Haru Matsuri escrita por Diana Razvan


Capítulo 14
O beijo do não-esquecimento!


Notas iniciais do capítulo

Ei, galerinha bonita o/
Vim aqui com mais um capítulo pra vocês, espero que gostem e que tenham uma boa leitura.



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O BEIJO DO NÃO-ESQUECIMENTO!

 

 

— Não acredito que estava me seguindo — cruzei os braços, me encostando na parede.

— Só passava por aqui, diria — Sasuke me imitou.

— Para o seu governo, eu não estou perdida! — Empinei o nariz.

— Tem certeza? Por quê você parece perdida — gargalhou, metido.

— Não, eu só estava analisando as minhas opções!

— Pra lembrar o caminho de volta?

O encarei perplexa.

— O que você quer, em?

— Nada, já estou indo — deu meia-volta.

— Uchiha-san… — Murmurei antes que fosse, causando um eco infernal.

— Existem algumas placas pedindo silêncio, sabia?

— Eu estou perdida… — Nem quis saber, abaixando a cabeça.

Sasuke suspirou fundo, já esperando pela confissão:

— Eu sei. Não me importo que me siga — convidou, indo na frente.

Nós andamos por corredores pelo qual eu não havia passado, vimos salas de estatuetas assombrosas e não encontramos ninguém que pudesse nos ajudar, já que pareciam estar todos no evento das reescritas. Embora eu acreditasse que Sasuke realmente estivesse me seguindo, me levou a ter certeza que seu senso de coordenação motora era pior que o meu!

— Você está mais perdido que eu! — Gargalhei, parando para me sentar num banco.

— Você fez voltas e voltas! — Respondeu frustrado, sentando-se ao meu lado. — Sua idiota!

— Você quem é! — Rebati. — E por que me seguia? — Quis saber, me aproximando.

— Não te seguia! Só passava — deu de ombros, me empurrando para o lado.

— Então só passava perto do banheiro feminino?! Certo, um idiota pervertido! — Ironizei.

— Você é muito chata! — Enraiveceu, se levantando. — Eu não vou ficar aqui perdendo tempo com idiotices!

Ele me puxou com força, me arrastando por mais alguns corredores e saletas. Além disso, descemos algumas escadas e passamos por uma porta grossa e maciça. Era um local pouco iluminado pela luz e, assim que chegamos até os fundos, ouvimos o baque ensurdecedor da porta e todo o cômodo sendo inundado pelo escuro.

— O que é isso? — Saltei para trás dele, amedrontada.

— Só faltava a gente ficar trancado aqui… — Revirou os olhos. — E fique pra trás! Não seja medrosa! — Me empurrou.

— Medrosa? Eu não estou a fim de me trancar no mesmo ambiente que você. Sem falar que eu havia dito pra virarmos no próximo e você, teimoso, preferiu ir adiante. A culpa é sua, chato!

— Realmente… — Resmungou ele, tentando forçar passagem, como se nem estivesse me ouvindo. — Está trancada. Me ajude a procurar uma janela ou uma saída.

— Está bem — cedi.

— Isso aqui parece um depósito — observou, iluminando algumas caixas com o celular.

— Vou perder a apresentação e o sensei vai me matar — sentei-me. — Como eu vou explicar isso pra ele? Vale pontos no meu histórico! A Hinata vai ficar assustada e não vai conseguir falar! Droga! Eu estraguei tudo… Por que fui ficar perdida?! — Comecei a perder o controle. — Socorro! Me salvem! Socorro! — Me levantei apenas para chutar a porta.

— Se ficar aí matracando, não vai resolver nada! — Sasuke me puxou para trás, fazendo com que eu voltasse a me sentar. — Possa ser que ninguém nos ouça. Falta quanto pro evento começar?

Olhei o relógio de pulso e fiquei pálida.

— Cinco minutos — respondi desistindo e escorregando para o chão. — Minha vida acabará em cinco minutos!

Ele deu um riso desajeitado e se sentou.

— Além de inútil, você é muito dramática — revirou os olhos, pegando o celular do bolso e tentando discar algum número conhecido. — E aqui não tem sinal!

— Droga! O que eu vou fazer?

— Só fique quieta — pediu.

— Ah… — Murmurei triste.

— O que é dessa vez? — Olhou-me, tomado pela raiva rotineira.

— É que ‘tá um pouco frio aqui embaixo.

— É… Talvez não seja um depósito, talvez aqui seja um daqueles refrigeradores que conservam corpos de gente morta…

— Eu não vou prestar atenção nessa sua conversinha boba… — Tampei os ouvidos.

— Una as evidências! Estamos aqui sozinhos, no escuro, cercados por caixotes misteriosos… A maioria dos filmes de terror começam assim! — Tentou me colocar medo.

Eu olhei para trás e me deparei com uma caixa caindo. O arrepio rasgou a minha espinha e o salto fora largo o suficiente para me levar até o colo de Sasuke.

— Tem um assassino ali! — Apontei, escondendo o rosto entre seu peito.

— Eu só estava brincando…

— Não brinque com essas coisas, pessoas podem morrer por causa disso! — Fiquei irada, acertando-o com um empurrão.

— Pela quantidade absurda de azar que te rodeia, bem provável você gritar, assustar o assassino e ele morrer depois de bater com a cabeça! — Ironizou.

— Engraçadinho — dei de ombros, saindo de sobre ele e me sentando logo ao lado. — Você é um idiota!

— Desde quando nos conhecemos você só sabe me xingar disso — observou, passando os braços por trás da nuca.

— Você merece algo mais pesado, sim, mas cansei de gastar saliva com você.

— Jura?

— Aham — afirmei, evitando olhá-lo.

— Então, por que continua falando comigo?

— Porque eu estou sozinha, num lugar escuro e com um idiota. Isso é reconfortante para esquecer que posso morrer do coração se chegar a ver sua cara feia!

— É uma resposta idiota! — Gargalhou.

— Assim como você, o.k.? Agora, não fale comigo! — Ordenei.

— Se eu não falar, você vai me esquecer? — Desafiou, me fazendo relembrar daquela conversa marcante que tivemos outrora.

— Eu já te esqueci — dei de ombros.

— Me esqueceu? — Voltou a gargalhar.

— Sim. Nem sei como você se chama mais!

— Duvido.

— Claro… A não ser que seja Idiota, aí eu me lembro perfeitamente!

— Você não pode me esquecer — rebateu convicto.

Eu o encarei. Sasuke se achava tão importante que sempre procurava uma brecha para se sobressair com orgulho. Como aquelas garotas gostavam de uma pessoa tão insuportável e egoísta?

— E por quê eu não poderia? Já que sempre cita isso…

— Porque você está apaixonada por mim — cochichou em minha orelha, despertando o rotineiro pulsar descompassado do meu coração.

Voltei a encará-lo, horrorizada com a suposição.

— Só uma idiota se apaixonaria por outro idiota! — Respondi, tentando me levantar, mas ele me segurou pela cintura.

Sasuke era mais ágil que eu, disso eu sabia. Era também mais forte, eu não poderia negar. Porém, a nossa diferença era que eu não era uma sádica que gostava de bancar a Senhora dos Escravos para abusar da boa vontade dos outros. Devido a isso, a possibilidade de eu assumir amor para uma pessoa que eu desprezava, era igual ou menor que zero!

— Então você é uma idiota! — Devolveu, me colando contra a estante e pressionando seu tórax contra os meus seios.

Eu cortei a respiração e ergui a cabeça. Estava sentada no chão com ele praticamente por sobre mim, tão próximos, tão pregados... Eu havia desejado aquilo, sim, mas não esperava que o Rei Demônio faria sua macumba para acabar com meus contos de fadas! Me senti ameaçada pelo seu olhar sensual e pelo riso de glória que formulava em seus lábios. Aquela poderia ser a hora certa para atingi-lo no meio das pernas e gritar tão alto quanto gostaria, exigindo que ele parasse de querer me controlar. Eu não permitiria! Nunca mais! Sasuke Uchiha não teria direito de me chamar de sua garota submissa.

— Eu não te amo — tentei empurrá-lo, mas, sequer se moveu. — Fique longe de mim! Quero esquecer tudo isso e…

— E quem te garantiu que eu deixaria?

Meus olhos se arregalaram quando meus lábios foram comprimidos pelos dele. O macio de sua boca me induziu a abrir passagem para a sua língua e acompanhá-lo naquele beijo lento. Aquele era a primeira vez que eu tocava a boca de um garoto e me regurgitava saber que era Sasuke Uchiha. Sendo tirada dos meus xingamentos, me arrepiei assim que ele pressionou suas mãos na minha cintura, subindo até a minha nuca para aumentar o ritmo.

Minha mente exigia para meter o pé naquele idiota e meu coração não pedia diferente, mas meu corpo não queria obedecer, ele só queria sentir as mãos quentes daquele cretino, o gosto de seus lábios, inundar com o cheiro do seu perfume e se perder naquela pele macia… Por causa disso, fechei os olhos e tudo pareceu girar. Era como se eu estivesse voando e caindo ao mesmo tempo, sendo tomada por turbilhões de sentimentos e emoções confusas que me tiravam do sério. Era… tudo tão devastador.

Ouvi um estralo forte vindo da porta, tornando-se o causador da interrupção daquele momento tão desesperador. Sasuke se levantou e enfiou as mãos no bolso, andando em direção a saída. Do lado de fora, alguém tentava abrir com um molho de chaves e reclamava a razão de estarmos ali.

— Você ainda é a minha namorada de mentira — Sasuke disse por sobre os ombros, assim que a porta se abriu e desapareceu ao lado de algumas garotas que estavam preocupadas, procurando por ele.

Eu, ainda impactada por sua atitude nada agradável, toquei meus lábios como uma idiota e esbocei um riso mais idiota ainda.

— Sasuke idiota! — Murmurei, vermelha de raiva e vergonha. — O que você acha que está fazendo?!


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Notas finais do capítulo

Quem aprova o beijo do não-esquecimento? Quem? Quem?
Parece que a Sakura ficou aí toda bobona, né não? Será que agora vai? Será que o Gaara vai deixar? Será que o Deidara-sensei vai fazer algo a respeito? Será? Será? Será?
Espero que estejam gostando. Me deixem seus reviews e não sejam fantasmas o/
Até o próximo ^^



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