nada acontecer com você, Peregrina. - Ian disse sério - Terão que passar por mim primeiro.

Eu me levantei num movimento brusco e encarei Ian, a angústia tomando conta de mim.

- Não é isso que eu quero! - eu gritei - Você não entende? É isso que me preocupa! Eu prefiro morrer a ver você morrer!

Sem esperar Ian falar algo, eu corri para a caverna. Estava chegando na cozinha quando esbarro com Jeb.

- Peg, nós vamos embora. - Jeb sorriu - Nós temos um novo esconderijo e iremos nos juntar com novas resistências!